terça-feira, 30 de novembro de 2010

Confirmado. Hauly será secretário da Fazenda

Segundo informações publicadas agora pela manhã em vários blogs de Curitiba, o deputado federal Luiz Carlos Hauly será o Secretário da Fazenda do governo Beto Richa. A confirmação teria vindo por parte da assessoria do deputado, que ocupou o mesmo cargo no governo de Alvaro Dias em 1987.

Perfil
Luiz Carlos Jorge Hauly nasceu em Cambé, norte paranaense, no dia 8 de outubro de 1950. Seus pais - Salomão Jorge Hauly e Jamile Ayub Hauly - pioneiros do Norte do Paraná, estabeleceram-se com a família em Cambé, onde criaram todos os filhos. A irmã Nágila Hauly foi a primeira criança registrada no recém-criado município de Londrina.

É casado com a professora universitária Dra. Maria Célia de Oliveira Hauly e tem dois filhos: Lucas e Luiz Renato. Formado em Economia e Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina, Hauly participou ativamente da luta pela redemocratização do Brasil. Apaixonado por esporte, participa da equipe de jogadores veteranos de basquetebol do Paraná. Sua carreira como líder político paranaense começou em 1972 quando foi eleito um dos mais jovens vereadores pelo extinto Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em Cambé. Em 1982 é escolhido para ser o prefeito pelo PMDB destacando-se como líder municipalista.

Sua gestão é reconhecida por organizações governamentais e não -governamentais como o IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Municipal) e tendo recebido a Medalha do Mérito na Assistência ao Estudante -FAE/MEC - em 1985, pelo excelente trabalho desenvolvido nas áreas de educação, saúde e assistência social. Pela sua liderança estadual ele passa a liderar a Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná, entre 1987 a 1990, sendo ainda o presidente do Conselho de Administração do Banco do Estado do Paraná, que assumiu a 7ª posição no ranking entre os bancos brasileiros.

Assumiu o mandato de deputado federal pela primeira vez em 1991, tendo Londrina como sua base eleitoral. Reeleito por duas vezes para ser o representante do Paraná na Câmara Federal. Em Brasília notabiliza-se por onze vezes ser escolhido como um dos "cabeças" do Congresso Nacional, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). É um dos 14 congressistas que aparecem na lista desde 1993 tendo se destacado como formulador e debatedor. Recebeu indicações por sua atuação parlamentar da revista VEJA e ÉPOCA, além do jornal Folha de São Paulo que o classificou como "muito atuante".

Hauly foi eleito pelos paranaenses para o quinto mandato consecutivo com 2,9% dos votos válidos, sendo o terceiro mais votado no partido: 111.499 votos.

Derrotadas no Paraná Centrais Sindicais tentam impor agenda de governo

do blog do molina

As suspeitas Centrais Sindicais, mantidas a peso de ouro pelo governo federal, derrotadas por terem apoiado ao Osmar, a quem antes combatiam, tentam impor agenda ao governador eleito do Paraná.

Por iniciativa da UGT, que antes se perfilava ao PSDB local, mas ao qual traiu, sendo que o seu presidente, o Paulo Rossi, chegou a ocupar cargo de segundo escalão na gestão municipal do na época prefeito Beto Richa, na maior cara de pau as Centrais Sindicais do Paraná preparam um documento de propostas e projetos a ser entregue ao governador eleito Beto Richa.

Se estas entidades sindicais representassem de fato alguma coisa com certeza o governador eleito teria sido o Osmar, na campanha do qual não trouxeram muitos votos, mas com certeza geraram muitos problemas, pois as "unidas" Centrais não aceitaram a formação do Comitê Unitário de campanha e exigiram a montagem de um para cada uma delas, o que serviu somente para a dispersão das forças e dos recursos de campanha.

Se o Osmar por várias e sérias razões não quer saber de muitas conversas com estes barões da burocracia sindical imaginem o Beto!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Hauly é convidado para ser secretário de Beto Richa

Haluly pode voltar à pasta da Fazenda, que ocupou no final dos anos 80,
durante governo de Álvaro Dias.


Nomes começam a ser divulgados nesta segunda

do bondenews


O deputado federal reeleito pelo PSDB, que também é economista e professor, Luiz Carlos Jorge Hauly, poderá ocupar novamente o cargo de secretário de Fazenda do Estado do Paraná.

Hauly, que foi secretário de 1987 a 1990, recebeu e estuda a proposta do governador eleito Beto Richa (PSDB) para assumir o cargo a partir de janeiro de 2011.

Na próxima segunda (29), Beto deverá anunciar quatro ou cinco nomes que irão compor o seu governo de 2011 a 2014. Há a possibilidade de um maringaense estar entre os escolhidos pelo governador.

ACESSIBILIDADE, UMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS

por Tércio Albuquerque

O mundo do trabalho tem passado ao longo dos anos por profundas transformações.

As novas tecnologias que se incorporam a cada dia e a chamada "Revolução Tecnológica" , se por uma lado nos acrescenta valores e facilidades, por outro nos causa também preocupação, a medida que arrasta consigo necessariamente milhares de vagas e postos de trabalho.

Cabe então aos Governos, Empresários, Entidades Patronais e de Trabalhadores, debaterem, tirar propostas e encaminhamentos que deem respostas aos problemas que se apresentam fruto dessas mudanças...

Mais recentemente, novas demandas tem se apresentado, por exemplo as QUESTÕES AMBIENTAIS. Há apenas 20 anos questões desta ordem, começaram a se fazer presente.

De lá pra cá, MUITA COISA, mudou e avançou. A própria LEGISLAÇAO AMBIENTAL, se não passou por grandes transformações, certamente APRIMOROU-SE, CONSOLIDOU-SE, de fato SE FEZ CUMPRIR.

Aliás, MAIS que o LEGALISMO, a sociedade se posicionou, hoje em dia, ao menos nos grandes centros, a defesa do meio ambiente se faz de fato como forma de cidadania.

Empresas, Instituições, fazem questão de AGREGAR VALOR as suas marcas, assumindo a defesa ambiental.

Pois bem, faço essa rápida introdução, para entrar de fato no tema de nossa discussão.

Como citei dois exemplos, as questões Ambientais e Tecnológicas, a questão da acessibilidade passa também à entrar na pauta das relações sociais e por conseguinte inerente ao chamado Mundo do Trabalho.

O Brasil começa a "ABRIR OS OLHOS" para esse mundo que até então, parecia invisível...

O inegável avanço em vários aspectos da sociedade brasileira na última década, fruto do esforço e do trabalho dos Brasileiros, e uma política de governo acertada e FOCADA NO BEM ESTAR SOCIAL, nos permitem avaliar e ponderar que também esse desafio, (de atender as demandas de Acessibilidade) será superado.

Claro que será um esforço titânico que necessariamente deverá envolver GOVERNO-PATRÕES-TRABALHADORES-SOCIEDADE CIVILORGANIZADA.

A demanda já existe, o próprio PROTOCOLO aprovado juntamente com a Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, pela Assembléia Das Nações Unidas em DEZEMBRO de 2006 já indica as necessidades.

No Brasil, cada vez mais este segmento TOMA CORPO através de Associações e Organizações de Defesa dos Portadores de Deficiência.

Nós mesmos da SETP/PR,tivemos uma iniciativa recente de INTERVENÇÀO CONCRETA, possibilitando através de ConVênio, bolsa de estudos para cidadãos Angolanos com Deficiência Visual cursarem seus estudos(Terceiro Grau) no Brasil, no Paraná.

Isso é uma forma concreta de ACESSIBILIDADE pela intervenção do Estado.

Mas é NECESSÁRIO, imprescindível podemos dizer, a PARTICIPAÇÀO DA INICITIVA PRIVADA!

A abertura de vagas e postos de trabalho específicos para essa CATEGORIA DE TRABALHADORES. Algumas GRANDES empresas já tem essa política. Certamente essas empresas ENXERGAM ADIANTE, tem sensibilidade social e tem resultados POSITIVOS com essa política, ou seja, GANHA DUPLAMENTE, pois o Trabalhador Portador tem EMPENHO acima da média, trazendo retorno em produtividade e qualidade bem como RETORNO institucional, SENDO RECONHECIDA COMO EMPRESA AMIGA DA SOCIEDADE, COMO OS CONSEQUENTES VALORES QUE ISSO AGREGA A SUA MARCA.

INCLUSAO SÓ SE FAZ com a participação da SOCIEDADE. O cidadão consciente individualmente, as Organizações representantes deste segmento, Parlamentares Simpáticos a essa NOBRE CAUSA, devem EXERCER sua CIDADANIA, cobrando dos GOVERNOS ELEITOS, efetivo cumprimento de PROMESSAS e atendimento das DEMANDAS deste, repito, IMPORTANTE E RESPEITÁVEL segmento.

CONSIDERO FINALMENTE, que mais que um Direito, CONSTRUIR A ACESSIBILIDADE, É UM DEVER DO ESTADO!, POIS É SIM UMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS.

Tércio Albuquerque é Secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social

Conheça as principais revelações feitas pelo site Wikileaks

O controvertido site de vazamento de informações Wikileaks começou no domingo a divulgar um lote de 250 mil mensagens secretas enviadas por diplomatas dos Estados Unidos. Até agora, o Wikileaks publicou em seu site 220 de 251.287 documentos dos EUA descritos como cabos - como são chamadas as comunicações entre instituições diplomáticas.

do vermelho

O site entregou antecipadamente os arquivos em sua íntegra a cinco grupos de mídia, entre eles os jornais The New York Times, americano, The Guardian, britânico, e El Pais, espanhol. Leia abaixo alguns dos pontos principais dos documentos divulgados.

Ataque ao Irã
Vários líderes árabes e seus representantes são citados no documento como tendo exortado os EUA a atacar o Irã, para pôr fim ao suposto programa de armas nucleares do país. O embaixador da Arábia Saudita em Washington, Ader al-Jubeir, lembrou os EUA sobre as "frequentes exortações" do rei saudita para atacar o Irã.

