segunda-feira, 31 de maio de 2010

Brasil convoca embaixador de Israel após ataque a navios

O governo brasileiro convocou nesta segunda-feira (31) o embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher, para manifestar indignação com o incidente contra a “frota da liberdade”. No comunicado, o Itamaraty também informou que comunicará sua preocupação com a cidadã brasileira que estava no grupo. A “frota da liberdade”, organizada por várias ONGs e com apoio de governos como o turco, divulgou que pretendia chamar a atenção para o bloqueio marítimo à faixa de Gaza com uma ação na qual levavam mantimentos para o local.

A brasileira Iara Lee, cineasta, estava no grupo, que entrou em choque com as forças israelenses na madrugada desta segunda-feira. Os ativistas informaram que dez pessoas morreram devido ao episódio, enquanto o governo de Israel colocou que foram nove os mortos.

Israel havia comunicado que os ativistas não passariam pelo bloqueio e a chegada da frota foi adiada algumas vezes. Ontem, quando a frota comunicou um novo adiamento, informou que esperava que um grupo de eurodeputados se unissem ao grupo.

O governo brasileiro comunicou que recebeu a notícia da interceptação da “frota da liberdade” com “choque e consternação”. No documento, o ministério diz que "O Brasil condena, em termos veementes, a ação israelense, uma vez que não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário".

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, pediu ainda que as autoridades israelenses informem imediatamente o paradeiro da brasileira.

Famosa ativista e com atuações anteriores no Oriente Médio, Lee escreveu um texto, publicado em 25 de maio em um blog, sobre os motivos que a levavam a participar da viagem. (clique aqui para ler o texto de Iara Lee)


Veja abaixo a nota na íntegra do ministério:

“Ataque israelense à "Flotilha da Liberdade"

Com choque e consternação, o governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda humanitária internacional à faixa de Gaza, do qual resultou a morte de mais de uma dezena de pessoas, além de ferimentos em outros integrantes.

O Brasil condena, em termos veementes, a ação israelense, uma vez que não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário. O fato é agravado por ter ocorrido, segundo as informações disponíveis, em águas internacionais. O Brasil considera que o incidente deva ser objeto de investigação independente, que esclareça plenamente os fatos à luz do direito humanitário e do direito internacional como um todo.

Os trágicos resultados da operação militar israelense denotam, uma vez mais, a necessidade de que seja levantado, imediatamente, o bloqueio imposto à faixa de Gaza, com vistas a garantir a liberdade de locomoção de seus habitantes e o livre acesso de alimentos, remédios e bens de consumo àquela região.

Preocupa especialmente ao governo brasileiro a notícia de que uma brasileira, Iara Lee, estava numa das embarcações que compunha a flotilha humanitária. O ministro Celso Amorim, ao solidarizar-se com os familiares das vítimas do ataque, determinou que fossem tomadas providências imediatas para a localização da cidadã brasileira.

A Representante do Brasil junto à ONU [Organização das Nações Unidas] foi instruída a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a operação militar israelense.

O embaixador de Israel no Brasil está sendo chamado ao Itamaraty para que seja manifestada a indignação do governo brasileiro com o incidente e a preocupação com a situação da cidadã brasileira.”

fonte: portal vermelho

Israel ataca frota humanitária e mata 16 pessoas

Israel atacou hoje um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, causando 16 mortos e 30 feridos. O ataque ocorreu em águas internacionais, a 128 quilômetros da Faixa de Gaza, próximo ao Chipre, no Mar Mediterrâneo.

A imprensa turca mostrou imagens captadas dentro do navio turco Mavi Marmara, nas quais se viam os soldados israelenses abrindo fogo. Em Istambul, várias centenas de pessoas tentaram atacar o consulado israelense.

A frota levava 10 mil toneladas de ajuda humanitária e, segundo Israel, não acatou o bloqueio imposto. Um dos barcos atingidos é grego, outro é turco. O líder do Hamas, Ismail Haniyeh classificou como "brutal" o ataque.

fonte: paranaonline

Yoani Sánchez (ou como promover uma dissidente cubana)

A blogueira é a bola da vez da estratégia de Washington de forjar uma oposição interna em Cuba. Seu multimilionário blog não é resultado de iniciativa espontânea de uma cidadã que resolveu abrir o coração, como a mídia hegemônica costuma apresentá-lo. A execução do programa que financia essa política intervencionista foi provisoriamente suspensa pelo Senado estadunidense, sobretudo por causa da prisão, em Cuba, de um enviado de Washington que tinha a tarefa de tratar da distribuição do dinheiro.

