O presidente Federico Franco fez de tudo para convencer o Brasil de que pode ser mais “barato” do que Fernando Lugo, falando em pagar dívidas de Itaipu e em proteger os brasiguaios; no entanto, no seu primeiro teste internacional, Dilma agiu bem ao rejeitar o suborno e mostrar que, na diplomacia, princípios pesam mais do que interesses
Nas primeiras entrevistas que concedeu como presidente do Paraguai, Federico Franco tentou subornar o Brasil. Simples assim. Logo depois de ser empossado, ele sinalizou que pagaria dívidas de Itaipu, que protegeria os 6 mil fazendeiros brasileiros no Paraguai, conhecidos como brasiguaios, diante dos camponeses locais e fez de tudo para demonstrar que, na relação bilateral, poderia ser mais “barato” para o país do que seu antecessor Fernando Lugo.
É o primeiro passo para a imposição de sanções econômicas e diplomáticas ao Paraguai.
Como gigante regional, o Brasil também fortaleceu o processo de integração sul-americana ao enfatizar que a decisão brasileira será tomada em conjunto com os demais países da Unasul, a União de Nações Sul-Americanas. Leia, abaixo, a nota do Itamaraty:
" O governo brasileiro condena o rito sumário de destituição do mandatário do Paraguai, decidido em 22 de junho último, em que não foi adequadamente assegurado o amplo direito de defesa. Medidas a serem aplicadas em decorrência da ruptura da ordem democrática no Paraguai estão sendo avaliadas com os parceiros do Mercosul e da Unasul".
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