sexta-feira, 31 de agosto de 2012

AMERICANA RACHEL CORRIE - VÍTIMA DO TERRORISMO ISRAELENSE !

Rachel Corrie, morta ao tentar evitar a destruição de casas de palestinosPaulo Nogueira 28 de agosto de 2012 10
Rachel
E então o Diário celebra, aqui, um herói, dentro do nosso conceito de heroísmo, tão discutido no artigo sobre Neil Armstrong.
Na verdade, uma heroína. A americana Rachel Corrie, que hoje, dez anos depois de sua morte, está no noticiário em todo o mundo.
Rachel tinha 23 anos quando, em seu ativismo pró-humanidade, decidiu ir para a Palestina. Com outros ativistas, Rachel queria fazer uma das coisas mais nobres que um ser humano pode fazer: dar voz a quem não tem.
Na tarde em que morreu, tanques e tratores israelenses estavam fazendo uma coisa que se tornaria rotina na Palestina: derrubar casas. (Muitos veteranos israelenses lembram, com dor particular, da destruição organizada de casas. Neste site, em inglês, você pode ver vários testemunhos compungidos de soldados de Israel.)
Rachel estava com um colete colorido para chamar a atenção dos condutores dos tratores, da marca americana Caterpillar. Ficou, num determinado momento, à frente de um quando ele se preparava para obliterar uma casa. A cena foi parecida com a daquele estudante chinês que, nos protestos da Praça da Paz Celestial, desafiou com sua bravura ilimitada um tanque.
A diferença é que o trator não se deteve. Testemunhas lembram que quando ela tentou recuar, aterrorizada, era tarde demais. Rachel morreu na ambulância.
Anos depois, ela está viva no noticiário internacional. Hoje, a justiça de Israel decidiu que o país não teve culpa na morte. A família de Rachel vinha travando uma demorada luta jurídica para que Israel reconhecesse sua responsabilidade. O pedido de indenização era simbólico: 1 dólar. A família gastou 200 000 dólares no caso.
Rachel estava, por vontade própria, num lugar perigoso, afirmou a justiça de Israel. Heróis como Rachel costumam estar mesmo em lugares perigosos, na defesa de seus ideais e dos desvalidos, e não em hotéis paradisíacos como aquele em Las Vegas que tornou mundialmente conhecidas as nádegas do Príncipe Harry.
“Foi um mau dia para Israel e para a humanidade”, disse a mãe de Rachel, que estava em Israel para acompanhar o veredito.
O Diário é otimista na alma, mas neste momento é difícil deixar de reconhecer que estão dramaticamente escassos, nestes tempos, os bons dias para a humanidade.

CONHEÇA CUBA

Cuba hoje: uma versão diferente da que se vê na mídia

"Cuba sem Bloqueio"Saiu o livro “Cuba Sem Bloqueio: a revolução cubana e seu futuro, sem as manipulações da mídia dominante”, de Hideyo Saito e Antonio Gabriel Haddad, editado pela Radical Livros. Como seu título anuncia, o livro apresenta uma visão de Cuba bastante diferente da que aparece nos meios de comunicação dominantes, que exageram supostos aspectos negativos e omitem os positivos.
Exemplos: um ato do grupo oposicionista Damas de Branco, que reuniu dez pessoas (dez!) em Havana, apareceu na capa de O Estado de S. Paulo; a revista Veja entrevistou o pedagogo estadunidense Martin Carnoy, que veio ao Brasil lançar o livro “A vantagem acadêmica de Cuba: por que seus alunos vão melhor na escola”, mas não citou o ensino cubano; a imprensa brasileira noticiou os resultados das duas pesquisas comparativas sobre o ensino na América Latina coordenadas pela Unesco em 1997 e em 2007, mas omitiu a informação de que os estudantes cubanos haviam ficado em primeiro lugar em ambas.
Para furar esse bloqueio informativo, os autores consultaram livros, estudos acadêmicos e publicações de instituições cubanas e multilaterais (como o Banco Mundial e a ONU) e de think tanks como o Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos, além de periódicos, fontes de internet e outras.
Eles descrevem um processo de construção social que procura enfrentar seus problemas, encarados como consequência de erros e de dificuldades de toda ordem, mas também de agressões e de obstáculos criados pelas potências dominantes. E revelam a atual mobilização popular no país pelo aperfeiçoamento do socialismo cubano.
Segundo os autores, Cuba não é um paraíso terrestre. Mas eles perguntam: quantos países capitalistas exibem uma sociedade razoavelmente harmônica, sem miséria, sem fome, sem analfabetismo, sem violência social e sem crianças abandonadas como a cubana? Então por que esse rancor da mídia dominante? Uma possível resposta está na assertiva de Noam Chomsky: “O que é intolerável para essa mídia são os êxitos cubanos, que podem servir de exemplo para outros povos de países subdesenvolvidos”.
O livro está à venda apenas no site da editora: http://www.radicallivros.com.br.

REPRESSÃO E ABUSO CONTRA ESTUDANTES NO CHILE - FANTASMA DO EXÚ PINOCHET VOLTOU ?

TEMPOS MODERNOS


Tempos modernos

SERRA DESPENCA EM SP E TUCANOS PODEM FICAR FORA DO SEGUNDO TURNO ! ACORDA CURITIBA !

Apostas em Serra: 12% de votos

Por Luis Nassif, em seu blog:

Antes do início da campanha eleitoral, os prognósticos sobre as eleições de São Paulo dividiam-se em duas linhas: os especialistas em pesquisa quantitativa e os analistas de conjuntura.

Pela primeira linha de análise, José Serra sairia vencedor. Limitavam-se a somar o eleitorado cativo do PSDB nas últimas eleições com o antipetismo paulistano e tirar suas conclusões.

Já os analistas de conjuntura baseavam-se em outros fatores, desde a rejeição a Serra até o "sentimento de mudança" - algo que demanda muita capacidade analítica e muita intuição para gerar conclusões consistentes.

Dois desses especialistas previram, bem antes, a derrocada de Serra e o aparecimento do fenômeno Russomano: Aldo Fornazieri, da Fundação Escola de Sociologia e Política, e Fernando Abrúcio, da FGV-SP.

Na época, suas análises foram recebidas com descrédito. Depois das últimas pesquisas, as apostas são sobre o piso da candidatura Serra.

Há quem aposte que ele chegará ao final do primeiro turno com apenas 12% dos votos.

CLIPPING ECONÔMICO

Brasil Econômico

Manchete: Orçamento reserva R$ 15 bilhões para aquecer atividade econômica
Com o compromisso de alcançar uma taxa de crescimento de 4,5% no ano que vem, o governo, pela primeira vez, abriu espaço na proposta de lei orçamentária para novas desonerações fiscais. “Estamos ousados”, afirma o ministro Guido Mantega. (Págs. 1 e 6)
Siemens elege a saúde como sua nova frente de negócios
Companhia alemã investe em fábrica de equipamentos hospitalares e dá os primeiros passos para desenvolver rede de fornecedores e realizar pesquisas na área no país, diz o CEO Paulo Stark ao BRASIL ECONÔMICO. (Págs. 1 e 14)
Venda de veículos perto do recorde
Até o dia 29, foram emplacados 358.409 automóveis e comerciais leves,2% acima do total do mês de julho e 16,45% a mais do que em agosto de 2011. (Págs. 1 e 23)
Merkel pede à China que ajude o euro
Chanceler alemã desembarcou ontem em Pequim com a missão de convencer os chineses a continuar comprando títulos europeus. (Págs. 1 e 36)
Queda nas tarifas de energia exige redução de custos
Governo estuda ganhos na geração e na transmissão para baixar as contas em 10%. (Págs. 1 e 4)
Parceria com Trip duplicará voos da Azul em Guarulhos
Companhias pediram autorização para mais 20 pousos e decolagens no maior aeroporto do país. (Págs. 1 e 20)
Retórica sindicalista
Candidato do PDT à prefeitura de São Paulo, Paulinho da Força diz que Dilma se saiu mal com greves. (Págs. 1 e 10)
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MANCHETES DESTA SEXTA 31/08/2012

