segunda-feira, 30 de abril de 2012

LA GINETERA DE FIERRO, LO GANGSTER REPUGNANTE E LO LACAYO INVERTEBRADO...

por Paulo Roberto Aguilera

A onda neo-liberal que varreu nações,mentes, bolsos e estômagos miseráveis mundo afora, teve entre seus assassinos  arautos a então primeira ministra inglesa senhora Tatcher.

Feia, má, autoritária, lhe faltava apenas uma vassoura.

Não obstante a ausência de um instrumento apropriado, a vassoura, esparramou sua ideologia-lixo pelo mundo.

Entre seus principais serviçais, destacou-se um invertebrado chefe de nação sul-americana.

Carlos Menem
O filho de imigrantes Sírios que renegou sua crença pela sede de poder, desgraçou sua geração e condenou as futuras.

Lesou sua Pátria, traficou armas e roubou dinheiro em containers.

Anistiou generais carniceiros, reprimiu com violência opositores nacionalistas.
Invertebrado, rastejou por salões colonialistas aos aplausos.

Seu ministro da economia, destacou-se no quesito gangsterismo, solapando a economia e o futuro de uma nação.

Repugnante, deleitou-se em banquetes do FMI comendo patê do fígado de seus compatriotas, sorvendo jarros e cálices do sangue de seu povo.

Os colonialistas do Império Inglês que usurpam o território Argentino, tinham na parelha fiéis cães vira-latas.

O embuste de la Bruja desmascarou-se, o neo-liberalismo putrefa pelo continente europeu. O reinado da senhora Tatcher deixou como herança a crise sem precedentes, a bancarrota, o caos. Hordas de desempregados, de humilhados, rondam pela Europa.

Enquanto se aprofunda a desgraça, herança liberal, cresce a xenofobia a intolerância e despejam um tsunami de dinheiro público nas casas (bandidas)bancárias.

A debilitada e lesada Pátria Argentina, aos trancos e barrancos após longa agonia, aos poucos foi se botando em pé, recuperando sua dignidade e o que restou de sua soberania vilipendiada pela matilha chefiada por Menem/Cavallo.

Kirchner restabeleceu a honra, mandou o FMI ir pentear macacos, levantou o moral abalado e iniciou a reconstrução do orgulho Argentino.

A imprensa calhorda tentou e tenta ainda de todas as formas solapar seu governo e de sua sucessora. Rastejante como seu ex-mandatário lutam pelos esgotos pregando o fracasso e a servidão ao passado. Querem uma Argentina subjulgada, arcada, possuída. Continuam com os pôsteres da Ginetera de Ferro bem ao alto de suas redações.

Sucedido pela bela Cristina, o governo Argentino continua em sua titânica luta pelo resgate da soberania, da esperança, contribuindo para o enterro do ainda insepulto neo-liberalismo.

Todo nosso afeto, apoio e consideração pela mandatária Cristina.

Todo nosso apoio a pátria irmã em sua luta pela devolução de seu território usurpado pelo império decadente e brutal.

Viva a Argentina Soberana!

Paulo Roberto Aguilera
Graduado em Estudos Sociais, Pós-Graduado em Ciências Políticas.

domingo, 29 de abril de 2012

DEPOIS DA ARMADILHA DA VOTAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL NA CÂMARA, AUMENTA PRESSÃO PARA QUE DILMA VETE OS TERMOS QUE BENEFICIAM A BANCADA RURALISTA

Desde que as discussões do novo código florestal se iniciaram, um verdadeiro jogo político tem se desenhado em torno da questão, revelando não só a fragilidade da base governista diante dos interesses do grupo que representa a chamada bancada ruralista no Congresso, como também a força e influência desta última.

Os fatos que envolveram a última votação do código na Câmara merecem sem dúvida um adjetivo: peculiares. Isso porque, de início, a situação do governo era confortável, podendo contar com o fiel apoio de 351 deputados dos partidos da base governista. No entanto, o que se viu foi essa fidelidade simplesmente desaparecer. O governo foi derrotado por 274 votos a favor dos ruralistas contra 184 dos ambientalistas, além de duas abstenções.

Notícia publicada pela Carta Capital explica um pouco o que está por trás desse desaparecimento nem um pouco mágico ou imprevisível que terminou com a vitória dos ruralistas. Como diz a notícia, o grupo que quer continuar desmatando impunemente, impetrou um jogo frio fazendo com que o projeto do código voltasse à Câmara depois da versão aprovada em acordo no Senado.

Como diz a notícia, “há fortes evidências de que o acordo construído no Senado era apenas uma trapaça política da força parlamentar ruralista. Ao seguir para a Câmara não valia mais o que foi escrito no Senado”. Se no Senado o governo tinha cedido os anéis, porque a pressão eleitoral não era tão forte, na Câmara, os ruralistas exigiram os dedos.

Uma armadilha foi assim sendo construída para que Dilma beneficiasse os desmatadores e, em contrapartida, ganhasse o julgamento negativo da sociedade. Agora, boa parte da sociedade pede que Dilma vete os termos do código aprovados na Câmara que beneficiam a bancada ruralista e prejudicam pequenos agricultores e o meio-ambiente em geral.

O veto seria, de fato, a única forma de Dilma virar o jogo diante da armadilha armada na Câmara, no entanto, ela precisa ter coragem para tal já que terá que enfrentar a bancada ruralista e seus interesses que, como ficou evidente, são bastante expressivos junto à cena política nacional. Mas esse, sem dúvida, parece ser um dos momentos em que o poder executivo tem que se afirmar no jogo democrático, refletindo a vontade de diversos setores da sociedade e atuando por causas realmente legítimas. (leia nota aqui)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A HUMILHAÇÃO DE SARKOZY‏

por Sebastião Nery
 
PARIS – O pai, africano, foi brigar no Vietnam como soldado francês. Acabou a guerra, voltou, o filho nasceu em Paris e foi ser motorista de táxi. Um cidadão francês negro. Tinha pavor de Sarkozy, o candidato da direita à Presidência da República nas eleições de abril de 2007 aqui na França (segundo turno em maio), quando me contou sua historia, trazendo –me do aeroporto para o hotel. Pôs uma musica de Gal Costa “em homenagem ao Brasil” e continuou seu discurso:
         - “Sou um cidadão francês igual a Sarkozy. Filho de pai africano e mãe francesa. Ele é filho de pai húngaro e mãe grega judia. Mas, se ele pudesse, eu seria expulso da França como “imigrante” só porque sou negro. Ele é um racista. Tem horror de negro, de árabe, de muçulmano, de latino americano. Se for presidente, primeiro vai querer proibir novos imigrantes de entrarem  aqui. Depois, vai querer mandar embora os que já estão aqui”.

                                               DIREITA
         O motorista entrou logo na campanha eleitoral:
         -“A direita aqui sempre foi maior do que a esquerda. Só perde quando se divide e a esquerda se une. Mitterrand ganhou em 1981 e 1988 porque a direita se dividiu. Mas a direita que aqui nós chamamos de “civilizada”, como De Gaulle, Pompidou, Giscard d’Estaing, Chirac, não mete medo ao povo. Mas esse Sarkozy, não. Estamos todos com medo dele. Pode querer repetir o que fez em janeiro de 2006 contra os imigrantes.
         - Mas a culpa foi dele?
         - Foi, sim, e esta ele não vai conseguir tirar das costas. Ele era o ministro do Interior, mandava na polícia, que chegou aos bairros negros e árabes batendo nos jovens e prendendo. A reação popular veio na hora, queimaram milhares de carros. Ele, ministro, foi lá e, em vez de acalmar, chamou o povo de “gentalha” e “escoria”. Um dia a resposta virá.

                                               O BERLUSCONI
Pela janela do táxi eu lia manchetes dos jornais coladas nas bancas:      
1.- “Sarkozy consegue dizer uma coisa e o contrário ao mesmo tempo, sem que seus seguidores duvidem de nenhuma das duas”.
         2.- “Sarkozy e Berlusconi são muito parecido por suas ligacoes com os bancos, os grandes poderes financeiros, os negócios e interesses da imprensa. Sarkozy vai concentrar o poder como ninguém antes, vai agravar as diferenças do tecido social, aplicando uma política em benefício dos mais ricos. Atrás dele estão sempre os poderes do dinheiro”.
         Mesmo assim ele ganhou em 2007, a direita unida com ele.
        
                                      HUNGARO
         Depois de cinco anos Presidente, é  preciso buscar na biografia dele a explicação para a sua vitoria de 2007 e o desastre se sua derrota de agora.
         Se você o encontrar  numa rua de Brasília pensará que é o ex-senador Luis Estevão, mais baixo, o olhar mais agitado, as mãos agitadíssimas.  Mistura de Luis Estevão com Berlusconi. “Baixinho abusado” como se diz na Bahia. Cara de ourives ou relojoeiro de Budapeste, como nos filmes.
         Jovem, 57 anos (nasceu em Paris em 28 de janeiro de 55), filho de húngaro fugido do regime comunista da Hungria, foi criado em Paris com mais 3 irmãos, pela mãe e pelo avô materno, brilhante médico grego-judeu.
         Na universidade, estudante de Direito, já era de direita. Entrou para a política e nunca mais fez outra coisa. Logo se ligou aos líderes mais conservadores e mais poderosos da direita francesa: Charles Pasqua, Eduard  Baladur, Jacques Chirac, ministros, primeiro-ministros, presidentes da República. Servia a cada um de cada vez e sem escrúpulo nenhum.
Vereador de Neuilly em 1975, prefeito de Neuilly em 83, deputado federal em 88, ministro do Orçamento e porta voz  do governo Baladur em 93, ministro do Interior de Chirac em 2002 e da Economia em 2004, presidente do partido governista UMP em 2004 e  Presidente em 2007.
          
                                      A DERROTA
         Com o apoio absoluto de uma direita poderosa como a da França, como é que perdeu o primeiro turno? Por traição. Sarkozy traiu a França escandalosamente e está pagando o preço. Presidente, preferiu servir aos  Estados Unidos, Israel, Alemanha,  Inglaterra, banqueiros e grandes grupos financeiros,jornalísticos.Começa a perder de Francois Hollande de 28 a 25.             Sarkozy  pensou que enganaria a França. Está saindo humilhado.

Retrocesso: Bancada ruralista aprova projeto com mudanças no Código Florestal

Adital

274 parlamentares eleitos pelo povo votaram a favor do novo projeto do Código Florestal brasileiro. 189 foram contrários e 2 se abstiveram. Com isso, uma bancada ruralista que representa uma minoria pode ser responsável por um dos maiores retrocessos da história ambiental deste país, cujas políticas para o meio ambiente já deixavam a desejar. Com a votação de ontem (25) na Câmara dos Deputados, em Brasília, as mobilizações que pedem o veto da presidenta Dilma Rousseff se intensificaram.

