segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

VALOR ECONÔMICO

Valor Econômico

Manchete: Bolsa vacila com escassez de papéis e excesso de gestores
Uma reclamação está se tornando cada vez mais constante entre gestores de recursos: falta papel para investir. Embora seja ainda mais ouvido de casas independentes, o discurso já surge também entre grandes do varejo. Alguns fatores contribuem para aumentar essa sensação de que há ativos de menos: os juros básicos estão no menor nível histórico, o ano foi muito fraco em ofertas iniciais de ações na bolsa (apenas três IPOs) e as empresas mais líquidas do mercado, boa parte do setor de commodities, passam por um momento pouco animador. Para completar, outros setores importantes, antes tidos como defensivos (caso das companhias de energia elétrica), também foram atingidos por turbulências.

Os números dos mercados de gestão e de capitais sugerem, porém, que o problema não é apenas a falta de oferta de ativos. Segundo o ranking de gestão da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), há 465 gestoras de fundos atuando. Na BM&F Bovespa são 365 companhias listadas, número considerado muito baixo. Além disso, o grupo das companhias que os especialistas entendem como de fato "investíveis" é ainda menor. Alguns gestores falam em algo como 150 - basicamente as "blue chips" e as que estão nos níveis diferenciados de governança. (Págs. 1, D1 e D2)

Informações de menos nos balanços
Embora os balanços tenham aumentado muito de tamanho com a adoção pelo Brasil do padrão internacional de contabilidade, em especial pela necessidade de grande quantidade de notas explicativas, as empresas estão divulgando menos de 25% das informações requeridas pelo novo sistema. É o que mostra estudo inédito da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. Pesquisadores de três universidades fizeram um extenso levantamento analisando os balanços e as notas explicativas de 366 empresas (sem incluir as instituições financeiras). O máximo de cumprimento das informações chegou a 45%. "A conclusão é que há dois problemas. As notas explicativas estão grandes demais, mas não estão informando o que é pedido pela norma", afirma Edilene Santos, da FGV. (Págs. 1 e B2)
Fotolegenda: GPS + Bawm, só o começo
Após um ano de namoro, a GPS, maior gestora independente de patrimônio do país, fundiu-se com a Bawm Investments. Juntas, terão R$ 14,3 bilhões sob gestão. É a primeira grande fusão de administradores de fortunas. Outras virão, prevê José Eduardo Martins, sócio da GPS. (Págs. 1 e C3)
'Bolsa verde' negocia mata excedente
Será lançada hoje a primeira "bolsa verde" para comercialização de ativos ambientais no mercado futuro. A Bolsa Verde do Rio de Janeiro (BVRio) entrará em operação com cerca de 100 ofertas de títulos de florestas excedentes em propriedades rurais do país.

A lei de oferta e demanda determinará o ritmo e os preços desses papéis. No caso da "bolsa verde" - uma plataforma online que reune compradores e vendedores -, estarão disponíveis neste primeiro momento as chamadas Cotas de Reserva Ambiental (CRA), pelas quais quem estiver com déficit de cobertura florestal poderá comprar o excedente de floresta de uma outra propriedade. Para Pedro Moura Costa, presidente executivo da BVRio, "mais importante do que a dimensão dos mercados desse ativo é a possibilidade de cumprir as obrigações ambientais com eficiência". (Págs. 1 e B14)

Preços de importados caíram 3,1%
Os preços médios em dólar na importação de bens intermediários e de consumo não duráveis caíram. De agosto a outubro, os intermediários importados ficaram 3,8% mais baratos em relação ao mesmo período de 2011. A queda no caso dos bens de consumo não duráveis foi de 3,4% na mesma comparação.

Responsáveis, juntos, por 52,8% do valor da importação, os dois segmentos contribuíram decisivamente para a queda de 3,1% no preço médio do total dos desembarques, segundo a Funcex. (Págs 1 e A5)

O submarino brasileiro que vem de Cherbourg
No enorme e protegido estaleiro da Direction des Constructions Navales et Services (DCNS), em Cherbourg, a 360 km de Paris, falam-se português e francês. Aqui toma corpo o maior contrato militar internacional do Brasil, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, de R$ 15 bilhões, superior em R$ 4 bilhões à indefinida licitação dos caças.