Manchetes dos Jornais

NACIONAIS

O Globo
Condenado pelo STF por corrupção, João Paulo Cunha desiste de eleição em Osasco

Folha de São Paulo
Justiça ordena ação penal contra militares por crimes na ditadura

O Estado de São Paulo
Governo projeta salário mínimo de R$ 670,95 a partir do ano que vem

Correio Braziliense
Governo federal criará 63 mil vagas em 2013

Valor Econômico
Governo prevê Selic de 8,03% e PIB de 4,5% para 2013

Estado de Minas
Delegado é preso acusado de cobrar propina em Magé

Jornal do Commercio
Vestibular 2013 da UFPE adere a cotas

Zero Hora
Governo federal projeta criação de 63 mil vagas para cargos públicos no próximo ano

Brasil Econômico
Em 2012, 148 prefeituráveis dizem apenas ler e escrever

INTERNACIONAIS

The New York Times
Dois irmãos lutam contra ministério por acidente ferroviário no verão passado, na China

El País
Presidente da Colômbia joga partida decisiva de seu mandato ao negociar com as Farc

Le Monde
Presidente do Egito viaja em busca de um papel de árbitro na crise síria

Der Spiegel
Massacre em mina da África do Sul explicita impopularidade do partido criado por Mandela

Herald Tribune
Na Jordânia, projeto da Médicos sem Fronteiras atende às vítimas de conflitos da região

ESPORTIVOS

Placar
Flamengo sai na frente, mas tropeça no Sport em Volta Redonda

Lance
São Paulo atropela o Botafogo no Morumbi: 4 a 0

Gazeta Esportiva
CBF nega pedido do Inter para ter Damião contra o São Paulo

Marca
Santos acusa São Paulo de aliciar Ganso e prepara dossiê para Fifa

Extra
Recuperado de edema na perna, Miralles volta a treinar no Santos

REPORTANDO 31/08/2012

BRASÍLIA 05HR30 CARACAS 04HR00 HAVANA 04HR30
MANÁGUA 02HR30 QUITO 03HR30 BOM DIA SR BÓIA!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

VACA CAPITALISTA, A BRUXA MAIS RICA DO MUNDO MANDA SEU RECADO...


ESSA LOUCA É A MULHER MAIS RICA DO MUNDO, INFELIZ, FRUSTRADA, ESSA VACA CAPITALISTA MANDA SEU RECADO :-
- PASSEM MENOS TEMPO BRINCANDO, SE DIVERTINDO, VÃO TRABALHAR !
 
Tony McDonough/Efe
Gina Rinehart é a mulher mais rica do mundo
Sydney, 30 Ago 2012 (AFP) -A mulher mais rica do mundo, a australiana Gina Rinehart, herdeira do império de mineração construído por seu pai, fez piada com os "invejosos", que, segundo ela, passam mais tempo bebendo que trabalhando. Ela também pediu ao governo que diminua o salário mínimo para atrair mais investimentos.

Gina Rinehart, herdeira e presidente do grupo Hancock Prospecting, tem uma fortuna avaliada em US$ 30 bilhões, segundo a revista Business Review Weekly (BRW).

"Não há uma receita para virar milionário", escreveu Rinehart, em um artigo publicado em uma revista australiana.

"Se sentem inveja dos que têm mais dinheiro que vocês, não fiquem sentados reclamando. Façam algo para ganhar mais, passem menos tempo bebendo, fumando e brincando, trabalhem mais", completa o texto.

DISCRIMINALIZAR O USO DE DROGAS - SALVAR NOSSOS FILHOS !

A GUERRA DAS DROGAS


Em editorial de sua edição do dia 23 de agosto, Le Monde adverte contra a espiral da barbárie no México. Durante os últimos seis anos, sob a presidência de Felipe Calderón, calcula-se que 120.000 pessoas foram assassinadas no país, pelos bandos rivais de traficantes de drogas. A maioria absoluta dos mortos nada tinha a ver com o assunto. Os bandos executam em massa para “dar um recado” a seus adversários e intimidar os cidadãos. Em sua lógica pervertida, não ter o lado de uma gangue é estar do lado da outra – ou das poucas forças do governo que os combatem.
Como sempre, os jornalistas são as vítimas preferenciais – e, entre eles, os repórteres fotográficos. Dezenas de profissionais morreram, em atentados bem planejados, e sem qualquer chance de defesa. Ainda que a violência seja endêmica na América Latina - particularmente, no México - a situação se agravou nos últimos seis anos, pela decisão do Presidente Calderón de militarizar a repressão às drogas. O resultado efetivo foi a contaminação das Forças Armadas pelo poder do dinheiro do crime organizado, e o fortalecimento de suas facções.
O tráfico de entorpecentes se tornou a questão mais grave de nosso tempo, e está associado à miséria e às desigualdades sociais. Segundo a Brookings Institution, de 40 a 50% da população mexicana vive, direta ou indiretamente, do tráfico de drogas, que movimenta de 3 a 4% do PIB nacional.
A peste da violência se espalha pelo nosso continente. Anteontem, em Belo Horizonte, quatro jovens foram mortos e outros tantos feridos em chacina atribuída ao tráfico de drogas em um dos bairros da periferia. Os massacres se repetem em todas as grandes cidades brasileiras e começam a ocorrer nas cidades médias e menores do interior.
Não há outra solução que não seja a de legalizar o uso das drogas. Será difícil para a sociedade aceitar que qualquer pessoa adulta vá a uma farmácia – tal como ocorria na primeira metade do século passado – e compre sua droga.
Com isso, as substâncias naturais estarão sob controle das autoridades sanitárias, com os usuários recebendo assistência médica e social. O consumo de derivados mais danosos, como o crack, ou das drogas sintéticas, deixará de existir ou será reduzido ao mínimo. Assim, poderemos vencer a grande guerra civil, a do confronto do Estado com os narcotraficantes, que está, pelo número de baixas, sendo vencida por eles.
Em muitos lugares, os criminosos dispõem de armamento superior ao dos policiais. No local do atentado de domingo, em Belo Horizonte, foi encontrada uma submetralhadora. Bazucas e pequenos mísseis já fazem parte do armamento nos morros do Rio de Janeiro.
O consumo e o tráfico de drogas são conseqüências naturais do sistema capitalista ultraliberal. Os entorpecentes se tornaram uma mercadoria, como qualquer outra, e de valor mais elevado, porque está formalmente proibida. Como a civilização contemporânea perdeu os seus rumos e valores, muitas pessoas, angustiadas, se refugiam em seu consumo ou nas seitas da moda.
Quando o fumo atravessou o Atlântico, houve governos que o coibiram de maneira radical. Na Turquia e na Pérsia, seu uso chegou a ser punido com a amputação parcial do nariz – e mesmo com a pena de morte. Isso não impediu que os países colonizadores europeus ganhassem milhões com o seu comércio, que se estendeu ao mundo inteiro. E foram a França e a Inglaterra que impuseram mediante duas guerras, o consumo de ópio na China, a fim de lucrar com o tráfico – isso há apenas 150 anos (a segunda guerra do ópio ocorreu entre 1856 e 1860).
Hoje, as campanhas educativas têm reduzido o interesse das pessoas e, ao que se espera, em poucas décadas, o fumo deixará de ser um problema de saúde pública. Os agrotóxicos usados na produção do tabaco se rivalizam com as toxinas do cigarro e, provavelmente, estejam matando tanto os produtores quanto os fumantes.
É preciso ter coragem para descriminalizar o uso das drogas, e preparar o país e a sociedade previamente para o grande passo, mas o seu consumo não pode continuar proibido, como hoje. Se as pessoas, conhecendo todos os perigos, quiserem drogar-se, é melhor que se droguem, sob vigilância sanitária. Assim, a sociedade se protegerá contra a violência, que assassina a esmo e a imobiliza pelo medo.
O Brasil pode tornar-se um novo México em sua escalada infinita da violência. É necessário pensar e agir já, a tempo de salvar milhões de vidas, as dos usuários de crack e outras drogas mortíferas e as dos que tombam para que os chefes do tráfico afirmem o seu poder. E impedir que se continue a “lavar” o dinheiro do narcotráfico, obtido no sofrimento dos pais, na enfermidade dos filhos e no sangue dos inocentes.