As manifestações no Twitter, por exemplo, continuam sem parar, vindas dos mais diferentes setores. "Código ruralista aprovado. Brasil reprovado”; "Permitirdesmatamento em nascentes e várzeas na Caatinga, Manguezais, Margens de Rios... $ão Criminoso$!”; "Deputados ruralistas honraram seus financiadores” são algumas das reações esboçadas.

O Greenpeace Brasil promete fortalecer sua campanha pela Floresta Amazônica arrecadando assinaturas para uma possível lei de iniciativa popular [a mesma que possibilitou a Lei Ficha Limpa] para o projeto de lei Desmatamento Zero. Para isso precisam de 1,4 milhões de assinaturas. "Desde o início, o setor ruralista no Congresso foi o principal responsável por essa retaliação nas leis de proteção das florestas. A melhor maneira de você mostrar sua indignação a essa reforma do código é assinar o projeto de lei popular pelo desmatamento zero”, chama a campanha.

O movimento Floresta faz Diferença, por sua vez, está realizando um abaixo-assinado e chama os/as brasileiros/as que também se indignaram com o resultado da votação da Câmara dos Deputados para aderirem a uma petição on line. No site http://www.florestafazadiferenca.org.br/assine/index.php é possível assinar, imprimir o documento e se manifestar através das redes sociais disponíveis.

"Não podemos permitir que a alteração do Código Florestal promova desmatamento, destrua ecossistemas e coloque em risco a integridade de nossas florestas e da sociedade brasileira”, afirma a organização WWF Brasil em seu comunicado para que a sociedade se mobilize e pressione a presidenta brasileira pelo veto total do projeto do Código Florestal ruralista.

Retrocessos
A pressão exercida pelos movimentos sociais e ambientais é justificada pelo teor do novo projeto. Se permanecer como foi aprovado o Código Florestal acaba com a obrigação de divulgar na internet as informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR), registro cartográfico de imóveis rurais que ajuda no monitoramento das produções agropecuárias e na fiscalização de desmatamentos. Também foi excluído o artigo que obrigava os produtores a aderirem ao CAR em até cinco anos para terem acesso a crédito.

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama não poderá bloquear o documento de controle de origem da madeira de estados não integrados a um sistema nacional de dados. Estados da Amazônia Legal com mais 65% do território ocupado por unidades de conservação pública ou terras indígenas terão a possibilidade de diminuir a reserva legal em até 50%.

Outra alteração foi o fim da obrigatoriedade de recuperar 30 metros de mata em torno de nascentes de água nas áreas de preservação permanente (APP) ocupadas por atividades rurais até 22 de julho de 2008. Se aprovado, o novo Código Florestal também permitirá que áreas desmatadas ilegalmente há mais dez anos, mas hoje com floresta em recuperação, sejam consideradas produtivas, logo, aptas a desmatamento ilegal.

Dilma e o veto
A decisão sobre estas e outras propostas está agora nas mãos da presidenta. O Governo e os ambientalistas defendiam o texto do Senado, como este foi preterido, há esperanças de que Dilma vete o texto aprovado ontem na Câmara. As expectativas são de que a presidenta cumpra com sua promessa de campanha de não aprovar qualquer iniciativa que beneficie o desmatamento ilegal e promova mais destruição de florestas. A pressão internacional às vésperas da Rio+20 também pode ser um ponto positivo.

Ontem, durante um debate sobre este evento, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, falou sobre o assunto, mas não adiantou informações sobre o posicionamento de Dilma. Apenas afirmou que o Governo esperava a aprovação do que ficou acordado no Senado e que a presidenta vai analisar a possibilidade de veto com serenidade.

A Constituição Brasileira permite à presidenta vetar artigos, incisos ou alíneas inteiras e não partes, ou o texto completo. Após receber o projeto aprovado na Câmara ela dispõe de 48 horas para informar ao presidente do Congresso Nacional sua decisão. A deliberação presidencial pode ser derrubada por maioria absoluta (metade mais um) de cada Casa, ou seja, por 257 deputados e 41 senadores.

STF define que cotas são constitucionais


BRASÍLIA - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na noite desta quinta-feira, 26, por 10 votos a zero, que o sistema de cotas raciais adotado em universidades brasileiras é compatível com a Constituição Federal.

Todos os ministros que participaram do julgamento acompanharam o voto do relator, Ricardo Lewandowski. Ao se manifestar, Lewandowski reconheceu a validade das ações afirmativas como forma de tentar reduzir as históricas desigualdades sociais entre grupos étnicos e realizar a justiça social. O ministro Antonio Dias Toffoli se declarou impedido e não votou, por já ter se manifestando favoravelmente ao sistema da cotas quando era advogado-geral da União.

O Supremo julgou três ações. Duas delas questionavam a constitucionalidade de regras adotadas pela UnB e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para ingresso nas instituições por meio do sistema de cotas. Na terceira ação, são contestados dispositivos que estabeleceram políticas afirmativas no âmbito do Programa Universidade para Todos (ProUni). Um dos autores, o partido Democratas sustentou em sua defesa que a política baseada em parâmetros étnicos poderia criar no País um modelo de Estado dividido pelo critério racial - tese rechaçada pelos ministros.

No início da sessão, o índio guarani Araju Sepeti foi expulso pelos seguranças do STF  após interromper por três vezes a fala do ministro Luiz Fux. Vestido com uma camisa do time de futebol do Vasco da Gama, Sepeti estava sentado na primeira fila do plenário, próximo aos ministros, e cobrou que os votos mencionassem também os índios.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cuba trilha caminho para aprofundar Revolução, diz dirigente

Em debate realizado na noite de segunda-feira (23) na sede do Partido Comunista do Brasil, em São Paulo, Francisco Delgado, membro do Departamento de Relações Internacionais do Partido Comunista de Cuba, afirmou que o seu país está aprofundando as reformas delineadas no 6º Congresso do PCC, para fazer o que os cubanos chamam de "Transição para o Socialismo".
 
Realizado no 6º andar da sede nacional do PCdoB em São Paulo, o debate foi mediado pelo secretário de Relações Internacionais do Partido, Ricardo de Abreu "Alemão", teve a presença de membros e militantes, dirigentes sindicais, representantes de organizações civis e juvenis. Além de Delgado, também participou do debate Lázaro Mendes, cônsul-geral de Cuba em São Paulo.

Em sua explanação, Delgado chamou a atenção para o trabalho que acadêmicos têm feito nos últimos anos no sentido de desenvolver o socialismo no país. Segundo ele, os critérios básicos para isso foram delineados no 6º Congresso do PCC, realizado no ano passado.

"O que entendemos por Transição para o Socialismo envolve critérios básicos, como a igualdade de oportunidades, o respeito aos direitos sociais, a Justiça social, o desenvolvimento da educação para suplantar o subdesenvolvimento", explicou Delgado.

Além desses critérios, há também a necessidade de uma economia sólida, uma estrutura econômica bem formada. "Sem ela a transição se torna impossível", relatou. "Isso interfere na eficiência da economia, que se torna maior. A questão do meio ambiente também é importante na estruturação da economia", continuou.

Porém, tudo isso deve estar subordinado a um princípio básico, ressaltado pelo partido no congresso, que é a proeminência do ser humano sobre todos os princípios. "Para se chegar ao resultado, deve-se avaliar que benefício terá o ser humano. Somente assim, se o benefício for real, a mudança será aplicada", relatou Delgado.

Após a leitura do documento – que será apresentado na íntegra em português na próxima edição da Revista Princípios – por Francisco Delgado e uma rápida explanação de Lázaro Mendes sobre a construção do socialismo em Cuba, Ricardo "Alemão" abriu o debate para o público presente em nome do PCdoB.

"Bombardeado" por perguntas de todos os gêneros, Delgado respondeu a todas elas, explicando em detalhes questões como a presença da mulher nos orgãos de poder, a participação do PCC no governo do país, as mudanças na legislação para aumentar a produção agrícola do país e também a influência da religião em Cuba.

Sobre a propriedade em Cuba, Delgado afirmou que existem três tipos no país, a estatal, a mista e a privada. A mista surge durante o período denominado de "Especial", quando ocorre a desaparição do bloco socialista, aliado econômico de Cuba e o país se vê diante de uma situação econômica grave, piorada ainda mais com o bloqueio selvagem imposto pelos Estados Unidos.

Delgado revela também que a propriedade privada é algo que existe desde o período revolucionário, sendo que aproximadamente 15% das terras aráveis são privadas, devido aos decretos emitidos na época pelo governo revolucionário. Ressaltou também que o governo repassa hoje terras aos trabalhadores que manifestam a intenção de trabalhar no campo.

Indagado sobre a situação da mulher em Cuba, Delgado revelou que cerca de 60% das pessoas graduadas no país são mulheres, mas isso não se reflete na política ou no poder. "É preciso estudar uma nova política de quadros que reflita melhor o papel da mulher na sociedade cubana", afirmou.

"O país herdou alguns prejuízos da época pré-revolucionária, e o machismo é um deles", lembrou.

Indagado sobre a importância da religião no país, Delgado afirmou que, segundo a própria Igreja Católica, apenas 1% dos cubanos frequentam as missas no país. Também lembrou que a presença de islamitas ou judeus é "insignificante" ou muito pequena.

Mesmo assim, o Estado cubano modificou sua constituição na década de 1990 – com mais de 95% de aprovação popular, lembra Delgado – retirando o caráter ateu do Estado, modificando-o para o caráter laico. "Isso destaca a liberdade religiosa existente na Ilha", já que o Estado não pode, filosoficamente falando, defender uma postura a favor ou contra uma religião, segundo afirmou Delgado.

Outro aspecto questionado pelos presentes é a situação salarial dos trabalhadores cubanos. Delgado afirmou que existem estudos para modificar o "igualitarismo" que se manifesta nos salários, em que há trabalhadores com desempenho melhor que outros mas mesmos salários, produzindo o que Delgado chamou de "desigualdade social".

Segundo ele, os atuais níveis salariais estão "abaixo da necessidade dos trabalhadores", o que motiva a existência também de um aspecto da sociedade largamente combatido em Cuba, o da corrupção.

Repudiada pela classe artística e cultural, Ana de Hollanda se afirma como defensora da velha indústria

Área historicamente relegada nas políticas públicas de qualquer governo, a cultura é um setor onde se pode dizer que há uma crise ininterrupta desde o início do governo Dilma, sob a batuta de Ana de Hollanda. Irmã de um dos maiores gênios da cultura nacional e também nascida em família da mais alta estirpe cultural e intelectual de nossa história, os Buarque de Hollanda, era uma figura inexpressiva até assumir o Ministério da Cultura e começar a tomar uma série de decisões que causaram enorme contrariedade na grande maioria dos atores culturais do país.