Em um relatório de um encontro entre Al-Jubeir e o general americano David Petraeus, em 2008, o embaixador saudita disse que o rei queria que os EUA "cortassem a cabeça da serpente". O rei Hamad bin Isa al-Khalifa, do Bahrein, teria pedido aos EUA que contivessem o Irã "de qualquer maneira", enquanto o príncipe regente de Abu Dhabi, xeque Mohammad bin Zayed, disse aos EUA acreditar que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, iria "levar-nos à guerra".

Espionagem biométrica na ONU
Um cabo endereçado a diplomatas dos EUA emitido sob o nome da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pede que se coletem informações "biográficas e biométricas" - incluindo amostras de DNA, impressões digitais e biometria da íris - de funcionários-chave da ONU. Também foram pedidos dados de cartões de crédito, endereços de email, senhas e decodificadores usados em redes de computador em comunicações oficiais.

Os funcionários cujos dados foram solicitados incluiam "subsecretários, chefes de agências especializadas e seus principais consultores, assessores de alto escalão do SYG (secretário-geral), chefes de missões de paz e de missões de caráter político, incluindo comandantes de forças (militares)". Estão incluidas nos documentos ao menos nove orientações semelhantes sobre vários países, tanto sob o nome de Hillary quanto de sua predecessora, Condoleezza Rice.

Crise no Paquistão
Os cabos mostram a preocupação dos EUA com a presença de material radioativo em usinas nucleares do Paquistão, que Washington temia ser usado em ataques terroristas. As comunicações revelam que, desde 2007, os EUA vinham tentando remover urânio altamente enriquecido de um reator usado para pesquisas no Paquistão.

Em um cabo emitido em 2009, a embaixadora dos EUA no Paquistão, Anne W. Patterson, diz que o país se recusa a aceitar uma visita de especialistas dos EUA. Segundo ela, autoridades do Paquistão disseram que uma visita seria vista pelos paquistaneses como "se os EUA estivessem tomando as armas nucleares do Paquistão".

China e infiltração cibernética
Os documentos revelam preocupação sobre o suposto uso em grande escala, pelo governo chinês, de técnicas de infiltração e sabotagem cibernética. Alguns dos cabos diplomáticos afirmam que uma rede de hackers e especialistas em segurança foram contratados pela China a partir de 2002, e que essa rede conseguiu acesso a computadores do governo e de empresas dos EUA, além de aliados ocidentais e do Dalai Lama. Os cabos citam um contato chinês que disse à embaixada dos EUA em Pequim que o governo chinês estaria por trás da infiltração do sistema de computadores do Google no país em janeiro.

Planos da Coreia
Autoridades dos EUA e da Coréia do Sul discutiram planos para se formar uma Coreia unificada, no caso de colapso do regime da Coreia do Norte. O embaixador dos EUA em Seul afirma na comunicação que a Coreia do Sul considerava oferecer incentivos comerciais à China para "ajudar a mitigar" as "preocupações da China sobre o convívio com uma Coreia reunificada".

Guantánamo
Os cabos parecem revelar discussões entre vários países sobre o destino de presos libertados da base americana em Guantánamo, Cuba. A Eslovênia recebe a oferta de um encontro com o presidente Barack Obama se o país receber um prisioneiro, enquanto Kiribati, no Pacífico Sul, recebe a oferta de milhões de dólares em incentivos. Bruxelas recebe a informação de que abrigar prisioneiros poderia ser "uma maneira barata de a Bélgica conseguir proeminência na Europa".

Líderes mundiais
Vários líderes mundiais aparecem nos documentos - mostrando as visões pouco elogiosas que os diplomatas têm deles. O premiê da Itália, Silvio Berlusconi, é tratado como "displicente, vaidoso e ineficiente como líder europeu moderno" por um diplomata americano em Roma. Em 2008, a embaixada em Moscou descreve o presidente russo, Dmitry Medvedev, como "um Robin do (premiê Vladimir Putin) Batman".

Os cabos também tecem comentários sobre a relação extremamente próxima entre Berlusconi e Putin. O líder norte-coreano Kim Jong-il é descrito como "um camarada velho e flácido" que sofre com o trauma de um derrame, enquanto o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, é tratado como "Hitler". O ministro de Relações Exteriores e Cooperação da África do Sul se refere ao presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, como "aquele velho maluco".

Osmar acusa PMDB de traição e espera compensação de Dilma

do g1

Nem todos já miram as próximas eleições. O senador Osmar Dias (PDT), que perdeu a eleição para o governo do Paraná para o tucano Beto Richa, agora espera “reconhecimento” por parte da presidente eleita Dilma Rousseff na montagem do governo.

“Antes da campanha, eu tinha um projeto de ser candidato ao Senado e tinha uma eleição certa. Mas esse projeto foi alterado em função da pressão do meu partido e do governo para que fosse candidato a governador e, dessa forma, oferecesse um palanque forte para a Dilma”, expõe.

O senador faz a ressalva de que não está cobrando cargo nenhum.

“Se eu disser que não espero que haja um reconhecimento desse esforço que foi feito, não estaria sendo sincero. Mas não vou cobrar porque acho que é do arbítrio da presidente eleita fazer as escolhas. Não vou entrar nesse jogo de cobrança porque nunca fez parte do meu jeito de fazer política e não vai ser agora que vou fazer isso.”

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Secretaria realiza Encontro de Assistência Social em Foz do Iguaçu

A Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social vai realizar o Encontro Estadual sobre Gestão Financeira e Implementação dos Creas, em Foz do Iguaçu, entre os dias 29 de novembro e 01 de dezembro. O objetivo é debater sobre gestão financeira e implementação dos serviços nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), para promover a qualificação de técnicos e gestores da área social.

Segundo o secretário Tércio Albuquerque, durante o encontro também será feito um balanço das ações realizadas na última gestão. “É importante o diálogo entre todos os envolvidos na questão social. Através desta reunião será possível avaliar tudo que já executamos, fortalecer nossos resultados positivos e traçar metas para melhorar tudo que for preciso”, diz.

Albuquerque afirma que é meta do governador Orlando Pessuti fechar o ano com projetos concluídos ou já encaminhados para que sejam executados no próximo governo. “Muitas ações e propostas irão depender da continuidade e esperamos que sejam mantidos com o mesmo compromisso e responsabilidade”.

Participam do Encontro, técnicos da área social da Secretaria e dos escritórios regionais, técnicos municipais dos CREAS, gestores municipais e demais envolvidos na área. Entre os assuntos a serem debatidos estão conquistas, estratégias e superação de dificuldades, principalmente em relação aos serviços oferecidos nos Centros, direcionados para as pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Serviço: Encontro Estadual de Assistência Social
Data: dias 29, 30 e 1º de dezembro
Horário: das 8 às 18 horas
Local: Carimã Resort Hotel & Convention - Foz do Iguaçu – Paraná

USINEIROS MASSACRAM OPERÁRIOS

Ilmo. Sr. Orlando Pessuti

Governador do Estado do Paraná

C. Cívico

Curitiba – Paraná.

Prezado Governador:

Vimos por meio desta, pedir, com urgência, que interceda junto à empresa, DESTILARIA DE ALCOOL AMERICANA, localizada no Município de Nova América da Colina, que nega-se a pagar os salários dos trabalhadores.

São 1.400 funcionários que há dois meses não recebem os seus salários. Encontram-se em greve, desde o dia 19 de Novembro, passando já por sérias necessidades.

A empresa alega que não possui recursos para cobrir a folha de pagamento.

O Oficial de Justiça, entregou à empresa, uma Carta Precatória, embargando toda a produção de álcool, que seria destinada ao pagamento do pessoal, desviando o dinheiro, para pagar outras dívidas contraídas pela empresa.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fabricação de Álcool de Jacarezinho, representante legal da categoria, entrou como uma Ação Cautelar, embargando também a produção e pedindo a destinação do dinheiro para o pagamento dos funcionários. Entretanto, a Juíza Ziula Cristina, da Comarca de Cornélio Procópio, não aceitou o pedido da entidade.

Este impasse não pode continuar!

Pedimos à Vossa Excelência que interceda Junto aos órgãos competentes, para que a situação possa ser resolvida, porque que o direito ao salário é inalienável, fonte de amparo de todas estas famílias.


Atenciosamente,

José Ramos – Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fabricação de Álcool de Jacarezinho e Região.

Luiz Ary Gin – Presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado do Paraná.

Zenir Teixeira de Almeida – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.

Governo nega falta de recursos para pagar décimo-terceiro do funcionalismo

do política em debate

A secretária de Estado da Administração, Maria Marta Lunardon, negou agora há pouco, em entrevista coletiva, que o governo Pessuti esteja sem dinheiro para pagar o décimo-terceiro salário do funcionalismo estadual, como afirmou a equipe de transição do governador eleito, Beto Richa (PSDB). “Não houve antecipação de receita. Não haverá essa necessidade”, garantiu ela.

Na quarta-feira, o grupo de transição de Richa apontou que Pessuti deixaria um rombo de R$ 1,5 bilhão para o sucessor em 2011, por conta de despesas sem cobertura orçamentária, renúncias fiscais e outros problemas. Segundo essa versão, o atual governo estaria antecipando o recebimento de R$ 140 milhões de ICMS da Copel para conseguir fechar as contas de final de ano e pagar o décimo-terceiro dos servidores.

O secretário do Planejamento, Alan Jones, também rebateu as declarações da equipe de transição de Richa, classificando-as de “factóides”. “Temos em caixa R$ 1 bilhão. E temos ainda 30 dias de arrecadação. Não entendi de onde tiraram isso”, garantiu, atribuindo as afirmações a uma tentativa de justificar o risco de não cumprimento de promessas de campanha do tucano.

Ministério da Defesa enviará 800 soldados ao Rio

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, assinou na noite de quinta-feira uma diretriz ministerial que estabelece o envio de reforço das Forças Armadas para o governo do Estado do Rio de Janeiro nas operações de combate à recente onda de criminalidade na cidade, informou o ministério em um comunicado.

Serão enviados ao Rio 800 soldados do Exército para garantir a proteção dos perímetros das áreas conflagradas que forem ocupadas pela polícia.