REJEIÇÃO A SERRA - QUANDO CURITIBA VAI ACORDAR E REJEITAR BETO, DUCCI,DEROSSO E CIA ...?

Rejeição a Serra: um fenômeno!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Saiu o Datafalha:

Russomanno tem 31% (igual à pesquisa anterior), Serra, 22% (tinha 27% – “oscilou”, segundo a Folha) , e Haddad, 14% (tinha 8%).


O Datafolha divulgou nesta quarta-feira (29) uma nova pesquisa de intenção de voto sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”.

Rejeição aos candidatos
O Datafolha também perguntou em quem os entrevistados não votariam de jeito nenhum: Serra foi o mais citado, com índice de rejeição de 43%. Na pesquisa anterior, ( a rejeição a Cerra era de) 38%.

Navalha

O Conversa Afiada não acredita em pesquisa eleitoral brasileira.

Uma indústria duopolizada, dentro do estômago do PiG: Datafalha e Globope.

E se diverte com quem acredita nelas.

O Cerra, por exemplo.

Passou boa parte da carreira eleitoral sentado em cima do recall e saía na frente para ganhar todas as eleições.

E perdia.

Não é só o Conversa Afiada que rejeita o Cerra.

É o povo de São Paulo !

Metade do eleitorado não pode ver a cara dele na tevê !

O PSDB tem que esconder o Cerra embaixo da bancada do jornal nacional.

Bye-bye Cerra 2012.

Até 2014, já que o Aécio não vai lá das pernas.

REJEIÇÃO A SERRA VIRA EPIDEMIA EM SP - QUANDO CURITIBA VAI ACORDAR ?

Nenhum candidato com rejeição em torno de 40% consegue prosperar numa disputa política e chegar ao 2º turno.

Esse consenso entre pesquisadores soa agora à candidatura municipal do PSDB em São Paulo como o prognóstico de um percurso ao cadafalso, não às urnas.

Vive-se na capital paulista um fenômeno de esgotamento histórico que assume contornos de nitidez vertiginosa, dificilmente reversível: a rejeição esférica, espontânea, ascendente e incontrolável de uma cidade a um político e ao que ele representa, seus métodos e metas.

Já não se trata apenas de rejeição, mas de um sentimento epidêmico que a palavra ojeriza descreve melhor e a expressão 'fim de um ciclo' coroa de forma objetiva.

A rejeição a José Serra em seu berço político e principal casamata do PSDB no país, é o aspecto mais significativo da atual disputa. Sobretudo porque cercada de uma 'coincidência' cuidadosamente programada, o julgamento do STF, que deveria impulsionar as coisas no sentido inverso. Se é que teve influência, foi no sentido oposto.

De 30% em meados de junho,a repulsa a Serra saltou para 38% em agosto e explodiu na pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta 4ª feira, batendo em massacrantes 43%.

A sangria sugere que se trata de sentimento espraiado, que contagia segmentos sitiados além dos bolsões progressistas, atingindo núcleos da própria classe média, mais ou menos conservadora, tradicionalmente tributária do vertedouro tucano.

A contrapartida nas sondagens de intenções de votos parece confirmar essa observação. E o faz cristalizando tendências talvez só reversíveis por um acontecimento de proporções diluvianas.

Para desespero do dispositivo midiático conservador, o julgamento do chamado 'mensalão', embora tangido pelo jornalismo 'isento', dificilmente terá esse efeito.

Nessa São Paulo em transe, Russomano lidera as intenções de votos com 31% (tinha 26% em junho); Serra, afundou para 22% (contra 31% em junho) e, como previsto, Haddad ao sair do anonimato graças ao horário eleitoral, saltou de 7% em junho para 14% agora. Dobrou as intenções de votos com uma semana na TV.

A agressividade estridente da campanha tucana está explicada.

O som da marcha fúnebre previsto para ensurdecer o governo, o PT, suas lideranças, candidatos e eleitores, a partir da melodia das condenações emitidas no STF, eleva-se na verdade em altos decibéis, mas em outro ambiente. No entorno irrespirável de uma campanha e de um político já derrotado nacionalmente em 2002 e 2010, mas agora execrado em seu próprio berço.

Postado por Saul Leblon


Leia mais em: O Esquerdopata
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COMO SERIA O BRASIL EM MÃOS TUCANAS ?

Como seria o Brasil em mãos tucanas?

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:


Um grande banco de São Paulo reuniu nesta 3ª feira três vigas chamuscadas do incêndio neoliberal que ainda arde no planeta: Clinton, Blair e FHC. Que um banco tenha promovido um megaevento com esses personagens a essa altura do rescaldo diz o bastante sobre a natureza do setor e da ingenuidade dos que acreditam em cooptar o seu 'empenho' na travessia para um novo modelo de desenvolvimento. Passemos.

As verdades às vezes escapam das bocas mais inesperadas. Clinton e Blair jogaram a toalha no sarau anacrônico do dinheiro com seus porta-vozes. Coube ao ex-presidente norte-americano sintetizar um reconhecimento explícito: 'Olhando de fora, o Brasil está muito bem. Se tivesse que apostar num país, seria o Brasil'.

Isso, repita-se, vindo de um ex-presidente gringo que consolidou a marcha da insensatez financeira em 1999, com a revogação da lei de Glass-Steagall.

Promulgada em junho de 1933, três meses depois da Lei de Emergência Bancária, que marcou a posse de Roosevelt, destinava-se a enquadrar o dinheiro sem lei, cujas estripulias conduziram o mundo à Depressão de 29.

A legislação revogada por Clinton submetia os bancos ao rígido poder regulador do Estado. Legitimado pela crise, Roosevelt rebaixou os banqueiros à condição de concessionários de um serviço sagrado de interesse público: o fornecimento de crédito e o financiamento da produção. Enquanto vigorou, a Glass Steagall reprimiu o advento do supermercado financeiro, o labirinto de vasos comunicantes dos gigantes financeiros em que bancos comerciais agem como caixa preta de investimento especulativo, com o dinheiro de correntistas.

O democrata que jogou a pá de cal nas salvaguardas do New Deal elogiou o Brasil, quase pedindo desculpas por pisotear o ego ao lado do grande amigo de consensos em Washington e de corridas de emergência ao guichê FMI.

Mas FHC é um intelectual afiado nas adversidades.

A popularidade contagiante do tucano, reflexo, como se sabe, de seu governo, poupa-o da presença física nos palanques do PSDB, preferindo seus pares deixá-lo no anonimato ocioso para a necessária à defesa do legado estratégico da sigla.

É o que tem feito, nem sempre dissimulando certo ressentimento, como nessa 3ª feira mais uma vez.

Falando com desenvoltura sobre um tema, como se sabe, de seu pleno domínio sociológico, ele emparedou Clinton, Hair e tantos quantos atestem a superioridade macroeconômica atual em relação à arquitetura dos anos 90.

Num tartamudear de íngreme compreensão aos não iniciados, o especialista em dependência - acadêmica e programática - criticou a atual liderança dos bancos públicos na expansão do crédito, recado oportuno, diga-se, em se tratando de palestra paga pelo banco Itau; levantou a suspeição sobre as mudanças que vem sendo feitas - 'sem muito barulho'' - na política econômica ("meu medo é que essa falta de preocupação com o rigor fiscal termine por criar problemas para a economia”) e fez ressalvas ao " DNA" das licitações - que não reconhece, ao contrário de parte da esquerda, como filhas egressas da boa cepa modelada em seu governo.

Ao finalizar, num gesto de deferência ao patrocinador, depois de conceder que a queda dos juros é desejável fuzilou: 'houve muita pressão para isso'.