Em entrevista realizada no início de 2011, o professor e pesquisador da USP Pablo Ortellado, também militante da democratização e expansão das políticas culturais, acusou a ministra de estar a serviço da velha indústria cultural, dominante no século 20 e muito poderosa até hoje. Em nova conversa com o Correio da Cidadania, ele reafirma as críticas, uma vez que, em sua opinião, a passagem do tempo apenas tornou óbvios os vínculos e interesses defendidos pela ministra.

Cercado de polêmicas, o controverso Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) é alvo de uma CPI no Congresso Nacional, mas segue com influência de peso no Ministério, com membros seus incrustados na pasta e trabalhando arduamente pela preservação de seus interesses. Ortellado esclarece que o órgão está longe de distribuir as cifras que arrecada de forma justa, beneficiando descaradamente a “ponta da pirâmide” do universo artístico-cultural, sendo, na verdade, detestado pela ampla maioria dos artistas que dependem dos seus serviços para serem remunerados. (leia mais clicando aqui)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Código florestal em roleta russa

José Eli da Veiga

Há três motivos para que o jogo da roleta russa seja ótima metáfora para caracterizar a revogação do quase-cinquentão "Novo Código Florestal": um precedente, o processo decisório, e, sobretudo, as consequências, que em grande parte sobrarão para os agricultores.

O precedente não deveria ser tão desconhecido. Há cinco anos os legisladores da Rússia ignoraram os pareceres científicos contrários ao relaxamento das regras de conservação que até então haviam garantido a proteção das florestas de seus imensos biomas. Lá como aqui, o presidencialismo de coalizão não deu bola para a séria advertência dos pesquisadores: reduzir a cobertura florestal iria perturbar o ciclo hidrológico, aumentando secas drásticas e a frequência de outros eventos climáticos extremos.

A imprudente nova lei foi promulgada sem vetos pelo presidente Vladimir Putin. Então, por incrível que pareça, bastaram cinco anos para que o país fosse assolado por inédita onda de incêndios, que tornou o ar de Moscou quase irrespirável, gerando pânico sobre a possibilidade de imenso incêndio metropolitano. Simultaneamente foram afetadas as colheitas, com perda de um quinto na de trigo.

Será catastrófico o indulto aos desmatamentos de APP de beira-rio em imóveis rurais de até 15 módulos

Tão ou mais importante é registrar que não foram necessários mais do que esses cinco anos para que a mídia russa passasse a tratar de "profetas" os cientistas que haviam alertado para os riscos de retrocessos na preservação florestal. Narrativa mais detalhada sobre tão arrepiante presságio fecha o ótimo ensaio do jornalista Leão Serva para o livreto Análise, publicado em março pelo WWF-Brasil: "Congresso brasileiro vai anistiar redução de florestas em pleno século XXI?"

Em quanto tempo também serão consideradas proféticas as manifestações conjuntas da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) sobre os temerários retrocessos aprovados pela Câmara em 24 de maio, e pelo Senado em 6 de dezembro? Quanto tempo será exigido para que se tornem profecias os conteúdos do livro "Código Florestal e a Ciência; Contribuições para o Diálogo" e de sua brochura complementar "O que nossos legisladores
ainda precisam saber"?

Ou será que, para o bem de todos e felicidade geral da nação, essa sombra do exemplo russo poderia ajudar a presidente Dilma Rousseff a evitar erro tão grave e primário quanto o de Putin?

O segundo motivo para a metáfora da roleta russa está nos procedimentos do processo decisório que levará à revogação do Código. Com realce para o principal expediente anti-democrático que está sendo usado por representantes da especulação fundiária na Câmara contra seus pares, que ofende a opinião pública: só apresentar o relatório a ser votado às vésperas da decisão. Existirá algum outro parlamento que aceite ser constrangido a se pronunciar sobre matéria tão complexa sem que tenha havido tempo para cuidadoso exame do texto que será submetido à votação?

Foi exatamente o que ocorreu na Câmara em 24 de maio, quando muitos deputados votaram a favor de projeto que agora chamam de "monstrengo". E não foi diferente no Senado em 6 de dezembro, quando um equivocado rolo compressor impediu que se desse a devida atenção a três preocupações básicas e de bom-senso: a) não consolidar invasões de áreas de preservação permanente (APP) por simulacros de pastagens; b) não passar por cima da Lei de Crimes Ambientais (9.605 de 12/02/1998),
c) nem ignorar a Lei da Agricultura Familiar (11.326 de 24/07/2006).

Catastrófico agravante será a confirmação do furo da "Folha de S. Paulo" de sábado (14 de abril): o indulto aos desmatamentos de APP de beira-rio poderia abranger todos os imóveis rurais de até 15 módulos. Como eles ocupam cerca de metade da área total dos imóveis rurais, seriam uns 280 milhões de hectares, dos quais apenas 80 milhões estão com agricultores familiares.

O terceiro e mais dramático motivo para se evocar a roleta russa tem a ver com as consequências práticas da revogação do "Novo Código Florestal de 1965" por lei cujo principal efeito será um amplo e irrestrito respaldo aos especuladores fundiários. Se o grosso dos produtores agrícolas está dando entusiástico apoio à demagogia de pretensas lideranças ruralistas é porque considera os fiscais do Ibama muito piores que satanás. Esses incautos agricultores estão supondo que a aprovação do novo monstrengo os livrará das dores de cabeça sobre o que fazer em APP, ou sobre o respeito à reserva legal (RL). Ledo engano. Se conhecessem o substitutivo do Senado, assim como algumas das emendas que serão propostas pelo misterioso relatório à Câmara, perceberiam que não haverá advogados suficientes para que tentem se defender de sanções por eventuais suspeitas de irregularidades.

Em suma: a incrível ironia da história é que os verdadeiros agricultores já deveriam estar torcendo para que seja bem arguida junto ao STF a inconstitucionalidade desse novo mostrengo que os deputados federais estão prestes a aprovar, mais uma vez de olhos vendados. Alguns de nariz tapado.

José Eli da Veiga, professor dos programas de pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da USP (IRI/USP) e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Entrevista – ‘Obama... Give me Five’: Jornada intensifica pedido de justiça pela liberdade dos Cinco Cubanos detidos nos EUA

Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labañino, Fernando González e René González. Eles são os Cinco Cubanos presos há mais de 13 anos nos Estados Unidos acusados de terrorismo. Eles também são um foco de uma das mobilizações internacionais mais ativas dos últimos anos, envolvendo milhares de pessoas nos mais diversos países do mundo. Hoje, o movimento pela liberdade ‘dos Cinco’, cada vez mais, bate à porta dos Estados Unidos, que não pode mais ignorá-lo, tamanha a dimensão que se tomou o assunto.

Aliado a isso, Cuba hoje é o ponto central das discussões mais importantes e determinantes em âmbito econômico, político, e de relações diplomáticas, envolvendo chefes de Estados. E, mais uma vez, os Estados Unidos da América não têm como ignorar isso.

É neste cenário que o Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco realiza a partir de amanhã (17) o "5 Dias pelos 5 Cubanos em Washington DC”, uma ampla jornada na capital dos EUA. Nesta terça, os/as militantes farão um lobby no Congresso e no Senado estadunidense, ao mesmo tempo em que ao longo dos cinco dias, distribuirão folhetos, falarão sobre o caso dos Cinco, realizarão palestras, entre outras atividades. Vale ressaltar que esta jornada recebeu apoio massivo de diversas nacionalidades.

"Os resultados que esperamos destas jornadas é que mais pessoas conheçam o caso ‘dos Cinco’, que ninguém se esqueça deles apesar de este ser um ano eleitoral, recordar aos membros do Congresso e do Senado que há 4 homens injustamente presos nos EUA e um*quase tão preso como os outros quatros, porque não tem permissão para retornar a Cuba”, falou Alicia Jrapko, coordenadora nos Estados Unidos do Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco Cubanos, em entrevista a ADITAL.

A programação da Jornada pode ser acessada neste link:

http://www.thecuban5.org/wordpress/2012/03/16/agenda-de-los-5-dias-por-los-5-cubanos-17-al-21-de-abril-dc/?lang=es

Para saber mais sobre o movimento de solidariedade: www.thecuban5.org

*René González foi liberado em outubro de 2011, mas ainda estará sobre liberdade supervisionada por três anos nos EUA, o que o impede de voltar a seu país.

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Adital – Hoje o tema sobre os Cinco Cubanos é mundial. Há mobilizações em quase todo o mundo. Que expectativa a senhora tem para esta nova Jornada que começa dia amanhã?

Alicia Jrapko – O movimento de solidariedade com os Cinco tem sido, desde o começo, um movimento internacional justamente pela grande admiração que Cuba desperta em todas as partes do mundo. Por isso este vibrante movimento tem crescido grandiosamente nos últimos anos e dado um salto quantitativo e qualitativo. Para nós, dentro dos EUA, isto é muito evidente, não são só as muitas pessoas que se uniram a esta luta, mas também as sementes que foram plantadas ao longo de todos esses anos que começaram a germinar. As jornadas ”5 Dias pelos 5 Cubanos em Washington DC” são uma prova disso.

Temos atingindo intelectuais, artistas, sindicalistas, advogados, professores, investigadores, religiosos, pacifistas, ativistas, pessoas amantes da justiça. Durante estes cinco dias em Washington, todos esses setores estarão representados, e também contamos com amigos e personalidades de outras partes do mundo, como é o caso de um ex-parlamentar alemão, um investigador francês e vários autores e escritores canadenses, como também os solidários da Itália, Bélgica e Canadá. O que não tem mudado desde a prisão dos Cinco é o silêncio das grandes corporações midiáticas. Portanto, diante da indiferença das mídias corporativas bem como das atividades concretas que estamos planejando, já começamos a pregar cartazes por toda a cidade com a mensagem "Obama Give me Five”, e divulgando a página web www.thecuban5.org. Para que as pessoas tenham uma referência e busquem mais informação, estamos distribuindo folhetos, cartões postais, folhas com informação básica sobe o caso, para chegar a milhares de pessoas às quais as mídias corporativas não permitiram conhecer quem são os Cinco.

Chegaremos também a milhares de pessoas através de programas de rádio de mídias alternativas, as quais já começaram a fazer entrevistas com os organizadores das jornadas. Os cinco dias em Washington também servirão para assegurar os laços de amizade e os projetos vindos com amigos solidários dentro dos EUA e de outras partes do mundo.

Adital – A senhora acredita essas mobilizações mundiais alcancem as autoridades estadunidenses sobre a dimensão das causas dessas prisões? A repercussão em nível mundial tem atingido as autoridades?

