sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

VALOR ECONÔMICO


Valor Econômico

Manchete: Pacote dos portos já atrai investimentos de R$ 21 bi
Com o fim das restrições à construção de portos privados anunciado na semana passada, grandes grupos já levaram ao governo 23 projetos novos. Somados, esses terminais exigirão investimentos de R$ 21,1 bilhões até o biênio 2016/17, segundo estimativas do Palácio do Planalto.

A principal novidade das medidas foi a liberação dos terminais privados para movimentar qualquer quantidade de carga de terceiros. Com isso, já saíram do papel projetos de grande porte. A Gerdau prepara investimento de R$ 2 bilhões nas imediações de Itaguaí (RJ). Uma cifra semelhante será investida pela Bahia Mineração, em Ilhéus (BA). Em Porto Velho (RO), a Hermasa tem projeto de R$ 120 milhões para movimentar granéis sólidos. Duas instalações para grãos, que somam pouco menos de R$ 150 milhões, poderão ser construídas em Santarém (PA), por Bunge e Cargill. (Págs. 1 e A16)
Plano dará mais recursos à inovação
O governo deverá lançar nos próximos dias um pacote de medidas para aumentar a competitividade da economia, assunto que tem tirado o sono da presidente Dilma Rousseff. As ações vão atacar o problema em pelo menos duas frentes: um generoso programa de financiamento à inovação em setores estratégicos e mudanças na legislação para facilitar a importação de mão de obra qualificada.

Caberá ao BNDES e à Finep oferecer R$ 20 bilhões em recursos - uma parte a fundo perdido ou com subsídios - a projetos de inovação nas áreas de petróleo e gás, etanol, energias renováveis, defesa e aeroespacial, saúde, tecnologia da informação e comunicação. (Págs. 1 e A2)
A anatomia da crise que quebrou a Aracruz
Na madrugada de 13 de setembro de 2008, enquanto aguardava no aeroporto de Londres sua conexão para o Brasil, Isac Zagury, então diretor financeiro da Aracruz Celulose, enviou a seus gerentes um e-mail com um apelo: "Vamos rezar e pedir muito pela ajuda divina". O estouro da bolha imobiliária era o prenúncio da crise que se aprofundaria dois dias depois, com a quebra do Lehman Brothers. Para centenas de empresas brasileiras que haviam comprado derivativos cambiais com pouco conhecimento de suas regras, a instabilidade dos mercados e a forte desvalorização do real iriam sangrá-las nos meses seguintes. Para a Aracruz, foi o começo da agonia.

O Valor reconstituiu os bastidores dramáticos dessa história, ouviu envolvidos e colheu reveladoras trocas de e-mails e conta como a Aracruz mergulhou em direção a um rombo de R$ 4,3 bilhões, fruto da exposição a derivativos tóxicos que passavam de US$ 10 bilhões. O valor de mercado da empresa caiu de R$ 10,7 bilhões para R$ R$ 3,5 bilhões no início de novembro daquele ano. Zagury e sua equipe tentaram encerrar os contratos sem contar aos superiores, mas as perdas cresciam a cada dia sem que eles sequer conseguissem calcular seu valor. (Págs. 1 e Eu & Fim de Semana)
Férias coletivas serão mais curtas
As empresas reduziram ou estão repetindo o número de dias das férias coletivas neste ano, um sinal de recuperação do nível de atividade.

Na região do ABC, haverá um número menor de dias parados nas montadoras e empresas de autopeças em relação a 2011. Em setores de bens semiduráveis, como têxteis, vestuário e calçados, o número será próximo ao do ano passado. O segmento de caminhões é um dos que terão uma parada maior. (Págs. 1 e A3)
Letras de crédito roubam o espaço de CDBs na captação
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) vêm perdendo espaço para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) entre os investidores pessoas físicas e para as letras financeiras entre os investidores institucionais. "A queda da Selic incentiva a procura por investimentos isentos do Imposto de Renda", explica Fabio Zenaro, gerente de novos negócios da Cetip.

