segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ministério Público investiga trote sexista na Universidade de Brasília

srzd

A Universidade de Brasília (UnB) vai formar uma comissão de sindicência para identificar os autores dos abusos contra calouras da Faculdade de Agronomia e Veterinária.

Algumas estudantes tinha que se ajoelhar e lamber uma linguiça com leite condensado, simulando sexo oral.

- Vídeo: Veja como foi o trote na UnB


O vídeo, divulgado na internet, mostra algumas calouras, e alguns homens também, sendo submetidas ao que chamaram de brincadeira.

Mais de 250 jovens tiveram que participar do trote. Elas levaram a denúncia à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

Em nota, a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, ligada à Presidência da República, repudiou o trote. Classificou como uma violência moral que coloca a mulher em situação subalterna.

O Ministério Público Federal (MPF) também já foi acionado sobre o caso. O reitor Geraldo de Sousa Junior anunciou que um documento com diretrizes para as políticas estudantis de convivência comunitária será encaminhado ao Conselho Universitário (Consuni).

O que comem os chilenos? Nada mais que veneno!

Ruben Maldonado Andino

Impulsionado pela ganância, o capitalismo converteu a alimentação numa indústria bilionária. Para maximizar os lucros, cada vez mais utiliza produtos químicos e transgênicos prejudiciais à saúde do ser humano. Literalmente, todos os dias estamos comendo veneno, pela alta toxicidade de alguns componentes dos produtos que se consomem. Em todo o mundo, quatro empresas controlam 80% da biotecnologia, 23% do mercado de pesticidas e 10% da produção transgênica. Seus lucros anuais chegam à astronômica cifra de mais de 24 bilhões de dólares.

A recente denuncia de que empresas, como a Nestlé e Watt’s, produzem no Chile alimentos contaminados com agrotóxicos, colocou em evidência a falta de regulamentação e controle da qualidade destes produtos, com conseqüências nocivas para a saúde da população e efeitos que ainda não estão bem dimensionados para a nossa condição de país exportador de alimentos primários ou industrializados.

Uma análise da organização de consumidores Liga Cidadã mediu resíduos de pesticidas em alimentos processados que contem entre seus ingredientes frutas, verduras, hortaliças e/ou cereais, através de um estudo de laboratório em concentrados para bebês, contaminados com Iprodione, um fungicida tóxico de uso agrícola. A análise também mostrou componentes do mesmo tipo em uma sopa em pó para idosos do programa “Anos Dourados”, do Ministério da Saúde, e em um suco de laranja Watt’s com vestígios de Carbaryl. A veracidade dos antecedentes detectados foi confirmado pela análise realizada pelo Instituto de Saúde Pública (ISP) sobre as mesmas amostras em que a pesquisa da Liga foi feita, e por uma contraprova feita em outros lotes do mesmo produto.

A doutora Cecilia Castillo, encarregada técnica da pesquisa da Liga de Cidadã, afirma que os pesticidas são amplamente utilizados na agricultura, principalmente no período de colheita e que suas conseqüências dependem, em grande parte, das práticas de produção e controle destes processos. "Se encontramos altos níveis de contaminação no produto final, podemos supor que a quantidade de pesticida que entrou no processo inicial de produção era maior", disse ela.

Quanto aos efeitos, a doutora – pediatra e nutricionista – explica que não se trata de algo que comemos e nos afete no dia seguinte. O risco é crônico e se manifesta mais tarde, por acumulação, em distúrbios neuro-cognitivos, câncer e alterações de tipo endócrina e histológicas. E as etapas mais cruciais nesse sentido são a infância e a gravidez; porque, nos primeiros anos de vida, o sistema nervoso está em pleno processo de formação e as crianças têm margens de tolerância a estas substâncias muito menores.
Após receber os diretores da Liga Cidadã, o ministro da Saúde, Jaime Mañalich, comprometeu-se a encomendar analises periódicas dos produtos que contem como ingredientes frutas, verduras ou hortaliças e a estabelecer, a partir de junho deste ano, normas que regulem a presença de pesticidas em alimentos processados. Para que estes controles e regulamentações tenham efeito, é necessário o acompanhamento destes agentes químicos pelo Ministério da Agricultura através do Serviço Agrícola e Pecuarista (SAG).

A denúncia tem precedentes

A contaminação de produtos alimentícios com agrotóxicos não é nova. Em junho de 2010, uma outra análise de resíduos, encomendada pelo Canal 13 da televisão ao Laboratório Andes Control, já havia revelado que os chilenos estão consumindo hortaliças contaminadas com agrotóxicos que podem causar câncer e outras doenças crônicas. Neste caso, verificou-se a utilização de pesticidas que foram proibidos na União Européia ou classificados como tóxicos ou perigosos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Um conjunto de 36 amostras de espinafre, alface, tomate e pimentão, adquiridos no Mercado Central de Santiago e nos supermercados Jumbo e Líder, foram analisadas pelo Laboratório Andes Control e o resultado não foi nada animador. No espinafre, pimentão, alface e tomate, 20% das amostras não cumpriu com as normas chilenas de Limites Máximos de Resíduos de Agrotóxicos Permitidos (LMR), embora a norma nacional é menos rigorosa do que nos países desenvolvidos. Segundo a análise, 44% dos produtos analisados não podiam ser consumidos na União Europeia e 61% não estavam de acordo com as normas vigentes nos EUA.

Segundo María Elena Rozas, coordenadora da Rede de Ação de Pesticidas (RAP-Chile), “estamos muito longe dos padrões dos EUA e países europeus em matéria de controle de pesticidas em alimentos e bem com na sua denuncia. Há, entre muitos agricultores, a prática habitual de aplicar superdoses de pesticidas para garantir a produção”. Lembra que em um único tomate foram detectados sete pesticidas: clortalonil, fenehexamida, tebuconazole, acetamipride, boscalide, piraclostrobina, tiametoxame; e, em uma alface oito tipos: carbendazim, acetamipride, imidaclopride, tiametoxam, metomilo, tiofanato-metil, cialotrim-lambda e iprodione.

Segundo a coordenadora do RAP – Chile, a situação também afeta as trabalhadoras e trabalhadores agrícolas. As autoridades decidiram ignorar o impacto sobre os consumidores, já que na última década foi realizado apenas uma pesquisa publica sobre resíduos em frutas e hortaliças em 2006, cujos resultados foram retidos por um longo tempo. As únicas pesquisas anteriores conhecidas foram realizadas pelo Serviço Nacional do Consumidor (Sernac) em 1994 e pelo Instituto de Saúde Pública, em 1999/2000. Ambos mostraram más práticas agrícolas e uso de pesticidas prejudiciais à saúde com efeitos cancerígenos.

O doutor Ricardo Uauy, Presidente do Comitê Científico da Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialista em questões alimentares, propõe a criação de um sistema de vigilância de segurança alimentar. Ressalta a necessidade de monitorar regularmente a contaminação com substâncias tóxicas. Uauy alertou sobre a pesquisa da Liga Cidadã e convidou às autoridades sanitárias a exercer um controle periódico. Assinalou que os efeitos dos pesticidas são sentidos depois de um longo tempo e é muito difícil relacionar a causa com seus possíveis efeitos; o que se come hoje pode gerar um câncer no futuro. O doutor Uauy enfatizou que o Chile está às cegas em termos de segurança e que devem se definir normas que permitam conhecer os efeitos sobre a saúde.
Alimentos de origem animal na lista negra

Na indústria produtora de alimentos de origem animal, é comum o uso de antibióticos de forma indiscriminada para prevenir epidemias de origem bacteriana que podem afetar suínos ou aves, em rebanhos onde a infecção é geralmente vertiginosa. Também é frequente o abuso de antivirais para moderar o efeito de doenças como a gripe suína ou a gripe aviária. Ambos os vírus têm dado origem a novas variantes que acabam afetando os seres humanos.

Os mesmos perigos ocorrem na indústria do salmão, onde também é freqüente o uso de antibióticos e existe a possibilidade de epidemias virais que podem acabar afetando as pessoas. Periodicamente surgem surtos da anemia infecciosa do salmão (vírus ISA) no sul do Chile. O ISA é um vírus parecido com o influenza que, até agora, não afetou outros peixes, espécies marinhas ou seres humanos. Embora não haja garantias de que não vai acontecer no futuro. O vírus surgiu pela primeira vez na Noruega em 1984 e no Chile em 2007, em um centro de piscicultura na ilha de Lemuy, no arquipélago de Chiloé. O mais recente surto ocorreu em novembro de 2010 em Puerto Natales, região de Magallanes, extremo sul do Chile.

O diretor do Centro Ecoceanos, Juan Carlos Cárdenas, considera inaceitável que toda vez que há mortandade de salmões por causa do ISA, as empresas comercializem, maciça e clandestinamente, o salmão proveniente de cardumes contaminados. Cárdenas responsabiliza às autoridades do Serviço Nacional de Pesca de minimizar as violações das normas por essas empresas em prejuízo da população.
Transgênicos na mira

Há uma crescente preocupação pela produção e comercialização de alimentos que contenham entre seus ingredientes produtos geneticamente modificados, pois não se conhecem totalmente os seus efeitos na saúde humana e nos ecossistemas, ainda que já se começa a vislumbrar algumas consequências para a saúde.

Os transgênicos são organismos vivos do mundo animal ou vegetal produzidos artificialmente que possuem na sua composição pelo menos um gene de outra espécie, que foi introduzido por um processo de manipulação genética para implantar nesse novo ser criado pelo homem, certas características que se deseja potencializar, como a resistência a certas doenças ou a sua taxa de crescimento.

Atualmente, o Estado chileno está comprometido em subsidiar projetos voltados para agregar valor à produção agropecuária e para isso está desenvolvendo, com o apoio do BID, um Programa Nacional de Biotecnologia, que inclui o desenvolvimento de organismos transgênicos.

Embora ainda não se vendam no mercado interno, o país permite a multiplicação de sementes transgênicas, produzida principalmente pela multinacional Monsanto. O Chile é o quinto maior produtor de sementes e 70% desta produção é transgênica. O SAG determina onde elas podem ser cultivadas para exportação ao Hemisfério Norte, como sementes de entresafra. Em 2010, autorizou o cultivo de sementes geneticamente modificadas em cerca de 30 mil hectares, e publicou uma lista com a superfície autorizada em cada região, mas não informou sua localização exata.

Organizações camponesas solicitaram essa informação através do Conselho para a Transparência, que em julho do ano passado intimou o SAG a entregar a localização precisa dos cultivos. As organizações também recorreram na justiça e o caso tramita nos tribunais.

A falta de informações sobre onde as sementes transgênicas são produzidos no Chile ameaça a incipiente agricultura orgânica (sem pesticidas ou transgênicos), uma vez que estas sementes geneticamente modificadas podem contaminar estes produtos através da polinização. Além disso, causam danos ao meio ambiente natural, visto que afetam a reprodução natural de outras plantas, insetos ou microorganismos.

Os vegetais transgênicos podem se cruzar com os seus similares na natureza e irreversivelmente empobrecem a variabilidade genética. Disse-se que, por obra dos Transgênicos, aumentaria a produtividade e diminuiria a utilização de pesticidas, mas estes pressupostos não se cumpriram. No Uruguai, Brasil ou Argentina, inicialmente houve aumento da produtividade e redução do consumo de pesticidas, mas com o passar do tempo a produtividade diminuiu e voltou a aumentar o uso de pesticidas.