O reforço foi solicitado pelo governador do Estado, Sérgio Cabral Filho, e autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como parte da operação denominada Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Jobim também determinou o envio de dois helicópteros da Força Aérea e dez blindados de transporte.

Veículos da Marinha, com o apoio de fuzileiros navais, já tomam parte da operação no Rio.

A diretriz ministerial prevê ainda o fornecimento, temporário, de equipamentos de comunicação entre aeronaves e tropas em solo e óculos para visão noturna.

Ao menos 30 suspeitos morreram em confrontos em cinco dias de violência no Rio.

Na quinta-feira, o avanço pelas ruelas da favela Vila Cruzeiro dos mais de 500 policiais na ação, a maioria transportada por ao menos dez veículos militares blindados da Marinha --que nunca haviam sido usados antes nos combates em favelas da cidade -- levou à fuga de dezenas de homens armados para outra comunidade da Penha, na zona norte da capital fluminense.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Confira a lista dos aprovados na primeira fase da Federal

da gazeta do povo


Foram classificados 14.668 candidatos.

As provas da segunda fase serão aplicadas nos dias 5 e 6 de dezembro


Lista completa aqui.

Hauly na expectativa de uma convocação de Beto

do blog do esmael

Casualmente encontrei-me hoje, em Brasília, com o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB). O parlamentar tucano foi um dos palestrantes na 1ª Conferência de Desenvolvimento do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Eu, um dos convidados ao evento.

Perguntei ao deputado londrinense sobre a composição do secretariado de Beto Richa (PSDB), que assumirá o governo do Paraná a partir de 1º de janeiro de 2011. “Tergiversou” sobre o assunto.

Embora tenha negado a pretensão, os olhos de Hauly brilharam quando o inquiri se seria um dos nomes de Londrina para a equipe de Beto. O município do Norte paranaense deu ao governador eleito mais de 70% dos votos válidos nas eleições de outubro.

Pelo sim pelo não, o parlamentar do PSDB está no aquecimento. Como tantos outros companheiros de ninho, que apostam no sucesso do governador eleito, Hauly alimenta expectativa de uma convocação para integrar o primeiro time daqui a 35 dias.

Sir Paul: Uma lenda no templo sagrado!

Indescritível o show do ex-beatle no maior templo sagrado do futebol paulista.

do blog do maior do mundo!

Depois de astros da grandeza de um Rush, Metallica, AC/DC, Bon Jovi, Beyoncée e Black Eye Peas, somente uma verdadeira lenda seria necessária para fechar com chave de ouro o ciclo vitorioso do estádio do Morumbi neste ano. Se não tivemos muitas alegrias em 2010 (na realidade praticamente apenas a Copinha no início do ano), pelo menos temos um patrimônio em crescimento e dando lucro aos cofres do clube. Contrariando previsões esdrúxulas dos cegos esportivos, o Morumbi é muito mais que um templo sagrado do futebol. Ele é e continuará sendo cartão de entrada das principais estrelas internacionais na cidade de São Paulo.

Blindados da Marinha entram na Vila Cruzeiro; há registro de tiroteio

da folhaonline

A Polícia Militar ocupa, às 13h desta quinta-feira, a favela da Vila Cruzeiro (zona norte do Rio), no Rio de Janeiro, com 120 homens do Bope e 40 do 16º Batalhão da Polícia Militar de Olaria. A entrada na favela é realizada com seis tanques blindados da Marinha, modelo M113, usados para furar bloqueios criados por traficantes. No horário, havia tiroteio no local.

A operação na Vila Cruzeiro tem o objetivo de coibir os ataques e incêndios de veículos registrados em diferentes pontos do Estado desde o último domingo (21). Os tanques blindados da Marinha chegaram nesta manhã à Vila Cruzeiro. Em cada um deles cabem 12 homens.

O coronel Álvaro Garcia, chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Rio de Janeiro, considera o efetivo suficiente para combater o crime no local e pediu para as pessoas ficarem dentro de suas casas.

"Estamos atuando de forma a trazer tranquilidade para a população", diz Garcia. Segundo o coronel, a atuação da PM na Vila Cruzeiro já estava programada a muito tempo, com base em informações da inteligência da polícia militar.

Durante a noite desta quinta-feira (25), a PM fará 50 rotas diferentes em locais considerados de risco no Rio de Janeiro. O objetivo é garantir a segurança da população, segundo a PM

Na quarta-feira (24), o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), pediu apoio à Marinha brasileira para conter a onda de ataques que ocorrem no Estado. Em entrevista ao 'Jornal Nacional', da TV Globo, na noite desta quarta-feira, o político disse que recebeu um fax do ministro da Defesa, Nelson Jobim, garantindo apoio logístico.

O governador sustenta que a Marinha não vai atuar diretamente no combate às ações violentas no Rio. 'Não é apoio de efetivo. A Marinha não irá se envolver. Irá ceder esses equipamentos para a operação da Polícia Militar.'

ENTENDA OS ATAQUES

Desde o fim de semana o Rio vem sofrendo uma série de ataques criminosos. O balanço geral até agora é de 27 mortos e 46 veículos incendiados, contando com um ônibus queimado na manhã desta quinta. Nove incêndios aconteceram entre as 20h da noite de quarta-feira (24) e o início da madrugada de hoje.

Na segunda-feira (22), o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, ligaram a série de ataques à política de ocupação de favelas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e à transferência de presos para presídios federais.

Beltrame não descartou novos ataques de 'traficantes emburrados' e afirmou que o Rio não mudará a política de segurança pública.

Para o comandante-geral da Polícia Militar do Rio, a onda de arrastões e de veículos incendiados na cidade é uma ação orquestrada por uma única facção criminosa com objetivo de causar medo na população e de desacreditar a política de segurança pública do Estado. Ele não citou o nome, mas se referia ao Comando Vermelho.

Para tentar conter a articulação de líderes de facções criminosas, Beltrame pediu na terça-feira ao Tribunal de Justiça a transferência de pelo menos oito presos para presídios federais.

Uma investigação da polícia do Rio aponta também para uma articulação entre traficantes de duas facções criminosas para uma eventual mega-ação de confronto para o próximo sábado, dia 27.

Nas conversas entre traficantes interceptadas pela polícia aparecem sugestões de atirar contra as sedes dos governos estadual e municipal e lançar explosivos em áreas de grande aglomeração, como shopping centers na zona sul e pontos de ônibus.

O policiamento nas ruas foi reforçado, com os agentes colocados em estado de alerta, e operações foram deflagradas para impedir que o confronto se materialize.
Foi ventilado por integrantes das facções criminosas o planejamento de ações para atingir diretamente familiares do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB).

Dívida pública federal aumenta 1,15% e chega a R$ 1,6 trilhão em outubro

da agência brasil

A emissão de títulos públicos e a apropriação de juros fizeram a dívida pública federal (DPF) aumentar R$ 18,76 bilhões de setembro para outubro, passando de R$ 1,626 trilhão para R$ 1,644 trilhão. Em termos percentuais, a alta foi de 1,15%.

A dívida pública mobiliária (em títulos) federal interna subiu 1,19%, passando de R$ 1,534 trilhão para R$ 1,552 trilhão. A alta ocorreu porque o Tesouro emitiu, em agosto, R$ 4,22 bilhões em títulos a mais do que resgatou. O aumento final, no entanto, foi ainda maior por causa do reconhecimento de R$ 14,10 bilhões em juros.

A dívida pública federal externa também subiu, encerrando outubro em R$ 92,21 bilhões, contra R$ 91,76 bilhões em setembro. A alta ocorreu apesar da estabilidade do dólar, que teve ligeira queda, de 0,07% em agosto.

Em relação à composição da DPF, houve aumento na participação da dívida pública mobiliária interna, que passou de 94,36% para 94,39% no mês passado. Já a dívida pública federal externa teve a participação reduzida de 5,64% para 5,61%. A participação de prefixados, que têm os juros definidos com antecedência, reduziu-se de 36,07%, em setembro, para 35,40%, em outubro, devido ao resgate líquido de títulos da ordem de R$ 9,27 bilhões.

A participação dos títulos corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic, na dívida mobiliária interna cresceu, de 30,91% para 31,46%. O vencimento de títulos corrigidos por índices de preços em outubro fez a fatia desses papéis aumentar de 26,53% para 26,78%. A parcela da dívida interna vinculada ao câmbio caiu de 5,57% para 5,44%.

O prazo médio da DPF mudou de 3,57 anos, em setembro, para 3,59 anos, em outubro. Prazos mais longos são significam mais confiança dos investidores na política econômica do governo. No caso da dívida mobiliária federal interna, o prazo ampliou-se de 3,42 anos para 3,43 anos. No caso da dívida pública externa, aumentou de 6,11 anos para 6,19 anos. A parcela dos títulos que vencem em 12 meses caiu de 25,03% para 22,88%, abaixo da banda estabelecida pelo Plano Nacional de Financiamento (mínimo de 24% e máximo de 28%).

O relatório da DPF, divulgado todos os meses, serve para mostrar como o governo refinancia a dívida pública.

Resultado da 1ª fase do vestibular da UFPR sai hoje

Para alegria de uns e tristeza de outros, sai hoje, às 14 horas, o resultado da 1ª fase do vestibular mais concorrido do Paraná. Cerca de 40 mil candidatos disputam uma das cinco mil vagas ofertadas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A lista estará disponível no site www.nc.ufpr.br. A previsão da UFPR é que 14 mil candidatos passem para a segunda fase, prevista para os dias 5 e 6 de dezembro.

De acordo com a universidade, no vestibular do ano passado, 15,4 mil estudantes foram convocados para a segunda prova. Em 2010 o número foi menor por causa do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que ficará com 10% das vagas após o término do processo seletivo.

Na próxima etapa os candidatos terão uma prova de compreensão e produção de texto. Esta avaliação, comum a todos os candidatos, terá sete questões discursivas. No dia 6, os candidatos fazem uma ou duas provas específicas de acordo com cada curso.Um círculo formado por candidatos logo na entrada do campus Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR) traduziu o clima de tranquilidade que marcou ontem a primeira fase da 39.ª edição do vestibular.

