segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

QUE VIVA CHÁVEZ !



Estado de saúde de Chávez se complica


O vice-presidente excecutivo da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, informou desde Havana, Cuba, por meio de mensagem transmitida em cadeia nacional de rádiio e televisão que o estado de saúde do presidente Hugo Chávez se complicou nas últimas horas. Maduro assinalou que Chávez pediu-lhe que transmitisse às famílias venezuelanas, em especial às crianças um caloroso abraço.


Segundo Maduro, Chávez expressou o desejo de que o ano de 2013 seja de êxitos na consolidação definitiva da independência da pátria , de união nacional e da maior felicidade possível para o povo.

Maduro destacou que 19 dias depois da segunda cirugia a que foi submetido o presidente Chávez, em Havana, seu estado de saúde continua sendo delicado.

Acompanhe a íntegra do comunicado oficial lido pelo vice-presidente Nicolás Maduro.

“O governo da República Bolivariana da Venezuela cumpre o dever de informar ao povo venezuelano sobre a evolução clínica do Presidente Hugo Chávez depois da intervenção cirúrgica praticada em Havana, Cuba, em 11 de dezembro passado.

Como se sabe, no dia 28 de dezembro viajamos a Havana por instruções do Comandante Presidente, pelo que vou proceder ao seguinte informe:

Ao chegar a Havana nos dirigimos de imediato ao hospital para nos atualizarmos pessoalmente sobre a situação de saúde do Comandante Presidente.

Fomos informados sobre novas complicações surgidas como consequência da infecção respiratória já conhecida.

No dia de ontem nos mantivemos pendentes da evolução de sua situação e da resposta aos tratamentos. Reunimo-nos várias vezes com sua equipe médica e com seus familiares mais próximos.

Há alguns minutos estivemos com o Presidente Chávez, nos saudamos e ele mesmo se refiriu a estas complicações.

Tivemos a oportunidade de prestar-lhe informação sobre a situação nacional, as exitosas jornadas de tomadas de posse dos vinte governadores e governadoras bolivarianos, e a satisfatória acolhida de sua mensagem de saudação de fim de ano à Força Armada Nacional Bolivariana.

De maneira especial, o Comandante Chávez quis que transmitíssemos sua saudação de fim de ano a todas as famílias venezuelanas, que se encontram reunidas durante estes dias em todo o territorio da Pátria; de maneira muito especial enviou um caloroso abraço às crianças da Venezuela, recordando que sempre as leva em seu coração. 

Abraço extensivo a todo o nosso povo, para que recebam com amor o ano de 2013, ano que deve ser de maior felicidade para nossa Pátria, de consolidação definitiva de nossa independência e união nacional.

O Presidente nos deu instruções precisas para que, ao sair da visita, informássemos ao povo sobre sua condição de saúde atual.

A dezenove dias da complexa cirurgia, o estado de saúde do Presidente Chávez continua delicado, apresentando complicações que estão sendo atendidas, em um processo não isento de riscos. Graças a sua fortaleza física e espiritual, o Comandante Chávez está enfrentando esta difícil situação.

Igualmente, informamos que decidimos permanecer nas próximas horas em Havana, acompanhando o Comandante e sua família, muito atentos ao processo de evolução de sua situação atual.

Confiamos em que a avalanche mundial de amor e solidariedade para com o Comandante Chávez, junto à sua imensa vontade de vida e o cuidado dos melhores médicos especialistas, ajudarão nosso Presidente a travar com êxito esta nova batalha.

Que Viva Chávez!

Havana, 30 de dezembro de 2012

VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NA ÍNDIA - LATUFF


How Indian police deal with rape complaints

MENSAGEM DE ANO NOVO

CUBA VÁ !




CUBA É O ÚNICO PAÍS COM ECONOMIA SUSTENTÁVEL NO MUNDO



Cuba é o único país com economia sustentável no mundo 

WWF aponta Cuba como único país com economia sustentável 

Antonio Broto Pequim, 24 out (EFE).- Cuba é o único país do mundo com desenvolvimento sustentável, segundo o relatório bienal apresentado hoje pela organização WWF em Pequim, e que afirma que o ecossistema "está se degradando a um ritmo sem precedentes na história".

De acordo com o relatório, elaborado pela WWF a cada dois anos e que foi apresentado pela primeira vez na capital chinesa, se as coisas continuarem como estão, por volta de 2050 a humanidade precisaria consumir os recursos naturais e a energia equivalente a dois planetas Terra.

É um círculo vicioso: os países pobres produzem um dano per capita à natureza muito menor, mas, à medida que vão se desenvolvendo (exemplos de China e Índia), o índice vai aumentando a níveis insustentáveis pelo planeta.

A WWF elaborou em seu relatório um gráfico no qual sobrepõe duas variáveis: o índice de desenvolvimento humano (estabelecido pela ONU) e o "rastro ecológico", que indica a energia e recursos por pessoa consumidos em cada país.

Surpreendentemente, apenas Cuba tem nos dois casos níveis suficientes que permitem que o país seja considerado que "cumpre os critérios mínimos" para a sustentabilidade.

"Não significa, certamente, que Cuba seja um país perfeito, mas é o que cumpre as condições", disse à Efe, Jonathan Loh, um dos autores do estudo.

"Cuba alcança um bom nível de desenvolvimento, segundo a ONU, graças a seu alto nível de alfabetização e expectativa de vida bastante alta, enquanto seu 'rastro ecológico' não é grande, por ser um país com baixo consumo de energia", acrescentou Loh, que apresentou o estudo em Pequim.

De fato, a região latino-americana em geral parece ser a que está mais perto da sustentabilidade, já que outros países como Brasil ou México estão perto dos mínimos necessários, frente à situação de regiões como África - com baixo consumo energético, mas muito subdesenvolvida - e Europa - onde ocorre o inverso.

"Não sei exatamente a que se deve este fato (a boa situação da América Latina), mas é possível perceber que é ali onde as pessoas parecem mais felizes, e talvez se deva ao maior equilíbrio entre desenvolvimento e meio ambiente", disse o autor do estudo.

Apesar das boas vibrações transmitidas pelo bloco latino, a situação global mostrada pelo relatório da WWF é desanimadora. Por exemplo, o número de espécies de animais vertebrados caiu 30% nos últimos 33 anos.

O rastro deixado pelo homem é tamanho que "são consumidos recursos em tempo muito rápido, que impede a Terra de recuperá-los", disse o diretor-geral da WWF, James Leape, que também participou da apresentação do relatório em Pequim.

O "rastro ecológico" do homem, seu consumo de recursos, triplicou segundo a WWF entre 1961 e 2003, por isso o ser humano já pressiona o planeta 25% a mais do que o processo regenerativo natural da Terra pode suportar.

Além disso, há uma piora da situação, apesar de esforços como o Protocolo de Kioto. No relatório da WWF anterior, publicado em 2004, o impacto do homem ultrapassava em 21% a capacidade de regeneração do planeta.

O novo relatório da organização coloca na "lista negra" de países com alto consumo per capita de energia e recursos os Emirados Árabes Unidos, EUA, Finlândia, Canadá, Kuwait, Austrália, Estônia, Suécia, Nova Zelândia e Noruega.

O fato de o relatório ter sido apresentado na China mostra a importância que a WWF dá ao futuro da economia asiática, pois a forma como escolher se desenvolver "é fundamental para que o mundo avance rumo ao desenvolvimento sustentável".

Apesar de China ser o maior emissor mundial de gases poluentes, devido à grande população seu "rastro ecológico" per capita é muito baixo em comparação aos países mais desenvolvidos, o que ocorre também no caso da Índia.

O especialista Jiang Yi, da universidade pequinesa de Tsinghua, disse no ato realizado em Pequim que uma das chaves para melhorar o consumo de recursos e energia na China é "desenvolver um sistema rural de equilíbrio energético" e investigar alternativas de calefação e ar condicionado para as casas chinesas.