O cuidado tucano com os interesses financeiros nos governos petistas não é novo.

Há exatamente um ano, em 31 de agosto de 2011, quando o governo Dilma, ancorado na correta percepção do quadro mundial, cortou a taxa de juro pela primeira vez em seu mandato, então em obscenos 12,5%, o dispositivo midiático-tucano reagiu indignado. A pedra angular da civilização fora removida por mãos imprevidentes e arestosas aos mercados.

O contrafogo midiático rentista perdurou por semanas.

Em 28 de setembro, Fernando Henrique Cardoso deu ordem unida à tropa e sentenciou em declaração ao jornal ‘Valor Econômico’: a decisão do BC fora 'precipitada'.

Era a senha.

Expoentes menores, mas igualmente aplicados na defesa dos mercados autorreguláveis, credo que inspirou Clinton a deixar as coisas por conta das tesourarias espertas, replicaram a percepção tucana do mundo:"não há indícios de que a crise econômica global de 2011 seja tão grave quanto a de 2008", sentenciou, por exemplo o economista de banco Alexandre Schwartzman,indo para o sacrifício em nome da causa.

Nesta 4ª feira, o BC brasileiro completa um ano de cortes sucessivos na Selic com um esperado novo recuo de meio ponto na taxa, trazendo-a para 7,5% (cerca de 2,5% reais).

Ainda é um patamar elevado num cenário de crise sistêmica, quando EUA e países do euro praticam juros negativos e mesmo assim a economia rasteja.

Uma pergunta nunca suficientemente explorada pela mídia, que professa a mesma fé nas virtudes do laissez-faire, quase grita na mesa: 'Onde estaria o Brasil hoje se a condução do país na crise tivesse sido obra dos sábios tucanos?'

As ressalvas feitas por FHC no evento de banqueiros desta 3ª feira deixa a inquietante pista de que seríamos agora um grande Portugal, ou uma gigantesca Espanha - um superlativo depósito de desemprego, ruína fiscal e sepultura de direitos sociais, com bancos e acionistas solidamente abrigados na sala VIP do Estado mínimo para os pobres.

Em tempos de eleições, quando candidatos de bico longo prometem fazer tudo o que nunca fizeram, a fala de FHC enseja oportuna reflexão.

AÉCIO NEVES - COZIDO,CAMBALEIA EM BOTECO NO RJ

Como lidar com Aécio Neves?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:


Não deve ser fácil ser Aécio Neves. Aos 52 anos, ele parece desconfortável com o papel que lhe coube na política nacional: de herdeiro do avô Tancredo e a grande esperança branca do PSDB. Aécio é presidenciável, seja lá o que isso quer dizer, mas foge do protocolo sempre que pode, num impulso irresistível para por em prática seu bordão favorito: “a alegria é a coisa mais séria da vida” (a frase foi emprestada do pintor e escritor português Almada Negreiros). A última do mineiro mais carioca do mundo é o vídeo em que ele aparece cambaleante num boteco do Rio dando uma gorjeta de 100 reais ao rapaz que o atendeu. As imagens não têm nada, mas, como no episódio das fotos da balada do príncipe Harry, se alastraram feito rastilho de pólvora na internet.

Em 2010, ele foi um dos Homens do Ano da revista Alfa, que eu dirigia. Quem o entrevistou foi o excelente repórter Lucas Figueiredo, mineiro também, conhecedor do personagem. Foi uma negociação longa. Queríamos humanizar Aécio, abordando aspectos pouco conhecidos de sua vida pessoal. Mas, até publicarmos, tivemos de lidar com a turma de Aécio, que não sabe muito bem como lidar com Aécio.

Simpático, prosador, ele apareceu no estúdio de JR Duran, na Vila Madalena, em São Paulo, para fazer as fotos. Topou a ideia do fotógrafo de posar no papel de “candidato”: com uma criança no colo; dando uma entrevista coletiva; colocando os pés numa salmoura após uma caminhada de campanha. Fez piadas sobre José Serra, seu arquiinimigo, mandou um abraço para a avó da editora de moda, que também era de Minas. Enfim: um político.

Lucas conversou com cientistas políticos, com a ex-namorada Maitê Proença, com amigos, gente do governo etc. Encontrou Aécio em seu apartamento em Belo Horizonte. Aécio indagou se ele gostava de cachaça (o alambique da família produz a marca Matusalém). Relembrou suas aventuras na estrada. Queria percorrer o litoral brasileiro de moto. Já tinha feito 2600 quilômetros, certa vez, passando pelos Lençois Maranhenses e as praias de Santa Catarina. Disse o que gostava de comer, suas bebidas prediletas (“uísque, no geral. Na fazenda, cachaça”), seu perfume (Issey Miyake). Falou da filha. Até que Lucas lhe perguntou sobre o uso de drogas. Aécio deu a resposta: “Todo mundo teve 18 anos… Ah, experimentou um baseado com 18 anos? Sim. E ponto-final”. A entrevista acabou ali.

Lucas entregou o perfil e nós decidimos que iríamos publicá-lo no final do ano. Meses depois de terminado o trabalho, Lucas ingressaria na campanha de Hélio Costa, adversário do candidato de Aécio, Anastasia (que acabou eleito). A assessora de imprensa de Aécio começou a me ligar. Insinuava que havia uma armação para prejudicá-lo, que estava preocupada. A matéria, a rigor, mostrava Aécio sendo Aécio. Nenhuma fofoca, nenhum dossiê, nenhum escândalo. Mas não havia meios de tranquilizá-la. A pressão continuava. Por fim, falaram com Roberto Civita, editor e dono da Editora Abril, que publica Alfa. Civita me telefonou na redação e pediu, gentilmente, para ler o texto. Mandei para ele, que leu e me devolveu na seqüência, afirmando que não via problema nenhum.

A figura central na vida de Aécio é Andrea Neves, sua irmã. Ex-presidente do Servas (Serviço Voluntário de Assistência Social), ela é responsável pela coordenação de comunicação dele. Tenta cuidar de sua imagem e controlar tudo o que o cerca. Reservada, assertiva, de personalidade forte, Andrea é a antítese e o complemento do irmão mais novo. Em seu blog, ela se define candidamente: “Tenho péssima memória, mas acredito na força das lembranças. E do destino. Tenho ido a São João Del Rei menos do que gostaria. E, como Olavo Bilac, acredito que – de vez em quando – é possível ouvir estrelas”.

Demos o perfil em dezembro. Aécio era o nosso “político do ano”. Na foto da capa, ele está lá, todo pimpão, segurando um bebê. Como eu disse, era o perfil de um homem, com boas histórias contadas, sobretudo, por ele mesmo. Em abril de 2011, Aécio foi parado numa blitz carioca e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Alguns jornais se lembraram do que ele contou para Alfa a respeito das bebidas de que mais gostava. Como no caso do vídeo que caiu na internet, Aécio estava sendo Aécio. Isso, aparentemente, é um enorme empecilho – não apenas para ele, mas, eventualmente, para as pessoas que enxergam em Aécio Neves algo que Aécio Neves, talvez, não saiba ou não queira ser.
Brasil Econômico

Manchete: Selic cai de novo, mas a economia ainda não reagiu aos juros baixos
Pela nona vez consecutiva, o Copom reduziu a taxa de juros básica, para 7,5% ao ano, o menor nível nominal dos últimos tempos. Mas comércio e indústria não foram beneficiados, pois se ressentem da expectativa negativa com a crise internacional. (Págs. 1 e 4)
Mantega renova incentivo para carros e linha branca
Preocupada em reforçar a taxa de crescimento do país, a equipe econômica novamente abriu mão da arrecadação. A renúncia fiscal será de R$ 5,5 bilhões até o fim do ano. (Págs. 1 e 6)
Um banco só para os ativos podres
Espanha terá uma instituição para cuidar dos produtos que perderam liquidez com a explosão da bolha imobiliária. (Págs. 1 e 36)
Triunfo lidera em valor ao acionista
Em três anos, ações da companhia de infraestrutura proporcionaram retorno médio de 93,82% aos investidores. (Págs. 1 e 32)
Superávit fiscal fica longe da meta e acende luz amarela no governo
Economia em julho para pagar juros soma R$ 52 bi, ou 2,06% do PIB, e distancia Tesouro de seu objetivo. (Págs. 1 e 8)
Furnas avalia parceria com chineses em leilão de energia de Belo Monte
Estatal mantém conversas com a Three George e a State Grid para disputar licitação de linhas de transmissão. (Págs. 1 e 15)
Garota-propaganda
Mais de 200 candidatos petistas de todos os estados estão na fila para gravar ao lado da senadora Marta Suplicy. (Págs. 1 e 3)
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MANCHETES DESTA QUINTA 30/08/2012