STF considera Geraldo Cartário "ficha limpa"

do portal band b

Votos dele serão considerados válidos o que pode alterar eleição de deputados federais no Paraná
Denise Mello

O ex-deputado estadual e candidato a deputado federal nas eleições 2010 pelo PDT, Geraldo Cartário, teve seu pedido de registro deferido no Superior Tribunal Federal.

No julgamento ocorrido no dia 22 de novembro, o Tribunal Superior decidiu que a Lei Complementar n. 135/2010 não pode retroagir para atingir o candidato, aumentando um prazo de inelegibilidade que já foi cumprido.

O relator, Ministro Hamilton Carvalhido, acompanhado pela maioria do Tribunal Superior, concluiu que a norma anterior à Lei Complementar n. 135/2010 "incidiu e produziu o fato jurídico que irradiou seus efeitos, que já se exauriram por inteiro no tempo e no espaço". A relatora Ministra Carmem Lúcia, deu provimento ao recurso ordinário deferindo o registro de candidatura de Geraldo Cartário Ribeiro ao cargo de deputado federal.


Mudanças

Agora, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deverá divulgar o número oficial de votos de Cartário que, segundo um boletim parcial do tribunal, teve mais de 30 mil votos. Todos terão que ser incluídos na contagem geral dos votos. Mesmo que Cartário não tenha conseguido números de votos suficientes para se reeleger, a inclusão de seus votos poderá provocar mudanças na lista de deputados federais eleitos pelo Paraná.

O TRE ainda não se manifestou sobre a decisão que considera Cartário "ficha limpa". O ex-deputado está em Portugal e deve voltar ao Brasil no próximo mês. Com seu registro deferido e sem qualquer tipo de impedimento para se candidatar nas próximas eleições, Cartário disse, segundo a assessoria, que "com essa vitória seus adversários políticos certamente terão outras preocupações".

Namorado de menor se entrega e diz que foi enganado

Douglas dos Santos, 19 anos, procurado pela polícia por causa do desaparecimento da adolescente Gabriele Haccourt de Carvalho, 13, se apresentou ontem à delegacia de Pinhais e foi indiciado por estupro de vulnerável.

Ele confirmou a versão apresentada pela menina, de que eles permaneceram seis dias juntos e mantiveram relações sexuais. O jovem alegou que não sabia que e a garota tinha apenas 13 anos e que, em nenhum momento, a forçou a fazer algo.

O delegado Fabio Amaro contou que, mesmo que Gabriele tenha mentido a idade, Douglas responderá por estupro de vulnerável. "O Código Civil diz que manter relações sexuais com menores de 14 anos, mesmo com consentimento, é crime.

No decorrer do processo, a defesa dele pode usar essa informação para tentar inocentá-lo", disse. O delegado explicou que como as relações aconteceram na casa de Douglas, em Mandirituba, o caso ficará sob responsabilidade da delegacia de Fazenda Rio Grande.

Arrependimento

Durante o depoimento, Douglas disse estar arrependido de ter ficado com a garota em casa, durante tantos dias, sem informar a família dela sobre o paradeiro de Gabriele.

O advogado do rapaz, Bernardo Macedo, explicou que a garota reclamava do tratamento recebido em casa e teria sugerido passar o final de semana com ele. A polícia apurou que Douglas recentemente se relacionou com outra garota, de 19 anos, que mora em Curitiba e está grávida dele.

Internet

Douglas e Gabriele se conheceram pela internet na segunda-feira da semana passada. No dia seguinte, combinaram de se encontrar no terminal do Bairro Alto, em Curitiba, e de lá foram para Mandirituba, onde passaram seis dias. Na segunda-feira, souberam que estavam sendo procurados pela polícia. A garota foi encontrada e levada de volta para a família.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Justiça do trabalho condena prefeito Paulo Mac Donald a pagar R$ 100 mil

O motivo é o contrato feito pelo município com a organização social Pró-Saúde para a administração do Hospital Municipal

O prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi (PDT), foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 100 mil por irregularidades na administração do Hospital Municipal. O Ministério Público e o Ministério Trabalho entraram com a ação em julho depois de denúncias de contratação de funcionários sem concurso público. A decisão foi proferida na sexta-feira (19) e divulgada nesta terça-feira (23).

A juíza Angélica Cândido Nogara Slomp, da 3ª vara do Trabalho de Foz do Iguaçu, também determinou o prazo de 45 dias para a rescisão do convênio entre a prefeitura e a Organização Social (OS) Pró-Saúde. A OS teria sido contratada para a gestão do hospital sem licitação, segundo a ação. A decisão judicial proíbe a prefeitura de transferir funções de responsabilidade do município para organizações sociais.

Para os promotores José Carlos Velloso e Lucimara Iegas e o procurador Enoque Ribeiro dos Santos, autores da ação, argumentam que o município não pode delegar a terceiros serviços públicos essenciais como a área de saúde. “O que vem ocorrendo, simplesmente, é a terceirização de cargos, empregos e funções públicas de atividades essenciais da administração na área da saúde”, afirmam na ação.

Pelo convênio firmando entre a prefeitura e Pró-Saúde, toda a estrutura física do Hospital Municipal, prédios e equipamentos – custeados com recursos públicos -, foram "cedidos" à entidade. Além disso, o município paga R$ 34 milhões por ano para que a instituição administre o hospital.

No despacho, a juíza questiona o motivo que levou a prefeitura a assinar o convênio com a entidade. “Pergunta-se: Qual o papel do terceiro requerido (Pró-Saúde) na gestão do hospital? A resposta é nítida, somente atribuir formal aparência de que gere a instituição a fim de possibilitar a contratação de trabalhadores sem concurso público, bem como a aquisição de bens e outros serviços, com valores repassados pelo primeiro requerido SEM LICITAÇÃO PÚBLICA (destaque da juíza)”, afirma a magistrada.

Em caso de descumprimento das obrigações determinadas pela decisão, a prefeitura deve pegar multa diária de R$ 10 mil por cada trabalhador encontrado em situação irregular.

O prefeito Paulo Mac Donald diz que vai recorrer da decisão. Ele contesta a informação de que não houve licitação para o convênio com a OS, porque os editais foram lançados e publicados, e diz que o sistema traz economia ao município. “A OS tem legislação especial que não paga INSS, o que dá uma economia de 28%. Eles são extremamente racionais na gestão de recursos humanos. As OS estão no Brasil inteiro. Se forem proibidas vão parar a saúde do país”, diz.

Além na economia na folha de pagamento, em razão do INSS, o prefeito sustenta que a OS consegue reduzir custos de compras, porque hoje administra 30 hospitais, e a quantidade de trabalhadores contratados, por ser eficiente em gestão.

O município também nega irregularidade no contrato de gestão e sustenta que hoje não tem condições de contratar pessoal porque precisa respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o procurador-geral do município, Osly Machado, há um termo de ajustamento entre o município e um Ministério Público do Trabalho para não contratar cooperativas de trabalho. No entanto, isso está sendo transferido para todo o terceiro setor que não é formado apenas pelas cooperativas. “A disposição de não contratar cooperativas está sendo aplicada no setor inteiro”. (gazeta do povo)

Uso da internet exige atenção dos pais

Esta semana, o desaparecimento da estudante Gabriele Haccourt de Carvalho, de 13 anos, moradora de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, chamou a atenção para os riscos que a internet pode representar quando mal utilizada. A garota sumiu depois de marcar um encontro via web, sem o conhecimento dos pais. Porém, este não é o único caso do tipo registrado nos últimos anos.

"A quantidade de crimes com início na internet tem crescido bastante. Isto não está acontecendo porque a internet ficou mais perigosa, mas porque tem mais gente se relacionando primeiro via virtual para que depois o relacionamento se torne real", diz a advogada Patricia Peck, que é especialista em Direito Digital e idealizadora do movimento Criança Mais Segura na Internet. Na maioria das vezes, quando a criança ou o adolescente tem uma relação digital com alguém há bastante tempo, não sente que aquela pessoa é uma desconhecida e pode representar algum tipo de risco. Em função disso, deixa de ter alguns cuidados como, por exemplo, avisar os pais que vai encontrar determinado amigo virtual, como o que aconteceu com a adolescente de Pinhais.

"Muitos pais, quando os filhos vão a uma festinha, se preocupam em saber na casa de quem é a festa, querem levar até a porta, conhecer o amigo e seus pais. Quando veem que o filho tem um amigo virtual, não se preocupam porque acreditam que o relacionamento acontece dentro de casa e não representa riscos. Isto é um grande erro", afirma a advogada.

Busca

Assim como buscam conhecer os amigos reais, Patrícia explica que é importante os pais destinarem um tempo para sentar em frente ao computador junto com os filhos, perguntar quem são os amigos virtuais e fazer uma busca para saber que tipo de comunidades as crianças e adolescentes estão participando. Além de tudo isso, é fundamental explicar aos filhos que nem sempre uma pessoa que divulga informações sobre si mesma na internet é realmente quem está dizendo ser. "É muito difícil saber se informações divulgadas são verdadeiras ou não. Quando um texto é colocado na internet, não temos como saber, por exemplo, se ele foi escrito por uma pessoa de 12 ou 30 anos", lembra Patricia. (paranaonline)

Lula diz que vai se tornar ' tuiteiro' e 'blogueiro' após deixar governo

Em entrevista a blogueiros, concedida nesta quarta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que, depois de “desencarnar” do cargo de presidente da República, pretende se tornar "tuiteiro" e "blogueiro".

“Quero ficar quatro meses sem fazer nada quero desencarnar primeiro, para a gente começar a conversar. Pode ficar certo de que serei tuiteiro, blogueiro. Eu vou ser um monte de coisa que eu não fui até agora”, disse.