PARA OS ATOLADOS NA INTERNET


Uma vida desperdiçada


MANCHETES DOS JORNALÕES DESTA SEGUNDA - 31/12 - 02HR18BR


Manchetes dos Jornais

NACIONAIS
O Globo
Polícia localiza nove reféns levados por assaltantes de fábrica de joias no RS

Folha de São Paulo
Dois são presos após fazer 24 reféns em casa no litoral norte de SP

Estado de São Paulo
Polícia investiga morte de estagiária em SP

Correio Braziliense
Processo para criação do trem-bala tramita muito devagar na burocracia

Valor Econômico
Debate sobre abismo fiscal nos EUA segue, ante pressão de prazo final

Estado de Minas
Crescimento do país está muito abaixo do esperado entre emergentes, diz professor

Jornal do Commercio
Impasse atrasa mais obra da ferrovia Transnordestina

Zero Hora
Polícia divulga imagens de assaltantes em fábrica de joias

Brasil Econõmico
Transforme as dívidas em investimentos no próximo ano

INTERNACIONAIS

The New York Times
Na Itália, crescem as favelas de refugiados

El País
Jonas Mekas, o guardião do cinema livre, completa 90 anos

Le Monde
United States of Marijuana: Colorado abre caminho para a legalização da maconha nos EUA

Der Spiegel
Polônia trava guerra contra esforços para salvar o clima

Herald Tribune
A "revolução do xisto" pode alterar os rumos da geopolítica internacional

ESPORTIVOS

Placar
Roma demonstra interesse por Dória e Wallace, aponta jornal

Gazeta Esportiva
São Silvestre: Brasil encara africanos em novo horário e percurso

Lance
Ao decidir que voltaria para o Brasil, Pato escolheu jogar pelo Timão

Ataque
Roma também tem interesse em botafoguense Dória, diz jornal

A Bola
Atacante Guerrero gasta bicho do Mundial em carro de quase US$ 100 mil

É Gol
Jornal diz que Valdívia se recupera bem e anima comandante chileno

Extra
Suárez faz dois, e Liverpool derrota QPR na volta de Júlio César

domingo, 30 de dezembro de 2012

SANTO PAPA ABENÇOA FACISTA AFRICANA

YOANI SÁNCHEZ - A CYBER-METRETRIZ



Salim Lamrani: "La Dolce Vita" de Yoani Sánchez em Cuba


Ao ler o blog da dissidente cubana Yoani Sánchez, é inevitável sentir empatia por esta jovem mulher, que expressa abertamente sua oposição ao governo de Havana. Descreve cenas cotidianas de privações e de penúrias de todo tipo. “Uma dessas cenas recorrentes é a de perseguir os alimentos e outros produtos básicos em meio ao desabastecimento crônico de nossos mercados”, escreve em seu blog Generación Y. [1]

Por Salim Lamrani*, no Opera Mundi


Yoani Sánchez
Ao contrário do que afirma, dissidente possui padrão de vida inacessível para a imensa maioria dos cubanos
De fato, a imagem que Yoani Sánchez apresenta dela mesma – uma mulher com aspecto frágil que luta contra o poder estatal e contra as dificuldades de ordem material – está muito longe da realidade. Com efeito, a dissidente cubana dispõe de um padrão de vida que quase nenhum outro cubano da ilha pode se permitir ter. 

Mais de seis mil dólares de renda mensal.

A SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), que agrupa os grandes conglomerados midiáticos privados do continente, decidiu nomeá-la vice-presidente regional de sua Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação [2] por Cuba. Sánchez, que como de costume, é tão expressiva em seu blog, manteve um silêncio hermético sobre seu novo cargo. Há uma razão para isso: sua remuneração. A oposicionista cubana dispõe agora de um salário de seis mil dólares mensais, livres de impostos. Trata-se de uma renda bastante alta, habitualmente reservada aos quadros superiores das nações mais ricas. Essa importância é ainda maior considerando que Yoani Sánchez reside em um país de Terceiro Mundo em que o Estado de bem-estar social está presente e onde a maioria dos preços dos produtos de necessidade básica está fortemente subsidiada.

Em Cuba, existe uma dupla circulação monetária: o CUC e o CUP. O CUC representa aproximadamente US$ 0,80 ou 25 CUP. Assim, com seu salário da SIP, Yoani Sánchez dispõe de uma renda equivalente a 4.800 CUC ou a 120.000 CUP.

O poder aquisitivo de Yoani Sánchez
Avaliemos agora o poder aquisitivo da dissidente cubana. Assim, com um salário semelhante, Sánchez poderia pagar, a escolher:

- 300.000 passagens de ônibus;
- 6.000 viagens de táxi por toda Havana [3]
- 60.000 entradas para o cinema;
- 24.000 entradas para o teatro;
- 6.000 livros novos;
- 24.000 meses de aluguel de um apartamento de dois quartos em Havana [4]; 
- 120.000 copos de garapa (suco de cana);
- 12.000 hambúrgueres;
- 12.000 pizzas;
- 9.600 cervejas;
- 17.142 pacotes de cigarro;
- 12.000 quilos de arroz;
- 8.000 pacotes de macarrão;
- 10.000 quilos de açúcar;
- 24.000 sorvetes de cinco bolas;
- 40.000 litros de iogurte;
- 5.000 quilos de feijão;
- 120.000 litros de leite (caso tenha um filho de menos de 7 anos);
- 120.000 cafés;
- 80.000 ovos;
- 60.000 quilos de carne de frango;
- 60.000 quilos de carne de porco; 
- 24.000 quilos de bananas;
- 12.000 quilos de laranja;
- 12.000 quilos de cebola;
- 20.000 quilos de tomate;
- 24.000 tubos de pasta de dente;
- 24.000 unidades de sabão em pedra;
- 1.333.333 quilowatts-hora de energia [5]; 
- 342.857 metros cúbicos de água potável [6]; 
- 4.800 litros de gasolina;
- um número ilimitado de visitas ao médico, dentista, oftalmologista ou qualquer outro especialista da área de saúde, já que tais serviços são gratuitos;
- um número ilimitado de inscrições a um curso de esporte, teatro, música ou outro (também gratuitos).

Essas cifras ilustram o verdadeiro padrão de vida de Yoani Sánchez em Cuba e dão uma ideia sobre a credibilidade da opositora cubana. Ao salário de seis mil dólares pagos pela SIP, convém agregar a renda que cobra a cada mês do diário espanhol El País, do qual é correspondente em Cuba, assim como as somas coletadas desde 2007.

Com efeito, no período de alguns anos, Sánchez recebeu múltiplas distinções, todas financeiramente remuneradas. No total, a blogueira recebeu uma retribuição de 250.000 euros, ou seja, 312.500 CUC ou 7.812.500 CUP, quer dizer, uma importância equivalente a mais de 20 anos de salário mínimo em um país como a França, quinta potência mundial.

A dissidente, que primeiro emigrou à Suíça depois de optar por voltar a Cuba, é bastante sagaz para compreender que o fato de adotar um discurso a favor de uma mudança de regime agradaria aos poderosos interesses contrários ao governo e ao sistema cubanos. E eles, por sua vez, saberiam se mostrar generosos com ela e permitiriam gozar da dolce vita em Cuba.

*Salim Lamrani é Doutor em Estudos Ibéricos e Latinoamericanos pela Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor titular da Université de la Réunion e jornalista, especialista das relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro é intitulado Etat de siège: les sanctions economiques des Etats-Unis contre Cuba, París, Edições Estrella, 2001, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade. Contato: lamranisalim@yahoo.fr ; Salim.Lamrani@univ-reunion.fr ; Facebook: https://www.facebook.com/SalimLamraniOfficiel 

Referências bibliográficas:
[1] Yoani Sánchez, “Atacado vs varejo”, Generación Y, 5 de junho de 2012. http://www.desdecuba.com/generaciony/ (site consultado em 26 de julho de 2012).
[2] El Nuevo Herald, “Yoani nomeada na Comissão da SIP”, 9 de novembro de 2012.
[3] De Havana Velha até o bairro Playa.
[4] 85% dos cubanos são proprietários de suas casas. Essa tarifa é reservada exclusivamente para os cidadãos cubanos da ilha.
[5] Até 100 quilowatt-hora, o preço é de 0,09 CUP a cada quilowatt-hora.
[6] 0,35 CUP por m³.


JORNALISMO DE ESGOTO - POR QUE A FOLHA BEIJA A BOTA DE CACHOEIRA ?


Por que a Folha foi ao casamento do Cachoeira ?