As empresas dizem que os transgênicos são seguros, que melhoram a produtividade e proporcionam qualidade nutricional, mas se recusam a rotular a sua presença nos alimentos. Flavia Liberona, diretora executiva da Fundação Terram, defende o direito dos consumidores a conhecer e escolher. Por essa razão, exige a rotulagem dos alimentos onde há presença de transgênicos. “Suspeitamos que qualquer produto que contenha milho ou soja tem altas possibilidades de ser transgênicos. Além disso, há rumores de que uma elevada percentagem de trigo que entra no Chile é transgênico e isso leva à suspeita de que o pão que estamos comendo pode ter componentes desta natureza”.

O Chile é uma potencia alimentar?

Terram junto com Cenda e Canelo de Nos desenvolvem o programa Potenciando Cidadania, financiado com recursos da União Européia, que visa abrir o debate sobre o slogan do governo “O Chile, potência agro alimentar e florestal”. Flavia Liberona afirma que, em matéria de alimentos, o país tem de produzir mais qualidade e não maior quantidade, porque a nossa superfície cultivável é muito limitada. Ele acrescenta que não se pode falar de “O Chile, potência na produção de alimentos”, quando são constatados os efeitos ambientais associados a um tipo de produção agrícola, florestal ou aquífera, que estimula a monocultura, o uso maciço de pesticidas e transgênicos e estabelece condições de trabalho abusivas para os seus trabalhadores.

(Publicado em “Punto Final”, edição n º 727, de 21 de janeiro a 3 de março de 2011)

Briga pelo poder no PMDB de Curitiba

paranaonline

De olho nas eleições municipais de 2012, o PMDB de Curitiba começa o ano em pé de guerra. O deputado estadual Stephanes Junior (PMDB) vai insistir na dissolução do diretório municipal em reunião do partido na próxima segunda-feira, o que pode dar início à desintegração da diretoria do PMDB, hoje composta por um grupo fortemente ligado ao senador eleito Roberto Requião (PMDB), presidida por Doático Santos.

A dissolução do diretório é o primeiro passo para Stephanes Junior, que avalia que o PMDB passa por um período de estagnação e pretende lançar seu nome como uma opção do PMDB na disputa da prefeitura de Curitiba no ano que vem.

Stephanes Junior questiona o processo de eleição da diretoria, que segundo ele foi feito fora das regras internas. Outro motivo que o leva a pedir a dissolução é melhorar a imagem do partido na capital.

“O PMDB municipal está sem representatividade, sem a possibilidade de construir uma grande aliança ou de atrair importantes nomes. Não há espaço para isso”, critica o deputado.

Stephanes Junior se refere à possibilidade de aliança com o PSB, do prefeito Luciano Ducci, e ao movimento para atrair o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB), que foi filiado ao PMDB até 2004, quando o partido optou por apoiar o petista Ângelo Vanhoni e não lançá-lo candidato.

“Eu quero disputar a prefeitura. Mas, se o Gustavo vier para o partido, abro mão da disputa. Está na hora dele”, opina Stephanes Junior, que completa dizendo que ainda não conversou com Fruet sobre o assunto.

Stephanes Junior lembra que o PMDB tem outros nomes fortes que poderiam ser lançados candidato a prefeito, como o ex-prefeito Rafael Greca e os deputados federais Rodrigo Rocha Loures (que ano passado foi vice-candidato de Osmar Dias ao governo do Estado) e Marcelo Almeida (que não se reelegeu).

Se o PMDB decidir instalar o processo que pode resultar na dissolução do diretório de Curitiba, os membros da diretoria devem ter cerca de uma semana para apresentar defesa e o resultado pode sair em um mês.

Enquanto isso, Doático prepara um congresso do PMDB de Curitiba para 29 de março, dia do aniversário da cidade, para fazer um recadastramento dos filiados ativos.

“Vamos atualizar a política do partido e estabelecer nossa nova temporada política para 2011 e 2012. Acabamos de sair do governo, o partido está se repensando para ter um posicionamento firme e forte a partir de agora”.

Doático admite a possibilidade da volta de Fruet ou da aproximação com Ducci, em função da aliança nacional, e lança uma ideia para a candidatura própria. “Temos a fórmula para ganhar eleição: Requião como candidato a prefeito e Vanhoni como vice. Hoje eles podem não querer, mas cabe à base popular convencê-los”.

Os filiados do PMDB querem melhorar a imagem do partido na cidade depois da última eleição frustrada, na qual o escolhido pelo então governador Requião para ser candidato do partido, o ex-reitor da Universidade Federal do Paraná Carlos Augusto Moreira Júnior obteve 1,5% dos votos.

A reportagem de O Estado não conseguiu encontrar Gustavo Fruet ontem para ele comentar a possibilidade de ida para o PMDB. Na primeira semana de janeiro, em entrevista a O Estado, Fruet afirmou que a prioridade é tentar assumir a presidência do diretório municipal do PSDB e que não pensava em trocar de partido.

Rosane Ferreira quer revisão geral no PV do Paraná

Única representante do Partido Verde do Paraná no Congresso Nacional, a deputada federal eleita, Rosane Ferreira, quer mais espaço na direção estadual do partido. Apesar de não admitir, no momento, disputar a presidência da legenda, historicamente comandada por Antonio Jorge Melo Viana, a deputada pretende liderar, com os deputados estaduais e vereadores da legenda uma guinada no PV paranaense a partir da convenção partidária prevista para março. “O PV do Paraná tem que ser revisto. Já fizemos várias discussões com a atual direção do partido e nós, os deputados estaduais Rasca Rodrigues e Roberto Acioli e os vereadores Aladim Luciano e Paulo Salamuni pleitearemos vez e voz no partido”, disse. “Queremos um partido forte para que, se confirmada a candidatura de Marina Silva a presidência da República em 2014, nós sejamos dignos de sustentar uma candidatura desta envergadura, para que a Marina não seja maior que o partido. Pois, no ano passado, ela fez campanha no Paraná praticamente sozinha, porque a nossa militância é insignificante”, disse.

Sobre a possibilidade de disputar a presidência do partido, a deputada disse ainda não ter cogitado, “mas queremos um outro PV, uma outra forma de caminhar. Ou muda a forma de presidir, ou muda a presidência”. Rosane disse que, nos últimos anos, o PV do Paraná deixou de lado suas bandeiras e transformou-se “num partido de três meses”, dedicado apenas às campanhas eleitorais. “Temos que ter participação efetiva nas discussões dos problemas do Paraná. O PV tem condições de formar opinião e pode estar à frente das grandes discussões mesmo sem ocupar cargo. Tem questões como a do lixo que são pontos chave do nosso programa e não temos levado essa discussão à sociedade. Não temos que estar dentro do poder para sugerir soluções”, disse.

Apesar de estar atenta às questões do Estado, a deputada disse estar priorizando, agora, a sua estreia em Brasília. Na semana passada, Rosane esteve na capital federal, em uma série de reuniões com a bancada, para definição de liderança, posição no Congresso e formação de bloco. “Escolhemos o ex-ministro Zequinha Sarney como líder, o que, teoricamente, indica um alinhamento com o governo, mas o que foi definido, e sustentado pela Marina, é que teremos de ter uma posição independente. Estaremos alinhados com o governo em todas as propostas de interesse da sociedade, mas também não hesitaremos em apresentar pedidos de informação ou propor uma CPI, por exemplo”, disse a deputada, informando que o PV fechou apoio a Marco Maia (PT) para a presidência da Câmara, “embora eu ache temerosa essa eleição por consenso, com muitos acertos, muitas negociações. O ideal seria termos vários candidatos debatendo propostas, mas a candidatura do Sandro Mabel (PR) está muito frágil. Ele não conseguiu apoio nem do partido”, comentou.

A deputada também informou a decisão do PV de formar um bloco, que será definido amanhã. Segundo Rosane Ferreira, o PPS é o parceiro mais viável no momento. “Somos 14 deputados e para ter algumas prerrogativas na Câmara, como indicar nomes para as comissões e pedir destaque a projetos e emendas, é preciso ter 16. A melhor opção é o PPS, com 12, pois formaremos um bom bloco e ainda seremos maioria. Se não formarmos bloco, seremos engolidos”, contou.

Prisão dos 5 cubanos nos EUA é lembrada na homenagem a José Martí

O encarregado de negócios de Cuba, Sergio Martinez Rodrigues, disse que os cinco cubanos presos a mais de 12 anos nos Estados Unidos “pelo delito de defender sua pátria” sofrem em condições subumanas. Ele afirmou que os jovens representam toda a dimensão do patriotismo do povo da Ilha e o pensamento de liberdade de José Martí, para quem foi feita uma homenagem neste sábado (29), na Praça Panteão dos Heróis, em Brasília, pelos 158 anos de nascimento do herói da Independência de Cuba.

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A homenagem, que nos anos anteriores contava com a presença de poucos residentes de Cuba em Brasília e algumas entidades do movimento social, reuniu mais de 150 pessoas e teve um caráter institucional devido o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF).

O governador Agnelo Queiroz (PT) compareceu ao evento e anunciou que a Praça, onde estão os bustos de José Martí e Simon Bolívar, será recuperada para que melhor receba os visitantes. Ao lado de Camila e Pablo, duas crianças cubanas residentes em Brasília, ele depositou flores em frente ao busto de Martí.

“Junto com todos vocês, que representam a sociedade brasileira, venho manifestar o prazer de rendermos essa homenagem a esse grande revolucionário, filosofo, poeta, intelectual e uma grande referência para todos os povos do mundo que é José Martí”, discursou Agnelo.

Ele destacou que a melhor forma de prestar a homenagem ao herói da independência cubana é estreitar o relacionamento entre Cuba, Brasil e todos os países da América Latina.

Prisão dos 5 cubanos

Sergio Rodrigues, representante da embaixada em Brasília, disse que o sonho de Martí pela integração da América Latina estava representado na relação entre Cuba e o Brasil. Agradeceu a solidariedade do país contra a prisão ilegal nos EUA dos cubanos René González, Antonio Guerrero, Ramón Labañino, Gerardo Hernández e Fernando González.

“Esses jovens continuam submetidos à condição de castigo e em situação subumanas, sem o respeito aos mais elementares direitos humanos. Esses jovens encontram na sociedade brasileira apoio incondicional. Esperamos que haja Justiça e eles possam regressar a sua pátria”, disse.

O representante afirmou que eles estão presos por defenderem a pátria em razão de denunciar grupos terroristas radicados no EUA que atuavam para derrubar o governo cubano. Eles reuniram em Miami documentos e fitas que comprovavam a ação terrorista contra a Ilha.

Presente ao evento, a presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, disse que a campanha mundial em defesa da libertação dos cinco cubanos se amplia cada vez mais.

Segundo ela, no Brasil a situação não é diferente com o crescente apelo feito no parlamento e por diversas entidades do movimento social. “Nós temos consciência que só assim vamos conquistar a libertação deles”, disse.

Diversas entidades do movimento social, partidos e parlamentares compareceram ao evento. Entre os quais estavam o Núcleo de Estudos Cubanos da UnB, Associação de Cubanos Residentes no Brasil, Cebrapaz, CNBB, PT, PSB, PSOL, PCdoB, UJS, UNE, UBES, Comitê de Defesa da Revolução Cubana, CUT, DCE da UnB e Via Campesina.