Em uma conversa de cerca de duas horas, Lula falou sobre eleições, reforma política, aborto e a relação com a mídia nos quase oito anos de governo. Ele criticou o ex-candidato à Presidência José Serra, por causa do episódio em que teria sido atingido por uma suposta bolinha de papel, durante a campanha eleitoral. Serra foi acusado de forjar um ataque e, segundo Lula, teria de se desculpar com o povo brasileiro.

Participaram como entrevistadores os blogueiros Altamiro Borges (Blog do Miro), Altino Machado (Blog do Altino), Conceição Lemes (Vi o Mundo), William Barros (Cloaca News), Eduardo Guimarães (Cidadania), Leandro Fortes (Brasília, Eu Vi), Pierre Lucena (Acerto de Contas), Renato Rovai (Blog do Rovai), Rodrigo Vianna (Escrevinhador) e Túlio Vianna (Blog do Túlio Vianna).

Dilma anuncia Tombini para a chefia do BC

Sem ter falado com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, Dilma Rousseff escolheu ontem para o comando da instituição o economista Alexandre Tombini, hoje diretor de Normas e Sistema Financeiro. Além disso, a presidente eleita decidiu nomear Miriam Belchior, coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como ministra do Planejamento. Dilma anunciará hoje os três primeiros nomes da equipe econômica: além de Tombini e Miriam, que substituirá Paulo Bernardo, ela confirmará oficialmente a permanência do ministro Guido Mantega na Fazenda. A presidente eleita decidiu fazer o anúncio agora porque vai viajar e não quer criar incertezas no mercado financeiro. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma participará amanhã, em Georgetown (Guiana), da cúpula da União de Nações Sul-americanas (Unasul).

A escolha de Tombini foi dada como certa no início da tarde de ontem, após longa reunião de Dilma com Mantega, na Granja do Torto. Em conversas reservadas, Meirelles já havia dito que não aceitaria permanecer no cargo se o Banco Central perdesse a autonomia que teve ao longo dos dois mandatos de Lula. Foi, na verdade, uma jogada marqueteira de Meirelles que, ciente de que não permaneceria no cargo, pretendeu deixar a impressão de que sairia porque suas condições não foram acatadas e não porque seu perfil é indesejado pelo futuro governo. (fonte: vermelho)

Presidente da Copel morre em acidente na BR 116

Ronald Ravedutti voltava de São Paulo quando ocorreu o capotamento. Motorista foi internado

da banda B

presidente da Copel, Ronald Ravedutti, morreu em um acidente de automóvel hoje, por volta das 6h40, no km 37 da BR-116, perto da Represa do Capivari. Ele estava acompanhado do motorista que foi levado para o hospital. A informação sobre a morte do presidente da Copel foi confirmada pelo policial rodoviário Federal Francisco César Franco, do Posto Taquari, que atendeu a ocorrência. Segundo o policial, o carro de Ravedutti, um Renault Scenic, capotou na pista sentido sul.

As primeiras informações são de que o carro capotou depois de se perder na curva e bater num barranco. Ravedutti foi ejetado do veículo pelo vidro traseiro. Ele voltava de São Paulo, acompanhado apenas do motorista, que foi levado para o Hospital Angelina Caron.

Ravedutti assumiu a presidência da Copel em 17 de abril deste ano, substituindo Rubens Ghilardi, por indicação de Orlando Pessuti. Ronald era economista e estava na empresa desde 1971.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Plano antiarmas será permanente em 2011

Campanha de desarmamento ajudou a reduzir homicídios, segundo o governo federal; nova estratégia deve ficar pronta no ano que vem
Kita Pedroza / Desarme.org
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da PrimaPagina

Ter uma arma não é sinônimo de segurança. Pelo contrário, a pessoa que porta uma se torna ainda mais vulnerável à violência. A afirmação de Claudio Bento, coordenador do Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), coloca ainda mais em destaque o anúncio do Ministério da Justiça de que a campanha pública pelo desarmamento no país passará a ser permanente no início de 2011.

Ainda estão sendo definidas a operacionalização e as entidades que devem participar da iniciativa, mas as pessoas que desejam entregar suas armas já podem fazê-lo. Para isso, devem entrar no site da Polícia Federal (PF), preencher e imprimir uma guia de recolhimento, levar o documento junto com a arma até um posto da PF mais próximo e receber a indenização, que varia de R$ 100 a R$ 300, de acordo com o modelo e com a data de fabricação do mecanismo bélico.

Segundo o ministério, de 2003 a 2009, a taxa de homicídios caiu cerca de 11% no país, e um dos fatores que contribuíram para isso foram as campanhas de desarmamento. O especialista Bento, da UFMG, afirma que as políticas estaduais também tiveram um papel significativo.

“Alguns estados também estão puxando isso, como São Paulo e Minas Gerais. Por serem muito populosos, eles influenciam fortemente os índices nacionais. Há ainda o movimento de tentar controlar essa violência por meio de políticas sociais e projetos em áreas pobres”, acrescenta.

Por outro lado, nos últimos anos, cerca de 1,1 milhão de novas armas foram registradas no Brasil, enquanto aproximadamente meio milhão foram entregues desde 2005. Por isso, o governo pretende investir agora na conscientização, mostrando à população os riscos associados à arma de fogo.

“A letalidade dos conflitos aumenta muito quando existe uma arma envolvida. Tanto é que o crescimento dos homicídios no país traduz exatamente o aumento de mortes provocadas por ela. Já nas outras modalidades, os números permanecem estáveis”, completa o especialista da UFMG.

Mais ações

Por esse motivo, Bento acredita que a iniciativa de recolhimento, para ser efetiva, deve vir acompanhada de outras ações, como um combate mais rigoroso às armas ilegais, que representam cerca de 10 milhões das 17,6 milhões existentes no país, de acordo com pesquisa conduzida pelo Instituto de Estudos Internacionais e de Desenvolvimento de Genebra, em parceria com a ONG Viva Rio e o ISER (Instituto de Estudos da Religião).

“Você tem países que são mais armados, como os Estados Unidos, e nem por isso se mata tanto. Acho que tem um somatório de coisas, como uma disposição maior para se usar essas armas entre os jovens no Brasil. E há uma certa cultura da violência para a solução de conflitos, que vai além da disponibilidade de armas”, finaliza.

Bicicleta de bambu ganha prêmio ambiental

Projeto africano foi um dos 30 homenageados com o Seed 2010, que valoriza ações sobre sustentabilidade nos países em desenvolvimento

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da PrimaPagina

Uma empresa que produz bicicletas de bambu e outra que fabrica máquinas de lavar que independem de água encanada ou energia elétrica para funcionar estão entre os 30 vencedores do Prêmio Seed (“Semente”, em inglês), que reconhece ideias inovadoras e voltadas para a sustentabilidade nos países em desenvolvimento.

Em sua quinta edição, a iniciativa ofereceu aos contemplados, além de ajuda financeira no valor de US$ 5 mil, um pacote de serviços de apoio que inclui assessoria para desenvolvimento e melhoria do plano de negócios, oficina de empreendedorismo local e divulgação de ações no cenário regional, nacional e internacional.

O projeto das bicicletas feitas com bambu, desenvolvido em Gana, no oeste da África, foi reconhecido por aproveitar uma das matérias-primas mais abundantes do país para montar um meio de transporte acessível aos mais pobres e adequado às condições de terreno locais.

Já a iniciativa “IziWasha”, da África do Sul, recebeu o prêmio por criar um inovador dispositivo portátil para lavar roupas - sem depender de água encanada ou energia elétrica -, que vai beneficiar comunidades de baixa renda.

O Quênia, outro país africano, também teve iniciativas agraciadas com o Seed. Entre elas, destacam-se um projeto para substituir um milhão de lanternas de querosene por lâmpadas solares e outro para trocar postes de madeira por plástico reciclado.

Nas Américas, o único projeto contemplado com o Seed foi um colombiano, que investe em produtos não-madeireiros para reduzir o desmatamento de florestas. Em edições anteriores, iniciativas brasileiras estiveram entre as ganhadoras.

O Projeto Bagagem, que desenvolve pacotes de turismo que propiciam a criação de novos empregos e atividades comunitárias, deu início à série, em 2007. No ano seguinte, foi a vez do Pintadas Solar e, em 2009, entre os contemplados estavam Piabas do Rio Negro, Uso Sustentável de Sementes Amazônicas e 1 Milhão de Cisternas.

A rede Seed foi fundada em 2002 por PNUD, PNUMA e a União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), e incentiva ações inovadoras, que podem ser implantadas em outros locais, que tenham participação das comunidades, que combatam a pobreza e promovam o uso sustentável dos recursos naturais.

Presidente do BC, Henrique Meirelles não integrará o governo de Dilma Rousseff

Nome de maior destaque na equipe ministerial de Luiz Inácio da Silva, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não continuará à frente da instituição no governo da eleita Dilma Rousseff, de acordo com a Agência Reuters.

Presidente mais longevo do BC – ele está na presidência desde 2003 – Meirelles não nutriu com Guido Mantega, ministro da Fazenda, uma boa relação nos dois mandatos do petista Lula da Silva. Responsável maior pelo combate às consequências da crise financeira internacional, Henrique Meirelles sempre contou com a confiança do presidente-metalúrgico em suas decisões. Tanto é assim, que o próprio Lula pediu a ele para que se filiasse ao PMDB, o que foi uma tentativa de emplacar Meirelles como vice na chapa de Dilma Rousseff.

Com o convite feito pela presidente eleita para que Mantega continue no Ministério da Fazenda, as chances de Henrique Meirelles permanecer no comando do Banco Central diminuíram de forma considerável. Na última semana surgiram boatos de que uma das exigências para a sua permanência seria a garantia de que o BC continuaria autônomo, o que Meirelles desmentiu. Mas quem bem conhece o atual presidente da instituição sabe que ele pensa dessa forma. O nome do diretor de Normas do banco, Alexandre Tombini, subiu na bolsa de apostas que sempre marca o período de transição entre governos.

PCdoB, DO PARANÁ, NO DIVÃ

do Boca Maldita via blog de Claudia Wasilewski:

Sábado dia 20 de novembro, o PCdoB fez reunião que durou a bagatela de 7 horas. Desespero total de coxas e atleticanos. Tempos atrás sería para fazer autocrítica, modernizado agora discute a relação, a famosa D.R., e como discute.

