Valor Econômico
Manchete: Servidores pedem reajustes que custariam R$ 92 bilhões
Se o governo atender todas as reivindicações de aumento salarial apresentadas pelos servidores civis e militares, a despesa anual da União com o pagamento de pessoal aumentará em R$ 92,2 bilhões, segundo cálculos do Ministério do Planejamento. Do total, R$ 60 bilhões se referem às reivindicações dos servidores civis do Executivo. Os reajustes solicitados pelos militares e pelos funcionários do Judiciário, do Legislativo (incluindo o Tribunal de Contas da União) e do Ministério Público da União custarão R$ 32,3 bilhões.O valor do acréscimo equivale a quase 50% do que será gasto com o pagamento do funcionalismo federal neste ano, de R$ 187,6 bilhões. Diversas categorias de servidores ameaçam fazer uma greve geral para obter o aumento pretendido. Alguns funcionários já estão parados, como é o caso dos professores universitários, e outros fazem "operação padrão", como os auditores da Receita Federal e do Trabalho, entre outros. (Págs. 1 e A3)
Sobe custo de captação de banco menor
Aumentaram as dificuldades dos bancos de pequeno e médio portes para captação de recursos depois da intervenção no Cruzeiro do Sul. Desde então, o fluxo no interbancário e o acesso a investidores locais estiveram praticamente parados. As operações foram retomadas somente na semana passada, mas em ritmo lento. O custo médio de captação via mercado subiu cerca de 3 pontos percentuais, superando a casa dos 110% do CDI. Com funding mais escasso e caro, os bancos médios preferem manter os recursos em caixa, garantindo nível elevado de liquidez, mas reduzindo a liberação de créditos. (Págs. 1 e C1)
Congresso quer ter maior influência em crédito extra
Já pressionado pela ameaça de aprovação de projetos de lei que elevam os gastos públicos, o Palácio do Planalto corre o risco de perder o controle total da destinação dos créditos extraordinários no Orçamento, liberados por meio das medidas provisórias (MP). Integrantes da Comissão Mista de Orçamento do Congresso iniciaram uma articulação para mudar a regra que limita a apresentação de emendas a essas MPs. Eles querem influenciar a alocação dos recursos e garantir que seus Estados sejam beneficiados, reduzindo a margem de manobra do governo federal na execução orçamentária.A iniciativa ganhou força com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de alterar o rito de tramitação das medidas provisórias. Antes, a grande maioria dos debates sobre as MPs se dava apenas nos plenários da Câmara e do Senado. Agora, elas terão de passar pelo crivo de comissões especiais mistas antes de seguir para os plenários. (Págs. 1 e A5)
Cai o lucro das mil maiores
aturamento em alta, lucros em queda e aumento do endividamento. Esse é o retrato do desempenho das grandes companhias brasileiras em 2011. Principalmente em razão do mau desempenho da indústria, os lucros das mil maiores empresas no país tiveram no ano passado uma redução de 7,6% - de R$ 185 bilhões, em 2010, para R$ 171 bilhões. O faturamento, porém, cresceu 15,5%, para R$ 2,3 trilhões.Esses números - os primeiros que trazem uma radiografia completa das grandes companhias em 2011, porque incluem empresas de capital aberto e fechado - fazem parte da 12ª edição do anuário "Valor 1000", que circulará em agosto, quando serão conhecidas as empresas com melhor desempenho em 25 setores da economia, sendo uma delas eleita a campeã do ano. (Págs. 1 e A16)
Fotolegenda: Busca de competitividade
Com a expectativa de ganhos tecnológicos, a processadora de cartões Cielo, presidida por Rômulo Dias, vai pagar US$ 670 milhões pela americana Merchant e-Solutions (MeS). (Págs. 1 e C5)
Governo vai lançar pacote para o setor de turismo
O governo estuda medidas para dinamizar o turismo e reduzir um déficit externo que se aproxima de US$ 15 bilhões por ano. O plano deve incluir redução da carga tributária sobre a cadeia do turismo, como hospedagem, transporte, alimentação, feira e eventos, agências de viagem e locação de veículos, criação de "zonas de tributação especial" em determinadas regiões de apelo turístico e de um "vale-hotel", que os trabalhadores formais receberiam para ser usado em hotéis na baixa temporada. A intenção é zerar o déficit dos gastos de turistas brasileiros no exterior em oito anos.Pressionado pela presidente Dilma Rousseff e tendo como meta atrair 7,2 milhões de visitantes ao Brasil em 2015, o Ministério do Turismo abriu várias negociações para agilizar a formação de um pacote de medidas. "O Banco Central realiza um pente-fino para entender melhor os gastos dos brasileiros no exterior", disse ao Valor o ministro Gastão Vieira. Só nos primeiros cinco meses do ano, o déficit nas contas externas produzido por gastos de turistas no exterior somou US$ 6 bilhões. (Págs. 1 e A2)