Pela primeira vez, a esquerda presidirá parlamento salvadorenho

O deputado Sigfrido Reyes da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), se converterá no próximo 1 de fevereiro no primeiro presidente de esquerda do parlamento na história de El Salvador.

por Raimundo López* para a Prensa Latina


Em uma entrevista à Prensa Latina, explicou o processo que permitiu essa ascensão, os desafios para, mediante o acordo, conseguir uma maior credibilidade da Assembleia Legislativa e aproximação com o povo.

Como o resto dos legisladores do FMLN, quase inesperadamente passou da luta guerrilheira à política legal, após os Acordos de Paz assinados na capital de México em 16 de janeiro de 1992.

Nós temos uma trajetória de luta e de compromissos com os setores populares, vimos de situações tremendamente difíceis, recordou.

Apesar de ser a força majoritária na Assembleia, há vários anos, os partidos de direita uniram-se para impedir a presidência do FMLN, mas -como diz a canção, apontou Reyes- "muda, tudo muda".

"Acho que a alternância na Assembleia no próximo 1 de fevereiro, deve marcar-se no longo processo de transição política que tem vivido o país desde que se assinaram os acordos de paz.

"Há 1 ano e meio conseguiu-se essa alternância na Presidência da República, após uma longa luta.

"Meses depois, fizemos possível que o velho esquema de justiça, que radicava na Corte Suprema, fosse transformado substantivamente e a partir de então ter um sistema de justiça mais crível, mais independente.

"E, como diz a canção, "muda, tudo muda", e também à Assembleia deve chegar essa mudança, essa alternância, sobretudo, porque a mesma vontade popular há vários anos, há mais de uma década, ldava ao FMLN esse mandato, essa responsabilidade.

"Mas, de maneira sucessiva os diferentes partidos da direita conseguiam-se articular para impedir que o Frente dirigisse a Assembleia Legislativa.

"Evidentemente, este é o primeiro poder do estado, é por constituição, o ente onde se decretam as leis que normatizam a vida social, econômica, política do país, onde se elegem importantes servidores públicos, onde se aprovam os orçamentos do estado, onde inclusive se pode reformar a constituição do país.

"O simbolismo da presidência da Assembleia é muito forte e a direita soube-o cuidar, e não foi se não produto da mesma crise da derrota eleitoral em 2009, que se faz possível chegar a essa presidência.

"De modo que tem um grande significado para o FMLN, porque reafirma nossa condição de ser a força política mais querida, mais prestigiosa, com maior respaldo na sociedade.

"Além do que, dá-nos a oportunidade de converter este parlamento em um espaço dentro do estado que pode e deve estar ao serviço dos interesses da sociedade e não de agendas particulares", apontou.

Nas últimas eleições, em janeiro de 2009, o FMLN obteve 35 dos 84 anos do parlamento, mais um do Partido Cambio Democrático, seu aliado. Unidos, os quatro partidos da direita garantiam uma cômoda maioria.

"Em qualquer sociedade democrática observa-se o princípio de que o partido majoritário preside a assembléia, o parlamento, o congresso

"Porém aqui em nosso país era a exceção a essa regra, porque apesar de ter a maioria de votos, de deputados frequentemente, tinha um pacto da direita para impossibilitar o acesso a este posto.

"Era um pacto fechado da direita, que também estava condicionado ao fato de que a Assembleia estivesse a serviço da presidência da republica, de maneira automática, praticamente.

Como se produz ou gera essa possibilidade? Bom, a partir de que se gera uma crise dentro das direitas, que tornou possível um cenário de negociação política, onde o FMLN e determinados agrupamentos da mesma direita, que rompem com o velho esquema de uma direita pró oligárquica e que buscam se apresentar como uma direita mais de corte social, então conseguimos estabelecer acordos básicos para a governabilidade da Assembleia e isso é o que em boa medida abre esta porta".

As eleições presidenciais do 15 de março de 2009, o FMLN, liderando uma coalizão e levando como candidato a Maurício Funes, derrotou à Aliança Republicana Nacionalista (ARENA), que governava a nação desde 1989.

A derrota catalizou uma ágria crise interna na ARENA, da qual se desprendeu um setor que tomou distância das posições extremas anticomunistas da cúpula, e em maio de 2010, conseguiu se inscrever como partido.

A nova Grande Aliança pela Unidade Nacional (VONTADE), rapidamente converteu-se na terceira bancada no parlamento, com 16 legisladores, em frente aos 19 que atualmente conta ARENA, de 32 iniciais.

Sem a vitória eleitoral de 2009, e sem a crise subsequente que levou a esse fracionamento das direitas, teria sido difícil, para não dizer impossível, porque para a direita a presidência da Assembleia tem sido um símbolo político ao que nunca estiveram dispostos a renunciar, afirmou Reyes.

São as circunstâncias as que os obrigaram a ceder, não o fazem por vontade própria, por generosidade, nem por ter uma vontade democrática, o fazem porque as circunstâncias os obrigaram a esse reacomodo, agregou.

Em 31 de outubro de 2009, as bancadas, com a exceção de ARENA, assinaram um protocolo que permitiu dividir o exercício da presidência em dois períodos, de 15 meses, o primeiro dos quais ocupa ainda Ciro Cruz Zepeda, de Conciliação Nacional, um dos partidos históricos da direita.

ARENA articulou no final do ano passado para tratar de fechar o caminho a Reyes e ao FMLN, mas a manobra não teve sucesso. Cruz Zepeda ratificou que cumprirá a palavra empenhada e VONTADE também recusou o plano.

Com isso se confirmou o cenário que permitirá a ascensão da esquerda, pela primeira vez na história, à condução do poder legislativo salvadorenho. (continua).

(*) O autor é correspondente da Prensa Latina em El Salvador.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Cem anos da Revolução Mexicana

Escrito por Grupo São Paulo para o Correio da Cidadania

O legado da Revolução Mexicana nos traz dilemas e feridas ainda abertas até os dias de hoje. Nesse momento histórico e político da realidade contemporânea, em que o princípio das grandes revoluções parece ter se esgotado, será que compreendemos de fato quais foram as forças políticas atuantes naquele período? Para pensadores, como Adolfo Gilly, tratou-se de uma "revolução inacabada", nome dado inclusive para o seu célebre e ainda fundamental livro.

Os chamados neo-zapatistas estariam completando, em pleno século XXI, o que não tem sido feito há cem anos? Para refletir sobre isso é necessário, antes de tudo, compreender como estava, historicamente falando, o México pré-revolução. O quadro político do período que antecedeu à data oficial da revolução - 20 de novembro de 1910 – começou a ser delineado após declaração de independência do país, em 16 de setembro de 1810.

Daquele período em diante, conservadores, moderados e liberais iniciaram uma luta, muitas vezes sangrenta, para colocar em prática os seus interesses. Enquanto os conservadores ansiavam por um retorno ao passado, em que a hegemonia do poder estava nas mãos da Igreja Católica, os moderados perfilaram-se com os liberais mais radicais sem, no entanto, propor o fim dos privilégios da Igreja.

A aprovação da constituição mexicana de 1857 foi uma vitória dos moderados. Ela retirou da Igreja Católica o título de religião oficial, mas não aboliu os seus privilégios, desagradando tanto conservadores, como liberais. Essa turbulência política só veio a se dissipar após a chamada Guerra da Reforma (dezembro de 1857 a janeiro de 1861), quando o liberal Benito Juárez assumiu o poder.

Em seu longo governo (1858-1872), Benito Juárez delineou os primeiros contornos do que é o México hoje. Venerado como herói carismático, de um lado, ele jamais abandonou a sua origem indígena nem deixou a defesa de teses como respeito e liberdade; por outro lado, foi contraditório ao retirar as terras dos indígenas sob a justificativa de que o campo não deveria ficar para trás em relação ao frenético ritmo exigido pelo capitalismo.

Com a morte de Benito Juárez, o novo presidente, Sebastian Lerdo de Tejada, radicalizou as idéias liberais do Estado mínimo e da liberdade de mercado, o que desagradou os seguidores de Porfírio Díaz, alinhados à teoria positivista do Estado. Para os porfiristas, que ficaram no poder de 1876 a 1911, o capitalismo só progrediria se coibisse os excessos do individualismo liberal e reprimisse "desvios" de quaisquer espécies, o que significou a eliminação dos Ejidos (terras comunais indígenas) e o massacre de povos indígenas, considerados "primitivos" e contrários ao capitalismo monopolista. Resultado: entre 1876 e 1900, o México cresceu algo em torno de 8% ao ano, mas à custa do aumento da miserabilidade da grande maioria da população.

Estavam criadas todas as condições para a Revolução Mexicana de 1910. A frente revolucionária ficou dividia entre, de um lado, o grupo liberal democrata burguês, representado, entre outros, por Camilo Arriaga e Francisco Madero e, de outro lado, Emiliano Zapata e Pancho Villa, que dariam o tom mais progressista e realmente interessado em defender os interesses dos camponeses e indígenas.

Influenciados por um liberalismo mais radical e depois ligados à teoria anarquista, temos ainda os irmãos Ricardo e Enrique Flores Magón, que foram defensores de uma coligação com operários e camponeses na luta contra a desigualdade social, condenando um país em que a elite branca acumulava cada vez mais renda.

No período da revolução, o então ditador e presidente Porfírio Díaz temia que o avanço de Madero pudesse insuflar ainda mais os revolucionários Zapata e Villa. Já Madero desejava uma mudança pacífica, que abriria as portas do México para o capitalismo moderno. Na prática, o seu interesse era o de combater as massas e impedir que os movimentos camponeses e indígenas radicalizassem a revolução.

No outro lado dessa complexa realidade, apesar de muitos camponeses e indígenas terem sido cooptados pelos grandes fazendeiros, foram eles que revelaram o chamado "México profundo", um modo de vida que a subjetividade capitalista não conseguiu liquidar. O grito de "Ya Basta", proferido pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), em 1994, revelou que o México dos indígenas e camponeses de 1910 permaneceu vivo e pulsante.

Essa "memória coletiva", que não foi substituída pela crença no progresso e na homogeneização das relações humanas e culturais, manteve acesos os principais pilares deixados por Emiliano Zapata e Pancho Villa: Terra para quem nela trabalha. Foi esse o principal legado deixado pela revolução de 1910. Em nenhum momento, Zapata e Villa assumiram o poder. No entanto, eles não deixaram que a revolução seguisse apenas o pressuposto da homogeneidade. "Queremos um mundo onde caibam todos os mundos". Essas palavras, proferidas pelos zapatistas no final do século XX, vão ao encontro do que Zapata e Villa plantaram no início do século.

TCE ACOLHE DENÚNCIA CONTRA PREFEITO DE FOZ

boca maldita

O Corregedor do Tribunal de Contas do Paraná (TCE), Conselheiro Caio Marcio Nogueira Soares, acolheu o Processo 521107/10 – TC no qual é questionada a assinatura de contrato feita pelo prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi, com o escritório Henrichs & Henrichs Advogados Associados de Curitiba.

O assunto da contratação do escritório de advocacia curitibano foi alvo de Requerimento Nº 181/2009 para instauração de CPI por parte do vereador Valdir de Souza que resultou na denúncia foi feita pela Câmara Municipal de Foz do Iguaçu ao TCE.