Já se sinaliza o final da era Milton Alves, mas as coisas não são simples. Dia 11 e 12 de dezembro terá uma nova reunião agora com a presença da direção nacional para apaziguar os ânimos.

A Comissão de Controle (uma espécie de comissão de ética), terá trabalho. Cabeças foram pedidas, principalmente de prefeitos que não apoiaram os candidatos e as alianças do partido.

O PCdoB irá iniciar uma nova politica não mais atrelada ao destino politico de uma pessoa, abrindo assim um leque de oportunidades para novos quadros.

Dias 26 e 27 de fevereiro antes do carnaval, haverá a Conferência Extraordinária que irá eleger a nova direção do partido bem como seu novo presidente. Vamos aguardar...

Os bancos têm que pagar

por Clóvis Rossi

O pacote de ajuda a Irlanda, decidido no fim de semana, põe fim à crise? Nem por sonho. Pode ter acalmado os corsários do mercado financeiro, mais seguros de que receberão o que a Irlanda deve, graças ao empréstimo europeu, com participação do FMI, da Inglaterra e da Suécia, países que não são da eurozona (e o zona aí tem mesmo duplo sentido).

Mas já se abriu uma crise política na Irlanda, que tende a derrubar o governo mais cedo do que tarde, dando margem à incertezas sobre a aprovação do orçamento com cortes draconianos que é a contrapartida do empréstimo.

Além disso, os corsários já puseram proa rumo a Portugal e Espanha, dois outros países endividados, o que significa que acabam deixando cair gotas de sangue que atraem as piranhas do mercado.

O problema só será realmente enfrentado na hora em que os governantes tiverem a coragem de peitar o sistema financeiro. Não há outra solução. Nem precisa ser o remédio extremo, na forma de um calote à Argentina, como sugerido no "Guardian" desta segunda-feira pelo colunista Dean Baker.

Ele lembra, com razão, que o problema da Irlanda não foi criado por gasto público irresponsável, bem ao contrário. A Irlanda teve superávits fiscais (gastou menos do que arrecadou) nos cinco anos anteriores à crise. Quem a criou foram os bancos, que emprestaram descuidadamente para construtoras e consumidores, alavancando um "boom" imobiliário que, ao explodir, levou os bancos à quebra. Só não fecharam as portas porque o governo amparou-os com uma pilha de dinheiro, do que decorreu um déficit monumental.

Baker admite que o calote não é "a primeira melhor opção", mas acrescenta que, "se a alternativa é um indefinido período de desemprego de dois dígitos [está agora em assombros 14,1%], então abandonar o euro e dar o calote parece muito mais atraente".

A Argentina já provou que dar o calote pode de fato não ser a primeira melhor opção, mas, quando inevitável, tampouco é o fim do mundo. Causa uma dor inicial forte, mas, depois, pelo menos no caso argentino, veio uma frase de forte crescimento, só interrompida pela crise global.

Acontece que, no caso da Irlanda, o calote teria que ser precedido pelo abandono do euro, que tende a ser mais um problema que uma solução.

Por isso, mais conveniente é examinar a proposta de um homem de mercado aparecida nesta segunda-feira no "Financial Times".

Gerald Holtham, sócio-gerente da Cadwyn Capital LLP e professor visitante da Cardiff Business School, propõe que o conjunto da União Europeia faça uma detalhada análise do balanço de todos os seus bancos, "a única maneira de saber quando de fato valem seus ativos", seguida de um plano de resgate continental, não país a país, como foi feito primeiro com a Grécia e agora com a Irlanda.

Mas, atenção, o bonito da proposta é que os bancos e seus acionistas pagariam pelo menos uma parte da fatura pelo resgate das instituições com problemas.

O dinheiro de um fundo europeu de resgate entraria em troca de ações das instituições financeiras socorridas, diluindo a propriedade acionária. Além disso, o que ainda ficar de buraco seria tapado por uma reestruturação da dívida, "às custas dos credores". Enfim, é uma maneira mais suave e mais elegante de dizer calote, embora parcial.

O essencial nesse tipo de propostas nem são os aspectos técnicos, provavelmente polêmicos. O que vale é o lado político, ao cobrar dos bancos a sua parte pela imensa confusão em que meteram o planeta inteiro com suas aventuras financeiras. A alternativa já está nas ruas: os tumultos de maio na Grécia, as formidáveis mobilizações e greves de outubro na França, os protestos que se tornaram violentos no Reino Unido e, agora, o governo irlandês colocado contra as cordas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Hauly propõe que pessoas com mais de 60 anos não paguem pedágio

A Câmara analisa o Projeto de Lei 6886/10, do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que isenta do pagamento de pedágio nas rodovias federais o motorista com idade superior a 60 anos que esteja dirigindo o seu próprio carro.

O autor observa que o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) assegurou aos maiores de 60 anos direitos como a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos, mas não beneficiou os que trafegam pelas estradas federais.

O projeto, segundo ele, assegura a essas pessoas um tratamento digno à sua idade.

Fidel Castro: A Otan, gendarme mundial

Muitas pessoas sentem náuseas ao escutar o nome dessa organização. Na sexta-feira, 19 de novembro de 2010 em Lisboa, Portugal, os 28 membros dessa belicosa instituição, engendrada pelos Estados Unidos, decidiram criar o que com cinismo qualificam de “a nova Otan”.

Esta surgiu depois da Segunda Guerra Mundial como instrumento da Guerra Fria desencadeada pelo imperialismo contra a União Soviética, o país que pagou com dezenas de milhões de vidas e uma colossal destruição a vitória sobre o nazismo.

Contra a URSS, os Estados Unidos mobilizaram, junto a uma parte sadia da população europeia, à extrema direita e toda a escória nazifascista da Europa, cheia de ódio e disposta a tirar proveito dos erros cometidos pelos próprios dirigentes da URSS, depois da morte de Lênin.

O povo soviético, com enormes sacrifícios, foi capaz de manter a paridade nuclear e apoiar a luta de libertação nacional de numerosos povos contra os esforços dos Estados europeus por manter o sistema colonial imposto pela força ao longo de séculos; Estados que se aliaram no pós guerra ao império ianque, o qual assumiu o comando da contrarrevolução no mundo.

Em apenas 10 dias ―menos de duas semanas―, a opinião mundial recebeu três grandes e inesquecíveis lições: o G-20, a Apec e a Otan, em Seul, Yokohama e Lisboa, de modo que todas as pessoas honestas que saibam ler e escrever e cujas mentes não tenham sido mutiladas pelos reflexos condicionados do aparato midiático do imperialismo, possam ter uma idéia real dos problemas que afetam hoje a humanidade.

Em Lisboa não se pronunciou uma palavra capaz de transmitir esperanças a bilhões de pessoas que sofrem a pobreza, o subdesenvolvimento, a insuficiência de alimentos, habitação, saúde, educação e emprego. Pelo contrário, o vaidoso personagem que figura como chefe da máfia militar da Otan, Anders Fogh Rasmussen declarou em tom de pequeno führer nazista, que o “novo conceito estratégico” era para “atuar em qualquer lugar do mundo”. Não foi à toa que o governo da Turquia esteve a ponto de vetar sua nomeação quando Fogh Rasmussen ―um neoliberal dinamarquês ― como primeiro ministro da Dinamarca, usando o pretexto da liberdade de imprensa, defendeu em abril de 2009 os autores de graves ofensas ao profeta Maomé, uma figura respeitada por todos os crentes muçulmanos.

Não poucas pessoas no mundo se recordam das estreitas relações de cooperação entre o governo da Dinamarca e os “invasores” nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

A Otan, ave de rapina encubada nas saias do império ianque, dotada inclusive de armas nucleares tácticas que podem ser até várias vezes mais destrutivas que a que fez desaparecer a cidade de Hiroshima, está comprometida pelos Estados Unidos na guerra genocida do Afeganistão, ainda mais complexa que a aventura no Kossovo e a guerra contra a Sérvia, onde massacraram a cidade de Belgrado e estiveram a ponto de sofrer um desastre se o governo daquele país se tivesse mantido firme, em vez de confiar nas instituições de justiça européia em Haia.
A inglória declaração de Lisboa, em um dos seus pontos afirma de forma vaga e abstrata:

“Apoio à estabilidade regional, aos valores democráticos, à segurança e à integração no espaço euro-atlântico nos Bálcãs.”

“A missão em Kossovo se orienta a uma presença menor e mais flexível.” Agora?

Tampouco a Rússia poderá esquecer tão facilmente: o fato real é que quando Yeltsin desintegrou a URSS, os Estados Unidos avançaram as fronteiras da Otan e suas bases de ataque nuclear para o coração da Rússia na Europa e na Ásia.

Essas novas instalações militares ameaçavam também a República Popular da China e a outros países asiáticos.

Quando aquilo ocorreu em 1991, centenas de SS-19, SS-20 e outras poderosas armas soviéticas podiam alcançar em questão de minutos as bases militares dos Estados Unidos e da Otan na Europa. Nenhum secretário geral da Otan se teria atrevido a falar com a arrogância de Rasmussen.

O primeiro acordo sobre limitação de armas nucleares foi assinado tão cedo como na data de 26 de maio de 1972, entre o presidente dos Estados Unidos Richard Nixon e o secretário geral do Partido Comunista da União Soviética Leonid Brezhnev, com o objetivo de limitar o número de mísseis antibalísticos (Tratado ABM) e defender certos pontos contra mísseis com carga nuclear.

Brezhnev e Carter assinaram em Viena novos acordos conhecidos como SALT II em 1979, mas o Senado dos Estados Unidos se negou a ratificar tais acordos.

O novo rearmamento promovido por Reagan, com a Iniciativa de Defesa Estratégica, pôs fim aos acordos SALT.

O gasoduto da Sibéria já tinha sido explodido pela CIA.