O artigo é de Hideyo Saito*

A blogueira Yoani Sánchez é hoje a figura mais cortejada pela coalizão de forças que combate a revolução cubana, liderada por Washington e composta por outros governos, por partidos políticos, por órgãos da mídia e por ONGs do mundo inteiro. Trata-se de uma poderosa tropa de choque que exige ampla liberdade política, respeito aos direitos humanos e democracia, mas apenas em Cuba. Aparentemente nenhuma outra nação no mundo inspira seus cuidados em relação a esses direitos políticos e humanos. Da mesma forma, denuncia também a escassez de bens de consumo em Cuba, mas jamais menciona o estrangulamento econômico praticado por Washington (que, aliás, é condenado por todos os países-membros da ONU, com as únicas exceções dos próprios Estados Unidos e de Israel).

O objetivo central dessa coalizão passou a ser, desde os anos 90, organizar e financiar uma oposição interna em Cuba. O congresso dos Estados Unidos aprovou leis especiais para respaldar essa política: a Torricelli, de 1992, e a Helms-Burton, de 1996. O intervencionismo teve seu auge no período de George W. Bush, que criou a Comissão de Apoio a uma Cuba Livre, presidida pela secretária de Estado, Condoleezza Rice, e indicou Caleb McCarry (um dos artífices do golpe contra o presidente Jean-Bertrand Aristide no Haiti), como responsável pela transição à democracia naquele país.

Os recursos oficiais estadunidenses destinados a essa finalidade foram, em 2009, de US$ 45 milhões, sem considerar o orçamento da Rádio e TV Martí e verbas paralelas não declaradas (1). No atual exercício, haviam sido liberados US$ 20 milhões, com a orientação de que fossem distribuídos diretamente aos destinatários em Cuba. O programa, entretanto, foi provisoriamente suspenso em abril último pelo presidente do Comitê Exterior do Senado, John Kerry (ex-candidato presidencial), provavelmente por causa da prisão em flagrante, em Cuba, de Alan P. Gross, quando fazia a distribuição de dinheiro e de equipamentos de comunicação (2).

O advogado José Pertierra, que atua em Washington, relacionou de forma exaustiva os diversos itens da ajuda provisoriamente suspensa, com base em informe oficial do Senado dos EUA. Destacamos apenas alguns, a título de exemplo: US$ 750 mil para os defensores de direitos humanos e da democracia; US$ 750 mil para parentes de presos políticos, como as “Damas de Branco”, e para ativistas que lutam para libertar aqueles presos; US$ 3,8 milhões para promover a liberdade de expressão, especialmente entre artistas, músicos, escritores, jornalistas e blogueiros (com ênfase nos afrocubanos); US$ 1,15 milhão para capacitar os ativistas mencionados no uso das novas tecnologias de comunicação.

A corrida pelo dinheiro de Washington
Essas informações tornam insustentável negar o financiamento estadunidense aos chamados dissidentes, de maneira geral. Não custa recordar ainda que aqueles que a mídia dominante insiste em chamar de presos políticos (cuja libertação está sendo reclamada pelo grevista de fome Guillermo Fariñas Hernández) foram julgados em 2003 justamente sob a acusação de receber dinheiro de Washington para combater a revolução. Em relatório de 2006, a Anistia Internacional registrou a realização, no ano anterior, de um congresso de dissidentes com a participação de mais de 350 organizações (a ata do encontro, porém, menciona a presença de 171 pessoas) nos arredores de Havana. Essa proliferação, porém, longe de mostrar a força da oposição, esconde a corrida de seus idealizadores para arrancar dinheiro de Washington.

Praticamente todas são organizações artificiais, criadas para que suas lideranças possam apresentar-se no escritório de representação dos EUA em Havana para receber a sua parte na cobiçada "ajuda em prol da democracia". Não há notícias sobre discussões políticas ou doutrinárias nessas entidades e muito menos de ações públicas sérias de sua iniciativa. Mas há fartos registros, isto sim, de brigas e denúncias recíprocas envolvendo a repartição e o uso da dinheirama. É por isso que, neste momento, a maioria dos dissidentes não vê com bons olhos a ascensão de Yoani Sánchez.