Um dos pontos do contrato que chamou a atenção do Legislativo iguaçuense foi o fato de membro da sociedade de advogados Henrichs & Henrichs Advogados Associados, contratada pelo prefeito Mac Donald para prestar serviços advocatícios a Prefeitura Municipal, também atuar na defesa do prefeito no processo crime nº 460811-9 em trâmite no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.

O Processo Criminal nº 460811-9 é relativo a milionária contratação da Ong Londrinense CIAP por Mac Donald para atuar na Prefeitura local.

Garcia desiste de disputar presidência da Assembleia

paranaonline

Acabou o blefe. Depois de três semanas ensaiando uma candidatura de oposição a Valdir Rossoni (PSDB), o deputado estadual Nelson Garcia (PSDB) emitiu nota oficial ontem anunciando que não disputará a presidência da Assembleia Legislativa na próxima terça-feira, para, “em nome da unidade partidária, acompanhar a posição já anteriormente assumida de apoiar o nome do deputado Valdir Rossoni para a presidência”.

Na nota, Garcia disse que percebeu um movimento de apoio ao seu nome quando retornou de férias na semana passada e que viu o movimento crescer a ponto de viabilizar sua candidatura.

“Em respeito e consideração aos deputados que espontaneamente se uniram em torno do meu nome, procurei dialogar com diversos parlamentares, líderes partidários e, também, com o governador Beto Richa”, diz na nota.

Garcia salienta, ainda, que ouviu de Beto que o Executivo não interferiria na eleição da Assembleia, “mas ele não escondeu seu receio de que uma disputa interna pudesse comprometer a unidade partidária”.

Assim, dizendo-se sensibilizado com o apoio recebido, Garcia anunciou que pesou os prós e contras e decidiu não lançar sua candidatura no atual momento do processo, contra um companheiro de partido.

“Em nome da unidade partidária, que deve sempre prevalecer em detrimento dos interesses pessoais de seus filiados, achei por bem não disputar a eleição”, registrou.

A candidatura de Nelson Garcia foi alimentada por parlamentares e, até, ex-figurões da Assembleia Legislativa, descontentes com o tratamento recebido por Rossoni e com as nomeações feitas pelo governador Beto Richa (PSDB).

O próprio deputado nunca anunciou publicamente sua intenção de disputar. Apenas uma nota extraoficial foi divulgada por seu escritório político de Umuarama, enquanto interessados lançavam boatos sobre votos, apoios e membros da nova chapa que se anunciava.

No gabinete e arredores de Rossoni, a candidatura nunca foi levada a sério, era considerada blefe, tentativa dos descontentes de pressionar o partido, Rossoni e o governador por concessões.

Enquanto espalhava-se que Garcia já teria conquistado apoio de dissidentes do PMDB, PDT e, até da bancada do PT, nenhum deputado se manifestou publicamente favorável à nova chapa e as bancadas do PT e do PMDB fizeram o contrário, desmentiram qualquer negociação com Garcia.

Com a desistência de Nelson Garcia, Valdir Rossoni será candidato único à presidência da Assembleia, numa construção ocorrida ainda no ano passado, antes do fim das sessões legislativas.

Rossoni disputava a indicação de candidato da base de apoio a Beto Richa com Durval Amaral (DEM), num impasse resolvido pelo governador eleito. Beto nomeou Durval para a Casa Civil do governo estadual, deixando Rossoni sem adversário.

Maior bancada da Casa, o PMDB, com 13 deputados eleitos, chiou por não ocupar a primeira-secretaria, oferecida ao DEM, com Plauto Miró. Mais uma vez, Beto Richa resolveu o impasse, nomeou um deputado peemedebista para sua equipe (Luiz Cláudio Romanelli é secretário do Trabalho) e, consequentemente, o PMDB se contentou com a primeira vice-presidência (Artagão Júnior) e a terceira secretaria (Stephanes Júnior). Após todo esse esforço, Beto, mesmo prometendo não interferir na eleição da Mesa, não ia permitir que a construção fosse quebrada justo por um correligionário.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ex-comandante do Corpo de Bombeiros é suspeito por série de mortes

Os assassinatos teriam começado após o filho ter sido morto em um assalto

paranonline

O ex-comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, Coronel Jorge Luiz Thais Martins, é suspeito por uma série de nove homicídios cometidos contra usuários de drogas em Curitiba. Segundo informações do telejornal Paraná TV, homens da Delegacia de Homicídios estiveram na casa do coronel, nesta manhã, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Martins não foi encontrado.

De acordo com as investigações, os assassinatos teriam começado após o filho do coronel ter sido morto em um assalto em 2009. Um usuário de drogas que sobreviveu a uma tentativa de execução, reconheceu o coronel como autor dos disparos. Todos os crimes ocorreram no bairro Boqueirão, em Curitiba, onde o filho de Martins foi morto. Segundo a polícia, os usuários de drogas executados não teriam ligação com a morte do filho do ex-comandante dos Bombeiros. Os crimes teriam acontecido entre outubro de 2010 e janeiro de 2011.

A morte do filho

Em 22 de outubro de 2009, Jorge Guilherme Marinho Martins, 26 anos, filho do coronel Jorge Luiz Thais Martins, foi abordado, junto com a namorada, por marginais que queriam roubar o Gol do rapaz. Ele teria reagido e foi morto com pelo menos dois tiros de pistola calibre 765, no peito e na cabeça. A namorada levou um tiro de raspão no peito e no antebraço direito.

Vinte dias depois do crime, um adolescente de 17 anos foi apreendido no Hospital do Trabalhador. Ele acompanhava sua parceira, uma garota, de 15 anos, que estava em trabalho de parto. Segundo a delegada Luciana de Novaes, que comandou a investigação na época, o rapaz já tinha passagens por tráfico de drogas e confessou outros crimes.

A expectativa é de que o Coronel Jorge Luiz Thais Martins se entregue nas próximas horas.

Ministra arquiva pedido de prefeito e garante eleições em Itaperuçu

José Saruva (PMDB) foi afastado pelo menos seis vezes do cargo por abuso de poder econômico

banda b

O pedido do prefeito de Itaperuçu, José Saruva (PMDB) feito junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para impedir novas eleições no município foi arquivado pela ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. Com isso, a ministra garante a realização das eleições suplementares para o cargo de prefeito e vice ainda este ano no município.

Saruva e seu vice, Acir Pedroso de Moraes foram afastados dos cargos várias vezes desde 2008 sob acusação de abuso de poder econômico nas eleições daquele ano. Eles teriam usado o jornal oficial do município para fazer propaganda eleitoral.

Na ação apresentada ao TSE, Saruva e Moraes apontavam “inconveniência” de realizar a eleição suplementar no município, tendo em vista que ainda há recursos feitos por eles pendentes no TRE-PR e pelo próprio TSE. Os dois solicitavam a concessão de uma para que o presidente da Câmara Municipal fosse mantido no exercício interino do cargo de prefeito. No entanto, a ministra considerou o pedido “incabível”. Segundo ela, o TRE-PR apenas cumpriu o que foi determinado pela Presidência do TSE.

Candidato governista abandona disputa presidencial no Haiti

O partido governista do Haiti retirou nesta quarta-feira (26) a candidatura de Jude Celestin à presidência do país. Assim, a ex-primeira-dama Mirlande Manigat e o cantor Michel Martelly disputarão o segundo turno das eleições.

A saída de Jude Celestin foi formalizada através de um comunicado divulgado pela liderança do seu partido. Apesar de a assinatura do aspirante não aparecer no documento, os líderes da sigla governista asseguraram que Celestin entendeu a situação.

No entanto, esclareceram que nem seu candidato nem eles concordam com a forma como o processo tem se desenvolvido.

A legenda aproveitou a ocasião para criticar o relatório de uma comissão de peritos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que sugeriu deixar Celestin fora do segundo turno e colocar no seu lugar Martelly, que, de acordo com a contagem inicial, foi o terceiro na votação.

O partido chamou seus membros, simpatizantes e o povo haitiano em geral a manterem a calma e se mobilizarem para garantir a vitória de seus candidatos ao Senado e à Câmara dos Deputados.

Segundo a agência de notícias da Telesur, o segundo turno das eleições presidenciais poderá ser realizado em torno do dia 20 de março, embora o mandato do governante René Preval se encerre em 07 de fevereiro.

O senador e coordenador do partido de Clestin e Preval, Joseph Lambert, disse à Rádio Metrópole que o partido pode apoiar qualquer dos concorrentes admitidos para a segunda rodada. "Em qualquer caso, sairemos ganhando, porque o partido vencerá as eleições legislativas e o próximo presidente terá que negociar com a gente", disse ele.

De acordo com os resultados do primeiro turno das eleições, realizado em 28 de novembro, a ex-primeira dama Mirlande Manigat ficou em primeiro lugar com 31 por cento dos votos, seguida por Celestin, com 22 por cento, e pelo cantor Martelly, que atingiu os 21 por cento.

Fonte: Prensa Latina

Fidel, Raúl e os médicos cubanos: os homens do ano de 2010

De uma comunidade indígena chamada Nabasanuka, no estado Delta Amacuro, Venezuela, me escreve amiúde Marcus Dutra, jovem médico brasileiro formado na ELAM (Escola Latino-Americana de Medicina).

Por Arleen Rodriguez, em Cuba Debate

Está feliz de servir em um desses povoados de cuja existência nada sabíamos - na verdade nem saberíamos - a não ser pelas circunstâncias que o levaram, e antes outros como ele, até o delta do majestoso rio Orinoco: a Revolução Bolivariana e o horizonte infinito dos sonhos cumpridos de Fidel.

Os correios eletrônicos de Marcus têm um certo parentesco com os de um grupo de jovens italianos aos quais conheci no ano passado durante uma conferência solidária. O que haviam lido sobre a Brigada Henry Reeve no Paquistão e outras regiões devastadas por fenômenos naturais, os inspirou a fomentar uma aproximação fraterna.

Queriam aprender dos nossos a arte de desenvolver energias e esperanças, porque é o que teriam desejado para as vítimas e os danificados do terremoto de L'Aquila, que em abril de 2009 deixou centenas de mortos nesta zona do centro de seu país.

Liurka Rodríguez, colega e diplomata no Haiti também enche minha caixa de relatos sobre a desafiadora realidade dessa nação, onde Cuba, médicos e ELAM constituem-se em sinais envaidecedores de distinção humana para com um povo a quem outros só lhes reservam armas, desprezo e, às vezes, piedade e esmolas.

Conheço bem os rostos que Gladys Rubio e El Loquillo nos trouxeram em casa em seu comovente documentário sobre a proeza mais recente no Haiti. Vi-os antes em outras reportagens de meus colegas nos cinco continentes. Tive-os por perto nos morros de Caracas e nos áridos vales bolivianos.

Comoveram-me até as lágrimas, ao ver os pais olhar uma e outra vez as fotos e as cartas de seus filhos, penduradas nas paredes dos quartos improvisados a milhares de quilômetros de suas casas, onde estão fazendo história sem que eles mesmos saibam e sem que o resto do mundo o saiba.

Como escreveu Fidel, é valente e ousada a jornalista que os chama de herois. Em nossa aldeia global, onde o heroismo parecia ter ficado apenas nos livros e nas lendas e onde a publicidade persistente e maçante entretém e estupidifica milhões, convidando-os a ser e parecer com as estrelas de cinema ou eventualmente as do esporte, meter-se até na lama, arriscar a própria vida para salvar outras, parece coisa de missionários loucos que os 'mass midia' não estão interessados em mostrar porque não cumprem com seus padrões de beleza.

