Após 6 meses de asilo político, futuro de Assange é incerto
Julian Assange, fundador do WikiLeaks, completou nesta quarta-feira (19) seis meses de asilo político na embaixada do Equador em Londres e continua sem previsão de uma possível solução diplomática para deixar o local.
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A Suécia, por sua vez, pede ao jornalista australiano para requerimentos por supostos delitos sexuais, mas não admite que seja entrevistado na embaixada, o que prolonga a saída desta situação.
Assange, que anunciou que falará na próxima quinta-feira (20) da sede diplomática equatoriana, teme ser condenado em território estadunidense e condenado inclusive a pena de morte, por ligações comprometedoras para Washington difundidos pelo WikiLeaks.
O analista político equatoriano Hernán Reyes destaca que não existem sinais de que o Reino Unido, a Suécia ou Austrália estejam fazendo algo para que mude o cenário, porque Assange pode ficar por tempo indeterminado na embaixada.
O catedrático Eduardo Santos disse que no caso de Assange, o Equador ficou fortalecido no sentido de que fez respeitar os princípios universais do Direito Internacional. Além disso, apontou, demonstrou a solidariedade continental e que na América Latina e Caribe não perderam a perspectiva histórica de defender algo tão fundamental como é o direito ao asilo.
As autoridades equatorianas mostraram sua preocupação em torno a uma situação derivada de um agravamento da saúde do comunicador australiano, devido a negativa de Londres em permitir que abandone o país.
O chanceler Ricardo Patiño manifestou que Assange tem o direito de disfrutar do asilo político concedido pelo Equador, como permitem as normas internacionais sobre o assunto e a própria declaração universal dos direitos humanos.
Ele afirmou que prevalece a falta de uma resposta jurídica e humanitária diante de um problema, com todos os argumentos para outorgar a autorização.
Fonte: Prensa Latina
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