Lech Walesa de saias
O sonho dourado dos ideólogos de Washington é forjar em Cuba um novo Lech Walesa, o líder do sindicato Solidariedade e depois presidente da Polônia, apontado pelo National Endowment for Democracy (NED), do Departamento de Estado, como o maior triunfo de sua política. No caso de Cuba, isso foi tentado, entre 2000 e 2002, com um dissidente chamado Osvaldo Payá Sardiñas, organizador de um projeto de lei de iniciativa popular, que teve pouco mais de 11 mil assinaturas. O projeto foi recebido oficialmente, mas rejeitado pelo parlamento cubano.

Ele pretendia estabelecer nada menos que a liberdade para a criação de empresas privadas, inclusive órgãos de imprensa, a instituição do pluripartidarismo e outras medidas que implicavam eliminar o socialismo cubano de uma penada, baseado no suporte daquelas assinaturas (o número de eleitores no país é de 8,5 milhões). Equivale a um projeto de lei de iniciativa popular que fosse apresentado ao Congresso brasileiro, prevendo o fim da propriedade privada dos meios de produção, a convocação de eleições com candidatos indicados exclusivamente em assembleias de bairro e o fechamento dos oligopólios da comunicação. Seria cômico se o conteúdo da iniciativa não coincidisse com o do “programa de transição” divulgado em 2006 pela Comissão de Apoio a uma Cuba Livre, do governo Bush.

Em todo caso, com base nesse projeto Osvaldo Payá foi transformado em herói pela mídia dominante. Como acontece atualmente com a blogueira Sánchez, foi alvo de prêmios e honrarias mundo afora, além de merecer espaços enormes na mídia dominante. Recebeu, entre tantos outros, o Prêmio Andrei Sakharov da União Européia, quando estava sob a presidência do ex-premiê espanhol, José Maria Aznar, e foi recepcionado em audiência especial pelo Papa João Paulo II. Como o esforço não produziu os resultados esperados, a mesma mídia que o glorificava o esqueceu (como havia feito antes com Armando Valladares).

Agora, chegou a vez de Yoani Sánchez. Após ter resolvido subitamente voltar a Cuba de seu exílio na Suíça, colocou o blog no ar em abril de 2007. Pouco mais de meio ano mais tarde, ela já se transformava em personalidade mundial, com o acionamento da engrenagem publicitária da coalizão anticubana. Começaram a aparecer entrevistas de página inteira com a blogueira, não raro com chamadas de capa, em grandes publicações como The Wall Street Journal, The New York Times, The Washington Post, Die Zeit e El País, sem falar nos jornalões brasileiros e na indefectível Veja.

Ao mesmo tempo, sempre de forma significativamente sincronizada, surgiram os prêmios, os convites para viagens e outras iniciativas de cunho promocional. Em 2008 a blogueira foi premiada em vários países da Europa e nos Estados Unidos, além de ter sido incluída, pela revista Time, na relação das 100 personalidades mais influentes do mundo e pelo diário espanhol El País, entre os 100 hispano-americanos mais influentes. No mesmo ano, a revista estadunidense Foreign Policy a considerou um dos 10 intelectuais mais importantes do ano, assim como a revista mexicana Gato Pardo. Mais recentemente, lançou um livro em grande estilo, com edições quase simultâneas em diversos países, e adiantamento por conta de direito autoral (como os € 50 mil pagos pela editora italiana Rizzoli). Digno de registro também é que Yoani Sánchez enviou um questionário dirigido ao presidente Barack Obama e ele o respondeu prontamente. Ela explicou candidamente a atenção que Obama lhe dedicou: “talvez eu tenha sorte”.

Um blog multimilionário
A verdade é que o blog que a fez famosa desfruta de sorte não menos fantástica. Ele foi registrado por intermédio de um serviço chamado GoDaddy, uma companhia que costuma ser contratada pelo Pentágono para compra de domínios de forma anônima e segura para suas guerras no cyberespaço, conforme denunciou a jornalista espanhola Norelys Morales Aguilera (3). “Não há em toda Cuba uma só página de internet, nem privada, nem pública, com o potencial tecnológico e de design da que ela exibe em seu blog”, sustenta.