Alicia Jrapko – Pensamos que já é impossível para o governo dos EUA ignorar a dimensão da luta pela liberdade dos Cinco. Como foi impossível para os fiscais do caso dos Cinco ignorá-la, quando tiveram que reconhecer durante o julgamento de resentenças a força da campanha internacional e utilizar esse argumento para pedir à Juíza da Corte Federal de Miami a redução das sentenças para três deles. Outro passo importante é que nos últimos anos se começou a coordenar as ações a nível internacional. Por exemplo, no dia 5 de cada mês pessoas de todas as partes do mundo reivindicam a Obama a liberdade dos Cinco fazendo chamados telefônicos à Casa Branca ou enviando cartas, fax ou correios eletrônicos.

Todos os anos começando em 12 de setembro, aniversário de suas prisões, até 8 de outubro se realizam todo tipo de ações coordenadas incluindo manifestações frente a embaixadas estadunidenses, shows, exposições de arte. São feitas várias campanhas de cartões postais que chegam à Casa Branca em italiano, francês, russo, espanhol, inglês, alemão, etc. Obama precisa continuar escutando as demandas de todos os cantos do planeta, mas especialmente de dentro dos EUA. Nesse sentido pensamos que se tem avançado muito, mas somos conscientes que ainda temos muito por fazer.

Adital – Em varios setores (economia, política, saúde) Cuba tem se destacado nos últimos anos, inclusive com o apoio de muitos países. A senhora crê que este cenário seja favorável também para tratar do tema dos Cinco heróis cubanos?

Alicia Jrapko – Sem dúvida é favorável porque um país como Cuba, que sofreu por mais de meio século um bloqueio brutal, unilateral e extraterritorial, tem conseguido compartilhar com outros países o pouco que tem. Esse exemplo permite a Cuba ter cada vez mais amigos no mundo. Cuba não está só, nem isolada. Já não somos mais os solidários que pediam a liberdade dos Cinco, também agora o fazem presidentes de países latino-americanos, e este pedido se faz ainda nos fóruns internacionais diante da presença dos EUA. E Isso vai continuar crescendo, como seguirá crescendo a admiração e o respeito por Gerardo, Ramón, Antonio, Fernando e René, vítimas da política irracional dos EUA contra Cuba.

Adital – Que resultados esperam obter com esta nova jornada?

Alicia Jrapko – Uma das atividades que vamos realizar pela primeira vez são as visitas aos congressistas e senadores. As respostas têm sido positivas, temos nomeações para visitar mais de 25 membros do congresso e do senado durante um dia e meio. Vamos realizar atividades em duas universidades importantes e mostraremos os documentários: "Por Favor, se Coloque de Pé o Verdadeiro Terrorista” e "Essências”. Em 20 e 21 de abril estamos organizando eventos com personalidades incluídos Danny Glover, Dolores Huerta, Wayne Smith, Cindy Sheehan e muitos outros. Além disso, estamos planejando um rally em frente à Casa Branca, onde chegarão ônibus a partir de Nova Iorque e pessoas da área de Washington DC.

Levaremos todo tipo de painéis, cartazes, faixas, bandeiras, etc. Além disso, pediremos para a administração que outorgue vistos para todos os familiares dos Cinco. Também estamos organizando uma importante reunião com representantes de diferentes denominações religiosas, com a presença da reverenda Joan Brown Campbell, ex-secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas dos Estados Unidos. Os resultados que esperamos destas jornadas é que mais pessoas conheçam o caso dos Cinco, que ninguém se esqueça deles apesar de este ser um ano eleitoral, lembrar aos membros do Congresso e do Senado que existem 4 homens injustamente detidos nos Estados Unidos, e um quase tão preso como os outros quatro, pois não se permite seu regresso a Cuba.

Adital – Como as pessoas em seus diferentes países podem participar?

Alicia Jrapko – Para participar dessas jornadas, temos feito um chamado aos amigos de todas as partes do mundo a organizar ações paralelas em 17 a 21 de abril para dar mais força às ações de Washington. Começaram a chegar informações que alguns países da Europa e América Latina já estão organizando ações paralelas.

Muitas pessoas estão enviando suas adesões às jornadas e outros com possibilidades econômicas estão fazendo seus donativos para apoiar os 5 dias pelos 5 em Washington DC. Acreditamos que é importante que a administração Obama escute o clamor mundial pelo retorno definitivo dos Cinco a Cuba. As ações de Washington serão uma contribuição a mais a todo o esforço que se realiza em todas as partes do mundo.

Timóteo exalta ditadura e defende ‘porrada’ em opositores

Em discurso na Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Agnaldo Timóteo (PR) exaltou a ditadura militar e defendeu os generais que mandaram “meter a porrada” em opositores.

Ele acusou a imprensa de não lembrar “coisas maravilhosas” feitas pelo regime e disse que não há vereadores de esquerda: só aqueles que correm atrás de “cascalho” e querem ganhar dinheiro.

“É uma lástima que os meios de comunicação não se disponham a contar as coisas maravilhosas que foram realizadas neste país pelo regime militar”, disse Timóteo.

“Meia dúzia de brasileiros zé-manés queriam depor o regime militar na porrada. Se sou general, vou deixar os caras me deporem na porrada? Não, mando meter a porrada neles. Que negócio é esse? Governo é governo”, afirmou.

Diante dos protestos de colegas, incluindo o ex-preso político Gilberto Natalini (PV), Timóteo disse: “Quem é de esquerda aqui dentro? Todo mundo está correndo atrás de ‘cascalho’, todo mundo querendo ganhar dinheiro e vem me dizer que é de esquerda? Sai fora com essa coisa de esquerda!”.

O vereador discursou durante a sessão que aprovou a criação de uma Comissão da Verdade municipal. Ele criticou a iniciativa e elogiou a Lei da Anistia aprovada em 1979, durante o governo João Figueiredo.

“Em 1979, João Batista de Oliveira Figueiredo disse ‘Lugar de brasileiro é no Brasil’ e trouxe todos de volta: assassinos, assaltantes, sequestradores, bandidos, todos voltaram. Então, por que esta Comissão da Verdade de um lado só? Que negócio é esse? Tenha piedade!”.

Fernando Morais dedica premio literario a Los Cinco antiterroristas cubanos

El escritor brasileño Fernando Morais dedicó a los cinco antiterroristas cubanos, presos injustamente en Estados Unidos, el Premio Brasilia de Literatura en la categoría de Reportaje, por Los últimos soldados de la Guerra Fría.

Dedico este premio a los cinco cubanos presos en Estados Unidos, quienes son los personajes del libro, afirmó Morais al recibir el galardón en la ceremonia de inauguración de la I Bienal del libro y la lectura de Brasilia, en la Explanada de los Ministerios.

En declaraciones exclusivas a Prensa Latina, Morais resaltó que este premio constituye un honor especial, pues lo recibe con la obra en que narra la labor de Antonio Guerrero, Fernando González, Ramón Labañino, René González y Gerardo Hernández en Estados Unidos, consistente en alertar a Cuba de las acciones terroristas de grupos anticubanos extremistas, radicados en la Florida.

Resaltó además que el reconocimiento permitirá una mayor difusión en Brasil de la injusticia cometida contra Los Cinco -como son conocidos a nivel mundial-, y de la necesidad de incrementar la presión para conseguir su liberación y regreso a Cuba.

La obra de Morais constituye una denuncia contra el proceso judicial y las excesivas condenas impuestas a los antiterrorista, quienes llevan casi 14 años injustamente detenidos en Estados Unidos por luchar contra el terrorismo.
Presentado en agosto de 2011, el libro de Morais estuvo varias semanas entre los más vendidos en el gigante suramericano, posibilitó romper un poco el silencio mediático en esta nación y permitió a los brasileños tener un mayor conocimiento del caso.

Adriana Pérez, esposa de Gerardo Hernández, Ailí Labañino, hija mayor de Ramón, quienes se encuentran en Brasilia, y el embajador de Cuba en Brasil, Carlos Zamora, felicitaron al escritor brasileño por el premio y por su gesto de dedicarlo a los cinco luchadores contra el terrorismo.

Otros cuatro escritores merecieron el Premio Brasilia de Literatura, pero en otras categorías.

Joao Paulo Cavalcanti, por Fernando Pessoa, una casi autobiografía, en la categoría de Biografía; Antonio Prata, por Medio intelectual, medio de izquierda, en Cuentos y Crónicas; Affonso Romano de Sant’Anna, por Sísifo desciende la montaña, en Poesía; Michel Laub, por Diario de una caída, en Romance o Novela.

A la Bienal asisten afamados escritores, entre ellos el Premio Nobel 1986, el nigeriano Wole Soyinka, los estadounidense Alice Walker y Daniel Polansky; el argentino Mempo Giardinelli, el chileno Antonio Skarmeta, el paquistaní Tariq Ali y la india Vandan Shiva.

Entre los nacionales, además de Morais y Romano de Sant’Anna, participan Leonardo Boff, Milton Hatoum, Martha Medeiros y Zuenir Ventura. En total figuran unos 150 escritores. Soyinka y el caricaturista local Ziraldo serán homenajeados en la cita, que concluirá el próximo día 23.

(Con información de Prensa Latina)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cinema em luto: Cineasta Paulo Cezar Saraceni morre no Rio de Janeiro aos 79 anos

O cineasta e roteirista Paulo Cezar Saraceni morreu neste sábado (14), aos 79 anos, no Hospital da Lagoa, na zona sul do Rio de Janeiro, vítima de disfunção múltipla dos órgãos. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro.

Saraceni estava internado desde outubro do ano passado, por ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). Seu corpo será velado amanhã na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, na zona sul do Rio.

Saraceni é considerado um dos precursores do Cinema Novo brasileiro, junto com Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues. Em sua carreira, o cineasta recebeu prêmios como o melhor filme do Festival de Brasília, com A Casa Assassinada, de 1970, e o Prêmio Especial do Júri do Festival do Cinema Brasileiro em Miami, com O Viajante, de 1998.

Seu último trabalho foi o filme O Gerente, produzido no ano passado e baseado em um conto de Carlos Drummond de Andrade. Por meio da nota, a secretária de Cultura, Adriana Rattes, lamentou a morte de Saraceni ao dizer que “o cinema brasileiro perde um de seus artistas mais arrojados e provocadores, um pioneiro e um rebelde eternamente indomado”.

Fonte: Agência Brasil

Vietnã e Cuba fortalecem seus laços de cooperação e amizade

O Secretário Geral do Partido Comunista do Vietnã, Nguyen Phu Trong, assinou em Havana uma Declaração Conjunta para registrar sua visita de 4 dias a Cuba dos dias 8 a 12 de abril passado. Durante sua visita ao país socialista do Caribe, o líder do PCV manteve conversações com o presidente do Conselho de Ministros de Cuba, Raúl Castro Ruz, visitou o líder revolucionário Fidel Castro e encontrou-se com o presidente da Assembléia Nacional do Povo cubano Ricardo Alarcon, entre outras atividades.

