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DEPOIS DA ARMADILHA DA VOTAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL NA CÂMARA, AUMENTA PRESSÃO PARA QUE DILMA VETE OS TERMOS QUE BENEFICIAM A BANCADA RURALISTA
Desde que as discussões do novo código florestal
se iniciaram, um verdadeiro jogo político tem se desenhado em torno da
questão, revelando não só a fragilidade da base governista diante dos
interesses do grupo que representa a chamada bancada ruralista no
Congresso, como também a força e influência desta última.
Os fatos que envolveram a última votação do código na Câmara merecem
sem dúvida um adjetivo: peculiares. Isso porque, de início, a situação
do governo era confortável, podendo contar com o fiel apoio de 351
deputados dos partidos da base governista. No entanto, o que se viu foi
essa fidelidade simplesmente desaparecer. O governo foi derrotado por
274 votos a favor dos ruralistas contra 184 dos ambientalistas, além de
duas abstenções.
Notícia publicada pela Carta Capital
explica um pouco o que está por trás desse desaparecimento nem um pouco
mágico ou imprevisível que terminou com a vitória dos ruralistas. Como
diz a notícia, o grupo que quer continuar desmatando impunemente,
impetrou um jogo frio fazendo com que o projeto do código voltasse à
Câmara depois da versão aprovada em acordo no Senado.
Como diz a notícia, “há fortes evidências de que o acordo construído
no Senado era apenas uma trapaça política da força parlamentar
ruralista. Ao seguir para a Câmara não valia mais o que foi escrito no
Senado”. Se no Senado o governo tinha cedido os anéis, porque a pressão
eleitoral não era tão forte, na Câmara, os ruralistas exigiram os dedos.
Uma armadilha foi assim sendo construída para que Dilma beneficiasse
os desmatadores e, em contrapartida, ganhasse o julgamento negativo da
sociedade. Agora, boa parte da sociedade pede que Dilma vete os termos
do código aprovados na Câmara que beneficiam a bancada ruralista e
prejudicam pequenos agricultores e o meio-ambiente em geral.
O veto seria, de fato, a única forma de Dilma virar o jogo diante da
armadilha armada na Câmara, no entanto, ela precisa ter coragem para
tal já que terá que enfrentar a bancada ruralista e seus interesses que,
como ficou evidente, são bastante expressivos junto à cena política
nacional. Mas esse, sem dúvida, parece ser um dos momentos em que o
poder executivo tem que se afirmar no jogo democrático, refletindo a
vontade de diversos setores da sociedade e atuando por causas realmente
legítimas. (leia nota aqui)
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