O blog é atualmente hospedado em servidor espanhol, que não lhe cobra nada ("por 18 meses", diz ela), embora processe 14 milhões de visitas mensais e ofereça suporte técnico praticamente exclusivo. No mercado, custaria milhares de dólares por mês. É traduzido para nada menos que 18 idiomas, luxo que nem os portais dos mais importantes organismos multilaterais, como a ONU, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional ou a OCDE, exibem. Sánchez diz que são amigos que fazem as traduções. Segundo o jornalista Pascual Serrano, ela usa recursos da web 2.0 a que muito poucos cubanos têm acesso, como o Twitter, os foros sociais e outros (4). Em 2009, segundo o jornalista francês Salim Lamrani, o Departamento do Tesouro dos EUA, baseando-se na lei do bloqueio, fechou mais de 80 sítios de internet relacionados a Cuba, alegando que eles promoviam comércio. A única exceção foi justamente o blog de Sánchez, embora lá também haja venda de livros. Aliás, o sistema de pagamento utilizado por ele, o Paypal, e o de “copyright” que protege os textos da blogueira estão igualmente vedados a qualquer outro cidadão cubano, pelas mesmas razões (5).

Em recente entrevista a Lamrani, feita em Havana, Sánchez disse que seu blog não pode ser acessado de Cuba, como costuma “denunciar” aos dóceis jornalistas da mídia dominante. Só que desta vez foi desmentida no ato pelo entrevistador, que havia acabado de entrar na página sem qualquer restrição. Então, espertamente se corrigiu: “com freqüência ele fica bloqueado” (6). A verdade é que o blog – assim como qualquer outro sítio – jamais foi objeto de medida repressiva do governo cubano. Isso é comprovado pela Alexa - The Web Information Company, que mede o volume de acesso de páginas de internet do mundo inteiro: segundo seus dados, o portal Desde Cuba, que abriga o blog de Sánchez, tinha 7,1% do seu tráfego originário de equipamentos cubanos, no final de 2009 (7).

O blog de Sánchez também foi distinguido em 2008 como um dos 25 melhores do mundo pela TV CNN, além de ter sido premiado pela revista Time e pela TV Deutsche Welle. As justificativas das premiações e honrarias alegam a coragem cívica de sua idealizadora e exaltam a qualidade de suas crônicas, embora elas se caracterizem, na verdade, por uma descrição pouco sutil da situação cubana, num tom catastrofista, sem qualquer nuance. Em sua prosa simplista, Cuba não passa de uma “imensa prisão com muros ideológicos”, onde se ouvem os “gritos do déspota” e as pessoas vivem entre “o desencanto e a asfixia econômica”, por culpa exclusiva do governo. Não há programas sociais bem-sucedidos, mesmo que eles sejam reconhecidos até pelo Banco Mundial, assim como não há fatores externos que agravam as dificuldades do país – exatamente como no diagnóstico maniqueísta da extrema-direita de Miami.

Apesar de tudo, após se casar com um alemão e se estabelecer na Suíça entre 2002 e 2004, Yoani Sánchez não só decidiu voltar espontaneamente a esse inferno que descreve com tintas carregadas, como implorou ao governo cubano que anulasse a sua condição de emigrada (8). Definitivamente, não estamos diante de uma amadora que resolveu despretensiosamente escrever sobre sua rotina e a de seu país, como ela é descrita pela mídia dominante.

NOTAS

(1) Diversas auditorias pedidas por congressistas concluíram que havia desvio e corrupção envolvendo esse dinheiro, mas a "ajuda" continuou, a pedido dos próprios dissidentes, como Elizárdo Sánchez e Martha Beatriz Roque.

(2) José Pertierra. La guerra contra Cuba: Nuevos presupuestos y la misma premisa. CubaDebate, 02/04/2010. http://www.cubadebate.cu/opinion/2010/04/02/guerra-eeuu-contra-cuba-nuevos-presupuestos-misma-premisa/.

(3) Norelys Morales Aguilera. Si los blogs son terapéuticos ¿Quién paga la terapia de Yoani Sánchez?. La República , 13/08/2009. http://larepublica.es/firmas/blogs/index.php/norelys/main-32/?paged=3.

(4) Pascual Serrano. Yoani en el país de las paradojas. Blog Pessoal, 19/01/2010. http://blogs.publico.es/dominiopublico/1781/yoani-en-el-pais-de-las-paradojas/.

(5) Salim Lamrani. Cuba y la “ciberdisidencia”. Cubadebate, 26/11/2009. http://www.cubadebate.cu/opinion/2009/11/26/cuba-y-ciberdisidencia/.