Manchetes dos Jornais

NACIONAIS

A Tarde
Caso New Hit: parentes e fãs aguardam transferência

Correio da Bahia
Ex-namorado é condenado a 23 anos por morte de engenheira

Tribuna da Bahia
Polícia mata cinco suspeitos de envolvimento em morte candidato

O Globo
Maioria do STF condena João Paulo Cunha. Peluso pede 6 anos de prisão para o petista

Folha de São Paulo
Russomanno vira líder isolado, Serra cai e Haddad sobe em SP

O Estado de São Paulo
PT teme ‘efeito dominó’ após condenação de João Paulo pelo STF

Correio Braziliense
Policias Civis de Goiás encerram greve após 50 dias seguidos de paralisação

Valor Econômico
Copom corta taxa Selic para 7,5% ao ano

Estado de Minas
Homem rouba cordão de ouro e o engole ao ser preso na capital

Jornal do Commercio
Polícia trabalha com hipótese de suicídio de empresário

Zero Hora
"Furacão da CPI" revela que chorou durante ensaio nu

Brasil Econômico
"Furacão da CPI" revela que chorou durante ensaio nu

INTERNACIONAIS

The New York Times
Após um ano da tempestade tropical Irene, incertezas ainda cercam a vida de americanos

El País
Pai é acusado de queimar filhos em Córdoba, na Espanha

Le Monde
Atenas é criticada pelo ataque aos imigrantes

Der Spiegel
Mesmo diante de confrontos, oposição síria planeja futuro do país após Assad

Herald Tribune
Presidente do Sudão pode estar com os dias contados

ESPORTIVOS

Placar
Atlético-MG fica só no empate contra a Ponte Preta no Independência

Lance
Gol inusitado dá a vitória ao Coxa diante do Internacional

Gazeta Esportiva
Real Madrid conquista Supercopa e evita o tetra do rival Barcelona

Marca
Portuguesa vence por 3 a 0 e afunda Palmeiras no Brasileiro

Extra
De virada, Bahia faz 3 a 1 no Santos em plena Vila Belmiro

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

DO BLOG DO ESMAEL - GRECA VAI ÀS LÁGRIMAS


Greca vai às lágrimas; veja o vídeo


Em campanha no bairro Tatuquara, região Sul, o candidato a prefeito de Curitiba pelo PMDB, Rafael Greca, vai às lágrimas diante do comerciante Manoel Ferreira.
“Eles me matam, eu vou morrer até a eleição”, disse Greca com a voz embargada e enxugando as lágrimas.

LIBERDADE PARA OS CINCO HÉROIS CUBANOS !


Mais de 200 ativistas participarão de fórum pela liberdade dos 5


Mais de 200 ativistas de 33 países confirmaram, até o momento, sua assistência na província de Holguín, em Cuba, para o  8º Colóquio Internacional pela Liberdade dos Cinco Herois e contra o Terrorismo, informaram nesta terça-feira (28) os organizadores.


De acordo com o delegado do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) em Holguín, Amaury Torno, estima-se a participação de cerca de 300 pessoas de 50 nações no fórum convocado para novembro em apoio a Gerardo Hernández, René González, Antonio Guerrero, Ramón Labañino e Fernando González.

O encontro permitirá em sua tradicional sede traçar estratégias globais de solidariedade com os cubanos detidos injustamente em 1998.

“Até a data, as delegações mais numerosas são as da Itália e do Canadá, apesar também de esperarmos uma ampla presença de amigos da Venezuela”, explicou Torno para a Prensa Latina.

Segundo a convocatória divulgada pela ICAP, o fórum previsto do dia 28 de novembro até 1 de dezembro será uma nova oportunidade para que todas as pessoas amantes da justiça unam vontades e esforços na luta a favor dos antiterroristas.

No programa do colóquio inclui uma copa ciclística, a instalação de barracas pela paz e encontros com familiares dos Cinco, que tratavam de impedir nos Estados Unidos ações contra Cuba como as que deixaram na ilha 3.400 vítimas e cerca de 1.000 com gravemente feridos.

Os participantes checarão além disso o cumprimento dos acordos do Fórum anterior, realizado em novembro de 2011, quando os 413 delegados dos 50 países presentes combinaram em numa declaração intensificar as atividades a nível mundial para pedir a Casa Branca o fim da injustiça.

Nesse sentido, os ativistas estabeleceram uma dezena de ações entre elas a realização de jornadas para divulgar o caso, a colocação de cartazes e faixas em importantes cidades dos Estados Unidos e outros países, também o aumento do uso das redes sociais e internet em defesa dos Cinco.

A data anterior também ratificou seu repúdio ao duplo padrão de Washington em sua suposta luta antiterrorista, ao prender pessoas encarregadas de prevenir o terrorismo, enquanto ampara criminosos como Luis Posada Carriles, responsável entre outros atos da explosão, em outubro de 1976, de um avião cubano com 73 pessoas.

Fonte: Prensa Latina

LEVANTE COM CHÁVEZ !!



29 de Agosto de 2012 - 0h00

Campanha convoca brasileiros ao "Levante com Chávez"


Confira o vídeo que faz parte da campanha o "Brasil está com Chávez" e saiba por que a reeleição de Chávez é importante, não apenas para a Venezuela, mas também para o Brasil.



OS CIDADÃOS QUEREM ENTENDER O STF !

 

Ministros do Supremo mal conseguem ler o que suas equipes escreveram
Como é mesmo? 
Janio de Freitas

Iniciada a votação que definirá o destino dos réus do mensalão, já os dois primeiros ministros a se manifestarem, entre os pronunciamentos do relator e do revisor, demonstraram a dificuldade dos magistrados em perceber um dos principais aspectos desse julgamento.

Ainda que não haja indicação da audiência das sessões do Supremo Tribunal Federal, o interesse público pelo julgamento do mensalão é inquestionável. Constituiu, por isso, uma oportunidade incomum de aprendizado cívico, não importa em que medida, para uma parte dessa gente tão ignorante como são os brasileiros a respeito de suas instituições e, em particular, do Judiciário.

A confusão inesgotável que foram os votos dos ministros Rosa Weber e Luiz Fux, durante as duas horas e meia mais longas entre todas as horas de 15 sessões desse julgamento, foi mais do que exaustiva. Foi de afastar, para sempre, todo espectador que não tivesse o dever funcional de submeter-se à exasperação.

Os dois não falaram nem para os outros "especialistas" que são os seus colegas: mesmo o presidente do STF, Ayres Britto, de cuja inteligência e conhecimentos jurídicos ninguém duvidaria, precisou de esclarecimentos adicionais para anotar o que, afinal, seriam os votos.

Pode ser que haja alguma razão cabalística para que alguns ministros tenham o voto por escrito, mas, em vez de lê-lo, passem a descrever durante horas, pelo modo mais tortuoso, o que abordam em suas redações. Não há de ser pela dimensão dos votos, porque sua prolixidade oral não perde para a dos textos. Mas, é verdade, os textos provocam mais um problema.

Esses mesmos ministros não sabem ler o que escreveram com suas equipes. Tropeçam nas palavras e brigam com as frases quando precisam ler um trecho. Bem que podiam ensaiar um pouco.