A repórter Catia Seabra também foi à casa de ansioso blogueiro com o PT na mira
A Folha se abaixou para pegar o PT - Foto de Danilo Bueno/O Hoje
Conversa Afiada publica texto de Leandro Fortes, um especialista em Gilmar Dantas (*): 

JORNALISMO À MODA DE AL CAPONE


O que é mais incrível não é a Folha de S.Paulo mandar uma repórter “enviada especial” a Goiânia para cobrir o casamento de um mafioso com uma mulher indiciada por chantagear um juiz federal para tirá-lo da prisão, e sequer citar esse fato.

Carlinhos Cachoeira, vocês sabem, tem trânsito livre na imprensa brasileira.

Dava ordens na redação da Veja, em Brasília, e sua turma de arapongas abastecia boa parte das demais coirmãs da mídia na capital federal.

Andressa, a noiva, foi indiciada por corrupção ativa pela Polícia Federal por ter tentado chantagear o juiz Alderico Rocha Santos.

Ela ameaçou o juiz, responsável pela condução da Operação Monte Carlo, com a publicação de um dossiê contra ele. O autor do dossiê, segundo a própria ? Policarpo Jr., diretor da Veja em Brasília.

(Que o Odarelo Cunha não indiciou. – PHA)

Mas, nada disso foi sequer perguntado aos pombinhos. Para quê incomodar o casal com essas firulas, depois de um ano tão estressante?

O destaque da notícia foi o mafioso se postar de quatro e beijar os pés da noiva, duas vezes, a pedido dos fotógrafos.

No final, contudo, descobre-se a razão de tanto interesse da mídia neste sinistro matrimônio no seio do crime organizado nacional.

Assim, nos informa a Folha:

“Durante o casamento, o noivo recusou-se a falar sobre munição que afirma ter contra o PT: ‘Nada de política. Hoje, só falo de casamento. De política, só com orientação dos meus advogados’.”

É um gentleman, esse Cachoeira.

Leandro Fortes

MANCHETES DO JORNALISMO DE ESGOTO - REVISTA VEJA


Veja

Manchete: Previsões 2013
Economistas e consultores erram tanto quanto cartomantes e videntes...

... mas um novo tipo de pesquisador pode antever o futuro com maior clareza. (Pág. 1)
Exclusivo
Um relatório do governo atinge o xodó de Dilma na área dos transportes. (Pág. 1)
O índice Big Cat
Países com mais gatos domésticos tendem a ser mais desenvolvidos. (Pág. 1)
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MANCHETES DOS JORNALÕES DESTE DOMINGO -30/12- 07HR30BR -


Manchetes dos Jornais

NACIONAIS

Tribuna da Bahia
Documento obriga secretários de ACM Neto a buscar gestão eficiente da cidade

O Globo
No meio do mandato, Dilma precisa destravar economia e tirar promessas do papel

Folha de São Paulo
Helicóptero dos bombeiros do Rio cai no mar em Copacabana

O Estado de São Paulo
Ministério Público intervém na transição em três capitais

Correio Braziliense
Perseguição policial termina com dois presos

Estado de Minas
Candidatos criam abaixo-assinado contra nota da redação do Enem

Jornal do Commercio
Embaixador da Espanha insiste que Israel França tinha uma arma

Zero Hora
Estradas do Estado registram movimento intenso neste sábado

INTERNACIONAIS

The New York Times
Nos EUA, situação de crédito é levada em conta na hora de se relacionar

El País
Israel acusa Síria de gastar 2 bilhões de euros em armamentos nos últimos dois ano

Le Monde
Pobreza ameaça um quarto da população da Europa

Der Spiegel
Polônia trava guerra contra esforços para salvar o clima

Herald Tribune
A "revolução do xisto" pode alterar os rumos da geopolítica internacional

ESPORTIVOS

Placar
Flamengo renova com Renato Abreu por mais um ano

Lance
Cleiton Xavier pode voltar ao Palmeiras em 2013

Gazeta Esportiva
Falcao nega transferência: "Fico no Atlético até o fim da temporada"

Ataque
Dinamite promete conversa, mas já descarta Felipe para 2013

A Bola
Barros quer Flu menos dependente de parceira

É Gol
Soco em jornalista rende um ano de suspensão na França

Extra
Sporting perde para lanterna e se complica na Taça da Liga

sábado, 29 de dezembro de 2012

BOM FDS - MEU VÍCIO É VOCÊ - NELSON GONÇALVES


Meu Vício é Você

Nelson Gonçalves

Boneca de trapo, pedaço da vida
Que vive perdida no mundo a rolar
Farrapo de gente que inconsciente
Peca só por prazer, vive para pecar
Boneca, eu te quero com todo pecado
Com todos os vícios, com tudo, afinal
Eu quero esse corpo que a plebe deseja
Embora, ele seja prenúncio do mal
Boneca noturna que gosta da lua
Que é fã das estrelas e adora o luar
Que sai pela noite e amanhece na rua
E há muito não sabe o que é luz solar
Boneca vadia de manha e artifícios
Eu quero para mim seu amor, só porque
Aceito seus erros, pecados e vícios
Pois, na minha vida, meu vício é você

TUITEIROS SERÃO MORTOS!


Tuiteiros serão todos mortos!


A ONDA DO MOMENTO

ESTADO TERRORISTA/ASSASSINO DE ISRAEL APRONTA MAIS UMA LAMBANÇA



"Seguirei com minha solidariedade ao povo palestino", diz Latuff


O cartunista brasileiro Carlos Latuff, autor de ilustrações críticas ao governo de Israel, por conta dos ataques aos palestinos, reagiu à divulgação, na quinta-feira (27), de uma lista de dez organizações ou pessoas supostamente mais antissemitas do mundo, feita por uma organização israelense, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos Simón Wiesenthal. "Não chega a surpreender. A tentativa de associar críticas ao estado de Israel com antissemitismo já vem de longe", declara Latuff em seu Twitter.




Charge de Carlos Latuff que acompanha a lista da organização israelense

Latuff também se posicionou na rede social Facebook, publicando um texto (abaixo). Ele aparece como terceiro colocado da lista, juntamente com uma de suas charges em que retrata o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu tirando proveito eleitoral com dos bombardeios a faixa de Gaza. Em primeiro lugar está o líder Mohammed Badie, guia espiritual do partido islâmico egípcio Irmandade Muçulmana, e, em segundo, o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad.

Para o cartunista estar na lista é motivo de orgulho: "Sim, me orgulho que estes ataques não venham da esquerda israelense e sim de uma organização que defende as politicas de Israel." 

Na quarta posição do ranking estão torcedores do futebol europeu por seus cantos contra a equipe do Tottenham Hotspur, que tem sede no tradicional bairro judeu de Londres. "Em uma recente partida contra o West Ham United alguns cantaram 'Adolf Hilter vem aí e vai ter câmara de gás", imitando o ruído do gás fluindo.

Alguns partidos políticos também integram a lista como o partido ucraniano de direita Liberdade (Svoboda); o partido grego nacional socialista Amanhecer Dourado e o partido de extrema direita húngaro Jobbik.

Confira abaixo a lista completa:

1. Mohammed Badie, líder político
2. Mahmud Ahmadinejad, presidente do Irã
3. Carlos Latuff, cartunista
4. Membros de torcidas de times de futebol europeus
5. Partido Svoboda, da Ucrânia
6. Partido Amanhecer Dourado, da Grécia
7. Partido Jobbik, da Hungria
8. Trond Ali Linstad, ativista
9. Jakob Augstein, jornalista
10. Louis Farrakhan, ativista

No final desta manhã, Latuff publicou um texto nas redes sociais em resposta às acusações, em que faz questão de ressaltar a diferença entre fazer ataques ao governo israelense e ter ódio ao povo judeu.

"Crítica ou mesmo ataque a entidade política chamada Israel não é ódio aos judeus porque o governo israelense NÃO representa o povo judeu, assim como nenhum governo representa a totalidade de seu povo. Essa não foi a primeira e nem será a última vez que tal incidente acontece, e por entender que tais acusações são orquestradas por quem apoia a colonização da Palestina, seguirei com minha solidariedade ao povo palestino", afirma.