Porque não há que se falar ou pensar sobre o silêncio ou a subestimação do verdadeiro heroismo. Os poderosos seguirão escondendo essa verdade enquanto puderem, porque ela guia o mundo no sentido inverso ao que eles estão encaminhando, aqueles que fizeram da medicina e dos medicamentos negócios florescentes e artigos de luxo, uma enorme vergonha para esta que se supõe civilizada época.

Muitos que escrevem seus comentários a respeito das Reflexões de Fidel, se perguntam como é que seu autor não ganhou ainda um Prêmio Nobel por essa ideia maravilhosa que, viajando no sentido contrário das tendências egoistas e predatórias que o mercado impôs ao planeta, melhora e cura, enobrece e salva, não a centenas e sim a milhões de pessoas, sem distinção de etnia, classe social, idade, ideias.

Teremos de esperar outro século, talvez, para que premie o justo, o humano e o verdadeiro? Por ora, seria bom que anotemos em nossas crônicas, como fazem os contadores que apontam em seus livros de deve e haver, o que amanhã a Humanidade irá reconhecer.

Deixemos assentado que, como há meio século, Fidel foi o Homem do Ano 2010. Porque regressou como a ave Fênix, renascido e vital, sacudindo o mundo com premonições que só não se cumpriram por sua oportuna advertência. E que entrou no Novo Ano fazendo-nos ver o que se faz e o que se está ainda por fazer em materia de sensibilidade e compromisso com as vidas que outros consideram desprezíveis porque ninguém paga por elas.

Sim, Fidel foi o Homem do Ano no mundo, como Raúl foi o Homem do Ano em Cuba, com a sacudidela que nos vem dando a todos para que se salve o nosso projeto de sociedade mais humana, essa em que outros Homens e Mulheres do Ano -médicos e médicas, enfermeiros e enfermeiras, terapeutas físicos e da alma-, em qualquer rincão do planeta, expandem com seu esforço, como prova de que é possível salvar-se e salvar o mundo do egoismo, essa epidemia que leva séculos expandindo-se e seguramente custará outros séculos para ser vencida.

Projeto de Hauly propõe troca de aposentadoria

Os aposentados do INSS que continuam trabalhando poderão abrir mão de seus benefícios em troca de um novo, contando o tempo complementar de contribuição, se o Projeto de Lei 7092/2010, do deputado licenciado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), for aprovado. Ao permitir a contagem do tempo extra, o texto, que tramita na Câmara dos Deputados, beneficiaria os trabalhadores que se aposentaram com benefício proporcional (entre 30 e 34 anos de recolhimento).

O projeto prevê que o direito à troca da aposentadoria poderá ser requerido a qualquer tempo. De acordo com o autor, o objetivo da iniciativa é possibilitar a aquisição de benefícios mais vantajosos pelos segurados, no mesmo ou em outro regime previdenciário.

A proposta estabelece ainda que a renúncia não obrigará o segurado a devolver os valores recebidos enquanto a aposentadoria inicialmente concedida estava vigente. O texto ainda será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. A matéria não precisa passará pelo plenário, seguindo para o Senado.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Número de usuários de internet alcança os 2 bilhões no mundo

O número de usuários de internet no mundo alcançou os 2 bilhões de pessoas, anunciou nesta quarta-feira (26) o chefe da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadun Touré.

O número de assinaturas de telefones celulares também alcançou um número marco de 5 bilhões, segundo Touré.

"No início do ano 2000, havia apenas 500 milhões de assinantes de telefones celulares e 250 milhões de usuários de internet", explicou. "No início de 2011, os assinantes da telefonia móvel eram mais de 5 bilhões, enquanto os usuários de internet superavam ligeiramente os 2 bilhões", acrescentou.

Um especialista da UIT explicou que os dados para telefones celulares são aferidos de acordo com o número de assinaturas.

Os últimos números divulgados pelo instituto mostram que o número estimado de usuários da internet chegou a 2,08 bilhões no fim de 2010, contra 1,86 bilhão um ano antes.

Já o número estimado de assinaturas de celular em todo o mundo alcançou 5,28 bilhões no mesmo período, contra 4,66 bilhões em 2009.

"A enorme alta da telefonia móvel está se desacelerando, e estamos chegando ao fim da era do crescimento de dois dígitos do setor", afirmou Susan Teltscher, do UIT.

Com a população mundial chegando aos 6,8 bilhões, a relação é de quase uma pessoa em cada três conectada à rede mundial de computadores.

Deste total, 57% dos usuários estão nos países em desenvolvimento, três anos depois de um relatório do UIT indicando que a internet havia dominado estas nações.

A quantidade de assinaturas de banda larga fixa no mundo passou a marca de meio bilhão pela primeira vez em 2010, alcançando 555 milhões, enquanto o número de assinaturas de banda larga móvel chegaram a 940 milhões.

Enquanto isso, a quantidade de linhas de telefone fixo caiu pelo quarto ano consecutivo, com quase 1,2 bilhão em 2010.

A Ásia e o Pacífico lideram esta mudança para a comunicação virtual pela internet, com mais de 100 milhões de novos usuários da internet. Ao todo, a região conta com 857 milhões de habitantes conectados --a maioria, na China, segundo Teltscher.

Mas a maior concentração de usuários está na Europa, seguida dos Estados Unidos, dos países da ex-União Soviética e do mundo árabe, de acordo com o UIT.

O maior crescimento nos últimos anos foi registrado nestas duas últimas regiões.

Nos países árabes, o número estimado de usuários de internet atingiu a marca de 88 milhões, praticamente o dobro em comparação com as cifras de cinco anos atrás.

Refrigerante de maconha será vendido nos EUA no próximo mês

folhaonline

Um refrigerante de maconha, o "Canna Cola", estará nas lojas do Estado americano de Colorado em fevereiro. Cada garrafa custará entre US$ 10 e US$ 15 e terá entre 35 e 65 miligramas de THC (tetrahidrocanabinol), o principal ingrediente psicoativo do cannabis, o gênero botânico utilizado para produzir haxixe e maconha.

As informações foram publicadas na revista americana "Time".

São 15 os Estados americanos onde o uso da maconha para fins medicinais é legal. No entanto, as condições para sua legalidade mudam de um lugar para o outro, e maconha, independentemente do propósito, continua sendo ilegal pelas leis federais.

Há um projeto de lei no Congresso assinado pela senadora Dianne Feinstein, conhecido como "Brownie Law", aprovado pelo Senado no ano passado. A proposta é aumentar as penas para os que fazem produtos que misturem maconha com "algo doce".


Drinkcannacola/Divulgação
Garrafas do refrigerante de maconha que serão vendidas a partir de fevereiro nos EUA
Garrafas do refrigerante de maconha que serão vendidas a partir de fevereiro nos EUA

O criador do "Canna Cola" é o empresário Clay Butler, que assegura que nunca fumou maconha e que elaborou a bebida por "acreditar que os adultos têm o direito de pensar, comer, fumar, ingerir ou vestir o que quiserem", disse em entrevista à publicação "Santa Cruz Sentinel".

Além do sabor de cola, serão lançados, ao mesmo tempo, o de limão chamado "Sour Diesel", o de uva de nome "Grape Ape", o de laranja "Orange Kush" e, por fim, o inspirado na popular bebida Dr. Pepper, o "Doc Weed".

De acordo com Scott Riddell, criador da empresa que comercializará a bebida, os níveis de THC em "Canna Cola" serão menores que os de outras bebidas do mesmo tipo que já estão no mercado. O efeito no organismo é similar ao de uma "cerveja suave".

Membro da executiva do PMDB quer rever apoio a Rossoni

* Hudson Calefe contesta ‘nota oficial’ de Waldyr Pugliesi

do blog do esmael


O tesoureiro estadual do PMDB, Hudson Calefe, membro da executiva, contestou nesta quarta-feira (26) a veracidade da nota oficial distribuída na segunda-feira (24) pelo presidente e líder do partido na Assembleia, deputado Waldyr Pugliesi.

Segundo Calefe, o PMDB nunca discutiu apoio à candidatura do tucano Valdir Rossoni à presidência da Assembleia ou ao governador Beto Richa (PSDB).

“Eu tenho trinta anos de partido e exijo respeito aos filiados. A nossa legenda deveria estar na oposição, pois foi assim que decidiu os eleitores paranaenses”, disse Calefe, que participou na última segunda à noite da reunião executiva da agremiação.

“Não concordo com a ‘nota oficial’ distribuída pelo Waldyr. Nunca discutimos apoio ao Rossoni ou ao governador do PSDB”, frisou.

Na ‘nota oficial”, Pugliesi defende que o partido embarque na canoa do tucano Rossoni e diz que a executiva do partido delegou à bancada na Assembleia fazer o acordo.

O tesoureiro disse que solicitará uma reunião emergencial com os 70 membros do diretório estadual do PMDB para discutir essa questão da adesão aos tucanos.

“Os deputados podem até falar que a bancada tem vida própria, mas tem que ser dentro dos princípios morais e éticos. Eles têm que seguir a linha do partido porque, quando foram eleitos, precisaram do partido para registrar a candidatura”, afirmou o dirigente.

Hudson Calefe enviou uma carta ao vice-presidente da República Michel Temer, principal liderança da agremiação no país, relatando os problemas da legenda no Paraná.

Como se vê, o apoio dos peemedebistas a Rossoni virou água.

Aposentadoria: clareza solar no país tropical

por Álvaro Dias

O desencanto com as instituições públicas e a desesperança que se generaliza semeiam dúvidas até mesmo em relação àquilo que se nos apresenta com clareza solar neste país tropical. Mas é preciso reconhecer que existe muito de má fé e interesses subjacentes.

E como me disse um experiente parlamentar paranaense, “essas forças não são tão ocultas assim”. É óbvio que, quando se tenta desconstruir imagem edificada com esforço, dedicação e honestidade e destruir um patrimônio ético no turbulento e desacreditado mundo da política, não se está prestando serviço à causa da democracia e do país.

Há infelizmente os que não suportam constatar que ainda alguns vivem no limitado território da decência. Fingem não acreditar e alardeiam suspeições. Quando alguns jornalistas chegaram à creche mantida pela Assistência Social Santa Bertilla Boscardin, que atende 90 crianças numa das regiões mais pobres de Curitiba, não puderam testemunhar o que alguns maledicentes gostariam. Não havia nenhum escândalo a se veicular.

Ao contrário, a foto de minha mãe na parede da biblioteca testemunhava que não é de agora que colaboro para que crianças possam viver a esperança de um futuro de dignidade com a adequada formação. Sei que houve frustração. Afinal, quantos gostariam que colocasse no bolso o que ofereço legal e espontaneamente como doação?

Poderiam continuar afirmando que somos todos farinha do mesmo saco. Que há sim regra sem exceção.Também sei que uma existência inteira será insuficiente para convencer os incorrigíveis do mal de que é possivel viver com decência na atividade pública. Pediram-me que não falasse mais sobre isso. Prefiro enfrentar sem fugir todas as situações que decorrem de minha atuação política. Ao que sei fui o único que, como governador, tentou acabar com uma aposentadoria que já existia há décadas.