Um novo acordo, ao contrário, foi assinado em 1991 entre Bush pai e Gorbachov, cinco meses antes do colapso da URSS. Ao produzir-se tal acontecimento, o campo socialista já não existia. Os países que o Exército Vermelho tinha libertado da ocupação nazista não foram capazes sequer de manter a independência. Governos direitistas que acederam ao poder se passaram com armas e bagagens para a Otan e caíram em mãos dos Estados Unidos. O da RDA, que sob a direção de Erich Honecker tinha realizado um grande esforço, não pôde vencer a ofensiva ideológica e consumista lançada desde a própria capital ocupada pelas tropas ocidentais.

Como dono virtual do mundo, os Estados Unidos incrementaram sua política aventureira e belicista.

Devido a um processo bem manipulado, a URSS se desintegrou. O golpe de misericórdia foi assestado por Boris Yeltsin em 8 de dezembro de 1991 quando, em sua condição de presidente da Federação Russa, declarou que a União Soviética tinha deixado de existir. No dia 25 desse mesmo mês e ano, a bandeira vermelha da foice e martelo foi arriada do Kremlin.

Um terceiro acordo sobre armas estratégicas foi firmado então entre George H. W. Bush e Boris Yeltsin, em 3 de janeiro de 1993, que proibia o uso dos Mísseis Balísticos Intercontinentais (ICBM nas sigla em inglês) de múltiplas ogivas. Foi ratificado pelo Senado dos Estados Unidos em 26 de janeiro de 1993, com uma margem de votos de 87 a 4.

A Rússia herdava a ciência e a tecnologia da URSS ― que apesar da guerra e dos enormes sacrifícios foi capaz de equiparar seu poder com o imenso e rico império ianque ―, a vitória contra o fascismo, as tradições, a cultura, e as glórias do povo russo.

A guerra da Sérvia, um povo eslavo, tinha atingido duramente a segurança do povo russo, coisa que nenhum governo podia dar-se o luxo de ignorar.

A Duma russa ― indignada pela primeira guerra do Iraq e a do Kossovo na qual a Otan massacrou o povo sérvio -, se negou a ratificar o START II e não assinou tal acordo até o ano 2000, e nesse caso, para tratar de salvar o tratado ABM que nessa ocasião já não interessava aos ianques manter.

Os Estados Unidos tratam de utilizar seus enormes recursos midiáticos para manter, enganar e confundir a opinião pública mundial.

O governo desse país atravessa uma etapa difícil como consequência de suas aventuras bélicas. Na guerra do Afeganistão estão comprometidos os países da Otan sem exceção alguma, e vários outros do mundo, a cujos povos é odiosa e repugnante a carnificina em que estão envolvidos em maior ou menor grau países ricos e industrializados como Japão e Austrália, e outros do Terceiro Mundo.

Qual é a essência do acordo aprovado em abril deste ano pelos Estados Unidos e a Rússia? Ambas as partes se comprometem a reduzir o número de ogivas nucleares estratégicas a 1.550. Das ogivas nucleares da França, do Reino Unido e Israel, todas capazes de golpear a Rússia, não se diz uma palavra. Das armas nucleares tácticas, algumas delas com muito mais poder que a que fez desaparecer a cidade de Hiroshima, tampouco. Não se menciona a capacidade destrutiva e letal de numerosas armas convencionais, as rádio-elétricas e outros sistemas de armamentos aos quais os Estados Unidos dedicam seu crescente orçamento militar, superior aos de todas as demais nações do mundo juntas. Ambos os governos sabem, e talvez outros muitos dos que ali se reuniram, que uma terceira guerra mundial seria a última. Que tipo de ilusões podem semear os membros da Otan? Qual é a tranquilidade que dessa reunião deriva para a humanidade? Que beneficio para os países do Terceiro Mundo, e inclusive para a economia internacional, é possível esperar?

Não podem sequer oferecer a esperança de que a crise econômica mundial seja superada, nem quanto tempo duraria essa melhoria. A dívida pública total dos Estados Unidos, não só a do governo central, mas do resto das instituições públicas e privadas desse país, já se eleva a uma cifra que se iguala ao PIB mundial de 2009, que ascendia a 58 trilhões de dólares. Por acaso os que estavam reunidos em Lisboa se perguntaram de onde saíram esses fabulosos recursos? Simplesmente, da economia de todos os demais povos do mundo, aos quais os Estados Unidos entregaram papéis convertidos em divisas que ao longo de 40 anos, unilateralmente, deixaram de ter respaldo em ouro e agora o valor desse metal é 40 vezes superior. Esse país ainda dispõe de poder de veto no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial. Por que não se discutiu isso em Portugal?

A esperança de retirar do Afeganistão as tropas dos Estados Unidos, da Otan e de seus aliados é idílica. Terão que abandonar esse país antes de que, derrotados, entreguem o poder à resistência afegã. Os próprios aliados dos Estados Unidos já começam a reconhecer que poderiam transcorrer dezenas de anos antes de acabar essa guerra. Estaria a Otan disposta a permanecer ali esse tempo? Os próprios cidadãos de cada um dos governos ali reunidos o permitiriam? Não esquecer que um país de grande população, o Paquistão, compartilha uma fronteira de origem colonial com o Afeganistão e uma percentagem não desprezível de seus habitantes.

Não critico Medvedev, faz muito bem em tratar de diminuir o número de ogivas nucleares apontadas contra seu país. Barack Obama não pode inventar justificativa alguma. Seria risível imaginar que esse colossal e custoso deslocamento do escudo nuclear anti-mísseis é para proteger a Europa e a Rússia dos foguetes iranianos, procedentes de um país que não possui sequer um artefato nuclear táctico. Nem em um livrinho de histórias infantis se pode afirmar isso.

Obama já admitiu que sua promessa de retirar os soldados norte-americanos do Afeganistão poderia dilatar-se, e os impostos aos contribuintes mais ricos ser suspensos de imediato. Depois do Prêmio Nobel seria necessário conceder-lhe o prêmio de “maior encantador de serpentes” que jamais existiu.

Tomando em conta a autobiografia de George W. Bush, já convertida em “Best Sellers”, que algum redator inteligente elaborou para ele, por que não lhe deram a honra de convidá-lo a Lisboa? Com certeza, a extrema direita, o “Tea Party” da Europa, ficaria feliz.

Fidel Castro Ruz
21 de novembro de 2010
20 h 36.

Fonte: CubaDebate

Tradução: Redação do Vermelho

Plano antiarmas será permanente em 2011

Interessados em participar de campanha nacional devem preencher guia no site da Polícia Federal e levar armas a sedes da corporação
Kita Pedroza / Desarme.org
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BRUNO MEIRELLES
da PrimaPagina

Ter uma arma não é sinônimo de segurança. Pelo contrário, a pessoa que porta uma se torna ainda mais vulnerável à violência. A afirmação de Claudio Bento, coordenador do Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), coloca ainda mais em destaque o anúncio do Ministério da Justiça de que a campanha pública pelo desarmamento no país passará a ser permanente no início de 2011.

Ainda estão sendo definidas a operacionalização e as entidades que devem participar da iniciativa, mas as pessoas que desejam entregar suas armas já podem fazê-lo. Para isso, devem entrar no site da Polícia Federal (PF), preencher e imprimir uma guia de recolhimento, levar o documento junto com a arma até um posto da PF mais próximo e receber a indenização, que varia de R$ 100 a R$ 300, de acordo com o modelo e com a data de fabricação do mecanismo bélico.

Segundo o ministério, de 2003 a 2009, a taxa de homicídios caiu cerca de 11% no país, e um dos fatores que contribuíram para isso foram as campanhas de desarmamento. O especialista Bento, da UFMG, afirma que as políticas estaduais também tiveram um papel significativo.

“Alguns estados também estão puxando isso, como São Paulo e Minas Gerais. Por serem muito populosos, eles influenciam fortemente os índices nacionais. Há ainda o movimento de tentar controlar essa violência por meio de políticas sociais e projetos em áreas pobres”, acrescenta.

Por outro lado, nos últimos anos, cerca de 1,1 milhão de novas armas foram registradas no Brasil, enquanto aproximadamente meio milhão foram entregues desde 2005. Por isso, o governo pretende investir agora na conscientização, mostrando à população os riscos associados à arma de fogo.

“A letalidade dos conflitos aumenta muito quando existe uma arma envolvida. Tanto é que o crescimento dos homicídios no país traduz exatamente o aumento de mortes provocadas por ela. Já nas outras modalidades, os números permanecem estáveis”, completa o especialista da UFMG.

Mais ações

Por esse motivo, Bento acredita que a iniciativa de recolhimento, para ser efetiva, deve vir acompanhada de outras ações, como um combate mais rigoroso às armas ilegais, que representam cerca de 10 milhões das 17,6 milhões existentes no país, de acordo com pesquisa conduzida pelo Instituto de Estudos Internacionais e de Desenvolvimento de Genebra, em parceria com a ONG Viva Rio e o ISER (Instituto de Estudos da Religião).

“Você tem países que são mais armados, como os Estados Unidos, e nem por isso se mata tanto. Acho que tem um somatório de coisas, como uma disposição maior para se usar essas armas entre os jovens no Brasil. E há uma certa cultura da violência para a solução de conflitos, que vai além da disponibilidade de armas”, finaliza.

Caixa perdeu mais de R$ 320 milhões no Panamericano

Leandro Modé/AE

SÃO PAULO - Quando a Caixa Econômica Federal comprou 35,5% do Panamericano por R$ 740 milhões, em novembro de 2009, o banco de Silvio Santos valia R$ 2,1 bilhões na Bolsa de Valores de São Paulo. Na última quinta-feira, o chamado valor de mercado havia desabado para R$ 1,2 bilhão. Ou seja, só nesse item, a instituição controlada pelo governo federal perdeu mais de R$ 320 milhões – diferença entre a participação de 35,5% em relação a R$ 2,1 bilhões e a R$ 1,2 bilhão.

Uma das várias questões que intrigam o mercado no caso Panamericano é o fato de o banco ter conseguido dois grandes aportes de capital quando aparentemente já enfrentava problemas. Segundo o Banco Central (BC), há indícios de que as fraudes contábeis começaram há cerca de quatro anos, ou seja, em 2006. Mas não é só isso. Rumores sobre a solidez do banco eram correntes há alguns anos.