Íntegra da resposta de Latuff ao relatório do Centro Simon Wiesenthal que me acusa de ser o "3° maior antissemita do mundo":
Recebo com tranquilidade a citação de meu nome numa lista dos "10 mais antissemitas" pelo Centro Simon Wiesenthal. A organização, que leva o nome de um célebre caçador de nazistas, sob o argumento da proteção aos direitos humanos e combate ao antissemitismo, promove a agenda da política israelense.

A minha charge que acompanha o relatório mostra o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu tirando proveito eleitoral dos recentes bombardeios a faixa de Gaza (o ataque foi realizado a 2 meses das eleições em Israel). Em novembro desse ano, o rabino Marvin Hiers, fundador do Centro Simon Wiesenthal, me acusou publicamente na Internet de ser "pior que antissemita" por fazer tal crítica através do desenho.

Não é por acaso que meu nome foi citado junto com o de diversos extremistas e racistas. É uma estratégia do lobby pró-Israel associar de maneira maliciosa críticas ao estado de Israel com ódio racial/religioso, numa tentativa de criminalizar a dissidência.

Crítica ou mesmo ataque a entidade política chamada Israel não é ódio aos judeus porque o governo israelense NÃO representa o povo judeu, assim como nenhum governo representa a totalidade de seu povo. Essa não foi a primeira e nem será a última vez que tal incidente acontece, e por entender que tais acusações são orquestradas por quem apoia a colonização da Palestina, seguirei com minha solidariedade ao povo palestino.

Carlos Latuff
Rio de Janeiro
28 de dezembro de 2012

CÂNCER - CUBA


Cubanas pesquisa medicamentos contra o câncer multinacionais teste


vacinaUma investigação multinacional irá testar oito medicamentos contra o câncer, feitos com tecnologia cubana, anunciou hoje um pesquisador do Centro de Imunologia Molecular (CIM) da ilha.
Os produtos são puramente nacional, concebido a partir da molécula nos laboratórios da CIM e suas fábricas de produção, disse à Prensa Latina, Mayra Ramos, chefe do Departamento de Ensaios Clínicos da instituição.
Entre as drogas preparadas pelo centro Nimotuzumab são as vacinas Cimavax-EGF gangliosídeos base, e vacina racotumobab HER1, que são utilizados em diferentes indicações de câncer como mama, pulmão, próstata, colo do útero e canal anal reta, disse o cientista.
Outra substância a ser testada é Itoluzumab para o tratamento de doenças auto-imunes tais como artrite reumatóide, psoríase, diabetes e outras doenças.
Atualmente, o CIM desenvolve 60 ensaios clínicos, dos quais 20 são multinacionais, disse ela durante o V Workshop Internacional sobre Design e realização de ensaios clínicos, a ser realizada nesta capital, de 5 a 7 de Dezembro.
Um dos estudos mais significativos é feita em Cuba e na América Latina sobre o câncer de colo do útero, que é uma das principais causas de morte por doença em nações da região, disse Ramos.
Profissionais que trabalham na concepção e realização de ensaios clínicos, monitores e assistentes de vários países vão discutir estes tipos de trabalho, ética e tecnologia para apoiá-los.
Apresentações sobre a garantia de qualidade, políticas de regulação e suas implicações para os testes clínicos, entre outros assuntos, contida na discussão do evento.
O estudo clínico é a avaliação experimental de um produto, substância ou droga promissora em humanos, cuja aplicação destina-se a avaliar a sua eficácia, e seu nível de segurança, os especialistas sublinhou.
(Com informações da Prensa Latina)

DESTAQUES DO JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO - lembrando :- o "ESTADÃO" patrocinou a TORTURA no Brasil e sustenta o instituto MILENIUM


O Estado de S. Paulo

Manchete: Dilma tem 1º déficit de contas públicas e fica longe da meta fiscal
Despesas fecharam R$ 5,5 bi acima das receitas; governo terá de abater gastos do PAC

Pela primeira vez no governo Dilma Rousseff, as contas do setor público fecharam o mês no vermelho. As despesas de União, Estados, municípios e empresas estatais ficaram R$ 5,5 bilhões acima das receitas em novembro. O resultado, em meio ao cenário de desaceleração do crescimento, quebrou seqüência de 31 meses de superávits. Para dar como cumprida a meta do superávit primário, de R$ 139,8 bilhões, fixada para este ano, o governo terá de abater volume maior do que o previsto de despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Ministério da Fazenda faz um monitoramento das despesas e receitas e o governo estuda lançar mão de recursos depositados no Fundo Soberano do Brasil (FSB) para reforçar o superávit e cumprir a meta. (Págs. 1 e Economia B1)
Governo flexibiliza mecanismo da LRF
Por meio de uma mudança em um dos mecanismos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo legalizou ontem a concessão de desonerações tributárias com base no excesso de arrecadação. (Págs. 1 e Economia B3)

Unificação do ICMS

0 Planalto iniciou processo para reduzir e unificar a alíquota do principal imposto de todos os Estados. (Págs. 1 e B3)
Vieira teve acesso prévio a parecer da AGU
José Weber Holanda, ex-número 2 da Advocacia-Geral da União (AGU) vazou documento interno do órgão para Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas e apontado como o chefe da máfia dos pareceres, três dias antes da publicação. É o que mostram escutas inéditas da Operação Porto Seguro, interceptadas pela PF, informa Fausto Macedo. Os textos abriam caminho para que empresa ligada ao ex-senador Gilberto Miranda conseguisse autorização para erguer empreendimento na Ilha de Bagres, em Santos. (Págs. 1 e Nacional A4)
Marinha fará blitz com bafômetro no litoral de SP
Condutores de barcos, lanchas, jet skis e rebocadores de banana boat serão alvo de blitze da Marinha no litoral norte paulista na temporada de férias. Oficiais vão aplicar o teste do bafômetro nos condutores das embarcações durante a Operação Verão, que segue até 17 de março. Também serão verificadas documentação, habilitação do condutor e condições gerais da embarcação. As praias da Baixada Santista estavam lotadas ontem, a três dias do ano-novo. Hotéis da região já registram até 100% de ocupação. (Págs. 1 e Cidades, C3)
Receita de Itaipu vai bancar conta de luz
O governo vai usar R$ 4 bilhões pagos anualmente pela Hidrelétrica de Itaipu ao Tesouro para garantir a redução de cerca de 20% no custo da energia no País. Medida será aplicada por dez anos. (Págs. 1 e Economia B4)
Taxa veicular será reembolsada
A Prefeitura de São Paulo vai reembolsar o valor de R$ 47,44 pago por proprietários de carros para a inspeção veicular em 2013. A medida foi anunciada ontem pelo futuro secretário de Governo de Fernando Haddad (PT), Antonio Donato. Um projeto de lei prevendo a extinção da taxa será enviado à Câmara de Vereadores. Proprietários de carros com placa de final 1, com inspeção prevista para fevereiro, já serão beneficiados. (Págs. 1 e Cidades C1)
Hackers atacam site de notas do Enem
Hackers tentaram invadir o site do Inep, onde eram obtidas as notas do Enem, ontem. O objetivo era conseguir dados pessoais dos participantes. Por segurança, a página foi tirada do ar por 30 minutos. (Págs. 1 e Vida A12)
Brasil foi rota de armas na Guerra das Malvinas (Págs. 1 e Internacional A8)

Jorge Castaneda: Ataque à guerra contra drogas
Uma grande mudança na estratégia de combate ao narcotráfico está ocorrendo nos Estados Unidos e na América Latina. (Págs. 1 e Visão Global A11)

Celso Ming: Contas no vermelho
O Banco Central vem alertando para a rápida deterioração das contas públicas, ainda sem ser capaz de expor as reais dimensões do problema.(Págs. 1 e Economia B2)
Notas&Informações
A fonte de novos apagões

Novas interrupções podem ser uma das consequências práticas danosas da MP n.° 579. (Págs. 1 e A3)

MANCHETES DOS JORNALÕES DESTE SÁBADO 29/12 06hr41br


Manchetes dos Jornais

NACIONAIS

A Tarde
Dilma chega a Salvador e segue para Inema
O Globo
Poupança perde da inflação e fecha 2012 com o pior rendimento em 45 anos

Folha de São Paulo
Brasil indica diplomata como candidato à diretoria-geral da OMC