Nas conversas com Raul Castro, o dirigente político do Vietnã destacou o fortalecimento das relações entre os dois países, o compromisso de desenvolver mais ainda a cooperação econômica e de promover a diversificação do tratamento de outros temas da agenda internacional bilateral. De sua parte, o dirigente cubano valorizou sobremaneira a visita do colega vietnamita destacando as últimas conquistas do Governo do Vietnã em sua obra de construção nacional e especialmente no que se refere ao processo de desenvolvimento da Nação. O líder cubano disse ainda que acredita seriamente na concretização da Resolução aprovada no 11º. Congresso do Partido Comunista do Vietnã, realizado no final do ano passado.

O dirigente do PCV lembrou que o Vietnã sempre terá em conta o valioso apoio recebido do povo e do governo cubano em sua luta de libertação nacional e de reunificação da Pátria no passado assim como no período mais recente de reconstrução e de defesa do país. O líder vietnamita reafirmou a decisão de consolidar cada vez mais os laços de fraternidade, de amizade, de confiança e de cooperação com Cuba. Ambas as partes concordaram em trocar delegações e experiências principalmente no campo socioeconômico. Os dois dirigentes concordaram também em fortalecer os esforços para expandir as relações econômicas, o comércio e a cooperação bilateral de acordo com o potencial dos dois países.

No que se refere à situação política da América Latina, tanto o visitante vietnamita quanto o dirigente cubano ressaltaram o crescimento importante da esquerda no continente, o que por sua vez tornou mais efetiva a luta dos setores revolucionários e progressistas pela paz, pela independência nacional, pela democracia e pelo progresso social. Foram temas ainda das conversações dos dirigentes comunistas a atual crise econômica e financeira internacional, a instabilidade social em muitos países e o combate à pobreza, às doenças endêmicas, às mudanças climáticas e a importância dos valores socialistas para conquistar o desenvolvimento sustentável dos povos.

Fidel elogia Dilma e ironiza Obama

Em mais uma reflexão sobre a Cúpula das Américas que se realiza em Cartagena, Colômbia, o líder da Revolução cubana, Fidel Castro, em texto publicado neste domingo (15) sob o título “Realidades edulcoradas que se afastam”, diz que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parecia “ausente” e que a brasileira, Dilma Rousseff, apresenta as questões com “autoridade e dignidade”.

Foi assombroso escutar o discurso de José Miguel Insulza em Cartagena. Pensava que aquele que falava em nome da OEA se ocuparia ao menos de exigir o respeito à soberania dos países deste hemisfério que ao longo de séculos foram colonizados e cruelmente explorados pelas potências coloniais.

Por que não disse uma só palavra sobre as Ilhas Malvinas nem exigiu o respeito dos direitos soberanos da nação irmã Argentina?

A Cúpula de Cartagena tem cenas que não serão fáceis de esquecer. É certo que a mesma implicou um enorme esforço. Apesar das horas transcorridas, não temos ideia do que ocorreu no almoço com que Santos tentou repor o colossal desgaste de energia que os participantes investiram nesse encontro.

Para quem está entretido, poucas vezes na vida terá oportunidade de ver os rostos de mais de 30 líderes políticos diante das câmeras de televisão, desde que desciam do carro, até que em um heroico esforço final depois de vencer o longo e atapetado corredor, subiam os dez ou doze degraus até a altura do cenário onde sorridente e feliz o anfitrião os esperava. Nisso não importava juventude, idade, pés chatos, rótulas operadas ou dificuldades em uma ou as duas pernas. Eram obrigados a continuar até o topo. Ricos ou pobres devíam cumprir o cerimonial.

Curiosamente, Obama foi único que aproveitou esse trajeto para fazer um treinamento esportivo. Como estava só, foi mais fácil: adotou uma pose esportiva e subiu os degraus trotando.

As mulheres, como acompanhantes ou chefes de Estado, são as que melhor o fizeram. Uma vez mais demonstraram que as coisas no mundo andariam melhor se elas se ocupassem dos asuntos políticos. Talvez houvesse menos guerras, embora ninguém possa estar seguro disso.

Qualquer um diria que, por óbvias razões políticas, que a figura que pior impressão me causaría seria Obama. Contudo, não foi assim. Observei-o pensativo e às vezes bastante ausente. Era como se dormisse com os olhos abertos. Não se sabe quanto descansou antes de chegar a Cartagena, com que generais falou, que problemas ocupavam sua mente. Se estaria pensando na Síria, Afeganistão, Iraque, Coreia do Norte ou Irã. Seguramente, é claro, nas eleições, nas jogadas do Tea Party e nos planos tenebrosos de Mitt Romney. Na última hora, pouco antes da Cúpula, decidiu que as contribuições dos mais ricos devam alcançar pelo menos 30% de suas rendas como ocorria antes de Bush filho. Obviamente, isso lhe permite apresentar-se diante da direita republicana com uma imagem mais diáfana de seu sentido de justiça.

Mas o problema é outro: a enorme dívida acumulada pelo governo federal que ultrapassa os 15 trilhões de dólares, o que demanda recursos que totalizam não menos de 5 trilhões de dólares. O imposto sobre os mais ricos aportará cerca de 50 bilhões de dólares em dez anos, enquanto a necessidade de dinheiro se eleva a 5 trilhões. Receberia, portanto, um dólar por cada 100 de que necessita. O cálculo está ao alcance de um aluno do oitavo ano.

Recordemos bem o que Dilma Rousseff reclamou : “relações ‘de igual para igual’ com o Brasil e o resto da América Latina”.

“A zona do euro reagiu à crise econômica através de uma expansão monetária, provocando um ‘tsunami’ que valoriza a moeda brasileira e afeta a competitividade da indústria nacional”, declarou.

A Dilma Rousseff, uma mulher capaz e inteligente, não escapam essas realidades e ela sabe apresentá-las com autoridade e dignidade.

Obama, acostumado a dar a última palavra, sabe que a economia do Brasil surge com impressionante força que associada às economias como as da Venezuela, Argentina, China, Rússia, África do Sul e outras da América Latina e do mundo, traçariam o futuro do desenvolvimento mundial.

O problema dos problemas é a tarefa de preservar a paz dos riscos crescentes de uma guerra que com o poder destrutivo das armas modernas põem a humanidade à beira do abismo.
Vejo que as reuniões em Cartagena se prolongam e as realidades edulcoradas se afastam. Não se falou das guayaberas obsequiadas a Obama. Alguém terá que encarregar-se de indenizar o figurinista de Cartagena Edgar Gómez.

Fidel Castro Ruz
14 de abril de 2012, 21h58
Fonte: Cubadebate
Tradução: José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho

La NED y el uso de Internet contra la Revolución cubana

Por Luis Miguel Rosales

Elemento clave dentro de la guerra económica de EE.UU. contra Cuba es la prohibición establecida para que la Isla no acceda a muchos de los servicios brindados por Internet.

Al mismo tiempo, existen numerosas limitaciones que afectan las comunicaciones telefónicas entre ambos países y que impiden que empresas norteamericanas interesadas en invertir en el sector de las telecomunicaciones se vean imposibilitadas de hacerlo, a pesar de que la Administración Obama aprobó algunas flexibilizaciones en este sentido.

Cuba también se ve imposibilitada a acceder a las nuevas tecnologías de la informática y las comunicaciones debido a las mismas regulaciones del bloqueo, teniendo en cuenta que la mayoría de estas tecnologías son de procedencia norteamericanas.

Es de conocimiento público que varias empresas norteamericanas de las telecomunicaciones están interesadas en realizar inversiones en la Isla, como AT&T, Verizon Communications y Nokia, e incluso le han solicitado al gobierno de Obama intervenir en función de permitir sus operaciones en Cuba, pero ven imposibilitados cumplir estos intereses debido al bloqueo.

Entre otros argumentos, se prohíbe el acceso de Cuba de estas tecnologías bajo uno tan burdo e inconsistente, como la eventual posibilidad de que Cuba las use para desarrollar una guerra asimétrica contra EE.UU.

Sin embargo, es verdaderamente una guerra en Internet lo que viene desarrollando EE.UU. contra Cuba. Con mucho cinismo, y al margen de las leyes del bloqueo, el gobierno de EE.UU. apuesta por utilizar estas nuevas tecnologías para promover la subversión en Cuba, facilitando su acceso a los sectores que apuestan el derrocamiento de la Revolución cubana.

El abastecimiento de equipos de telecomunicaciones sofisticados a miembros de la contrarrevolución interna, tales como BGAN, teléfonos satelitales, celulares de última generación, equipos de filmaciones, PC´s y laptops, programas de encriptación de comunicaciones entre otros recursos, además de los financieros y el asesoramiento a los “disidentes” para que aprendan a utilizar estos equipos, ha sido una constante en los planes dela Administración norteamericana.

La utilización exitosa de las redes sociales a través de Internet para promover los procesos de la “Primavera Árabe“, ha incentivado los planes para promover un proceso semejante en Cuba a través de Internet y las TIC´s.

Tales planes se vienen fraguando desde hace tiempo y abundantes fondos provenientes del contribuyente norteamericano se destinan para ello. Es obvio que los programas no recogen explícitamente los propósitos y generalmente se encubren bajo recurrentes consignas tales como “liberar el acceso a la información” o “liberar el acceso a Internet” falacias de un fuerte cinismo si consideramos las medidas derivadas del bloqueo que inciden sobre la posibilidad de que Cuba, como cualquier país del mundo tenga un acceso sin restricciones a Internet y a las nuevas tecnologías, para su uso no solo en el acceso a la información, sino en sectores medulares para el bienestar de la población como son la salud y la educación.

El uso del ciberespacio para promover la contrarrevolución cubana es ampliamente debatido y planificado por las distintas agencias e instituciones norteamericanas que promueven la subversión en Cuba.

Una de estas esla Fundación Nacional para la Democracia(NED, por sus siglas en inglés). En su Estrategia del 2007, habían dejado ya plasmado que la institución apoyaría el acceso a Internet en los “países autoritarios”, bolso en el que nos incluyen. Asimismo, reconoce que en el pasadola NED había facilitado a sus “receptores de ayuda” el acceso a las últimas tecnologías de las comunicaciones, permitiéndoles que hicieran un “uso creativo” dela Internet, los correos electrónicos y la mensajería de textos. Todo sin olvidar métodos más antiguos como videos y CD´s.

Proponía además facilitar mayor comunicación e interacción entre entre los grupos contrarrevolucionarios, a través del uso creciente de la Internet y los teléfonos celulares.

En abril del año pasado se desarrolló de manera clandestina, como mucho de lo que se hace contra la Revolución cubana, el evento “Pensar Cuba”. La agenda pública estaba a la vista, pero lo que se “cocinó” en el evento y los planes que de allí se derivaron nunca fueron puestos a la publicidad. Incluso, para poder acceder a los resultados del evento hay que contar con una contraseña autorizada por los organizadores.

