quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Injustiça e repressão, marcas do tucanato paulista, voltam a aparecer no reajuste do ônibus

por Gabriel Brito

Na tarde/noite da quinta-feira passada, 13, o centro da cidade de São Paulo voltou a abrigar novas demonstrações de barbárie de sua Polícia Militar. Como tem sido praxe com relação a todos os protestos sociais da cidade, imperaram a violência e total indisposição ao diálogo com as pessoas que protestavam contra o novo aumento na tarifa do ônibus na capital paulista - de R$ 2,70 para R$ 3,00.

Dessa forma, o ato que reuniu entre 800 e 1000 pessoas para mostrar a insatisfação popular contra esse novo ataque ao bolso do habitante do estado, gesto acompanhado por pelo menos outras 16 prefeituras das principais cidades do país que decidiram reajustar a passagem imediatamente após as eleições, não pôde sequer chegar a seu destino final, a Câmara dos Vereadores, tamanha a truculência oficial.

"Esse aumento, acima da inflação, tem objetivo político: aumentar agora de uma vez e não voltar a fazê-lo nos próximos anos, por motivos eleitoreiros. Mas é preciso dizer que o movimento não protesta somente pelo fato de a tarifa ter sido aumentada acima da inflação. Somos contra todos os aumentos de tarifa, por achar que a cada novo reajuste, mais pessoas não conseguem pagar o ônibus", disse ao Correio da Cidadania Mariana Toledo, do Movimento Passe Livre (MPL), que idealiza a gratuidade no transporte coletivo - afinal, já financiado com dinheiro público.

O pior de tudo é que o mesmo filme foi exibido nas ruas da megalópole no início do ano passado, quando o prefeito Gilberto Kassab descumpriu pela primeira vez sua promessa de não reajustar a tarifa de ônibus em seu mandato. Na ocasião, a manifestação também teve dificuldades de evoluir e transmitir sua mensagem, e a violência policial brilhou fortemente a olhos vistos, tal como nos protestos dos professores, policiais civis, afetados pelas chuvas... leia mais

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se não tiver conta no Google, opte por "Comentar como: Nome/URL", sendo que o campo URL não precisa ser preenchido.

Não serão tolerados ataques pessoais.