Desta vez os brasileiros não estão só comprando. Com uniforme verde, equipes de técnicos e engenheiros do país se revezam por etapas no estaleiro francês. O contrato entre a Marinha brasileira e o consórcio Bahia de Sepetiba (DCNS e Odebrecht) implica a construção conjunta de cinco submarinos, um nuclear.

Na visita da presidente Dilma a Paris, amanhã, a ênfase da parceria estratégica na inovação terá como modelo o caso dos submarinos, considerado inédito tanto para a França como para o Brasil. (Págs. 1 e A20)

Petrobras obtém licença no pré-sal
A Petrobras obteve uma das principais licenças ambientais aguardadas na exploração do pré-sal da Bacia de Santos, para o campo de Sapinhoá. A licença autoriza, praticamente, a exploração de petróleo e gás na região, já que libera a estatal para ligar os cabos de exploração de sua plataforma até os campos. Executada essa etapa, a licença de exploração é emitida automaticamente. Em janeiro, a Petrobras espera extrair o primeiro óleo da plataforma, que tem capacidade para produzir por dia 120 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás. (Págs. 1 e B11)
Fim da era de bônus gordos nos bancos
Executivos do setor financeiro devem ter uma redução entre 10% e 30% nos bônus que serão pagos em 2013, relativos a resultados de 2012. Segundo as consultorias de recursos humanos ouvidas pelo Valor, a queda na remuneração variável desses profissionais é esperada por conta do desempenho mais fraco do segmento neste ano.

Nos bancos de investimentos, por exemplo, o impacto da recessão foi mais forte que o previsto, influenciando negativamente a performance das carteiras e, consequentemente, as premiações nos salários. Já nos bancos de atacado e varejo, segundo os consultores, o crescimento da inadimplência e a queda forçada dos spreads afetaram os resultados das instituições - houve uma queda no lucro líquido de 7% a 20%, o que deve se refletir na magnitude dos bônus. (Págs. 1 e D3)

Após Doha, meta de ambientalistas é fechar acordo global em 2015 (Págs. 1 e A14)

País adotará ousadia calculada sobre o câmbio na OMC (Págs. 1 e A2)

GVT vai ter telefonia móvel em 2014, diz Amos Genish (Págs. 1 e B1)

BP aumenta a produção
A BP Biocombustíveis vai investir R$ 716 milhões para expandir a capacidade de moagem de cana da usina Tropical, em Edéia (GO), que deverá ser duplicada para 5 milhões de toneladas na safra 2013/14. (Págs. 1 e B14)
Brasil ganha importância para Yara
Com a compra da divisão de fertilizantes da Bunge, por US$ 750 milhões, a multinacional norueguesa Yara International passa a ter no Brasil 25% de seu faturamento global. (Págs. 1 e B14)
Teles disputam mercado empresarial
Com cerca de R$ 16 bilhões gastos em serviços de telecomunicações em 2011 e projeção de crescimento para R$ 16,7 bilhões neste ano, o mercado empresarial é alvo de disputa acirrada entre as operadoras no Brasil. (Págs. 1 e B3)
Copasa busca novos horizontes
Segunda maior empresa pública de saneamento do Brasil, a mineira Copasa estuda oportunidades de crescimento além das concessões de água e esgoto e está atenta a possibilidades de Parcerias Público-Privadas fora de Minas Gerais, diz o diretor-presidente, Ricardo Simões. (Págs. 1 e B9)
Parnaíba II terá R$ 900 milhões
A MPX, braço de energia do grupo EBX, de Eike Batista, pretende captar R$ 900 milhões para financiar o projeto da termelétrica Parnaíba II, no Maranhão. Do total, R$ 400 milhões deverão ser em debêntures. (Págs. 1 e C3)
Legalidade do Fator Acidentário
Decisão do Tribunal Regional Federal do Sul do país considera constitucional a aplicação do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) no cálculo da alíquota dos Riscos Ambientais do Trabalho (RAT) cobrada sobre a folha de salários. (Págs. 1 e E1)
Prova de FGTS cabe a empresas
Decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) inverte o ônus da prova e impõe às empresas a obrigação de demonstrar a regularidade dos depósitos efetuados para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) do empregado. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Sergio Leo

Dilma Rousseff emite sinais ambíguos sobre o que pensa da oportunidade de acordo comercial com a União Europeia. (Págs. 1 e A2)

Renato Janine Ribeiro

Pode uma democracia servir só a parte de uma sociedade, como os judeus na Israel de hoje? (Págs. 1 e A6)

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