El 21 de marzo de 2012 se desarrolló en la sede de la ultraconservadora Heritage Foundation, con el copatrocinio de Google Ideas, la mesa redonda “Cuba necesita una revolución (tecnológica): cómo Internet puede descongelar una isla congelada en el tiempo”, en la cual se debatió la estrategia a seguir para promover la contrarrevolución cubana a través de un mayor uso de Internet.

Se reunió allí la flor y nata de los enemigos más recalcitrantes de la Revolucióncubana: Daniel Fisk, vicepresidente del Instituto Republicano Internacional; Roger F. Noriega, miembro del Instituto de Empresas Americanas; Mauricio Claver-Carone, Director de U.S.-Cuba Democracy PAC; y Carlos Saladrigas, co-presidente del Cuba Study Group, entre otros.

Algunas de las recomendaciones de allí emanadas fueron ampliar la conexión a Internet que le proporcionala SINA a los contrarrevolucionarios cubanos y “alentar” a países aliados de EE.UU. a hacer lo mismo, explorar las opciones que da la tecnología súper Wifi para dar acceso a Internet inalámbrico a miembros de la contrarrevolución interna, e incrementar la entrega de equipos sofisticados de telecomunicaciones a estos personajes, así como apoyo financiero. Fue una verdadera conspiración de la ultraderecha norteamericana y cubano-americana

Hizo uso de la palabra el senador cubano-americano Marco Rubio, quien expresó que el acceso a Internet de manera ilimitada por la “población cubana” provocaría la caída inmediata del gobierno cubano, apoyando también que se incrementara el uso de los servicios que brinda la red de redes para promover el derrocamiento de la Revolución cubana, al tiempo que defendió el bloqueo establecido contra Cuba. La inconsistencia de estos señores solo tiene una lógica: el interés por destruir a la nación cubana.

Rubio, estrella naciente del Tea Party no explicó como resolvería que los cubanos accedieran ilimitadamente a Internet al tiempo que mantener el bloqueo a Cuba. Sin embargo, quedó claro que no es por la vía comercial, sino por la vía de los abastecimientos clandestinos y el “efecto contagio” que imaginan podrían lograr en Cuba, especialmente en su juventud.

El lenguaje sibilino no puede ocultar que no se trata de facilitarle al pueblo cubano el acceso sin restricciones a Internet y a los servicios que este brinda, para lo cual bastaría con levantar el bloqueo. Se trata de facilitarle este acceso a quienes dentro de Cuba promueven el mensaje norteamericano y aspiran al derrocamiento dela Revolucióncubana.

Otro de los panelistas fue David E. Lowe, Vicepresidente para las Relaciones Gubernamentales y Asuntos Públicos dela NED, quien planteó la necesidad de fomentar el uso de Internet para promover las acciones desestabilizadoras contra el gobierno cubano.

Su intervención en la mesa redonda está relacionada con la presentación por parte de la NED de su “Estrategia2012“, documento donde se plantea claramente que esta institución tiene entre sus principales objetivos para este año y los subsiguientes “continuar y de ser posible incrementar su apoyo a los demócratas en países como Cuba…”, es decir mantener e incrementar el apoyo a los sectores contrarrevolucionarios cubanos. Para ello destinará importantes recursos para incrementar “el acceso seguro” a Internet e incrementar los conocimientos de éstos en el uso de las nuevas tecnologías de la informática y las comunicaciones. Alega el documento que el mundo se ha hecho menos democrático, por lo que se debía adoptar la experiencia de los procesos de la Primavera Árabe.

En dicha estrategia, la NED reconoce que en su trabajo para los próximos años enfrentará diferentes “desafíos”. Uno de ellos es apoyar a los “demócratas” en “sociedades altamente represivas” como ¡Cuba!, ayudando a los “grupos pro democracia” a tener un acceso seguro a Internet, tengan la capacidad de defenderse de ataques de “malware” y de denegaciones de servicios, creación de redes donde compartan experiencias y tácticas y conectarlos con especialistas en tecnologías para que satisfagan sus necesidades.

La NED reconoce en el documento que una de las cuatro áreas de enfrentamiento que tendrán lugar en el futuro es el ciberespacio, y aprendiendo de las experiencias de Egipto y Túnez en el 2011, facilitarle a los sectores opositores en los países cuyos gobiernos no son del agrado de EE.UU. la tecnología que les permita comunicarse rápidamente para denunciar “violaciones de derechos humanos” y “represiones gubernamentales”, así como movilizarse en supuestos momentos críticos.

En consonancia con esta plataforma los receptores de fondos dela NED para trabajar contrala Revolución Cubana verán incrementado el financiamiento para desarrollar acciones dirigidas a subvertirla.

Habrá dinero abundante para promover la subversión contra Cuba. El Departamento de Estado anunció el 13 de febrero de 2012 que la NED recibiría del presupuesto federal del año 2013 un total de 104 millones de dólares. Una parte obviamente estará destinada a los proyectos contra Cuba. Del mismo presupuesto federal la USAID recibirá 15 millones de dólares para promover la contrarrevolución cubana. La USAID también destinará fondos a la NED sin olvidar fondos ocultos que le suministra la CIA.

La NED ha invertido, según información pública que aparece en su sitio Web, entre los años 2006 y 2010, un total de 7 946 650 dólares para promover la contrarrevolución cubana, dinero que ha permitido que un grupo de personas en Cuba y en EE.UU. vivan a costa del contribuyente norteamericano.

Va a ser dura a lucha en el ciberespacio, se está jugando al duro y hay que estar preparados para enfrentar este nuevo diseño subversivo. No todo está sobre el tapete, esta es una nueva modalidad de la guerra sucia psicológica que históricamente han montado los Servicios Especiales Norteamericanos, en particularla CIA, de quien la NED puede asegurarse en su principal engendro. Cuando de estas acciones se habla públicamente en eventos de corte académico, puede suponerse la dimensión de lo que no se ha develado.

El uso del ciberespacio para derrocarla Revolución cubana es un proyecto fuerte, que se debate abiertamente y públicamente en el mundo académico y político de EE.UU., pero que opera clandestinamente. No se trata solo del uso del ciberespacio para desarrollar campañas contra Cuba, confundir a la opinión pública con una imagen negativa sobre nuestra sociedad. Se trata de utilizar las redes sociales con fines provocadores e intentar desatar el caos dentro de la Isla.

A propósito de la visita del Papa ya intentaron hacerlo, sin resultados. Es evidente que Cuba no es el mundo árabe. Sin embargo, es mucho el dinero asignado y cada proyecto contra Cuba implica una burocracia, además de los operadores e intermediarios, todos los cuales viven de ese presupuesto. De ahí que lo obvio se haga invisible.

(Este texto fue publicado originalmente en dos partes en Miradas encontradas)

Universal perde fiéis para rival 'milagreira'

folhaonline

Todas as terças pela manhã cerca de 4.000 pessoas aglomeram-se em um galpão de 12 mil m² no Brás, região central de São Paulo.

No altar, um orador mulato, de 1,90 metro e 92 quilos, anuncia: "Aqui tem milagre. O paralítico que saiu andando da cadeira de rodas. O cego que começou a enxergar. Aids, câncer. Tudo que na UTI não tiver mais jeito, aqui tem".

O culto, com cinco horas de duração, é transmitido ao vivo pelo Canal 21, em UHF. "Neste mês, nossa meta é reunir 100 mil pessoas que pagarão o dízimo de R$ 200. Pagar o dízimo faz parte da aliança entre você e Deus."

O orador é o apóstolo Valdemiro Santiago, 48. Ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, ele rompeu em 1997 com Edir Macedo para abrir sua própria denominação, a Igreja Mundial do Poder de Deus.

A briga entre os dois esquentou recentemente, em um vale-tudo televisivo.

Macedo associou a Mundial ao demônio, e exibiu na Record reportagem sobre a compra de fazendas avaliadas em R$ 50 milhões com dinheiro da igreja. Valdemiro apareceu dizendo que Macedo tem um câncer, que seria uma obra do diabo.

A Mundial é hoje a maior concorrente da Universal. Conta com 3.200 templos pelo Brasil --a Universal tem 5.000-- e a mais extensa cobertura televisiva entre evangélicos. Só no Canal 21, são 23 horas de programação, além das duas horas diárias na Rede TV! e quatro na Band. Um gasto mensal de R$ 35 milhões em mídia.

É a igreja neopentecostal que mais cresce no país. Estima-se que 30% dos fiéis vieram da Universal, além de pastores atraídos pela expectativa de maior remuneração.

O "modelo de negócios" é o mesmo: televisão e dízimos. A diferença está na ênfase milagreira da Mundial.

Exorcismos e sinais de prodígio também fazem parte dos cultos da Universal. Mas, com a institucionalização da igreja, muito menos que antigamente. O público se sofisticou, de certo modo, abrindo um filão para a Mundial.

"Há enfermidades que são para a ciência e outras que são para serem tratadas espiritualmente. Embora Deus possa curar todas elas", teoriza Santiago, em entrevista à Folha. "Sou um executivo das almas. Através de minha oração, Deus já curou muitas doenças incuráveis pelo recurso da ciência."

A simples imposição de suas mãos sobre a cabeça dos fiéis supostamente teria o poder da cura. Assim como a toalha que ele utiliza para remover o suor do rosto.

Na coleção de livros e DVDs escritos ou protagonizados por ele --somados, venderam respectivamente 4,3 milhões e 4 milhões de unidades--, destaca-se a narrativa sobre um naufrágio no mar de Moçambique em 1996.

Segundo seu relato, Santiago estava a serviço da Universal na África e saíra para pescar com outros três fiéis. Mas o barco teria sido sabotado e naufragou a 20 km da costa.

O apóstolo, com 153 quilos à época, conta que enfrentou círculos de tubarões. Mas que, por força da fé, nadou sete horas e meia até uma praia, onde foi recebido por dois anjos.

Citando o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, o professor de sociologia da religião da USP Flávio Pierucci interpreta o sucesso de Santiago: "Quem o procura já chega sugestionado. Os milagres acontecem, mas só para quem acredita. Não curam o mal, mas podem curar a sensação de dor", diz o professor, acrescentando que a oferta de serviços mágico-religiosos é antiga no país e praticada por diversas fés.

Mas Pierucci chama a atenção para a instrumentalização dos prodígios: "A Aids não tem cura. Anunciar uma coisa que não é verdadeira utilizando provas duvidosas constitui estelionato".

Mineiro de uma família com 12 irmãos, Santiago conta que viveu nas ruas de Juiz de Fora dos 12 aos 14 anos. Bebia e usava drogas. Ex-lavrador e pedreiro, não concluiu o ensino médio.

