segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sem o 15 de novembro Dilma não seria presidente do Brasil

Para muita gente é difícil imaginar que há apenas 121 anos atrás (1889), depois da Independência de Portugal (1822), o Brasil era governado por um rei, o D. Pedro II. Essa história só mudou por que depois muitas revoltas, em 15 de novembro, o Brasil se tornou uma república. Naquela época as eleições não eram como hoje, mas foi o início de um processo que culminou, em 2010, com a eleição de Dilma, primeira mulher presidente do Brasil.

do vermelho

A primeira eleição presidencial do Brasil foi indireta. Embora a Constituição de 1891 determinasse que o presidente da República fosse eleito diretamente pelo povo, o primeiro presidente foi eleito pelo Congresso Constituinte. Nosso primeiro presidente foi o líder do golpe militar que depôs D. Pedro II, o Marechal Deodoro da Fonseca.

A primeira eleição direta para presidente da República só aconteceu em 1894. Mesmo assim Prudente de Morais chegou ao poder com cerca de 270 mil votos, o que representava menos de 2% da população brasileira da época.

A ampliação do direito de voto a um número cada vez maior de brasileiros aconteceu ao longo do século 20. O voto feminino, por exemplo, data de 1932 e foi exercido pela primeira vez em 1935. Porém, com o governo Getúlio Vargas (1937-1945), as mulheres só voltaram a votar em 1946.

O governo de Vargas e a ditadura dos militares de 64 privaram o eleitorado nacional do voto para presidente por nove vezes. Em 117 anos de República, dos 34 presidentes, somente 16 se elegeram pelo voto direto.

República, resultado de revoltas

O movimento de 15 de Novembro de 1889 não foi o primeiro a buscar a República, embora tenha sido o único efetivamente bem-sucedido, e, segundo algumas versões, teria contado com apoio tanto das elites nacionais e regionais quanto da população de um modo geral:
De 1788 a 1789, a Inconfidência Mineira e Tiradentes não buscavam apenas a independência, mas também, a proclamação de uma república, seguida de uma série de reformas políticas, econômicas e sociais.

Em 1824, diversos estados do Nordeste criaram um movimento independentista, dentre elas a Confederação do Equador, igualmente republicana.

Em 1839, na esteira da Revolução Farroupilha, proclamaram-se a República Rio-grandense e a República Juliana, respectivamente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Na reunião na casa de Deodoro, na noite de 15 de novembro de 1889, foi decidido que se faria um referendo popular, para que o povo brasileiro aprovasse ou não, por meio do voto, a república. Porém esse plebiscito só ocorreu 104 anos depois, após a o impeachment do presidente Fernando Collor, no dia 21 de abril de 1993. Nesse plebiscito a opção "república" obteve 86% dos votos válidos.
Fonte: da redação, com agências.

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