(6) Repórter desmascara blogueira cubana Yoani Sánchez em entrevista. Portal Vermelho, 25/04/2010. http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=128182&id_secao=7.

(7) Ver http://www.alexa.com/siteinfo/desdecuba.com. O jornalista espanhol Pascual Serrano solicitou a amigos de Havana que tentassem acessar o blog de Yoani Sánchez no mesmo horário. De cinco diferentes computadores, alguns residenciais, outros públicos, usando diferentes provedores, quatro entraram na página sem problema. Pascual Serrano. El blog censurado en Cuba. Rebelión, 26/03/2008. http://www.rebelion.org/noticia.php?id=65134.

(8) Ela contou em seu blog que se surpreendeu com a existência, no serviço de imigração, de fila de pessoas que retornam a Cuba após terem pedido para sair.


(*) O autor é jornalista com passagem pela Rádio Havana. Tem prontos os originais de um livro sobre a atualidade cubana, produzido em colaboração com Antonio Gabriel Haddad, com o título provisório de “Cuba sem bloqueio: a revolução cubana sem as manipulações impostas pela mídia dominante”.

Charge do Dia

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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pessuti recebe ofício da STN que oficializa fim da multa do Banestado

do blog Política em Debate

O governador Orlando Pessuti (PMDB) informou nesta sexta-feira pelo twitter que recebeu ofício da Secretaria do Tesouro Nacional que confirma o fim da multa do Banestado. O projeto de resolução do senador Osmar Dias (PDT) que acabava com a multa imposta por conta dos títulos públicos adquiridos na época da privatização do banco foi aprovado no último dia 28 de abril, mas ainda faltava a confirmação oficial da operação pela STN.

Com essa confirmação, o Paraná deixa de perder mensalmente R$ 5 milhões que eram retidos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) pela União. E recupera R$ 256 milhões retidos desde 2004. O valor será abatido do pagamento das parcelas da dívida contraída pelo Estado em 1998 para sanear o Banestado – cuja prestação mensal atualmente é de R$ 60 milhões.

Presidente da CBF deixa perguntas sem resposta

Mário Coelho do site Congresso em Foco

A audiência pública para discutir as obras para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil serviu para dar uma mostra do tratamento que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, terá de boa parte do Congresso. Recebeu elogios de deputados, respondeu as perguntas que o interessava e deixou as mais espinhosas para assessores. Algumas até se deu ao luxo de deixar sem resposta. Uma das principais perguntas que Teixeira não respondeu - e não foi cobrado pelos parlamentares - é sobre uma declaração dele logo depois de o Brasil ser escolhido como sede da Copa, em 2007.

Na época, o presidente da CBF afirmou que o evento seria realizado basicamente com dinheiro vindo da iniciativa privada. Hoje, na prática, o que se vê é o inverso. Obras de infraestrutura serão bancadas pelo governo federal. As reformas em estádios terão verba da União e dos governos locais. Os três privados - Arena da Baixada (PR), Morumbi (SP) e Beira Rio (RS) - receberam isenção fiscal para a compra de material de construção e ainda querem auxílio do Estado nas obras. Em outras, a intervenção foi lacônica. Também não quis entrar em detalhes sobre dificuldades nas reformas de estádios. Uma parte deles deve estar pronta até o fim de 2012, para a realização da Copa das Confederações.

Antes de responder qualquer indagação, disse que não estava ali como presidente da CBF, mas sim do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo. Por isso, só atenderia aos questionamentos relativos à organização do evento. Mesmo assim, evitou entrar em bola dividida e escolheu os assuntos a falar. O primeiro a questiona-lo foi o deputado Silvio Torres (PSDB-SP), que em 2001 foi relator da CPI CBF/Nike, que investigou o futebol brasileiro, sua principal entidade e seus cartolas.

Primeiro, Teixeira disse que não anotou as perguntas. Depois, respondeu algumas. Deixou de lado temas como a questão do investimento público na Copa e o limite para aprovação do projeto de isenção fiscal da Fifa, entidade que rege o esporte mundialmente. Demonstrou irritação ao ser questionado sobre a possibilidade de redução de sedes - opinião defendida até por ministros como Paulo Bernardo, do Planejamento - e a construção de um novo estádio em São Paulo para abrigar a abertura da Copa. "O relevante é que o caso continua da mesma maneira de ontem, do dia anterior", disse Teixeira.