E os seguintes a pronunciar-se talvez pudessem fazê-lo de maneira inteligível pelos cidadãos que, interessados, ainda se disponham a outra tentativa de acompanhar o julgamento.


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CAPITALISMO DECADENTE

Da euforia à depressão capitalista

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

A euforia capitalista dos anos 1990 levou à teoria da “new economics”. O capitalismo, marcado por suas crises cíclicas, deixaria de sofrê-las, para passar a uma fase sem crises.

Os novos desenvolvimentos tecnológicos impulsionariam um ciclo contínuo de desenvolvimento econômico, com a computação tendo o duplo papel de puxar uma demanda que se igualaria a do automóvel no século passado – incluindo um modelo novo anual -, ao mesmo tempo que permitiria prever antecipadamente os gargalos que permitiriam prever e solucionar preventivamente as crises.


A própria possibilidade de quaisquer garotos abrirem uma empresa na garagem de casa e a transformarem em uma empresa de sucesso mundial, quase sem capital inicial, seria a demonstração da pujança econômica do capitalismo e do caráter de “sociedades abertas” das sociedades capitalistas.

Essa festança acabou logo, com a crise de 2000, que desmentiu as teses e fez com que os teóricos da “new economics” partissem para outra moda, também de curta duração. As crises voltaram, com ela as recessões, até que se desembocou na prolongada e profunda crise atual, iniciada em 2007.

Tal como a bomba de tempo da febre de internet, desta vez a bolha de consumo girou em torno do setor imobiliário. Para tentar suprir, pelo menos temporariamente, o desequilíbrio entre produção e consumo, o sistema bancário foi ampliando os créditos, sabendo que nao correspondiam a capacidade real de pagamento por parte dos que os contratavam. Até que a pirâmide explodiu, todo o sistema imobiliário, ruiu, com milhões de pessoas sem conseguir pagar suas hipotecas, devolvendo os imóveis aos bancos, perdendo tudo, mas preferindo isso a continuar aumentando suas dividas.

As ruas da Califórnia se encheram de famílias morando nos seus carros, os bancos ficaram abarrotados de imóveis devolvidos, o sistema bancário chegou à beira do colapso, a recessão, através deste se propagou para o conjunto da economia. Os governos correram a salvar os bancos, com a ilusão de que os bancos salvariam os países. Os bancos se salvaram e no segundo ciclo da crise, a partir de 2011, os que quebraram foram os países.

A crise segue, sem horizonte de término, levando praticamente toda a economia europeia à recessão, enquanto países como os EUA e o Japäo permanecem entre crescimento zero e recessão.

Mas quando o capitalismo escancara suas contradições, seus limites, seu esgotamento, não surge no mundo ainda um modelo que o supere. A América Latina é a região que expressamente resiste – na maioria dos seus países – à hegemonia neoliberal, com Estados ativos que induzem o crescimento econômico e seguem ampliando suas políticas sociais, baseados em alianças regionais e com o Sul do mundo. Mas não tem o continente força própria para desenvolver um modelo alternativo ao neoliberalismo em escala mundial. Resiste, o que faz da América Latina a região de resistência ao polo neoliberal que ainda domina o centro do sistema.

Vivemos por isso um tempo de turbulências, mais ou menos prolongadas, até que um modelo e forças alternativas – que certamente terão a América Latina como um de seus protagonistas essenciais – possam conseguir construir uma alternativa ao capitalismo decadente.

CLIPPING ECONÔMICO

Brasil Econômico

Manchete: Dilma dá carta branca a Mantega para prorrogar incentivo do IPI
Em reuniões com empresários, ministro da Fazenda avalia o impacto da renúncia fiscal de R$ 2 bilhões sobre a atividade econômica, mas deve anunciar a prorrogação do desconto do IPI para carros, móveis, linha branca e painéis de madeira. (Págs. 1 e 4)
Bradesco pega carona na inclusão social
Presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco afirma que o plano de expansão da instituição, responsável pela abertura de mil agências, já dá resultados. “Nós nos preparamos para uma década em que o Brasil vai mudar de patamar social”, diz ele. (Págs. 1 e 31)
Sinal amarelo para projetos de mineração
Demanda menor da China, com queda nos preços, e forte concorrência com Austrália podem levar mineradoras a reverem investimentos. (Págs. 1 e 16)
Juro cai hoje e em outubro, dizem analistas
Mercado de juros futuros prevê unanimemente que Selic cai 0,50 ponto percentual hoje, para 7,5%, e mais 0,25 ponto na próxima reunião, em outubro. (Págs. 1 e 33)
Crise se agrava e PIB da Espanha encolhe 1,3%
Retração anual é consequência da nova queda trimestral, de 0,4%. Uma corrida aos bancos espanhóis em julho resultou em queda de € 74,2 bilhões nos depósitos. (Págs. 1 e 36)
CNI apresenta novos planos na Região Sul
Empresários pedem ampliação do programa de concessão de rodovias e ferrovias. E listam mais 51 obras prioritárias na logística, no valor de R$ 15 bilhões. (Págs. 1 e 6)
Acaba greve de dois meses no serviço público
Em assembleia, funcionários da União aceitaram a proposta de reajuste parcelado de 15,8%. Decidiram retornar ao trabalho na próxima segunda-feira. (Págs. 1 e 9)
Bancos brigam por espaço com incorporadoras
Instituições financeiras e gestoras oferecem aos investidores fundo imobiliário com carteira diferenciada, incluindo empreendimentos alugados. (Págs. 1 e 30)
Chegou a hora de quebrar o tabu?
Senador Aloysio Nunes diz que Lula foi leniente com greves, mas admite que FHC também falhou no assunto. (Págs. 1 e 3)

MANCHETES DESTA QUARTA 29/08/2012

Manchetes dos Jornais

NACIONAIS

O Globo
Polícia encerra buscas ao corpo de Eliza no antigo sítio de Bruno

Folha de São Paulo
Maioria dos servidores aceitou reajuste de 15,8%, afirma governo

O Estado de São Paulo
Ministra do STF diz que corrupção coloca em risco as instituições

Correio Braziliense
Força Nacional ajudará no combate à violência

Valor Econômico
Governo prepara lei de greve para setor público

Estado de Minas
Armas roubadas de tenente-coronel da PM e bananas de dinamite são apreendidas em BH

Jornal do Commercio
Homem encontrado morto em Itapoama pode ter sido atacado por tubarão

Zero Hora
Isaac se transforma em furacão de categoria 1 e atinge a costa da Louisiana

Brasil Econômico
Um fim de semana que tem tudo para ser decisivo

INTERNACIONAIS

The New York Times
China desenvolve mísseis para superar sistema de defesa dos EUA, dizem analistas

El País
Professores, universitários e vendedores formam exército de rebeldes na Síria

Le Monde
Ausência de George Bush na convenção não deve ser sentida pelos republicanos

Der Spiegel
Presidente alemão exige 'coragem' diante do racismo

Herald Tribune
Presidente do Sudão pode estar com os dias contados

ESPORTIVOS

Placar
Figueirense acerta com técnico Márcio Goiano para se manter na elite

Lance
Andrezinho desfalca o Botafogo pelos próximos vinte dias

Gazeta Esportiva
Por meses de paz e time forte em 2013, Verdão segura 60% do elenco

Marca
Grêmio vai com Marquinhos no lugar de Elano contra o Vasco

Extra
Timão se reúne com agente de Danilo e inicia conversa por renovação

REPORTANDO

BRASÍLIA 06HR00 CARACAS 04HR30 HAVANA 05HR00
MANÁGUA 03HR00 QUITO 04HR00 BOM DIA SR BÓIA!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

ESPERANÇA DE PAZ NA COLÔMBIA !

 

Governo e Farc assinam acordo para pôr fim à guerra civil


Em acordo inédito, o governo do presidente colombiano Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram, nesta segunda-feira (27), em Havana, Cuba, um acordo para encerrar o conflito armado no país, que já dura quase 50 anos.


