segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ACESSIBILIDADE, UMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS

por Tércio Albuquerque

O mundo do trabalho tem passado ao longo dos anos por profundas transformações.

As novas tecnologias que se incorporam a cada dia e a chamada "Revolução Tecnológica" , se por uma lado nos acrescenta valores e facilidades, por outro nos causa também preocupação, a medida que arrasta consigo necessariamente milhares de vagas e postos de trabalho.

Cabe então aos Governos, Empresários, Entidades Patronais e de Trabalhadores, debaterem, tirar propostas e encaminhamentos que deem respostas aos problemas que se apresentam fruto dessas mudanças...

Mais recentemente, novas demandas tem se apresentado, por exemplo as QUESTÕES AMBIENTAIS. Há apenas 20 anos questões desta ordem, começaram a se fazer presente.

De lá pra cá, MUITA COISA, mudou e avançou. A própria LEGISLAÇAO AMBIENTAL, se não passou por grandes transformações, certamente APRIMOROU-SE, CONSOLIDOU-SE, de fato SE FEZ CUMPRIR.

Aliás, MAIS que o LEGALISMO, a sociedade se posicionou, hoje em dia, ao menos nos grandes centros, a defesa do meio ambiente se faz de fato como forma de cidadania.

Empresas, Instituições, fazem questão de AGREGAR VALOR as suas marcas, assumindo a defesa ambiental.

Pois bem, faço essa rápida introdução, para entrar de fato no tema de nossa discussão.

Como citei dois exemplos, as questões Ambientais e Tecnológicas, a questão da acessibilidade passa também à entrar na pauta das relações sociais e por conseguinte inerente ao chamado Mundo do Trabalho.

O Brasil começa a "ABRIR OS OLHOS" para esse mundo que até então, parecia invisível...

O inegável avanço em vários aspectos da sociedade brasileira na última década, fruto do esforço e do trabalho dos Brasileiros, e uma política de governo acertada e FOCADA NO BEM ESTAR SOCIAL, nos permitem avaliar e ponderar que também esse desafio, (de atender as demandas de Acessibilidade) será superado.

Claro que será um esforço titânico que necessariamente deverá envolver GOVERNO-PATRÕES-TRABALHADORES-SOCIEDADE CIVILORGANIZADA.

A demanda já existe, o próprio PROTOCOLO aprovado juntamente com a Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, pela Assembléia Das Nações Unidas em DEZEMBRO de 2006 já indica as necessidades.

No Brasil, cada vez mais este segmento TOMA CORPO através de Associações e Organizações de Defesa dos Portadores de Deficiência.

Nós mesmos da SETP/PR,tivemos uma iniciativa recente de INTERVENÇÀO CONCRETA, possibilitando através de ConVênio, bolsa de estudos para cidadãos Angolanos com Deficiência Visual cursarem seus estudos(Terceiro Grau) no Brasil, no Paraná.

Isso é uma forma concreta de ACESSIBILIDADE pela intervenção do Estado.

Mas é NECESSÁRIO, imprescindível podemos dizer, a PARTICIPAÇÀO DA INICITIVA PRIVADA!

A abertura de vagas e postos de trabalho específicos para essa CATEGORIA DE TRABALHADORES. Algumas GRANDES empresas já tem essa política. Certamente essas empresas ENXERGAM ADIANTE, tem sensibilidade social e tem resultados POSITIVOS com essa política, ou seja, GANHA DUPLAMENTE, pois o Trabalhador Portador tem EMPENHO acima da média, trazendo retorno em produtividade e qualidade bem como RETORNO institucional, SENDO RECONHECIDA COMO EMPRESA AMIGA DA SOCIEDADE, COMO OS CONSEQUENTES VALORES QUE ISSO AGREGA A SUA MARCA.

INCLUSAO SÓ SE FAZ com a participação da SOCIEDADE. O cidadão consciente individualmente, as Organizações representantes deste segmento, Parlamentares Simpáticos a essa NOBRE CAUSA, devem EXERCER sua CIDADANIA, cobrando dos GOVERNOS ELEITOS, efetivo cumprimento de PROMESSAS e atendimento das DEMANDAS deste, repito, IMPORTANTE E RESPEITÁVEL segmento.

CONSIDERO FINALMENTE, que mais que um Direito, CONSTRUIR A ACESSIBILIDADE, É UM DEVER DO ESTADO!, POIS É SIM UMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS.

Tércio Albuquerque é Secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social

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