O Estado de São Paulo
Litoral norte de SP terá bafômetro no mar para fiscalizar barco e jet ski

Correio Braziliense
Mais de mil passarão réveillon fora do presídio

Estado de Minas
Ladrões tentam roubar loja e são pegos ao ficarem presos no trânsito

Jornal do Commercio
Projeto Novo Recife é aprovado

Zero Hora
Mais de 70 mil veículos devem passar pela freeway neste sábado

INTERNACIONAIS

The New York Times
Após tempestade Sandy, conjunto habitacional para moradores de baixa renda será revitalizado em NY

El País
Israel acusa Síria de gastar 2 bilhões de euros em armamentos nos últimos dois anos

Le Monde
Acuado por rebeldes, presidente da República Centro-Africana apela por intervenção militar da França

Der Spiegel
Polônia trava guerra contra esforços para salvar o clima

Herald Tribune
A "revolução do xisto" pode alterar os rumos da geopolítica internacional

ESPORTIVOS

Placar
Flamengo é favorito na briga por Vargas, diz imprensa italiana

Lance
Renato perto de aceitar renovação com o Fla; Léo Moura fica mais distante

Gazeta Esportiva
Cruzeiro fica mais próximo de trazer meio-campista Lucca

Ataque
Ancelotti nega que Cristiano Ronaldo vá para o PSG

A Bola
Pai de Neymar projeta filho no Barcelona em 2014: "Parecidos"

É Gol
Tite: homem do ano do Brasil após Mundial e Libertadores

Extra
Arce renova com o Bolívar e enfrentará São Paulo em 2013

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

DESEJAMOS À TODOS...


ANO NOVO DE PAZ,AMOR,LUTA E ESPERANÇA !

CUBA VÁ !

Suspiros e admirações em Trinidad de Cuba


Sancti Spíritus, Cuba (Prensa Latina) Os suspiros e as admirações são concorrentes entre as pessoas que se passeiam entre palacetes, mansões, praças e calçadas empedradas da Trinidad, vila declarada pela UNESCO Patrimônio Cultural da Humanidade.
  Próxima a completar 500 anos de fundada pelos espanhóis, ao centro sul de Cuba, renova a imagem que compartilha com o Vale dos Talentos, que também ostenta o título patrimonial e onde se conservam as evidências mais representativas da indústria açucareira cubana dos séculos XVIII e XIX.
Um dos lugares mais visitados é A Praça Maior, que em uma época alumbraram lustre de azeite de oliva para fazer as noites agradáveis para o amor e os encontros de comerciantes, em especial açucareiros.
Este lugar foi o palco escolhido por Hernán Cortes (1485-1547) para preparar sua tropa para a partida para a conquista de império Asteca.
Aquela aventura envolveu muitos trinitários e em 10 de fevereiro de 1519 zarpou, levando 11 navios, mais de 500 soldados, cerca de 100 marinheiros, 16 cavalos, 14 canhões, 32 balistes e 13 escopetas.
Aledaño a esse insigne espaço sobressai a Igreja Mayor, edificada no século XVIII. Seu altar principal está consagrado à Santíssima Trindade.
A história do santo patrono desta igreja católica está rodeada de uma formosa lenda, segundo Carlos Joaquín Zerquera e Fernández de Lara, ex-historiador da Trinidad (1926-2009).
Relatava que um pequeno pedaço de madeira com um Cristo talhado e resgatado por pessoas na costa se converteu no principal símbolo do templo. Tudo indica que o relevo estava dirigido a Veracruz, México.
Com o tempo, e assaltos de piratas, a imagem conservou-se no altar principal da Paróquia Maior, enquanto uma dos sinos, que por anos lançou seus sons, se encontra na atualidade na Catedral de Havana.
No antigo Palácio do Conde de Casa Brunet localiza-se o Museu Romântico, que como tal abriu suas portas faz 38 anos. Seu ajuar recria o ambiente de uma casa colonial (1830-1860) com móveis e peças de arte decorativa dos séculos XVIII e XIX.
Sobressaem utensílios elaborados pelas mãos de ebanistas trinitários: camas, escaparates, cuidadoras, janelas, loceros.
Conta também com obras artísticas europeias trabalhadas em esmalte proveniente de Viena e datadas ao redor de 1740. Cristais e porcelanas das mais afamadas manufaturas: Limoges, Maissen, Bohemia, Murano e Bacarat.
O edifício foi a moradia da família Silva e Álvarez Travieso até 1807, quando foi comprada por José Mariano Borrell e Padrón, que ordenou construir a planta alta em 1808.
Ángela Borrell e Lemus herdou o palacete de seu pai e habitou-o com seu esposo, Nicolás da Cruz Brunet e Muñoz, até 1857, ao emigrar a Espanha.
Outra obra de arquitetura colonial é a antiga casa da família Sánchez. Uma ampla edificação de uma sozinha planta que ocupa um lateral que dá à Praça Maior. Apresenta-se com um formoso portal protegido por uma grade de ferro moldada.
Ali radica o Museu de Arquitetura, único no país e na América. Expõe os elementos mais representativos de desenho local, de anônimos artesãos criollos dos séculos XVIII e XIX.
A moradia, com sete amplas portas e janelas em sua parte frontal, foi edificada em 1738 com uma disposição utilitária e amplo pátio, onde convergem plantas ornamentais e florais.
Avistar a frente do Palácio de Cantero, na atualidade Museu municipal de Trinidad, é entronizar na majestosidade arquitetônica da primeira metade do século XIX, quando o poder econômico estava determinado pelas riquezas da indústria açucareira local.
A opulência das decorações murais dá-lhe ao imóvel o porte de um senhorial palácio. Pinturas murais de artesãos populares, locais, observam-se nos frisos superiores das vendas e portas; nas habitações da esquerda e na torre-olhador.
Em 1860 pintores italianos deixaram também seu impronta, a que se conserva em sala e saleta e em um dos aposentos-recâmara.
Mostram-se aspectos históricos desde a fundação da vila por Diego Velásquez em 1514, nas ribeiras do Rio Arimao, nas cercanias do Porto Jagua, na atual província de Cienfuegos, e seu posterior translado no próprio ano para o cacicazgo de Guamuhaya, a agora Trinidad.
Um recinto expõe os meios de defesa da época, utilizados para defender a vila dos sistemáticos ataques de corsários e piratas, incluídas as fortificações do porto e seu artilhado com canhões de fabricação inglesa.
A todo este volume que assombra aos visitantes, se unem outras riquezas que, ao passo pelas ruas empedradas, se vão descobrindo nesta vila reconhecida internacionalmente como a cidade Museu do Caribe.
*Correspondente de Pensa Latina na província de Sancti Spíritus.