Santos Juan Manuel Santos busca o caminho do diálogo com as Farc
A guerrilha deu diversas declarações de que busca uma saída para a situação da Colômbia por meio do diálogo. O conteúdo do acordo será revelado em breve pelo mandatário colombiano, segundo informações da TV multiestatal TeleSUR.

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Piedad nega existência de políticos sequestados na Colômbia

“Tudo evolui muito bem e as conversas vão de vento em popa, segundo os comunicados comuns” de ambas as partes, declarou à agência AFP Jan Egeland, representante das Nações Unidas na Colômbia.

As duas partes concordaram, no sábado (25), com a elaboração, no prazo de um ano e meio, de um novo projeto de sociedade que congregue as reivindicações das Farc, sem, no entanto, ser “radical”.

De Oslo a Havana

A realização formal das negociações está prevista para o mês de outubro na cidade de Oslo, Noruega. “De lá, os delegados do governo e da guerrilha se dirigirão novamente a Havana com a disposição de negociar até que se saia com a assinatura de um pacto de paz que ponha fim a quase 50 anos de conflito”, informou a TeleSUR.

Segundo o programa apresentado pelas autoridades colombianas, a viagem dos delegados à Noruega deverá incluir uma visita ao Storting (parlamento unicameral) onde participarão de um debate sobre a democracia participativa.

O diretor de informação da TeleSUR, Jorge Enrique Botero, ressaltou que o processo de paz começou a ser gestado em maio do ano passado, quando iniciaram-se conversas secretas em Havana, que contaram com o acompanhamento de Venezuela, Cuba e Noruega.

Ainda de acordo com a emissora, os arquitetos desse processo por parte das Farc foram o comandante guerrilheiro Mauricio, mais conhecido como El Médico, que sucedeu Jorge Briceño, conhecido como Mono Jojoy. Também participaram os rebeldes Rodrigo Granda, Marcos Calarcá e Andrés París.

Por parte do governo colombiano participaram do processo o atual conselheiro para a Segurança, Sergio Jaramillo; o ministro do Meio Ambiente, Frank Pearl e Enrique Santos Calderón, irmão do presidente, Juan Manuel Santos.

Primeiro passo para a paz

Em agosto de 2011, o então máximo chefe das Farc, Alfonso Cano, anunciou o desejo da guerrilha de empreender diálogos de paz que colocassem fim à guerra que a Colômbia vive há quase meio século.

Em vídeo publicado à época pela Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol) e enviado a todos os meios de comunicação, Cano lembrou Santos que em seu discurso de posse, prometeu deixar para trás “o ódio que havia caracterizado os oito anos do governo anterior”.

Em carta publicada em abril deste ano, a guerrilha ressaltou sua disposição ao diálogo com a ressalva de que “sentar-se a conversar não significa nenhum tipo de rendição e entrega. A reincorporação à vida civil implica e exige uma Colômbia diferente”. E ressaltam confiar que esta “é a vontade oficial. Assim, sem dúvida, poderemos entre todos desenterrar a paz", diz o texto.

Saída não é armada

Nesta segunda-feira (27), o Procurador Geral da Colômbia, Eduardo Montealegre, afirmou que “a saída para o conflito colombiano não está na via das armas”.

No rádio, Montealegre reiterou que “a superação desse conflito de tantas décadas é por meio de um processo de paz” e ressaltou que “a paz é um dever e um direito constitucional”.

Da Redação do Vermelho, com agências

CAMPANHA ANTECIPADA MADAME??? TE CUIDA ÁLVARO...

ATITUDES DE BARBOSA PREOCUPAM OAB

 

OAB critica posturas de Joaquim Barbosa
Atitudes de Barbosa no caso mensalão preocupam OAB 

As atitudes do ministro Joaquim Barbosa durante o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, tornaram-se motivo de preocupação para o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O Plenário da entidade decidiu, por unanimidade, divulgar uma nota se solidarizando com os advogados que atuam no processo.

O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, afirma que a nota se faz necessária porque o ministro Joaquim Barbosa “tem adotado posturas que em nada engrandecem a Justiça”. Entre os problemas apontados por ele, está o pedido do ministro, já no primeiro dia de votação, para enviar uma representação contra os advogados que pediram sua suspeição no caso, questionando sua imparcialidade para julgar o processo. O pedido foi rejeitado pelos outros ministros.

O presidente da OAB também critica a atitude do ministro ao chamar de “abobrinhas” questões preliminares levantadas por advogados do processo. “Quero eliminar as abobrinhas”, disse Barbosa em referência às questões preliminares, ao que até mesmo o ministro Marco Aurélio o advertiu de que os advogados podiam sentir-se ofendidos.

Pelo visto ofendeu mesmo, pois na visão de Ophir Cavalcante, Joaquim Barbosa “tentou diminuir as vozes da defesa”. E mais: tentou “emparedar os advogados de defesa ao pedir o envio de representação contra eles”.

A nota aprovada pelo Conselho Federal da OAB diz que “manifestações diminuindo a relevância do papel da defesa não se coadunam com o que se espera — e se exige — de uma autoridade do Judiciário”.

A OAB diz também que os advogados que estão atuando na AP 470 têm-se portado com dignidade, respeito, e em estreita observância aos postulados ético-profissionais, não se observando conduta ofensiva ou merecedora de reparos.

Leia a nota:

O plenário do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu, por unanimidade, divulgar nota se solidarizando com os advogados que atuam na Ação Penal 470, conhecido como mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Com o seguinte teor:

1. O advogado é indispensável à administração da Justiça. No exercício de sua missão, deve atuar com independência e autonomia, de modo a assegurar a efetivação de um julgamento justo.

2. Toda e qualquer atitude em desrespeito à liberdade profissional do advogado ofende a Constituição, o devido processo legal e atenta contra as garantias fundamentais dos cidadãos.

3. Os advogados devidamente constituídos na referida Ação Penal têm-se portado com dignidade, respeito, e em estreita observância aos postulados ético-profissionais, não se observando conduta ofensiva ou merecedora de reparos.

4. Manifestações diminuindo a relevância do papel da defesa não se coadunam com o que se espera — e se exige — de uma autoridade do Judiciário.

Marcos de Vasconcellos é repórter da revista Consultor Jurídico.


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PARA AQUELES QUE INGENUAMENTE EMBARCAM NA CANOA DOS EMPRESÁRIOS SONEGADORES E SEUS "IMPOSTÔMETROS"...

Torpeza bilateral

Corrupção: “Brasil tem R$ 1 trilhão em impostos sonegados”, revela ex-secretário da Receita 
Bob Fernandes

Everardo Maciel, pernambucano de 65 anos, conhece como poucos brasileiros os dutos por onde transita o dinheiro no Brasil. Ele foi secretário da Receita Federal por oito anos –nos dois governos Fernando Henrique Cardoso. Por outros oito anos ele foi Secretário da Fazenda; no Distrito Federal e em Pernambuco. Postos absolutamente privilegiados para se saber, por exemplo, quais são, na prática, as raízes, os métodos, formas e motivos que impulsionam a corrupção.

Nesta conversa, Everardo esmiúça algumas das principais veredas do assunto que há meses, senão há anos, rola de boca em boca Brasil afora. Com clareza, o ex-secretário da Receita, o homem do leão, revela toda a dimensão do problema no Brasil:

- O Brasil tem hoje R$ 1 trilhão em impostos não pagos, sonegados… O nome disso é corrupção.

Isso, por parte dos cidadãos. Já o Estado também não deixa por menos:

- O Estado deve aos cidadãos (em precatórios) uns 10% disso, uns R$ 80 a R$ 100 bilhões… Qual é o respaldo moral que tem o Estado? Isso é o que se chama torpeza bilateral…

Entre outros problemas, o ex-secretário descreve as formas como, via orçamento e suas emendas, e numa trança com o Executivo, tece-se a teia da chantagem e da corrupção no Congresso.

Leia aqui a íntegra da conversa.


