segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

VALOR ECONÔMICO


Valor Econômico

Manchete: Regime especial de licitação já domina compras públicas
Criado para ser uma exceção destinada a acelerar as obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) tornou-se a regra nas principais compras públicas federais e seu uso crescente coloca em xeque o futuro da Lei de Licitações.

Desde julho, o novo regime passou a englobar os empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em outubro, foi estendido para a área de educação e, neste mês, o Congresso aprovou sua aplicação às compras da saúde. Levantamento feito pelo Valor aponta que os orçamentos planejados para os próximos anos pelo PAC, Copa do Mundo e Olimpíada, além do que está previsto em 2013 para saúde e educação, somam R$ 700 bilhões. (Págs. 1 e A6)
BC amplia o foco da fiscalização
Depois de dar como encerrada a temporada de "faxina" no sistema financeiro, o Banco Central passará a monitorar a conduta das instituições financeiras para além dos temas de liquidez e solvência. No radar da autoridade monetária está o comportamento dos bancos em relação a assuntos como tarifas, concorrência e até correspondentes bancários. A partir de 2013, a diretoria de fiscalização, chefiada por Anthero de Moraes Meirelles, contará com uma equipe de 50 pessoas cuja função será a chamada "supervisão de conduta", ou seja, verificar se as instituições estão seguindo as regras existentes para uma série de assuntos, que vão da prevenção à lavagem de dinheiro ao microcrédito. (Págs. 1 e C1)
Vale mantém 'austeridade' em 2013 
A poucos dias do fim do ano, Murilo Ferreira, presidente da Vale, disse ao Valor esperar um 2013 menos volátil para as commodities minerais e metálicas, com preços do minério de ferro entre US$ 110 a US$ 140 a tonelada, num contexto de crescimento mais vigoroso da China. Apesar do cenário "mais benigno", ele não vê razão para a Vale abandonar sua atual política de "austeridade".

Ferreira explica sua postura: "O superciclo (de commodities com preços muito elevados) acabou e nossa filosofia é que não vamos gerar mais excedentes financeiros tão generosos em futuro próximo". A empresa vai se desfazer de mais ativos não estratégicos, sendo que nas próximas semanas deve anunciar dois negócios na área de óleo e gás. (Págs. 1 e B1)
Massa de renda do Bolsa Família sobe mais
O mercado de trabalho evoluiu de forma expressiva entre 2006 e 2011, com aumento da ocupação, maior índice de formalização e ganhos acima da inflação nos rendimentos, mas a massa de renda que cresceu com mais fôlego no período foi a gerada pelo Bolsa Família. Essa dinâmica se manteve semelhante em 2012, mas deve mudar nos próximos anos, reduzindo o ímpeto de consumo nas regiões mais pobres do país.

A renda gerada pelo valor médio dos benefícios pagos aos atendidos, multiplicada pela quantidade de bolsas, alcançou R$ 17,36 bilhões no ano passado, o que representa avanço médio anual de 10,2% em termos reais nos últimos cinco anos, acima dos 6,2% registrados pela massa de renda previdenciária e do crescimento de 5,8% da massa do trabalho. Os cálculos são da Tendências Consultoria, com base em dados oficiais. (Págs. 1 e A2)
A fortuna de Rio Verde e de seu prefeito
Em um gabinete improvisado e sem sofisticação, no fundo da recepção de seu hotel, Otaviano Pivetta, o prefeito eleito mais rico do país, discute com seus assessores a composição do time que governará Lucas do Rio Verde, pequeno município a 350 km de Cuiabá.

Gaúcho de Caiçara, Pivetta está prestes a iniciar seu terceiro mandato, depois de governar a cidade entre 1997 e 2004. Com patrimônio declarado de R$ 321 milhões, ele é o principal acionista da Vanguarda Agro, uma das maiores empresas agrícolas do país, com mais de 200 mil hectares cultivados - uma área maior que o município de São Paulo. Nos próximos quatro anos, também vai se dedicar à administração da cidade de 50 mil habitantes e de um orçamento de pouco mais de R$ 100 milhões. (Págs. 1 e A12)
País mudou sua matriz econômica, diz Holland
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, diz que o baixo crescimento da economia em 2012 foi causado pela transição do país para o que ele chama de "nova matriz macroeconômica". Essa matriz combina juro baixo, taxa de câmbio competitiva e uma consolidação fiscal "amigável ao investimento".