Mesmo sem mandato por oito anos não me beneficiei de um centavo sequer do que tinha direito. Poderia agora não requerer o benefício e explorar politicamente o fato, me apresentando como a exceção à regra e assistindo a malversação de valores que me pertencem. Ao requerer não me beneficio, mas achei oportuno beneficiar, nos próximos anos, milhares de pessoas. E é o que farei, de forma correta e transparente.

Quantos dos que me criticaram nos últimos dias abririam mão de um direito constitucional (meu mandato precedeu a Constituinte de 88), que lhes proporcionaria esse privilégio? Como declarei, não pretendia fazer propaganda desse gesto, pois a publicidade diminui o seu mérito, mas sou obrigado, pelos adversários e pelos incrédulos, a fazê-lo.

Terão que suportar, com o deboche, a descrença ou a indiferença, me ver todos os meses entregando a alguma entidade devotada à boa causa um cheque que certamente ajudará a muitos dos que esperam oportunidades de vida digna. Aos que compreenderam e me defenderam o meu melhor agradecimento e a certeza de que não os decepcionarei.

E assim caminha a humanidade!!!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

80 anos de Mazza



Eleições presidenciais: resultado do primeiro turno continua sem definição

Adital

O primeiro turno das eleições presidenciais haitianas, que aconteceu em 28 de novembro do ano passado, continua sem resultado definitivo a respeito de quais candidatos seguirão para o segundo turno. De acordo com o secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, este resultado será definido pelo Conselho Eleitoral Provisional (CEP). Contudo, até o momento, o organismo liberou apenas recomendações.

Em coletiva de imprensa realizada durante visita ao Haiti, na semana passada, Insulza afirmou que o resultado final do primeiro turno não depende da OEA. O secretário geral esteve presente no país para conversar com as autoridades locais acerca do relatório final sobre as eleições, elaborado por especialistas da OEA.

O chefe da Missão de Observação OEA/Comunidade do Caribe (Caricom), Colin Granderson, também este presente na coletiva e afirmou que "o CEP poderá utilizar todas as recomendações que se encontram no relatório para resolver, por meio de uma fase de impugnações, os problemas que surgiram quando se publicou os resultados preliminares das eleições presidenciais, sejam as irregularidades ou os casos de fraude".

O resultado divulgado como oficial informou que a ex-primeira dama Mirlande Manigat teve 31,37% dos votos, o candidato governista Jude Celestin 22,48% e Michel Martelly 21,84%, apenas sete mil votos a menos que o segundo colocado. Resultados extraoficiais também foram divulgados e mostraram uma diferença com Manigat ainda em primeiro lugar, mas com 31,6% dos votos, Martelly em segundo com 22,2% e Celestin em terceiro com 21,9%.

O segundo turno das eleições presidenciais haitianas estava marcado para o último dia 16, contudo, as incertezas com relação aos resultados do pleito do dia 28 de novembro fizeram com que o CEP adiasse a segunda ida às urnas.

Em dezembro, quando o Conselho Eleitoral Provisional informou o resultado do primeiro turno, foram registrados no país diversos focos de manifestações violentas, em sua maioria encabeçada por partidários de Michel Martelly, que denunciaram um esquema de fraude em favor do governista Jude Célestin.

Neste momento de incertezas que cerca a batalha eleitoral, as manifestações estão sendo convocadas por doze candidatos que concorreram à presidência. Jean Henry Ceant, Josette Bijou, Charles Henry Baker, Garaudy Laguerre, entre outros, pedem a anulação do resultado "fraudulento" do primeiro turno. Em convocatória que circulou na internet e nos meios locais nos últimos dias os candidatos chamaram à realização de uma marcha em rechaço aos resultados dito oficiais.

Um ano depois

Toda a polêmica em torno das eleições presidenciais está acontecendo justamente após um ano do terremoto que matou, feriu, desabrigou e empobreceu ainda mais milhares de pessoas no Haiti. Apesar das promessas públicas e reuniões realizadas no ano passado para pensar estratégias de ajuda, o país continua sofrendo com o descaso. Prova disso foi a recente epidemia de cólera que infectou 170.000 pessoas e retirou a vida de outras 3.700.

De acordo com Gonzalo Basile, Presidente de Médicos do Mundo Argentina/Cone Sul, dos cerca de 100 milhões de dólares prometidos em março de 2010, em Nova York, durante a Conferência Internacional de doadores das Nações Unidas e dos Estados membros, menos de 15% chegou efetivamente à nação devasta.

No dia 12 de janeiro, quando se cumpriu um ano do terremoto, o Serviço Jesuíta a Refugiados e Migrantes (SJRM), entidade que atua juntos aos haitianos e haitianas, lembrou a data não com tristeza, mas com a organização de atividades artísticas e culturais para provocar a renovação da esperança. A oportunidade também serviu para reforçar o chamado de solidariedade com o país e sua população, que permanece em estado de pobreza extrema e dependente de ajuda externa.

EUA: Caldo de cultura fascista

Frei Betto

Caldo de cultura é quando fico atado a um videogame treinando matar figuras virtuais. Segundo a Newsweek, o videogame mais vendido nos EUA em 2010 foi o Grand Thief Auto 3 (O grande roubo de carros 3). O jogador progride quanto mais crimes comete. Se o jogador rouba um carro e mata um pedestre, a polícia passa a persegui-lo. Se atira no policial, o FBI aparece. Se assassina o agente federal, os militares entram no caso... Caldo de cultura é quando meu irmão luta no Afeganistão, assim como meu pai fez no Iraque e meu avô no Vietnã.

Caldo de cultura é, aos 23 anos, entrar numa loja e comprar, sem a menor burocracia, uma pistola Glock 9mm e um pente extra que me permite disparar 33 tiros seguidos sem precisar descarregar - como fez Jared Lee Loughner, em Tucson (Arizona), no sábado, 8/1, matando 6 pessoas, entre as quais o juiz federal John M. Roll, e ferindo gravemente várias, inclusive a deputada democrata Gabrielle Giffords.

Os EUA estão num impasse. A eleição de um presidente negro com discurso progressista não foi digerida por amplos setores racistas e conservadores. O que deu origem ao mais recente caldo de cultura fascista -o Tea Party, liderado por Sarah Palin, ex-governadora do Alasca e candidata a vice-presidenta pelo Partido Republicano em 2008.

O movimento Tea Party situa-se à direita do Partido Republicano. Para seus adeptos, as liberdades individuais estão acima dos direitos coletivos. Embora muitos sejam contra a guerra, eles coincidem com os ultramontanos ao reprovar a união de homossexuais e a legalização de imigrantes, e defender a abstinência sexual como o melhor preservativo ao risco de aids.

Obama é uma decepção para muitos de seus eleitores. Nas eleições legislativas de novembro foi alta a abstenção entre jovens, negros e latinos que nele votaram. Não parece saber lidar com a crise econômica que afeta o país desde 2008. Muitos perderam suas casas devido ao estouro da bolha especulativa; 8,5 milhões de trabalhadores ficaram sem emprego e 8 milhões carecem de seguro-desemprego. O próprio governo admite que em 2012 a taxa de desemprego ultrapassará 8%.

Malgrado o Nobel da Paz, Obama não pôs fim às guerras no Iraque e no Afeganistão; não reduziu a ameaça terrorista; não avançou no quesito ambiental; não melhorou as relações com Cuba; não reformou o projeto de lei de imigração; e não tem segurança de que sua reforma da saúde será aceita pelo atual Congresso.

Hoje, os EUA estão mais à direita do que na eleição de Obama. No pleito de novembro, o Partido Republicano avançou 63 cadeiras. Agora, são 242 deputados republicanos e 193 democratas.

Obama sente-se encurralado. Não ousa como Roosevelt nem inova como Kennedy. Já agradou os republicanos ao contrariar sua promessa de campanha e anunciar, a 6 de dezembro, a prorrogação dos privilégios tributários aos mais ricos, herança da era Bush. Deu um Papai-Noel de US$ 4 trilhões à elite usamericana. E reduziu de 6,2% para 4,2% o imposto recolhido da folha de pagamento e destinado a financiar a Seguridade Social, agora com menos US$ 120 bilhões!

E o Senado, onde os democratas mantêm maioria, desaprovou, a 18 de dezembro, a legalização de 11 milhões de indocumentados que vivem nos EUA.

A democracia fica ainda mais ameaçada desde que a Suprema Corte, há um ano, deu sinal verde para as grandes corporações financeiras abastecerem o caixa dois das campanhas eleitorais. Estima-se que nas eleições de novembro os republicanos angariaram US$ 190 milhões, e os democratas a metade. E a turma da privatização da saúde contribuiu com US$ 86,2 milhões para tentar boicotar a reforma proposta por Obama ao setor. Em suma, o modelo usamericano de democracia é refém do dinheiro.

O novo Congresso vai bater forte na tecla de corte de gastos do governo. Isso significa, num país em crise, reduzir os serviços sociais e multiplicar a exclusão social e a criminalidade. Inclusive a dos fanáticos como Loughner, convictos de que as cabeças que não pensam como as deles merecem uma única coisa: bala.

A marota forma de ajuda de Luciano Huck

por Luis Nassif

Luciano Huck é sócio do Peixe Urbano, um site de compras coletivas. Em dezembro último, o apresentador da Globo usou o Twitter para tentar bater o recorde de vendas de cupons no site:

"O apresentador Luciano Huck – agora sócio do site de compras coletivas Peixe Urbano - usou pela primeira vez o Twitter para impulsionar a venda de cupons de desconto – e quase conseguiu o que queria: superar o recorde de vendas do site."

http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/12/08/luciano-huck-ja-usa-o-twitter-para-vender-seu-peixe/

Ontem, ele postou esta mensagem no Twitter:

Luciano Huck

"Quer ajudar, e muito, as vítimas da serra carioca [sic]. Via @PeixeUrbano, vc compra um cupom e a doação esta feita. http://pes.ca/gZ2Ibb"

http://twitter.com/#!/huckluciano/status/26377814122962944

A compra dos cupons, segundo o site, reverterá em benefício de duas ONGs que estão ajudando as vítimas das enchentes. Parece bonito, mas não é.

Primeiro, é necessário ir ao site do negócio de Luciano.

Depois, é preciso se cadastrar no site. E então comprar um ou mais cupons de R$10,00.

Ganha Luciano porque divulga o seu negócio (mais de 7.000 RTs até agora), cadastra milhares de novos usuários em todo o Brasil, familiariza esses usuários com os procedimentos do site, incentiva o retorno e aumenta absurdamente o número de cupons vendidos – alavancando o Peixe Urbano comercial, financeira e mercadologicamente. Além do ganho de imagem por estar fazendo um serviço público (li vários elogios nos RTs).

Sabe-se lá como será contabilizado ou fiscalizado o total recebido como doação e repassado para as duas organizações parceiras. O usuário não tem nem terá acesso a esses dados internos.

Supondo que todo o montante arrecadado chegue às vítimas, se for mesmo o que estou entendendo, trata-se da mais sórdida exploração da desgraça alheia que já presenciei em toda a minha vida.

As pessoas que estão doando seu dinheiro, seus produtos, seu tempo, suas habilidades e sua atenção aos desabrigados e às vítimas não estão pedindo nada por isso, não estão ganhando nada com seu gesto de solidariedade, não estão usando essa tragédia para obter nenhuma forma de lucro pessoal. Fazem o bem porque são humanas, ficaram chocadas com as imagens e as informações, se sensibilizaram com o sofrimento alheio. Ajudam por solidariedade, empatia e até por desespero.