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É PRECISO CONHECER A HISTÓRIA DA VENEZUELA, ANTES E DEPOIS DE CHÁVEZ !

A base de apoio de Hugo Chávez

Por Marina Terra, no sítio Opera Mundi:

Rabin Azuaje caminha para os 70 anos, mas sua passada ainda é vigorosa. Conforme percorre o sobe-e-desce das vielas do bairro 23 de Janeiro, o veterano professor de teatro relembra os anos anteriores à chegada do presidente Hugo Chávez ao poder. “Aqui era uma espécie de zona experimental para a repressão de governos como o de Carlos Andrés Pérez (1974-1979; 1989–1993) e Rafael Caldera (1969-1974 e 1994–1999)”, recorda Azuaje, militante comunista desde os 12 anos. “Todo tipo de armamento era testado contra nós.”

O 23 de Janeiro, assim como as demais comunidades pobres de Caracas, eram bastiões de resistência contra as administrações dos tradicionais partidos AD e Copei. “O pobre nunca teve voz. Todos podiam votar, mas nossas necessidades não eram atendidas”, ressalta Azuaje. “Com Chávez, pela primeira vez um presidente mandou construir casas para os cidadãos mais carentes. Começamos a perceber, com ele, que éramos maioria e que nossos interesses deveriam comandar o país.”

A percepção de Azuaje está materializada nos dados do INE (Instituto Nacional de Estatística). Até 1998, 50,8% da população eram considerados pobres e 20,3% extremamente pobres. Após doze anos, esses índices caíram, respectivamente, para 31,9% e 8,6%. Trocando em miúdos: 71,1% dos habitantes eram pobres ou miseráveis quando começou a atual administração e 43% desse contingente migraram para andares mais acima. Mais de 30% da população trocaram de extrato social. Não é pouca coisa.

Estudo recente da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) mostrou que, atualmente, a Venezuela é o país com menor desigualdade social na América Latina, com um coeficiente Gini de 0,394 – quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade. A herança transmitida a Chávez pelos governos conservadores era bem pior: um índice de 0,487.

Um dos instrumentos mais importantes para promover a redistribuição de renda foi o aumento do salário mínimo. Quando Chávez venceu as eleições de 1998, o menor pagamento devido equivalia a 182 dólares. Estará em quase 480 dólares em setembro de 2012. Somado com o auxílio-alimentação, direito de todo assalariado, o montante irá beirar os 700 dólares – o maior da América Latina, de acordo com a OIT (Organização Mundial do Trabalho), secundado pela Argentina (530 dólares) e com o Brasil (350 dólares) em nono lugar.

Outro componente importante do repertório chavista, no mundo do trabalho, foi a forte redução do desemprego. Situava-se em 14,5% na transição de poder em fevereiro de 1999. Na crise política de 2002-2003, quando a oposição tentou um golpe cívico-militar e paralisou a economia do país através de um locaute, quase 20% dos venezuelanos ficaram sem trabalho. Encontra-se, nos últimos meses, apesar da crise mundial, em 7,5%. Dos empregos existentes, 56% são com carteira assinada, contra 49% em 1998.

Para se compreender as razões econômicas e sociais da devoção dos mais pobres a Chávez, além da geração de renda e emprego, é preciso que se leve em conta o impetuoso crescimento dos investimentos em programas sociais. Nos doze anos anteriores ao seu governo, essa rubrica somou 73,5 bilhões de dólares, para alcançar 468,6 bilhões entre 1999 e 2011.

Adoração

Não é incomum observar em Caracas bandeiras e cartazes com o rosto do “Comandante”, todos com a cor que identifica os chavistas: o vermelho. No centro da capital, há diversas lojas que comercializam broches, camisetas, canecas e até mesmo bonecos de plástico do presidente, que repetem discursos e trechos de músicas que o próprio Chávez entoa.

As provocações aos “esquálidos”, como os oposicionistas são chamados por Chávez, são comemoradas e reproduzidas por seus seguidores. Exemplo disso foi quando o candidato às eleições presidenciais pela MUD (Mesa da Unidade Democrática), Henrique Capriles, fez uma caminhada, em junho, por La Guaira, estado de Vargas. Ao chegar na casa de uma moradora da cidade, foi recebido por ela com um quadro de Hugo Chávez nas mãos. “Acá somos todos rojos rojitos”, espicaçou a chavista diante das câmeras, para desconforto do pretendente azul.

A história de Alex

A dezenas de quilômetros, em uma sala no terceiro andar da Fundação Centro de Estudos Latino-americanos Rómulo Gallegos (Celarg), o professor Alex Valbuena, de 54 anos, dá uma aula sobre “Doña Barbara”, célebre romance do ex-presidente venezuelano. A história, publicada em 1929, opõe a civilização e a aspereza do campo. Fala das pessoas que são vítimas do destino, mas que ao mesmo tempo permanecem fortes e corajosas. “Ela fala da Venezuela”, resume o professor.

Valbuena explica que escolheu se aprofundar na obra há oito anos, assim que aprendeu a ler e a escrever. Na época, trabalhava como vigilante do prédio onde durante anos Gallegos viveu, no bairro de Altamira – um dos mais ricos da capital venezuelana. “Um mundo novo se abriu quando consegui decifrar aquelas letras”, diz. “Se não fosse pelas missões de alfabetização, talvez eu ainda estivesse fazendo meus turnos pela noite.”

As missões sociais começam em 2003 e são a base de sustentação do governo de Chávez. Os programas mencionados por Valbuena tiveram eficácia comprovada por organismos internacionais e a Venezuela foi considerada como “território livre de analfabetismo” em 2006. Em 2003, o país tinha 1,6 milhão de analfabetos – todos aprenderam a ler e a escrever em dois anos. Dos primeiros alfabetizados na Missão Robinson, 65% entraram para a Missão Robinson II, de acordo com o governo.

Valbuena deposita em Chávez a responsabilidade por essa transformação. Assim como ele, milhões de outros venezuelanos que ascenderam ao longo dos 14 anos de administração chavista votam pela continuidade do projeto. “Ele me deu o básico, o que nenhum outro governo sequer tentou fazer. Por que eu votaria em outro?”, questiona o professor, que atualmente cursa mestrado em Letras.

CLIPPING ECONÔMICO

Brasil Econômico

Manchete: Indústria retoma investimento em máquinas para elevar produção
Economia dá sinais diferentes para o médio e o curto prazos. Enquanto as empresas aumentam compras de bens de capital em firme aposta no reaquecimento do consumo, a construção civil perde fôlego e a arrecadação federal está em queda. (Págs. 1 e 6 a 9)
Mercedes aposta nos compactos contra queda forte nas vendas
A partir do lançamento do novo hatch Classe B em outubro, o diretor da marca alemã, Dimitris Psillakis, prevê a venda de 8 mil automóveis e diz que vai vencer a concorrência contra a BMW e a Audi. (Págs. 1 e 16)
Uma frente em defesa do euro
Alemanha e França anunciam a criação de um grupo de trabalho para tratar de assuntos como a crise na Grécia e Espanha e a integração bancária na Eurozona. (Págs. 1 e 36)
Vale perde apelo para corretoras
Após caírem 9,44% no ano — 8,27% apenas neste mês —, ações da Vale perdem espaço nas carteiras de fundos e de corretoras como BB DTVM e SLW. (Págs. 1 e 32)
Risco logístico adia estreia da Amazon no Brasil para 2013
Além disso, varejista encontra resistência nas negociações com as grandes editoras locais. (Págs. 1 e 18)
Avianca, Azul e Trip tiram fatia de mercado da Gol
O trio de pequenas companhias aumenta participação em mais de 4 pontos percentuais. (Págs. 1 e 22)
Paraíso do consumo
Brechó virtual atrai a classe C, que compra artigos de luxo, parcelados em até 12 vezes no cartão de crédito. (Págs. 1 e 14)
Broker Brasil vem aí
Nova corretora de câmbio, dirigida por Marcos Forgione, abre as portas em um mês para atuar em todo o país. (Págs. 1 e 30)