QUESTÃO SÍRIA

Por quem dobram os sinos sírios

Pepe Escobar, Asia Times Online
http://www.atimes.com/atimes/Middle_East/NL22Ak03.html
A maior tragédia geopolítica em 2012 está a um passo de ser também a maior tragédia geopolítica em 2013: o estupro da Síria. Como algumas outras vezes volto à minha passagem de Hemingway, ultimamente tenho voltado a ver alguns vídeos que filmei há anos, no souk de Aleppo – o mais extraordinário de todos os mercados do Oriente Médio[1]. É como levar um tiro pelas costas; sempre gostei muito, muito, tanto da arquitetura do souk, quanto dos mercadores e da gente que anda por ali. Semana passada, quase todo o souk – a pulsação viva de Aleppo por séculos – foi incendiado e destruído pelos ‘rebeldes’ do chamado Exército Sírio Livre [orig. Free Syrian Army (FSA)].
Nessa tragédia síria, não há jovem herói de Hemingway, nada de Robert Jordan nas Brigadas Internacionais lutando ao lado e guerrilheiros republicanos contra os fascistas, na guerra civil espanhola. Na guerra civil síria, as brigadas internacionais são sobretudo mercenárias. Jihadistas-salafistas, do tipo que degola gente e explode carros. E os (poucos) jovens americanos que há por lá não passam de peões high-tech num jogo jogado pelo predatório clube CCGOTAN, dos fantoches árabes do Conselho de Cooperação do Golfe + a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
A tragédia prossegue. O estado sírio e o aparato político e militar manterão as mini-blitzkriegs, sem se preocupar com “danos colaterais”. Na oposição, comandantes ‘rebeldes’ apostarão num novo Conselho Militar Supremo encorajado pelos sauditas-qataris.
Os salafistas e jihadis-salafistas da Frente al-Nusrah – fanáticos do século 7º, degoladores e agentes especializados em explosões, que fazem a maior parte dos combates – não foram convidados. Afinal de contas, Washington decretou que a Frente al-Nusrah é “organização terrorista”.
Verifiquem agora a reação de um dos chefões da Fraternidade Muçulmana, nascido em Hama, vice-general Mohammed Farouk Tayfour: disse que a decisão foi “muito apressada”. E verifiquem a reação do novo líder da oposição síria, Ahmed Moaz al-Khatib, numa reunião dos “Amigos da Síria” no Marrocos: disse que a decisão deve ser “reconsiderada”. De fato, todos os grupos ‘rebeldes’ declararam publicamente amor eterno e imorredouro aos linha-duríssima da Frente al-Nusrah.
Assim sendo, com os fanáticos da Frente al-Nusrah escondendo as barbas islamicamente corretas por baixo dos panos, deve-se esperar grandes avanços dos ‘rebeldes’ sobre Damasco – apesar de dois grandes revezes (em julho passado e, agora, nesse dezembro) impostos aos ‘rebeldes’ por cortesia da contraofensiva do governo sírio. Afinal de contas, algum resultado teria de dar tanto treinamento aprendido de Forças Especiais dos EUA, Grã-Bretanha e Jordânia, para nem falar dos carregamentos extras de armamento letal fornecidos por aqueles governantes das exemplares democracia do Golfo Persa. A Frente al-Nusrah controla partes da devastada cidade de Aleppo.

Regras do ódio sectário
E há também a orwelliana, recém inventada nova Coalizão Nacional de Forças Sírias Revolucionárias e de Oposição – co-produção Washington-Doha. Apresentamos o novo chefão, igualzinho ao velho chefão, que se chamava Conselho Nacional Sírio. Tudo, só retórica. A única coisa que interessa à nova “Coalizão Nacional” é arranjar mais e mais armas letais. E, ao contrário de Washington, adoram a Frente al-Nusrah.
Qatar despejou toneladas de armas “como doces” (nas palavras de um norte-americano comerciante de armas), na Líbia “libertada”. Só depois de atacados em Benghazi, o Pentágono e o Departamento de Estado acordaram para o fato de que armar os rebeldes sírios poderia ser, digamos, o mapa do caminho para novos contragolpes mortais. Tradução: o Qatar se encarregará de despejar toneladas de armas na Síria. Os EUA continuarão a “liderar da retaguarda”.
Esperem novos e mais horríveis massacres sectários como o que houve em Aqrab. O Channel4 (http://blogs.channel4.com/alex-thomsons-view/happened-syrian-town-aqrab/3426) oferece a versão mais confiável do que pode ter realmente acontecido. Prova-se assim, mais uma vez, que os ‘rebeldes’ do CCGOTAN estariam realmente vencendo a guerra de YouTube. Então, esperem mais e mais ondas de incansável propaganda e versões ‘de especialistas’ – com a mídia-empresa ocidental atuando como torcida organizada dos ‘combatentes da liberdade’ sírios, em tom que faria corar de vergonha os jihadistas dos anos 1980s no Afeganistão.
Esperem mais e mais distorções de contexto, como quando o vice-ministro russo de Relações Exteriores Mikhail Bogdanov disse que “a luta será cada vez mais intensa, e [a Síria] perderá dezenas, talvez centenas de milhares de civis... Se esse preço para derrubar o presidente parece aceitável para vocês... o que poderemos fazer? Para nós, é preço absolutamente inaceitável.”
Então, a Rússia tenta fazer todo o possível para impedir que aconteça. E se os ‘rebeldes’ do CCGOTAN continuarem com as ameaças de atacar as embaixadas russa e ucraniana em Damasco, melhor que raspem a barba e tratem de esconder-se das Spetnatz – Forças Especiais Russas, que não são de conversa mole.
Esperem mais e mais ódio sectário, como o do xeique sunita e estrela da rede al-Jazeera Yusuf al-Qaradawi, o qual, como quem não quer nada, lançou uma fatwa que torna legítima a matança de milhões de sírios, militares ou civis, desde que sejam alawitas ou xiitas (http://www.youtube.com/watch?v=ZgVF0t2mfsE&feature=player_embedded).
O ódio sectário reinará, com o Qatar no comando, seguido pelos sauditas com bolsos cheios e legiões de islamistas linha duríssima. Agenda: guerra contra os xiitas, contra os alawitas, contra os secularistas e até contra os moderados, não só na Síria, mas em todo o Oriente Médio.

Cara a cara: Patriot vs Iskander
A nova estratégia do Exército Sírio resume-se a sair do interior do país e das bases remotas, concentrando tropas nas vilas e cidades.
Esperem que a estratégia geral do CCGOTAN permaneça mais ou menos sem alteração: atacar o Exército Sírio no maior número possível de pontos; desmoralizá-lo; e continuar lubrificando o terreno para uma possível intervenção pela OTAN (todos os boatos inventados sobre armas químicas e a repetição incansável do mote da “catástrofe humanitária” são itens do vasto pacote de recursos dos especialistas em guerra psicológica).
É possível que o Exército Sírio tenha armamento mais pesado; mas, confrontado com um tsunami de mercenários e jihadistas-salafistas bem treinados e armados pelo clube CCGOTAN, a guerra pode durar anos, ao estilo da guerra civil no Líbano. Assim chegamos a “melhor” opção que resta: de fato, é opção derivada – matar o estado sírio, com mil, digamos logo, com um milhão, de cortes.
O que é certo é que a “coalizão de vontades” contra a Síria deixará de existir no instante em que vencer o jogo. Washington aposta em governo chefiado pela Fraternidade Muçulmana, para a Síria pós-Assad. Não surpreende que o Reizinho de Playstation na Jordânia esteja em pânico; ele sabe que a FM também tomará a Jordânia, o expulsará e o condenará a consumir os dias comprando na Harrods.
Aqueles monumentos exemplares de democracia – as petromonarquias medievais do Golfo Persa – também estão em pânico; temem o apelo popular dos Irmãos, como temem a peste. O Curdistão sírio – agora já definitivamente a caminho da total autonomia e eventualmente da independência – já deixa Ankara sem ar, de medo. Para nem falar da possibilidade de aquele tsunami de salafistas-jihadistas desempregados saltarem sobre a fronteira sírio-turca, para criar o inferno dos dois lados.
E há o relacionamento complexo entre Turquia e Irã. Teerã já preveniu Ankara em termos claros sobre o sistema de mísseis de defesa da OTAN (http://www.todayszaman.com/newsDetail_getNewsById.action?newsId=301277).
Trata-se da obra-prima de novilíngua do final de 2012. O porta-voz do Pentágono George Little enunciou, firme e claramente, que “os EUA estão apoiando a Turquia em seus esforços de autoproteção [contra a Síria].”
Quer dizer que o deslocamento de 400 soldados norte-americanos para a Turquia para operar duas baterias de mísseis Patriot, aconteceu para a Turquia se “autoproteger” contra “ameaças potenciais que emanam da Síria.”
Tradução: nada disso tem algo a ver com Turquia; trata-se, exclusivamente, dos militares russos na Síria. Moscou deu a Damasco não só os muito efetivos mísseis supersônicos terra-terra Iskander (virtualmente imunes a sistemas de mísseis de defesa), mas também o sistema terra-ar, de defesa contra alvos múltiplos Pechora 2M, um pesadelo para o Pentágono, no caso de, algum dia, vir a ser imposta uma zona aérea de exclusão sobre a Síria.
Bem-vindos ao encontro, cara a cara, Patriot vs Iskander. E bem na linha de fogo, lá está ele, o primeiro-ministro da Turquia Recep Tayyip Erdogan – ególatra tamanho-gigante, que padece de profundo complexo de inferioridade em relação ao europeus – deixado na chuva, no plano máster da OTAN.
O calcanhar de Aquiles da Turquia (além dos curdos) é o papel que os próprios curdos promovem, de estarem localizados numa encruzilhada de energia entre leste e oeste. O problema é que a Turquia depende de suprimento de energia que recebe de ambos, Irã e Rússia. Pouco espertamente, a Turquia antagoniza esses dois lados ao mesmo tempo, com sua confusa política para a Síria.