E a maioria delas não tem quase nada na vida, em comparação com o apresentador da Globo.

De todas as iniciativas já divulgadas até o momento, só a de Luciano Huck visa primeiramente ao lucro pessoal, para depois, secundariamente, resultar numa ajuda social.

Quando um tsunami matou 200 mil pessoas no sudeste da Ásia, em 2004, recebi um e-mail de um escritor inglês pouco conhecido, no qual se fazia a oferta: "Compre um dos meus livros, e eu doarei 30% do valor para as vítimas da tragédia". Saí da lista do explorador barato na hora, mas a favor dele contava o número reduzido de destinatários da mensagem.

Luciano Huck tem 2.600.000 seguidores no Twitter: é este o público-alvo do seu apelo interesseiro. Pode não bater o recorde de cupons, desta vez, mas temo que tenha batido o recorde da safadeza. Aceito argumentos que me provem o equívoco dessa suspeita.

Depois dos R$24 milhões entregues pelo Estado à Fundação Roberto Marinho, dinheiro originalmente destinado à contenção de encostas e às obras de drenagem, mais esta. Turma da Globo, vocês pensam que estão apenas lucrando com as águas, mas na verdade podem estar brincando com fogo.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ESQUENTA DISPUTA NA ASSEMBLEIA

REQUIÃO PROMETE REESTRUTURAÇÃO DO PMDB. MAIORIA DA BANCADA REBELA-SE CONTRA ADESÃO AO GOVERNO BETO. ROMANELLI, BEM, ROMANELLI COLABORA...

por Ernesto Aguiar

Cidadãos esclarecidos, estarrecidos, balbuciam o inusitado do fato.
Pessoas mais experientes, militantes de lombo grosso, condenam veementemente.
Neoliberais e outros bichos cabeludos engolem atravessado, alguns regurgitam.
Fato concreto é que o Deputado Romanelli virou-casaca, mudou de lado,traírou, colaborou.
Reuniu seu séquito, parte do lumpesinato sindical e atirou-se nos braços de Taniguchi.

O pseudo combatente de outrora, com atos e fatos que lhe reputaram, como a destruição da imagem do então candidato a Governador JOSE RICHA, com boatos sobre uma loira, supostamente amante do então adorado ex-governador. Ou ainda nesta campanha, quando sugeriu a desídia do filho de J. Richa por sua CTPS virgem. Ou o Tupamaro, terror das barricadas, ao romper a cancela do pedágio no peito, de fato capitulou.

EPISODIOS HISTORICOS
As escrituras sagradas relatam o comportamento de JUDAS Iscariotes, que traindo de maneira vil, denunciou seus companheiros e traiu Jesus por TRINTA dinheiros.
A Inconfidência Mineira, caracteriza muito bem este tipo de comportamento. Joaquim Silvério dos Reis, mudou de lado, traiu VERGONHOSAMENTE a companheirada, distribuindo facadas pelas costas e levando à forca Tiradentes.
Durante a ocupação nazista na França, alguns patrícios, lamberam as botas da SS, foram batizados de COLABORACIONISTAS.

Do outrora arauto antiliberal, vê-se apenas uma tênue careca apagada, um sorriso amarelo denunciador.

NEGOCIAÇÃO, COOPTAÇÃO,COLABORACIONISMO EXPLÍCITO
O deputado Romanelli negociou muito barato o apoio do envergonhado e humilhado PMDB ao novo Governo.
Uma enfraquecida secretaria, retalhada. Certo que foi na forma conhecida como "porteira fechada", sim TODOS os cargos são de nomeação do próprio deputado, fato que tem causado uma certa revolta entre os demais enfiados no pacote(demais deputados do envergonhado e humilhado PMDB), exceção a uma indicação de um "companheiro" de bancada que nomeou um cargo no valor de mil e duzentos reais.

Certo que também o deputado mantém o gabinete na ALEP com seus respectivos cargos.
Do ponto de vista do secretário colaborador, foi um bom "negócio". Em sua trajetória política, sempre dependeu da máquina para se viabilizar eleitoralmente, como poderia sobreviver? Que se danem os princípios!

A título de comparação, podemos dizer que o JUDAS de Minas Gerais, Joaquim Silvério, negociou com muito mais desenvoltura, exigiu pela cabeça dos companheiros, perdão das dívidas, uma mansão, pensão vitalícia! Cargo de intendência com autoridade em três províncias, "passaporte diplomático" para si e familiares, etc... (convenhamos, bem mais do que o pacote de pemedebistas em "promoção" de fim/início de ano).

Esse acordo "rastaquera" que o esperto deputado fechou, inclui claro a eleição da mesa da ALEP, colocando seus "muí-amigos" deputados do envergonhado e humilhado PMDB, de joelhos (ou de quatro) diante de Rossoni.
Ao se aliar a Cássio Taniguchi, ao Ezequias Moreira, ao Belinatti e a Tony Garcia, entre outras figuras, o colaboracionista deputado, rasga, cospe e espezinha a bandeira do PMDB. Dá na cara da militância e rouba a esperança da juventude e da cidadania.

Reforça o lugar comum do "político é tudo sem-vergonha mesmo", dá péssimo exemplo, joga na vala comum do chiqueiro da política a resistência ao neoliberalismo, a defesa da Carta de Puebla.
Envergonha de maneira letal o PMDB de Curitiba e do Paraná, caso não haja reação a sua capitulação vergonhosa.
Tenta enterrar o próprio criador, sugerindo sua morte, acendendo velas.

Renega seu passado, vira o cocho, entrega-se no lupanário, na casa de tolerância, contraria Sidônio Muralha, cantado em verso e prosa por seu ex-líder, provando que se caráter custa caro, PAGUE O PREÇO! (vendeu muito barato).
Sugerem, militantes do Velho Manda Brasa, que a exemplo de outros políticos populares, deputado Romanelli também incorpore a seu nome o codinome Anselmo. Ficaria assim... Deputado Luiz C. ANSELMO Romanelli. De bom tamanho pra tamanha desfaçatez .

Vamos acompanhar bem de pertinho o comportamento dos Deputados Estaduais do envergonhado PMDB. Seguirão de cabeça baixa, avalizando, lupanando, enxovalhando a desbotada bandeira do MANDA BRASA, levando Rossoni à liderança?

Resistirão ao comando RO-RO ou capitularão? Enfiarão a cabeça no buraco feito o PT-avestruz?

São nessas horas que se diferenciam o joio e o trigo, os homens e os roedores...

O guerreiro traído, Senador Osmar Dias, de comportamento exemplar, que num gesto de grandeza, viabilizou a eleição dos dois senadores de sua chapa, vários deputados de partidos aliados, garantiu palanque substancial à Presidente eleita, merece um retorno no mínimo solidário dos eleitos.

Os "quinta-colunas" merecem o desprezo e um dia quem sabe a "volta do cipó de aroeira".
Iniciou-se um movimento de resistência interno no PMDB, vamos acompanhar o desenrolar dos fatos.

Day after

por Jorge Yared

Depois de oito anos trabalhando em um mesmo veículo, no meu caso a Paraná Educativa, hoje RTVE PARANÁ, a gente vai se acostumando com a casa, com os colegas, com o prefixo em que atuamos. Com o passar do tempo, a impressão é que estamos em nossa casa. Os colegas, nossos irmãos, e o prefixo passa a fazer parte do nosso nome. Daí surgem os sentimentos de carinho e aprêço por tudo o que nos rodeia e que envolvem e embalam nossos sonhos de contribuir com a nossa profissão à sociedadeque nos serve. Pois bem. Dia 4 de janeiro depois de uma breve reunião pela manhã na rádio onde o diretor recém empossado espunha seu modo de pensar a nova forma de pautar o Jornal da Educativa fui almoçar e no trajeto já pensava como seria melhor a edição do dia seguinte com as orientações recebidas. Ao chegar em casa, na cozinha, ajudando minha esposa a arrumar a mesa para o almoço, toca o telefone. Deixei no viva voz, como é de costume. No outro lado da linha, o sr. Tupan a quem foi dada a honra de dirigir as duas rádios, AM e FM, foi direto ao assunto: "Yared, disse ele, você é um dos melhores profissionais que conheço. Seria muito bom tê-lo em nossa equipe, mas ordens superiores me impelem a dispensá-lo. É que você é da "turma do Requião" e me foi solicitado a dispensar todos aqueles que de alguma forma estão íntimamente ligados ao ex-governador. Me desculpe, mas com sua bagagem e sua experiência não vai encontrar dificuldade de encontrar outro prefixo para trabalhar. Obrigado e boa tarde!"

Silêncio absoluto na cozinha de minha residência. Meu filho, no último ano de jornalismo, atônito olhou para mim e disse: e agora, pai? Como é que podem dispensá-lo desta forma...por telefone...e com uma desculpa esfarrapada desta. O senhor nem político é! Até hoje cedo o senhor falava da expectativa do Beto Richa fazer um bom governo no Paraná e que a sua experiências nesses últimos anos poderiam ser de bastante utilidade para o aperfeiçoamento da programação da Educativa. O que foi que houve? Esse meio é assim? Traiçoeiro, covarde, incoerente, insensível, desrespeitoso???
Não pude responder...estava com a voz embargada e com um sentimento misto de revolta e decepção.

Minha esposa parou o que estava fazendo e foi para o quarto. O delicioso almoço que acabara de preparar ficou lá em cima da mesa. Ninguém tinha apetite para degustá-lo. A tristeza e a preocupação pelo desemprego tomou conta do meu lar naquele primeiro momento. O que fazer?

Sim, eu sei. Eu trabalhava como funcionário comissionado. Sendo assim deveria estar preparado para a tradicional exoneração que acontece ao final do mandato da autoridade que nomeia. É costume o novo governador substituir os antigos comissionados por pessoas de sua confiança ou indicados por seus secretários ou diretores de autarquias. No meu caso não era diferente. Mas fazer um bom trabalho de comunicação na administração de Requião deveria ser um ponto positivo em meu currículo para continuar a fazê-lo na atual administração. Como foi mencionado, não sou político. Sou comunicador. A nomeação pelo ex-governador Requião muito me honrou pelo respeito ao profissional que sou e pela confiança depositada na qualidade do meu trabalho. Não pedi esta nomeação. Ninguém interferiu por mim. A decisão foi respeitosa e pessoal pelos motivos já relatados. Ser nomeado como funcionário comissionado. Se essa era a
forma de legalizar meu trabalho, tudo bem. Mas jamais deveria ser impedimento de continuidade. O que deve contar é a qualidade, a excelência do trabalho prestado. Somos profissionais e temos responsabilidade com nosso público: o cidadão paranaense. Agora, ser dispensado por ter feito um bom trabalho, ser considerado um adversário político, ser retirado do ar com a alegação de que minha cara é a cara do Requião foi uma atitude absolutamente incoerente de quem espera construir um Paraná mais justo e verdadeiro. Ninguém é perfeito. O Requião não fez, assim como tenho certeza o Beto também não fará uma administração perfeita em todos os sentidos. São milhares de pessoas atuando. Uma ou outra pode ou deverá tropeçar. Mas o que importa é a vontade política de acertar. De fazer bem as coisas. Nesses oito anos eu testemunhei boas ações de governo: a política social foi marcante; a política fiscal, essencial para o momento; o resgate de empresas públicas como a Sanepar e a Copel; a eliminação de contratos fraudulentos; o investimento no DER, nas estradas, a recuperação da Ferroeste, a atenção especial dada ao litoral e ao Porto de Paranaguá; o fortalecimento da agricultura familiar, a proteção do meio ambiente (a recuperação das matas ciliares px); os avanços na Educação; na Saúde com a política de descentralização e tantas outras boas ações. Foram através delas e dos resultados alcançados nesses últimos anos é que o atual governador poderá também, em dando continuidade, melhorar ainda mais a vida das pessoas. É claro, com sua marca pessoal e com novas ações estabelecidas em sua gestão.Temos que nos concentrar nos acertos para evoluir e nos erros para não repetí-los Eu acredito que as pessoas devem ter um compromisso de trabalhar sempre para melhorar o mundo em que vivemos. Não será desta forma, tratando o próximo como peça descartável, não se importando com as consequências sociais e humanas de determinadas decisões, que chegarão a este intento. Ao contrário, deixarão um legado para se lamentar. Você pode enganar muitas pessoas por pouco tempo, poucas pessoas por muito tempo, mas não todas por todo o tempo.