Após 12 anos no poder, PT deve perder Recife
Em uma eleição tida como garantida para a Prefeitura do Recife, o PT caminha agora para a derrota. Confortavelmente instalado no comando da capital desde 2001, o partido compensava uma gestão tímida e mal avaliada, sobretudo pela classe média, com o suporte do governador Eduardo Campos (PSB), cujo acúmulo de poder político parece não ter limites.Lançado candidato à revelia do comando petista no Estado, o atual prefeito, João da Costa (PT), começou e terminou mal seu mandato. O PT não ia mantê-lo no cargo e, com ajuda do governador e da Frente Popular - amontoado de legendas que Campos lidera -, seria simples colocar outro petista na prefeitura. João mobilizou militantes e venceu a prévia do partido, até o diretório nacional impor o senador Humberto Costa como candidato do PT. Campos viu na briga petista a chance de estender seu domínio à capital e lançou candidato próprio. Ao repelir o PT, a Frente Popular incorporou o PMDB, que até pouco tempo era a maior força de oposição a Campos no Estado. (Págs. 1 e A10)
Com Peña, o PRI tenta se reinventar
"Somos uma nova geração, não há regresso ao passado", disse Enrique Peña Nieto, ao comemorar sua eleição à Presidência do México, um poder que seu Partido Revolucionário Institucional (PRI) exerceu por 70 anos e perdeu em 2000. Foi um discurso em que ele tratou de acalmar os receios da opinião mundial de que não haverá a volta de perseguições políticas, intervenção na economia, corrupção e mandonismo, que os próprios priistas do século passado definiam como "ditadura perfeita".Até a posse, no dia 1º de dezembro, Peña terá de convencer também os quase dois terços dos mexicanos que não votaram nele de que sua postura no cargo não será apenas a de um rapaz simpático, atlético e folgazão, mas a de um político preparado para vestir a cara de um novo PRI. Nessa fase de transição, terá de fazer o que nunca fez o seu partido: negociar com o Congresso, pois sua maioria não será absoluta nas duas Casas. (Págs. 1 e A13)
Construção reage na China e deve atenuar freada da economia (Págs. 1 e A12)
Setor manufatureiro global é atingido pela desaceleração (Págs. 1 e B9)
EUA não têm força para impulsionar a economia mundial, diz Julia Coronado, do BNP Paribas (Págs. 1 e C3)
AngloGold acelera pesquisas no país
Para se manter entre as líderes na produção de ouro no Brasil, a sul-africana AngloGold Ashanti planeja dobrar seus investimentos em pesquisa mineral, abrindo novas fronteiras de exploração no Mato Grosso e na Região Norte. (Págs. 1 e B1)
Reorganização da RBS
Eduardo Sirotsky Melzer assume hoje presidência do grupo RBS. Caberá a ele liderar a reestruturação dos negócios, que serão divididos em três empresas independentes, nas áreas de comunicação, internet e educação empresarial. (Págs. 1 e B3)
Demanda aérea segue aquecida
O Brasil teve o segundo maior crescimento na demanda por viagens aéreas domésticas em maio, de 7,2% em relação ao mesmo mês em 2011. O Japão liderou o ranking, com alta de 14,8%, segundo a Associação Internacional do Transporte Aéreo (lata). (Págs. 1 e B5)
Carros têm venda recorde
Com a redução do IPI, as vendas de automóveis e comerciais leves superaram 340,5 mil unidades no mês passado, o melhor resultado em 18 meses e o segundo maior da história, só atrás dos 361,2 mil veículos de dezembro de 2010. (Págs. 1 e B7)
Avanço dos transgênicos
A produção de sementes transgênicas certificadas no Brasil cresceu 23% na safra 2011/12, para o recorde de 2,99 milhões de toneladas. O uso efetivo das sementes cresceu 22%, para 1,66 milhão de toneladas. (Págs. 1 e B12)
Paraná quer incentivar cafezais
Governo e entidades públicas e privadas do Paraná lançam um programa para recuperar a cafeicultura no Estado, que já foi a principal atividade econômica paranaense entre a década de 60 e meados dos anos 70, diz Walter Ferreira Lima, da Faep. (Págs. 1 e B12)
Aposta defensiva
Corretoras participantes da Carteira Valor mantêm neste mês a estratégia conservadora que deu bons resultados em junho. Sete das dez indicações estavam no portfólio anterior. A carteira subiu 6,2% no mês passado, ante queda de 0,25% do Ibovespa. (Págs. 1, D1 e D3)
STJ autoriza Juros sobre juros
Após anos de discussões, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou legal a cobrança de juros compostos em empréstimos bancários, autorizada pela MP nº 2.170, de 2000. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Delfim NettoO governo está tomando medidas corretas para enfrentar o cenário ameaçador de um agravamento da crise europeia. (Págs. 1 e A2)
Luiz Gonzaga Belluzzo
As análises dos economistas, mesmo as de boa-fé, estão carregadas de valorações incompatíveis com o objeto investigado. (Págs. 1 e A15)
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