O estoque de CDBs caiu 8% em novembro em relação ao mesmo período de 2011, enquanto o saldo de emissões de LCAs e LCIs cresceu 30% e 34%, respectivamente. Para os bancos, esses papéis são vantajosos, pois podem oferecer taxas inferiores às dos CDBs. (Págs 1 e C1)
Bancos centrais ampliam as apostas de alto risco
Os maiores bancos centrais do mundo planejam injetar mais bilhões de dólares na economia, investindo em títulos soberanos, hipotecas e empréstimos comerciais. Essa estratégia é, na verdade, uma experiência de alto risco, baseada, em parte, nos trabalhos acadêmicos de alguns economistas que estudaram e lecionaram no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, nas décadas de 1970 e 1980.

Se os banqueiros centrais estiverem corretos, vão ajudar a economia mundial a evitar uma estagnação prolongada. Se estiverem errados, podem atiçar a inflação ou semear outra crise financeira. (Págs. 1 e B12)
Com 4G, Claro abre nova frente de batalha entre as teles (Págs. 1 e B6)

Nova tecnologia permite extração mais eficiente do minério de ferro (Págs. 1 e B14)

Favorito na eleição japonesa, Shinzo Abe deve elevar estímulos e desvalorizar o iene (Págs. 1 e A13)

Aposta na infraestrutura
Os setores de energia e telecomunicações deverão alavancar o desempenho da indústria elétrica e eletrônica no próximo ano. A previsão é de crescimento de 8%, para R$ 156,7 bilhões. (Págs. 1 e B2)
Anhanguera aumenta dividendos
O grupo educacional Anhanguera vai adotar uma nova estratégia a partir de 2013. Ao mesmo tempo em que vai desacelerar as aquisições, vai investir em cursos a distância e ampliar a distribuição de dividendos de 1% para 25% do lucro líquido. (Págs. 1 e B9)
Previdência Privada
Em um cenário de juros mais baixos, investidores procuram planos com menores taxas de administração e de carregamento para compensar a queda da rentabilidade. Além disso, terão de aceitar riscos maiores nos planos de renda fixa para atingir ganhos, diz Marcelo Mello, da SulAmérica. (Págs. 1 e Caderno especial)
BorgWarner amplia produção
A fabricante americana de autopeças BorgWarner começou a transferir suas linhas de produção de Campinas para a nova fábrica de Itatiba, ambas no interior paulista. A operação deve estar concluída até fevereiro. (Págs. 1 e B11)
Castelão pronto para o jogo
Será inaugurado no domingo, em Fortaleza (CE), o primeiro estádio da Copa de 2014. A conclusão das obras da Arena Castelão foi antecipada em quatro meses. A intenção é gerar receita o mais rápido possível, dentro dos oito anos da “concessão”. (Págs. 1 e B11)
Importações de trigo
Restrições argentinas à exportação e forte queda da safra doméstica obrigarão os moinhos brasileiros a importar até 3 milhões de toneladas de trigo de países que não integram o Mercosul, pagando Tarifa Externa Comum (TEC) do bloco. (Págs. 1 e B18)
Rússia aceita acordo sobre suínos
A Rússia anuncia hoje um acordo com o Brasil que permitirá a continuidade das exportações de carne suína brasileira para seu mercado. Os dois países concordaram em adotar um modelo de certificação menos complexo e custoso aos exportadores. (Págs. 1 e B18)
Ideias
Maria Cristina Fernandes

Enquanto Lula promete o que não sabe se poderá entregar, Dilma busca baixar a fervura na Federação e no empresariado. (Págs. 1 e A6)

Eduardo Augusto Guimarães

Contribuição mais relevante da MP 595 é remover as restrições à expansão dos terminais portuários de uso privado. (Págs. 1 e A14)

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