Mas não parou por aí!

Tem a dispensa da TV...esta foi pior. Foi com um beijo na face! E esses 5 dias do novo mandato, quem me pagará? Apresentei os jornais dos dias 3, 4 e 5 do corrente. Fui dispensado sem direito a nehuma verba rescisória. Uma mão na frente e a outra atrás e com os bolsos vazios. O que ficou foi o reconhecimento das pessoas que me acompanhavam no Jornal da Educativa do rádio e da tv e a frustração de não me verem mais.
Até breve, em um outro prefixo, se Deus assim o permitir!

ECT lança selo em homenagem ao inventor do rádio

ebc

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) colocou hoje (21) em circulação um selo em comemoração aos 150 anos do padre Landell de Moura, inventor do transmissor de ondas.

A arte do selo é de Lídia M. Hurovich Neiva, com colaboração de Marco Aurélio Cardoso Moura, e retrata Landell de Moura falando ao microfone em sua invenção. Ao fundo, são reproduzidas a patente obtida em 1904, nos Estados Unidos, e a planta do aparelho. No lado esquerdo inferior, uma onda de rádio modulada em amplitude (ou AM, do inglês Amplitude Modulation, transmissão da voz humana a longas distâncias sem utilização de fios).

O selo tem valor facial de 1º Porte Carta Comercial (R$ 1,05), tiragem de 300 mil exemplares e poderá ser adquirido na loja virtual, na Agência de Vendas a Distância ou nas agências dos Correios.

O padre Roberto Landell de Moura, considerado o inventor do rádio, nasceu em Porto Alegre no dia 21 de janeiro de 1861.

Guglielmo Marconi levou a fama, mas a obra do italiano foi o telégrafo sem fio, ou seja, pontos e traços do Código Morse sendo enviados pelo espaço. Já o padre Landell fez as primeiras experiências de transmissão da voz humana em 1893, antes de Marconi e de Nicolá Tesla, gênio nascido na Croácia, que desenvolveu grandes experimentos e que é reconhecido nos Estados Unidos como o inventor do rádio.

A existência das ondas eletromagnéticas foi teorizada pelo escocês James Maxwell em 1873. O alemão Heinrich Hertz fez a primeira demonstração prática do fenômeno em 1888.

A década de 1890 fervilhava com a ideia da transmissão de mensagens a distância sem a necessidade de fios, fossem elas em código Morse, sons ou imagens.

Mas, mesmo que sejam desconsideradas as experiências pioneiras de Landell de 1893 e seja levada em conta apenas a transmissão de 3 de junho de 1900, na Avenida Paulista, em São Paulo, testemunhada e registrada na imprensa, vê-se claramente que o padre porto-alegrense foi o primeiro a levar a palavra do homem à distância sem o uso de fios. Só seis meses depois, em dezembro de 1900, haveria notícia de um feito semelhante, do canadense Reginad Fessenden, nos Estados Unidos.

O rádio nasceu pelas mãos de Landell. Apesar de ter obtido patentes para seus inventos no Brasil e nos Estados Unidos, no Brasil ele foi considerado louco e féis da igreja como alguém que tinha pacto com o demônio.

Landell trabalhou com recursos próprios. O interesse do padre pela ciência já o havia colocado em contato com dom Pedro II, ainda durante o império. Pedro II foi um homem de visão e aficcionado pelas novidades científicas. No entanto, mais tarde, em 1904, já sob o regime republicano, quando Landell procurou o presidente Rodrigues Alves para obter auxílio em seus experimentos, foi visto como doido. Ele chegou a dizer que, futuramente, seu invento possibilitaria a comunicação interplanetária.

Landell estava certo. Existem hoje as espaçonaves não tripuladas Voyager, lançadas pela Nasa em 1977, saindo do sistema solar e enviando imagens e sons para a Terra.

Outro episódio marcante na vida de Landell foi a invasão e destruição de seu laboratório, construído a duras penas. Fiéis da igreja invadiram o local de trabalho e destruíram tudo.

Por volta de 1910, com outros cientistas estrangeiros levando as experiências adiante e ganhando as glórias pelo invento do rádio, Landell de Moura abandonou a ciência. Levou sua vida até 1928 apenas no exercício do sacerdócio.

Muito da sabedoria de Landell se perdeu por causa do descaso ou pela ação do tempo. Mas o jornalista Hamilton Almeida, maior pesquisador e autor de dois livros sobre o inventor brasileiro, registra que Landell tinha outras investigações científicas. Abordava até a possibilidade de comunicação entre as pessoas diretamente pelo que chamava de logus, ou "verbo mental". São mistérios que, como o próprio Landell disse, teria que levar para o túmulo.

Ex-presidentes discutem descriminalização da maconha

Bloco, composto também por alguns dos maiores empresários do mundo, será liderado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

Agência Estado

Um grupo de ex-presidentes, alguns dos maiores empresários do mundo, ganhadores do Prêmio Nobel e especialistas em saúde decidiu se unir em um projeto inédito para buscar alternativas às políticas de combate às drogas que, na avaliação de muitos, fracassaram. Na segunda-feira (24/01), em Genebra, a Comissão Global Sobre Políticas de Drogas será lançada e debaterá, entre várias propostas, a descriminalização da maconha, em uma iniciativa que promete causar polêmica.

O grupo contará com personalidades como Mario Vargas Llosa, o espanhol Javier Solana, ex-secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a ex-presidente da Suíça Ruth Dreifuss e o empresário Richard Branson, do Virgin Group. O bloco será liderado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para todos, a constatação é uma só: a guerra contra as drogas nos últimos 40 anos não funcionou e o narcotráfico já ameaça democracias.

O grupo tem como meta avaliar medidas para garantir maior eficiência no combate às drogas e iniciativas concretas contra um setor que é visto cada vez mais como uma ameaça ao Poder Judiciário dos países. O ex-presidente brasileiro já havia liderado um grupo latino-americano. Uma das conclusões do trabalho da comissão regional foi a constatação de que a guerra contras as drogas não funcionou e que novas políticas ainda deveriam ser pensadas, inclusive os benefícios e riscos de uma eventual eliminação de penas criminais contra a posse de maconha.

Agora, o grupo debaterá alternativas para implementação de políticas que possam ser mais criativas e eficientes que a mera erradicação da produção ou a criminalização do consumo. Para membros do grupo, isso não reduziu o tráfico nem o consumo de drogas nos últimos 50 anos.

Motorista com mais de 60 anos poderá ser isento de pedágio

Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei, do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que isenta do pagamento de pedágio nas rodovias federais o motorista com idade superior a 60 anos que esteja dirigindo o seu próprio carro.

O autor observa que o Estatuto do Idoso assegurou aos maiores de 60 anos direitos como a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos, mas não beneficiou os que trafegam pelas estradas federais. O projeto, segundo ele, assegura a essas pessoas um tratamento digno à sua idade.

O projeto tramita em conjunto com o Projeto de Lei, do deputado Luiz Bittencourt (PMDB-GO), que isenta do pagamento de pedágio nas rodovias federais os veículos de pessoas com deficiência física.

A proposta já foi aprovada pelas comissões de Viação e Tansportes e de Seguridade Social e Família e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Nelson Garcia é candidato a grande blefe do ano?

paranaonline

O deputado estadual Nelson Garcia (PSDB) tem somente mais esta semana pela frente para tentar articular sua candidatura à presidência da Assembleia Legislativa do Paraná. Isso se é que ele vai mesmo concorrer com o seu colega de partido, Valdir Rossoni, conforme consta nos rumores que circulam pela capital. A votação acontece no próximo dia 1º de fevereiro, na primeira sessão do ano na Assembleia, logo depois da posse dos deputados eleitos em 2010.

Duas semanas atrás, a candidatura de Garcia foi precariamente divulgada por sua assessoria de imprensa. De lá para cá, o parlamentar não atendeu a imprensa e tem fugido do assédio. Até agora continua a incógnita de quem mais poderia compor a chapa em torno de Garcia, e sequer se sabe quem seriam seus apoiadores. Pelo menos, em público, nenhum deputado admite essa possibilidade. Nos bastidores, fala-se que a chapa estaria sim, sendo montada, inclusive com convites a deputados já anunciados como integrantes da chapa de Rossoni. Se os convites foram aceitos, é outra história. De novo, oficialmente ninguém diz nada.

O esboço da composição de uma nova chapa para se opor ao grupo de Rossoni teria começado depois que alguns parlamentares teriam ficado insatisfeitos com a distribuição de cargos do governo estadual, principalmente no interior do Estado. Em entrevistas à imprensa nos últimos dias, o governador Beto Richa (PSDB) não se mostra muito preocupado com uma possível disputa de dois deputados do seu partido na Assembleia. Já afirmou diversas vezes que pretende não interferir no processo, que os deputados fazem parte de um poder independente e que ele respeitaria esse trâmite. Beto confirmou que se reuniu nesta semana com Garcia no Palácio das Araucárias, mas a versão oficial é de que teria sido uma “visita de cortesia”, e não para discutir a sucessão na Assembleia.

Uma semana parece não ser tão pouco tempo assim para a articulação de uma nova chapa, se houver força para montá-la, avalia o líder estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi. “Em política, uma semana equivale a um século. Já vi muitas coisas serem definidas na última hora. Se ele (Garcia) chegar a fazer propostas para membros de outros partidos, precisaremos avaliar. Mas antes ele precisa confirmar a candidatura”, diz Pugliesi, que declara não ter sido procurado por Garcia para uma conversa sobre a presidência da Assembleia e que o apoio a Rossoni continua. “Alguns deputados do PMDB teriam conversado com Garcia, mas eu enquanto líder não fui procurado”, reafirma.

Independente da confirmação da candidatura de Garcia, a posição do PT, único partido que se declarou de oposição ao governo, é de se abster do processo. “O PSDB pode estar tendo uma divergência interna, que não é uma divergência sobre o processo de eleição da mesa, sem respeitar a proporcionalidade ou a transparência que defendemos na Casa. Para nós, mais importante que a pessoa, é o projeto”, defende o presidente estadual do PT, Ênio Verri. Mesmo sem concordar com as candidaturas, o PT não chegou a cogitar uma chapa própria. “Temos um grupo muito pequeno de deputados que vão ter papel de oposição ao governo de Beto Richa. Com sete deputados, não havia condições. Não se pode sair numa eleição por sair”, diz Verri.