"Li poucos livros além da Bíblia. Os livros me ensinam, mas sempre parcialmente. Só a Bíblia tem sua totalidade."

Para Ronaldo Didini, ex-integrante da cúpula da Universal e hoje responsável pela expansão internacional da Mundial, a chave do sucesso está na origem humilde: "Como Lula, ele tem carisma e fala a língua do povo. Ele não busca a sofisticação".

Foi na Universal que ele conheceu a mulher Franciléia, obreira e hoje bispa da Mundial. O casal tem duas filhas e, quando está em São Paulo, fica num condomínio de luxo em Barueri (Grande SP).

Tem na garagem três carros importados blindados. As viagens para a fazenda em Mato Grosso são feitas em um jato particular. "Não sei se você já percebeu, mas eu tenho recursos. Dá pra comprar um bezerrinho não dá?", diz ele.

A ciência e a religião

Mino Carta

Sou filho de um anticlerical agnóstico e de uma católica praticante. Meu pai, que poderia ser visto pelos anjos como “homem de boa vontade”, não hesitou em matricular os dois filhos no curso primário do colégio genovês das marcelinas, por serem elas, em plena Segunda Guerra Mundial, antifascistas. Tenho das freiras lembrança saudosa, embora as aulas de catecismo e relativas provas não fossem de pura diversão. Outras coisas valiosas aprendi com elas, e neste aprendizado não incluo o fato de ter sido competente coroinha, presa de uma ponta de exibicionismo a bem do justo exame de consciência.

A lição paterna, de todo modo, influenciou bem mais meus comportamentos do que a de minha mãe, e assim esclareço por que meu propósito é tocar em assuntos a envolverem fé religiosa e atitudes eclesiásticas. Espanta-me, confesso, que ao cabo de oito anos de debates, o Supremo Tribunal Federal somente agora decida se grávidas de fetos sem cérebro podem abortar sem risco de acabarem presas. E falamos de seres destinados ao oblívio em vida.

Quando, candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff aventou a possibilidade da descriminalização do aborto, foi grita geral. A ex-guerrilheira ousava além da conta e a ideia foi rapidamente abortada. Há muito tempo o aborto deixou de ser crime nos países mais civilizados e democráticos do mundo. Na Itália, cujo Estado e cuja Justiça foram afrontados pelo governo brasileiro no Caso Battisti, o aborto foi descriminalizado na década de 70, na época em que, segundo o ex-ministro Tarso Genro e eminentes juristas nativos, a Península era dominada por um governo de extrema-direita contra quem se insurgiam heróis da resistência como Cesare Battisti. Diante disso, o arco da velha descoloriu.

Não sei o que se pode esperar do nosso Supremo. Mas que aquela questão esteja em pauta, e em uma versão que não aceita perplexidades, é de pasmar. Leio um pequeno livro que a Editora Einaudi acaba de lançar na Itália, registra o diálogo entre o cardeal Carlo Maria Martini, figura extraordinária que concorreu à vaga papal com o então cardeal Ratzinger no Consistório de 2005, e o cientista Ignazio Marino. Observa Martini que a postura negativa e apriorística da Igreja diante das mudanças provocadas pelo progresso e pela técnica nunca foi bem-sucedida. Galileu docet, ensina, acrescenta.

Martini não tem dúvidas, e nem pode tê-las à luz da sua fé: na hora em que o espermatozoide penetra o óvulo, a vida começa. É como o toque de dedos entre Deus e Adão no afresco da Sistina. O Brasil é, porém, um Estado laico, nele quem professa algum credo religioso tem a mesma liberdade de decidir o destino da gravidez quanto o tem quem não professa credo algum. O professor Safatle escreveu a respeito uma coluna magistral há quatro semanas. E nem se fale da situação agora entregue à decisão do STF. No caso, mandam a lógica, a razão, o senso comum, por cima das crenças ou da falta delas.

Há inúmeros momentos exemplares no diálogo entre o cardeal e o cientista. Por exemplo. Pergunta Marino: “Não seria razoável encaminhar com urgência um debate internacional em busca de um equilíbrio entre o mundo da ciência e as diversas sensibilidades éticas e religiosas, superando com honestidade intelectual as atitudes dogmáticas?” Responde Martini: “Parece-me evidente que não podemos deixar de ouvir os cientistas (…), por isso é desejável que a discussão ocorra de forma serena e construtiva, não somente no que tange às células-tronco, mas, em geral, a respeito de temas éticos que com razão agitam almas e consciências”.

O cardeal não evita discorrer acerca da sexualidade, “campo obscuro, profundo, magmático, difícil de definir, parte da existência onde entra em jogo o subconsciente (ou o inconsciente?) e onde as explicações racionais podem defrontar-se, tanto no plano individual quanto no de grupos sociais e nas culturas, com uma resistência interior que não se deixa convencer”. Segundo Martini, existem dentro de cada um “cavernas obscuras e labirintos impenetráveis”. De mais a mais, “o filão evolutivo que inclui o homem não se esgotou, de sorte que não podemos prever facilmente os desenvolvimentos dos próximos milênios”. Temos, portanto, um cardeal evolucionista.

E vem à tona uma questão crucial, o homossexualismo. E o cardeal pronuncia algo inédito em relação às posições de sua Igreja. Ele se diz pronto a admitir que “a boa-fé, as experiências de vida, os hábitos adquiridos, o inconsciente e provavelmente alguma inclinação de nascimento podem levar à escolha de uma vida em parceria com alguém do mesmo sexo”. Diz ainda: “No mundo atual, esse gênero de comportamento não se presta, portanto, a ser demonizado ou condenado”.

Não consigo escapar a uma derradeira reflexão: o mundo de hoje não mereceria um papa Martini em vez de um papa Ratzinger? Certas desventuras, infelizmente, não acontecem por acaso.

Venezuela celebra aniversário de 10 anos do retorno de Chávez ao poder

Presidente sofreu golpe em 2002 e ficou detido por 47 horas

CARACAS - Milhares de eleitores de Hugo Chávez se reuniram nesta sexta-feira, 13, em frente ao palácio de governo do líder venezuelano para ouvir o seu discurso de 10º aniversário do seu retorno ao poder.

Em 11 de abril de 2002, um golpe tentou tirá-lo do governo da Venezuela, e o deteu por 47 horas. Tropas militares marcharam em frente ao governo, e os apoiadores do presidente festejaram o evento com cornetas e música.

O presidente deve seguir das comemorações para Cartagena, na Colômbia, para participar da Cúpula das Américas, que será realizada neste final de semana.

O presidente venezuelano retornou na última quarta-feira, 11, ao país, após passar pelo terceiro ciclo de radioterapia em Cuba.

Obama prepara os EUA para uma nova guerra

Por Atilio A. Boron [*]
DA AGENCIA DE NOTICIAS NOVA COLOMBIA

Comentamos a seguir uma notícia muito preocupante que recebeu escassa, para não dizer nula, atenção da imprensa mundial. Segundo revelou Kenneth Schortgen Jr., do jornal digital Examiner.com, o presidente Barack Obama assinou em 16 de Março de 2012 uma nova Ordem Executiva que amplia consideravelmente os poderes presidenciais conferidos pela Ordem Executiva para a Preparação diante de Desastres, emitida por Harry Truman em 1950. Graças a este novo instrumento legal, o presidente Obama está habilitado a assumir o controle absoluto de todos os recursos dos Estados Unidos em tempo de guerra ou emergência nacional. Dependerá dele escolher o momento em que decida fazer uso de tão enormes prerrogativas bem como os alcances específicos da mesma.

Segundo consta na documentação oficial, a nova ordem para a "Preparação de recursos para a defesa nacional" concede poderes imensos à Casa Branca. Através dele concede-se-lhe a faculdade de controlar e distribuir por decreto a energia, a produção, o transporte, a alimentação e inclusive a água caso a defesa e segurança nacionais estejam em perigo. Cabe notar que esta ordem não limita a sua aplicação a tempos de guerra, pois estende-se também a tempos de paz. Ficam também abrangidos pela mesma o controle sobre empreiteiros e fornecedores, os materiais, os trabalhadores qualificados e o pessoal profissional e técnico. Cada um dos secretários (ministros) do Poder Executivo (Defesa, Energia, Agricultura, Comércio, Trabalho, etc) encarregar-se-ia da execução da ordem.

Ordens Executivas deste tipo, criadas para preparar ao país perante catástrofes iminentes ou para assegurar a defesa nacional, não são novas na história dos Estados Unidos. Mas em dois casos muito significativos desencadearam uma crise constitucional, pelo facto de que mediante estes dispositivos jurídicos o Executivo passa a dispor de faculdades ditatoriais sobre os cidadãos, cuja implementação fica entregue à discricionariedade do ocupante da Casa Branca. Durante a Guerra Civil, o presidente Abraham Lincoln suspendeu as liberdades de palavra e de imprensa, revogou o habeas corpus e o direito a um julgamento justo sob a Sexta Emenda. Por ocasião da Primeira Guerra Mundial, o Congresso recusou conceder ao presidente Woodrow Wilson poderes novos e mais extensos sobre recursos de diverso tipo para colaborar no esforço da guerra. Wilson, como resposta, emitiu uma Ordem Executiva que lhe permitiu aceder a um controle completo sobre os negócios, a indústria, o transporte, os alimentos, assim como faculdades discricionárias para conceber e implementar políticas económicas. Segundo Schortgen Jr., foi só a seguir à morte destes dois presidentes que os poderes constitucionais foram devolvidos ao povo dos Estados Unidos.

Na mudança verificada no clima ideológico norte-americano, o avanço do belicismo e a sutil e persistente manipulação da opinião pública em favor da guerra descartam, salvo eventualidades inesperadas, a irrupção de um debate sobre a constitucionalidade, ou oportunidade, da nova Ordem Executiva.

Contudo, a decisão de surpresa do presidente Obama abre interrogações muito sérias, pois confirma o vigor da escalada belicista instalada em Washington. Segundo se informa no referido artigo do Examiner.com, aquela teria sido precipitada pela certeza de que os planos israelenses para atacar o Irão já teriam entrado numa contagem regressiva que Washington demonstrou ser incapaz de deter. O killer de Jerusalém já não obedece às ordens dos seus patrões e financiadores. Assim, Washington prepara-se, paradoxalmente arrastado por um dos seus peões, para participar de uma guerra que incendiará o Médio Oriente. Por isso Obama decidiu reforçar extraordinariamente os poderes presidenciais e adoptar as medidas para que, quando a conjuntura exigir, toda a maquinaria económica dos Estados Unidos seja posta ao serviço da nova, e mais grave, aventura militar. Não é um dado menor recordar que nem sequer durante a guerra do Vietname as sucessivas administrações norte-americanas apelaram a uma concentração de poderes tão fenomenal.