Doutor em economia pela Unicamp e com pós-doutorado da Universidade da Califórnia (Berkeley), Holland afirma que, em um primeiro momento, a transição para a nova matriz traz custos às empresas e investidores, acostumados a operar sob a lógica do curto prazo. Para ele, esse momento já passou e, agora, com o novo modelo e com os estímulos criados pelo governo para o investimento de longo prazo, a Formação Bruta de Capital Fixo voltará a crescer de forma acelerada - 8% em 2013, um ritmo duas vezes maior que o do Produto Interno Bruto. "Investidores, bancos, economistas, analistas em geral estão revendo seus modelos de negócio", diz. (Págs. 1 e A18)
ArcelorMittal dá prioridade agora ao lucro
Lakshmi Mittal, um dos empresários mais audaciosos da história da indústria do aço, moderou suas ambições. Mittal, fundador e diretor-presidente da ArcelorMittal, maior produtora de aço do mundo em volume, disse que seu objetivo agora é aumentar os lucros em vez de crescer agressivamente via investimentos na China, na Índia e em mineração - o plano dele quando criou a companhia em 2006. No momento da fusão que originou a gigante sediada em Luxemburgo, "nós tínhamos certas expectativas [...] sobre o mercado e o crescimento que não se concretizaram", disse. (Págs. 1 e B12)
Odebrecht banca obra do estádio do Corinthians, que vence o Mundial de Clubes (Págs. 1 e B4)

Choque de gestão nas docas esbarra em passivo bilionário (Págs. 1 e B10)

Prioridade de Shinzo Abe é estimular crescimento do Japão (Págs. 1 e A15)

Passivo ambiental nas elétricas
A evolução da legislação socioambiental teve impacto significativo no setor elétrico. Só as quatro maiores geradoras de capital aberto — Cesp, Cemig, Chesf e Copel — têm juntas R$ 530 milhões em provisões na área. (Págs. 1 e A3)
Segurança no transporte de cargas
Empresas de segurança como Protege e Prosegur investem no transporte de cargas valiosas, segmento que por muito tempo foi dominado pela Brink’s. Os roubos de carga cresceram 17% no primeiro semestre. (Págs. 1 e B4)
Ibema no Bovespa Mais
A Ibema, terceira maior fabricante de papel-cartão do país, com sede no Paraná, anuncia amanhã a listagem de suas ações no Bovespa Mais, operação que poderá movimentar até R$ 100 milhões. (Págs. 1 e B8)
Rotulagem transgênica
Projeto de lei que deve ser votado na próxima semana na Câmara dos Deputados pode encerrar uma disputa de mais de dez anos ao estabelecer rotulagem obrigatória apenas para produtos que tenham mais de 1% de ingredientes transgênicos. (Págs. 1 e B17)
A união faz a força
Pequenos agricultores de todo o mundo — cerca de 500 milhões, que respondem por 80% da produção — buscam se organizar coletivamente para enfrentar o problema comum da falta de crédito. Contratos diretos com a indústria também ganham força. (Págs. 1 e B18)
Cart capta R$ 750 milhões
A Concessionária Auto Raposo Tavares (Cart) encerrou captação de R$ 750 milhões em debêntures com isenção de IR e IOF para projetos de infraestrutura. Pela primeira vez, uma operação desse tipo contou com recursos de investidores estrangeiros. (Págs. 1 e C12)
Ideias
Renato Janine Ribeiro

No fim, a corrupção é menos ruim do que o desastre na economia e, sobretudo, do que a violência desmedida. (Págs. 1 e A6)

Luiz Carlos Mendonça de Barros

Ao trocar dogmas por uma metodologia aberta, keynesianos estão em condição mais favorável para exercer sua profissão. (Págs. 1 e A11)

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