Ainda assim, o Panamericano conseguiu levantar quase R$ 800 milhões em uma abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) realizada em novembro de 2007. Somando a compra pela Caixa e o IPO, está se falando de R$ 1,5 bilhão.

A abertura de capital foi coordenada por três instituições bastante ativas no mercado de capitais brasileiro: UBS Pactual (hoje BTG Pactual), Bradesco BBI e Itaú BBA. Antes de efetuar a compra de parte do Panamericano, a Caixa foi assessorada pelo Banco Fator e pela KPMG. "Como tanta gente qualificada não conseguiu ver nada?", indaga uma fonte que pediu para não ser identificada.

O Estado procurou todos os envolvidos. Com exceção do Fator, que designou um porta-voz para explicar a assessoria para a Caixa, os outros se pronunciaram por meio de notas.

Principal coordenador do IPO, o BTG Pactual diz que "seguiu os mesmos procedimentos adotados nos demais processos de abertura de capital". O Itaú BBA afirma "que se serve de informações públicas e auditadas como base para todos os negócios que assessora". Completa o Bradesco BBI: "Faz parte dos processos de IPO um relatório de empresa de auditoria especializada, o que ocorreu no caso em questão (foi a Deloitte)".

A KPMG diz que "os limites do trabalho executado, bem como das informações disponibilizadas no data room (um banco de dados com informações do Panamericano), não permitiriam a detecção dos fatos ora noticiados pela imprensa como irregularidades".

O diretor do banco de investimentos do Fator, Venilton Tadini, afirma que a instituição se baseou nas informações fornecidas pelo Panamericano. Segundo ele, o "escopo" do trabalho era fazer a chamada due diligence (análise e avaliação detalhada de dados e documentos de uma empresa) a partir de "informações primárias apresentadas pelo Panamericano". Como tais informações se têm revelado falsas, Tadini afirma que o Fator estuda processar o Panamericano.

O interesse da Caixa pelo Panamericano surgiu após a eclosão da crise internacional, em setembro de 2008. Na ocasião, os bancos médios brasileiros sofreram com falta de liquidez. Para evitar uma quebradeira em série, o governo (principalmente via Banco Central) adotou uma série de medidas. Uma delas, de 22 de outubro de 2008, autorizava o Banco do Brasil (BB) e a Caixa a comprar instituições em dificuldades.

O BB foi rápido. Em janeiro do ano seguinte, adquiriu metade do Banco Votorantim. A instituição da família Ermírio de Moraes sofria uma crise de confiança. O mercado não sabia o prejuízo que havia apurado com as operações que ficaram conhecidas como derivativos tóxicos (empresas que apostaram na alta do real ante o dólar e foram pegas no contrapé com a disparada da moeda americana). Uma dessas companhias era a VCP, braço do grupo na área de papel e celulose.

A Caixa demorou um pouco mais para agir. Negociou durante meses com o Panamericano, até divulgar publicamente a compra de metade do capital votante do banco de Silvio Santos. Foi a primeira aquisição realizada na história da Caixa.

Um ex-presidente do BC avalia que a falta de experiência nesse tipo de negócio prejudicou a Caixa. Segundo ele, a diretoria do BB é mais acostumada com aquisições. Portanto, ele argumenta que a chance de entrar em uma roubada é, ao menos em tese, menor que a da Caixa.

Se a Caixa pecou pela falta de experiência ou não, só o tempo vai dizer. Mas uma coisa já é certa: a oposição quer explicações sobre o caso e vai tentar usá-lo para que o governo Dilma Rousseff comece sob fogo cerrado. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado convidou o BC, a Caixa, a Deloitte (auditoria do Panamericano) e a KPMG para uma audiência pública na próxima quarta-feira.

Em um discurso inflamado na semana passada, um dos líderes oposicionistas, o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), fez pesadas críticas à compra do Panamericano pela Caixa. "Quem tem culpa nisso? (A Caixa) pagou por ativos que não existiam e também pelas receitas decorrentes de ativos que não existiam", afirmou. Procurada, a Caixa não se pronunciou.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

E se não fosse o CEP...

do blog do cláudio humberto

Um morador de Brasília, cliente da TIM, resolveu divulgar sua história com a operadora de telefonia. Mateus de Oliveira Pinto tentava atualizar seu endereço, mas como de costume, a telefonista não entendia a informação oferecida por ele. Graças ao CEP Mateus recebeu, finalmente, mas surpreso, sua fatura. Segue abaixo o relato do cliente sobre a conversa:


"Depois de 45 minutos aguardando…."
Mateus: "Alô! Boa noite, não estou recebendo minhas faturas… Preciso atualizar meu endereço…"
Tim: "Senhor, pode falar seu novo endereço…"
Mateus: "SQN 214 Bloco E…"
Tim: "Ok.. FQM 214 Bloco E…."
Mateus: "Não… Não…. É SQN!!! Não FQM!"
Tim: "Ah sim, desculpe… Confirmando… FQN 214"
Mateus: "Po! Não…. SQN!!! SQN!!!"
Tim: "Ah tá, desculpe senhor… Continuando… SQM 214"
Mateus: "Ai caramba!!!! Esquece o M e o F… É SQN"
Tim: "Já entendi senhor… FQN"
Mateus: "Ai meu santo… É SQN… Sapo Queijo Nada… SQN… Sapo Queijo Nada!!"
Tim: "Ah tá senhor…. Agora entendi… Sapo Queijo Nada"
Mateus: "Ufa! Graças a Deus… Tudo certo então… Atualizado?"
Tim: "Sim, atualizado… Boa noite."


O resultado foi o que está na imagem acima.


Ao ser questionada sobre o assunto, a TIM informou que entrou em contato com Mateus e já realizou a alteração do endereço. A empresa afirmou ainda que o “fato ocorrido foi pontual e que será utilizado para aprimoramento de seu atendimento e treinamento de seus consultores.”

Dia da Consciência Negra: Senado homenageia vítima de preconceito

Os senadores realizaram, na manhã desta sexta-feira (19), sessão plenária em homenagem às pessoas que ainda são vítimas de preconceito no Brasil. O evento foi solicitado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que estendeu a homenagem do Senado ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, aos demais grupos que atualmente sofrem discriminação.

do vermelho

Marlete Queiroz, representante dos grupos ciganos, disse que os 800 mil ciganos nesse país não são cidadãos porque não têm direito nem a Certidão de Nascimento e nem fazem parte do Censo, que reconhece apenas brancos, negros e índios. “Nós não estamos em estágio de discriminação, nós estamos além, somos invisíveis. Um povo invisível que ninguém conhece e precisa de respeito, dignidade e esperança”, disse em um discurso emocionado.

O senador disse que a discriminação "é inadmissível em pleno século 21, quando o mundo avança no combate ao racismo e ao preconceito, e no momento em que se elege um negro para presidente dos Estados Unidos", acrescentando que o Brasil elegeu para presidente um nordestino e operário e, agora, uma mulher. "Viver ainda hoje com esse tipo de conduta preconceituosa é um retrocesso", avaliou.

Cristovão Buarque (PDT-DF) disse que se emocionou com o discurso de Marlete e reconhece que o Brasil não será o país de todos até que estejam todos incluídos, com direito a todos os avanços. “O país precisa de ser um país provisório”, afirmou, destacando que “é preciso que o sistema de cota, o Bolsa-Família – ainda muito importantes – sejam coisas do passado, assim como sessões como essa.”

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que presidiu a sessão, disse que o momento era propício para reflexão sobre a desigualdade social como marca fundamental da sociedade brasileira. “Haveria a percepção de que a desigualdade social é algo inerente ao Brasil. Pior: a percepção de que tal desigualdade seria aceitável e não haveria o que fazer; de que as coisas são assim e não há problema que continuem a sê-lo”, alertou.

Reviravolta cultural

Para a senadora pelo PT, tais crenças levaram à aceitação das desigualdades, bem como sua continuidade e disseminação. Segundo ela, essa discriminação não ocorre apenas com negros e pessoas pobres. Ocorre também com mulheres de todas as classes sociais, pessoas com deficiência física ou mental, idosos, presidiários, índios e muitos outros.

Para reduzir o preconceito e inserir socialmente milhões de discriminados na sociedade, Serys defendeu a ampliação de programas de distribuição de renda e do acesso à educação de qualidade e à saúde, mas destacou que “é preciso uma reviravolta cultural em nossas relações sociais” - afirmou a senadora, para quem essa reviravolta precisa ir além da inclusão econômica, passando "por aquilo que se pode qualificar de cidadania para todos os brasileiros", concluiu.

Além de Marlete Queiroz, fizeram parte da sessão Ivonete Carvalho, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepir); Paulo Cezar Jardins, delegado da Polícia Civil do Rio Grande do Sul; Warley Martins, da Confederação Brasileira de Aposentados; e Toni Reis, da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).

Dilma é Dilma

por Mauricio Dias, na CartaCapital

Os movimentos iniciais da presidente eleita Dilma Rousseff reafirmam a temida visão dos inseguros, homens e mulheres, de que ela é pessoa de personalidade forte. É sim e tem, também, mostrado identidade própria.

Dilma não é Lula. A criatura é diferente do criador. Assim, ela sabe que Lula é um político de carisma e popularidade insuperáveis e, por isso, não buscará esse caminho.

Parte da imprensa não percebeu que ela foi ministra de Lula, foi escolhida candidata por Lula, foi eleita pela popularidade do governo e com apoio do presidente Lula, mas, embora mantenha estreita relação política com Lula, é, agora, a futura presidente. Dilma tem quebrado padrões de referência na corte brasiliense. Fez isso ao se transferir, discretamente, para a Granja do Torto. E faz isso, ostensivamente, ao evitar a imprensa que, nesta fase, pratica o jogo natural da especulação em torno da composição do ministério. Um campo propício para as intrigas.

É o início da metamorfose necessária e essencial entre o que ela foi e o que ela será: uma mulher na Presidência.