Já há bastante tempo Fidel vem advertindo acerca dos perigos que se aprofundam sobre a paz mundial. Numa "reflexão" escrita poucos dias depois de Obama emitir a nova ordem, "Os caminhos que conduzem ao desastre", o Comandante concluía a sua nota dizendo que "não tenho a menor dúvida de que os Estados Unidos estão a ponto de cometer e conduzir o mundo ao maior erro da sua história". Lamentavelmente, os factos parecem dar-lhe razão, mais uma vez.

# A nova Ordem Executiva pode ser vista em:
www.whitehouse.gov/thepressoffice /2012/03/16/executiveordernationaldefenseresourcespreparedness

# A nota do Examiner ncontra-se em:
www.examiner.com/financeexaminerinnational/ presidentobamasignsexecutiveorderallowingforcontroloverallusresources

[*] Director do PLED, do Centro Cultural de la Cooperación Floreal Gorini.

O original encontra-se em www.resumenlatinoamericano.org

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ex-assessor reafirma que Barbosa Neto ficava com salários

Luciano Ribeiro Lopes, assessor do prefeito Barbosa Neto na época em que ele era deputado, foi ouvido pela Polícia Federal em Londrina por duas horas, durante a tarde desta quarta-feira (11). Ele reafirmou as denúncias protocoladas em 2009 na Procuradoria-Geral da República e que, agora, fazem parte de um inquérito criminal.

De acordo com Lopes, Barbosa, quando parlamentar, ficava com parte do pagamento de funcionários, que eram contratados, mas não prestavam serviços no gabinete. Ou seja, os assessores eram 'fantasmas'. "Eu só disse a verdade, que o Barbosa enriqueceu às custas dos cofres públicos. Ele retinha os salários dos então assessores em Brasília, empregava esses recursos na rádio e em vários outros setores da vida privada dele", destacou em entrevista à rádio CBN Londrina.

De acordo com Luciano Lopes, o esquema é semelhante ao caso que ficou conhecido como 'Gafanhotos', investigado na Assembleia Legislativa do Paraná, quando Barbosa Neto era deputado estadual. "O modo utilizado por ele é o mesmo. Tanto é que já existe um processo em que Barbosa responde por peculato", disse.

O ex-assessor não quis revelar à imprensa quantos eram os supostos funcionários fantasmas nem quem eram. No entanto, ele confirmou um nome, que já havia sido divulgado em 2008: o do ex-assessor Roberto Bertipaglia, que teria deixado rendimento aos cuidados da mulher de Barbosa Neto, Ana Laura Lino. "Ela ficava com o cartão e a senha dele para sacar o dinheiro."

Lopes afirmou também que o prefeito comprou a rádio Brasil Sul com recursos desviados da Câmara Federal. "Ele só tinha o salário de deputado e, mesmo assim, conseguiu adquirir a rádio por quase R$ 1,5 milhão...", justificou.

Após as denúncias, em agosto de 2008, Luciano Lopes foi preso em flagrante com R$ 23 mil. A prisão aconteceu na casa do deputado Alex Canziani. Barbosa Neto acusou o ex-assessor de extorsão.

Já Lopes afirma ser vítima de uma armadilha e se defende dizendo que recebeu o dinheiro de Canziani para prestar consultoria durante a campanha dele. Barbosa, de acordo com o ex-assessor, teria aparecido de surpresa com uma câmera escondida e armado o flagrante.

A assessoria do prefeito não conseguiu localizá-lo para comentar as acusações. (com informações da rádio CBN Londrina)

Animação conta versão oficial de golpe contra Chávez

BBC Brasil

CARACAS - Depois de ter sua imagem reproduzida como bonecos, incluindo um ao estilo Barbie e Ken, e outro em uma versão venezuelana do "joão-bobo", o presidente Hugo Chávez virou agora personagem de desenho animado.

ReproduçãoO presidente Hugo CHávez é retratado em quadrinhosCom muito rock e cenas de ação, o documentário-ficção "Abril.02" conta a história do golpe de Estado de abril de 2002 em animação, transformando o presidente venezuelano, seus opositores e defensores em personagens de história em quadrinhos.

Baseado nos incidentes que levaram ao golpe contra Chávez há 10 anos, "Abril.02" reconstrói, por meio de cenas de animação, a versão oficial sobre o fracassado golpe de Estado que manteve o presidente afastado do poder durante 47 horas.

O desenho animado é baseada em declarações de testemunhas que foram interrogadas pela Justiça venezuelana, documentos registrados em livros e declarações do próprio presidente.

Produzido pelo canal público ViVe, o curta-metragem é dirigido aos jovens - público alvo das campanhas eleitorais de Chávez e do candidato opositor, Henrique Capriles Radonski. Os jovens eram crianças ou adolescentes há 10 anos, quando o golpe ocorreu. "Os jovens venezuelanos, em sua maioria, conhecem a história, porém não sabem os detalhes do que ocorreu nos bastidores em abril de 2002", disse à BBC Brasil Mirko Casale, que compartilha a direção do curta-metragem com Veruscka Cavallaro.

Dez anos depois, os fatos ocorridos em abril de 2002 ainda são controvertidos e continuam gerando divisões no país. Alguns setores da oposição ainda negam a versão do golpe de Estado, enquanto o setor governista tenta capitalizar a seu favor a ruptura da constitucionalidade promovida por seus adversários.

Polêmica

A suposta pressão exercida por parte da cúpula militar para que Chávez assinasse a carta de renúncia, sob ameaça do palácio de Miraflores ser bombardeado, é uma das cenas reconstruídas em "Abril.02". De acordo com a versão oficial, Chávez se negou a renunciar, porém aceitou abandonar a sede do governo. De Miraflores seria levado a uma base militar em Caracas, e depois a outros dois fortes militares - Turiamo e a ilha La Orchila - antes de regressar ao poder.

Uma das cenas de "Abril.02" que tende a gerar polêmica, em especial entre os opositores, mostra o empresário Pedro Carmona - presidente de fato durante 47 horas - dando instruções sobre o destino que tinham reservado ao presidente venezuelano, em uma tentativa de evitar um contra-golpe.

Outra controvertida cena mostra o vínculo direto dos francoatiradores - responsabilizados pelas mortes de 19 pessoas, entre chavistas e anti-chavistas - com a cúpula do governo de fato. "É a primeira vez que vemos a relação direta entre os francoatiradores e os golpistas", afirma Casale.

A ação dos francoatiradores é um dos pontos mais polêmicos do processo de abril de 2002. Funcionários da Polícia Metropolitana de Caracas - vinculados à oposição - foram condenados pela Justiça, acusados de serem os autores intelectuais dos crimes. Esses funcionários, por sua vez, acusam o governo de perseguição política.

'Protagonista passivo'

A narrativa mostra Chávez como um protagonista "passivo", não como o "herói" da trama. "Todos os fatos que marcaram esses dias foram protagonizados por outros, não necessariamente pelo presidente", comenta a co-diretora Veruscka Cavallaro. "O povo saiu às ruas, um soldado leal interferiu, os militares chavistas reagiram, mas ele, como personagem principal, estava impossibilitado de fazer qualquer coisa", acrescentou.

O desenlace do golpe de Estado mostra que a rebelião dos generais não era acompanhada pelas tropas. A lealdade de um oficial, como nos roteiros de ficção, mudaria o rumo da história. O cabo Juan Bautista Rodriguez entrou no quarto onde Chávez era mantido preso e sugeriu que o presidente escrevesse uma carta explicando ao país que não havia renunciado.

O acordo era que Chávez jogasse a nota no lixo para não levantar suspeitas. O cabo se encarregaria de entregá-la aos generais chavistas que armavam o contra-golpe. O final do curta, que estréia na próxima quinta-feira, mostra o retorno apoteótico do presidente ao palácio de Miraflores.

Cientista garante que a verdade sobre ETs será revelada em breve

Portal Terra

WASHINGTON - O físico Stanton Friedman, que trabalhou por décadas em desenvolvimento de foguetes para algumas das maiores agências espaciais do planeta, diz que os alienígenas existem, estão nos visitando há muito tempo e que essa verdade será revelada em breve. "Alguns óvnis são espaçonaves inteligentemente controladas, e essa é a maior história do milênio. Estou convencido de que estamos lidando com um Watergate cósmico", diz Friedman. As informações são do Live Science.

Friedman afirma que há duas razões principais para que as fortes evidências de aliens não sejam conhecidas melhor. A primeira seria uma suposta grande conspiração que perdura há décadas e que envolveria oficiais de alto escalão. De acordo com ele, a outra é que cientistas que podem exibir essas evidências estão com medo, não apenas daqueles que participam da suposta conspiração, mas também de admitir que a ciência estava errada.

Por outro lado, o físico diz acreditar que a verdade sobre os óvnis será revelada em breve. "Eu continuo otimista, antes de morrer, e eu tenho 75 anos, eu vou pegar pelo menos uma parte dessa história, de que não estamos sozinhos no universo", diz o pesquisador.

Friedman se junta a um grupo de cientistas e famosos que está convencido de que existe vida extraterrestre inteligente e que esta já chegou até nós.

Junto com o físico, está o astronauta Edgar Mitchell, que participou do programa Apollo, que também afirma que os aparecimentos de ETs é escondida pelos governos (o próprio Mitchell disse nunca ter visto um óvni, mas acredita no alien de 1947 em Roswell, no Novo México).

Segundo a reportagem, outro defensor de que os ETs existem é o psiquiatra John Mack, ex-professor da Universidade de Harvard, que passou anos estudando pessoas que dizem ter sido abduzidas, sondadas e sofrido experimentos de aliens.

Protógenes Queiroz esclarece ligações para Dadá, araponga de Cachoeira

Jornal do Brasil

Flagrado em conversas com Idalberto Matias Araújo, o Dadá, o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) explicou que os dois mantinham uma relação profissional. Um dos arapongas mais conhecidos de Brasília, Dadá é sargento aposentado da aeronáutica e fonte comum dos dossiês apócrifos que eclodem periodicamente na capital e trabalhou informalmente para a Polícia Federal durante a Operação Satiagraha, comandada por Protógenes contra o banqueiro Daniel Dantas, em 2008.

Amigos, amigos, negócios à parte
De acordo com Protógenes, Dadá era a ligação da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal com o Serviço de Inteligência da Aeronáutica quando estava na ativa. Ele também ressaltou que as conversas estão completamente fora do contexto em relação à Operação Monte Carlo, que prendeu o contraventor Carlinhos Cachoeira.

Deputado reforça apoio à CPI
Autor do pedido de abertura da CPI que pretende investigar a ligação de Carlinhos Cachoeira com parlamentares do Congresso, Protógenes ressaltou que associar seu contato com Dadá a uma possível relação com Cachoeira é exagero.

"Não tenho relação direta nem indireta com o Carlinhos Cachoeira. Essa informação me causa até surpresa", disse o deputado.