“Só ouço destruição e trevas”*
Como resolver essa tragédia? Ninguém parece estar ouvindo o vice-presidente da Síria Farouk Al-Sharaa. Em entrevista ao jornal libanês Al-Akhbar (http://english.al-akhbar.com/content/exclusive-interview-syrian-vp-farouk-al-sharaa-proposes-alternative-war), Al-Sharaa chama a atenção para a “o risco de a guerra atual destruir a Síria, história, civilização e povo. A cada dia que passa, a solução fica mais distante e mais difícil, militarmente e politicamente. Temos de nos posicionar para defender a existência da Síria.”
Al- Sharaa não tem “resposta clara sobre qual possa ser a solução”. Mas tem um mapa do caminho:
Acordo algum, comece com conversações ou acordos entre capitais árabes regionais ou estrangeiras, jamais existirá sem uma base síria sólida. A base tem de ser síria, para um acordo histórico, que terá de incluir os principais países da região e os países-membros do Conselho de Segurança da ONU. Esse acordo deve incluir o fim de todos os tipos de violência, e a criação de um governo de unidade nacional com amplos poderes. E terá de vir acompanhado da resolução de dossiês sensíveis relacionados à vida das pessoas e suas legítimas demandas.
Não é o que os membros do clube CCGOTAN querem – com EUA, Grã-Bretanha, França, Turquia, Qatar e Arábia Saudita engajados, cada um, em sua própria agenda, mesmo se divergente das demais. Mas a guerra do CCGOTAN já alcançou um dos seus objetivos – muito semelhante, sim, ao que se viu no Iraque em 2003: já reduziram a farrapos o frágil tecido social sírio.
É capitalismo de desastre em plena ação, fase I; o terreno já está preparado para uma lucrativa “reconstrução” da Síria, depois de instalado lá um governo servil, maleável, pró-turbo-capitalismo ocidental.
Mas... a volta do cipó de aroeira no lombo de quem chicoteia é fenômeno que opera por vias misteriosas: milhões de sírios que, de início, apoiaram a ideia de um movimento pró-democrático – dos empresários em Damasco aos mercadores em Aleppo – já mudaram de lado e hoje incham a base de apoio ao governo sírio, como uma espécie de contragolpe contra a horrenda limpeza étnico-religiosa que está sendo promovida pelos ‘rebeldes’ do tipo al-Nusrah.
Mas, com o CCGOTAN de um lado, e Irã-Rússia de outro, os sírios comuns, apanhados no centro do fogo cruzado, não têm para onde ir. Nada deterá o CCGOTAN até ter esculpido – em sangue – qualquer tipo de entidade, seja um emirado pró-EUA, seja uma ‘democracia’ pró-EUA comandada pelos Irmãos da Fraternidade Muçulmana. Não é difícil ver por quem os sinos dobram na Síria: não dobram por ti, como em John Donne; dobram pela catástrofe, pelas trevas, por mais mortos e mais destruição.
[1] Veem-se imagens (turísticas) do souk de Allepo, em
http://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotos-g295416-d324950-Aleppo_Souk-Aleppo_Aleppo_Governorate.html
* Orig. All I hear is doom and gloom. Dos Rolling Stones. Pode ser ouvida em
http://www.vagalume.com.br/the-rolling-stones/doom-and-gloom-traducao.html (com tradução ruim) [NTs].
Tradução: Vila Vudu

HSBC FAZ LAVAGEM DE DINHEIRO DE NARCOTRAFICANTES ASSOCIADOS AO GOVERNO DOS EUA

Acordo ultrajante com o HSBC prova que a guerra à droga é uma piada


 
por Matt Taibbi
 
Se alguma vez foi preso por posse de droga, se alguma vez passou um dia na prisão por ter um bocado de marijuana no seu bolso ou "equipamentos de droga" na sua mochila, o procurador-geral assistente e amigo de longa de data de Bill Clinton, Lanny Breuer, tem uma mensagem para si: Suma daqui.

Breuer concluiu esta semana um 
acordo com o gigante bancário britânico HSBC que é o insulto final a toda pessoa comum que alguma vez na vida teve a sua vida alterada por uma acusação de narcóticos. Apesar do facto de o HSBC ter admitido que lavava milhares de milhões de dólares para cartéis de droga colombianos e mexicanos (entre outros) e violava um conjunto de importantes leis bancárias (desde o Bank Secrecy Act até o Trading With the Enemy Act), Breuer e seu Departamento da Justiça preferiu não efectuar processamentos criminais do banco, optando ao invés por um 
acordo financeiro recorde de US$1,9 mil milhões, que um analista observou corresponder a cerca de cinco semanas de rendimento do banco.

As transacções de lavagem dos bancos eram tão descaradas que a National Security Agency provavelmente podia tê-las detectado do espaço. Breuer admitiu que os traficantes de droga por vezes vinham a agências mexicanas do HSBC e "depositavam centenas de milhares de dólares em cash, num único dia, numa única conta, utilizando caixas concebidas para ajustarem-se às dimensões precisas das janelas dos caixas".

Isto importa repetir: a fim de movimentar mais eficientemente tanto dinheiro ilegal quanto possível para a instituição bancária "legítima" do HSBC, traficantes de droga conceberam caixas destinadas a passar através das caixas receptoras. O homem de confiança do [personagem] Tony Montana a marchar com sacos de cash no [filme de ficção] "American City Bank", em Miami, era realmente mais subtil do que aquilo que faziam os cartéis quando lavavam o seu dinheiro por meio de uma das mais célebres instituições financeiras britânicas.

Embora não seja declarado explicitamente, a lógica do governo para não avançar com processos criminais contra o banco aparentemente estava enraizada em preocupações de que colocar executivos de uma "instituição sistemicamente importante" na cadeia por lavagem de dinheiro da droga ameaçaria a estabilidade do sistema financeiro. O New York Times colocou isto desta forma:
Autoridades federais e estaduais optaram por não acusar o HSBC, o banco com sede em Londres, por ampla e prolongada lavagem de dinheiro, por receio de que a acusação criminal derrubasse o banco e, no processo, pusesse em perigo sistema financeiro.
Não é preciso ser um génio para ver que o raciocínio aqui é altamente enviesado. Quando se decide não processar banqueiros por crimes de milhares de milhões de dólares conectados com o tráfico de droga e o terrorismo (alguns clientes sauditas e bangladeshis do HSBC tinham ligações terroristas , segundo uma investigação do Senado), isso não protege o sistema bancário, faz exactamente o oposto. Aterroriza investidores e depositantes por toda a parte, deixando-os com a impressão clara de que mesmo os bancos mais "reputados" podem de facto ser instituições capturadas cujos executivos sénior estão ao serviço de (isto não pode ser repetido demasiado repetido) assassinos e terroristas. Ainda mais chocante, a resposta do Departamento da Justiça ao saber acerca de tudo isto foi fazer exactamente a mesma coisa que os executivos do HSBC fizeram em primeiro lugar para se meterem em perturbações – tomaram o dinheiro a olhar para o outro lado.

E eles não só liquidaram-se aos traficantes de droga, eles liquidaram-se barato. Pode-se ouvir esta semana jactâncias da administração Obama de que conseguiram uma penalidade recorde do HSBC, mas isso é uma piada. Algumas das penalidades envolvidas são literalmente de dar gargalhada. Isto é do 
anúncio de Breuer:
Em consequência da investigação do governo, o HSBC ... "recuperou" bónus previstos para dar como compensação a alguns dos seus mais importantes responsáveis nos EUA anti-lavagem e concordou em adiar bónus de compensação para os seus principais responsáveis sénior durante o período de cinco anos do acordo de acusação adiado.
Uau. Então os executivos que passaram uma década a lavar milhares de milhões de dólares terão de adiar parcialmente os seus bónus durante os cinco anos do acordo de acusação adiada? Estão a brincar comigo? Isso é lá punição? Os negociadores do governo não podiam manter-se firmes forçando os responsáveis do HSBC a esperar para receber os seus mal fadados bónus? Eles tinham de decidir fazê-los esperar "parcialmente"? Todo promotor honesto na América tem de estar a vomitar as suas entranhas diante de tais tácticas de negociação. Qual foi a oferta de abertura do Departamento de Justiça – pedir aos executivos para restringirem sua temporada de férias no Caribe para nove semanas por ano?

Então, pode-se perguntar, qual é a penalidade apropriado para um banco na posição do HSCB? Exactamente quanto dinheiro deveria ser extraído de uma firma que desavergonhadamente ao longo de anos e anos lucrou de negócios com criminosos? Recorde-se, estamos a falar acerca de uma companhia que admitiu um vasto conjunto de graves crimes bancários. Se você fosse o promotor, teria o banco preso pelos colhões. Assim, quanto dinheiro deveria ser tomado?

O que acha de tudo isto? O que acha de cada dólar que o banco ganhou desde que começou a sua actividade ilegal? O que acha de mergulhar em cada conta bancária de cada simples executivo envolvido nesta sujeira e tomar até o último dólar de bónus que eles alguma vez ganharam? A seguir tomar suas casas, carros, as pinturas que compraram em leilões do Sotheby's, as roupas nos seus armários, os trocos soltos nos jarros sobre os balcões das suas cozinhas, tudo o que restasse. Tome isso tudo e não pense duas vezes. E a seguir lance-os na prisão.

Soa duro? Assim parece, não é? O único problema é que se trata exactamente do que o governo faz todos os dias a pessoas comuns envolvidas em casos de droga habituais.

Será interessante, por exemplo, perguntar a residentes em Tenaha, Texas, o que pensam acerca do acordo HSBC. É a cidade onde a polícia local 
rotineiramente detém motoristas (sobretudo negros) e, sempre que encontram dinheiro, propõem uma escolha aos motoristas: Poderiam deixar a polícia tomar o dinheiro ou enfrentar acusações de droga e lavagem de dinheiro.

Ou podiam perguntar a 
Anthony Smelley , residente em Indiana, que ganhou US$50 mil num acordo de acidente de carro e estava a transportar US$17 mil em cash no seu carro quando foi detido pela polícia. Os polícias revistaram o seu carro e tinham cães para cheirar droga. Os cães alertaram duas vezes. Não foram encontradas drogas, mas a polícia ficou com o dinheiro na mesma. Mesmo depois de Smelley ter apresentado documentação provando onde obtivera o dinheiro, responsáveis do Putnam County tentaram manter o dinheiro com base no argumento de que ele podia ter utilizado o dinheiro para comprar drogas no futuro.

Sem brincadeira, isso aconteceu. Isso acontece o tempo todo, e mesmo o próprio Departamento da Justiça de Lanny Breuer envolve-se nestes actos. Só em 2010, gabinetes de Procuradores dos EUA depositaram aproximadamente US$1,8 mil milhões em contas do governo em consequência de casos de apreensão, a maior parte deles casos de droga. Pode ver neste gráfico as estatísticas do próprio Departamento da Justiça:

Se nos EUA for detido na estrada levando cash consigo e o governo pensar que é dinheiro de droga, esse cash vai servir para comprar ao seu chefe de polícia local 
uma nova Ford Expedition na tarde do dia seguinte.

E isso é só a cobertura do bolo. O prémio real que você obtém por interagir com um responsável pela aplicação da lei, se acontecer estar conectado de qualquer forma às drogas, é uma ridícula e descomunal penalidade criminal. Mesmo aqui em Nova York, um em cada sete casos que acaba em tribunal é um caso de marijuana.

Noutro dia, enquanto Breuer anunciava seu tabefe no pulso dos mais produtivos lavadores de dinheiro do mundo, eu estava num tribunal no Brooklyn a observar como eles tratam pessoas reais. Um defensor público explicou o absurdo das prisões por droga nesta cidade. Nova York realmente tem leis razoavelmente liberais acerca da marijuana – 
não se supõe que a polícia o prenda se possuir a droga em privado . Então como é que a polícia consegue fazer 50.377 prisões relacionadas a marijuana num único ano só nesta cidade? (Isso foi em 2010, o número em 2009 era de 46.492).

"O que ele fazem é pará-lo na rua e dizer-lhe para esvaziar os seus bolsos", explicou o defensor público. "Então, no instante em que um cachimbo ou uma semente está fora do bolso – bum, é de "uso público". E você fica preso".

Pessoas passam noites na prisão, ou pior. Em Nova York, mesmo se eles o deixam sair com uma contravenção e tempo passado, você tem de pagar US$200 e tem o seu DNA extraído – um processo que tem de ser pago por si (custa 50 dólares). Mas além disso não é preciso investigar muito para encontrar casos de sentenças draconianas, idiotas por crimes de droga não violentos.

Peça só a Cameron Douglas, o filho de Michael Dougal, que foi condenado a 
cinco anos de prisão pela simples posse. Seus carcereiros mantiveram-no em solitária durante 23 horas por dias durante 11 meses e negaram-lhe visitas de família e amigos. Embora o típico condenado não violento não o filho branco de uma celebridade, ele é habitualmente o utilizador que obtém sentenças mais duras do que os garotos brancos ricos obtém por cometerem os mesmos crimes – todos nós recordamos a controvérsia crack versus coca na qual orientações federais e estaduais de sentenciamento deixavam que os utilizadores de crack (uma minoria) obtivessem sentenças 100 vezes mais duras do que aquelas administradas aos utilizadores predominantemente brancos da coca em pó.

O viés institucional nas orientações das sentenças por crack eram um ultraje racista, mas este acordo do HSCB deixa aquilo longe. Ao abster-se de processos criminais de grandes lavadores de dinheiro da droga com o argumento (claramente absurdo, a propósito) de que o seu processamento põe em perigo o sistema financeiro mundial, o governo acabou de formalizar o duplo padrão.

O que eles agora estão a dizer é que se você não for um dente importante na engrenagem do sistema financeiro global, você não pode escapar impune de coisa alguma, nem mesmo pela simples posse. Você será encarcerado e qualquer dinheiro que eles encontrem consigo será apreendido na hora, e convertido em novos cruzadores ou brinquedos para a sua equipe local de agentes aplicadores da lei (SWAT team), a qual estará pronta a arrombar as portas de casas onde vivem dentes da engrenagem tão pouco essenciais como você. Se não tiver um emprego sistemicamente importante a posição do governo é, por outras palavras, de que os seus activos podem ser utilizados para financiar a sua própria privação de direitos políticos.

Por outro lado, se você for uma pessoa importante e trabalhar para um grande banco internacional, você não será perseguido mesmo se lavar nove mil milhões de dólares. Mesmo se se conluiar activamente com as pessoas no topo máximo do comércio internacional de narcóticos, a sua punição será muito mais pequenas do que aquela na base da pirâmide mundial da droga. Você será tratado com mais deferência e simpatia do que um drogado desmaiado numa carruagem do metro em Manhattan (utilizar dois assentos numa carruagem de metro é um 
delito comum processável nesta cidade). Um traficante internacional de droga é um criminoso e habitualmente um assassino; um viciado em droga a passear na rua é uma das suas vítimas. Mas graças a Breuer, agora estamos no negócio, oficialmente, de encarcerar as vítimas e deixar os criminosos.

Isto é a desgraça das desgraças. Não faz mesmo qualquer sentido. Não havia razão para que o Departamento da Justiça não pudesse ter agarrado toda a gente no HSBC envolvida com o tráfico, processado criminalmente e actuado com reguladores bancários para assegurar que o banco sobrevivesse à transição para nova administração. Nessas circunstâncias, o HSBC não teve virtualmente de substituir ninguém na sua administração de topo. As partes culpadas aparentemente eram tão importantes para a estabilidade da economia mundial que tiveram de ser deixados nas suas mesas de trabalho.

Não há absolutamente nenhuma razão para que eles não pudessem enfrentar penalidades criminais. Que não estejam a ser processados é covardia e corrupção pura, nada mais. E ao aprovar este acordo, Breuer removeu a autoridade moral do governo para processar qualquer um por qualquer delito de droga. Não é que a maior parte das pessoas já não soubesse que a guerra à droga é uma piada, mas isto torna-a oficial.
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