O presidente da CBF e do COL não quis também qualificar o andamento das obras no país. "Não diria que estamos atrasados, nem que estamos adiantados. Estamos no limite", disse. Logo depois, passou a bol para um dos seus assessores, Carlos de La Corte, diretor de Estádios do comitê, quando o deputado Leo Alcântara pediu para que fosse dito qual estado está mais atrasado nas obras. " “Não tem sentido falar de uma cidade especificamente”, disse de La Corte.

Ele ainda aproveitou o espaço para atacar indiretamente o deputado Silvio Torres (PSDB-SP). No mês passado, o tucano enviou à Fifa, entidade que rege o futebol mundialmente, um requerimento questionando se o Brasil corre o risco de deixar de sediar a Copa de 2014. No documento, também pergunta se existe a possibilidade de diminuir o número de sedes de 12 para oito. "O Brasil é um país muito interessante. Considero um desserviço que você leve diariamente para o exterior declarações dizendo que o Brasil não tem condições e intercionalizar um problema político interno", disparou. Ainda disse que "quem diz essa barbaridade só pode ter a intenção de ser contra a Copa do Mundo no Brasil".

"Esse questionamento foi motivo de chacota no comitê executivo da Fifa. Se você procurar os 23 membros vai dizer que é um absurdo que o Brasil perder a Copa", respondeu. Até o momento, o requerimento não foi respondido.

Parceria
Parabenizado pela "competência" e pela forma de "conduzir o COL", o que Teixeira mais ouviu durante a audiência foram elogios. "Sei que trazer a Copa foi fruto de seu prestígio pessoal", disse um parlamentar. Para Fábio Faria (PMN-RN), a organização da Copa "dá orgulho de ser brasileiro, especialmente por ser potiguar". O parlamentar criticou a imprensa e as matérias mostrando os problemas na organização do evento. Em especial, os relacionados a Natal (RN). "Pela turma do contra, Natal está na lista negra. Isso mostra que são notas que devem ser desconsideradas", afirmou. Também foi creditada ao presidente da CBF a escolha do Brasil para a Copa. Um outro deputado chegou a dizer "que Deus te proteja e permita a continuar fazendo o bom trabalho".

Já o deputado Deley, ao invés de questionar sobre Copa, disse que tem que convidar Ricardo Teixeira para falar dos clubes, da condição financeira, do êxodo de atletas para o exterior. Outros deputados foram mais além. Carlos Sampaio (PSDB-SP), disse que a Comissão de Turismo e Desporto, que organizou a audiência pública, será a grande parceira da CBF, "de viabilizar, de fazer acontecer, de não ficar a todo momento criando dificuldades". "Queremos que esses dois grandes eventos sejam referência para o mundo. Cabe a gente não criar dificuldades", disse, referindo-se à Copa e aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. A presidente da comissão, Raquel Teixeira (PSDB-GO), concordou. "A comissão é parceira, é aliada, tudo que a gente puder fazer para chegar ao sucesso vamos fazer", completou.

Copa 2014: Ex-secretário em Santa Catarina denuncia

do blog do Álvaro Dias

No Diário Catarinense, coluna de CACAU MENEZES, uma denúncia muita grave. Ex-secretário de Cultura, Esporte e Turismo, deputado Gilmar Knaesel é candidato à reeleição, mas não descarta a possibilidade de abandonar a política.

E denuncia: a filha do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que foi uma das coordenadoras da escolha das cidades brasileiras para a Copa de 2014, teria pedido ao governo do Estado R$ 4 milhões para uma empresa fazer o projeto de Floripa na Copa. Knaesel levou o caso ao governador, que proibiu o pagamento.

Amor Incondicional

do blog do Jota Agostinho

Sob o título “Amor Incondicional”, a revista eletrônica “Via Legal“, do Conselho da Justiça Federal, trata do caso do engenheiro mecânico Adolfo Celso Guidi, de Curitiba (PR), que descobriu há doze anos que seu filho, Vitor, tinha uma doença incurável e degenerativa. A revelação mudou a sua vida. Para salvar o filho, ele perdeu o emprego e endividou-se.

O engenheiro não imaginava que, anos depois, viveria uma situação surpreendente na Justiça.

“É uma questão de decisão. Eu decidi lutar pela vida dele”, diz Adolfo a Analice Bolzan, apresentadora do “Via Legal”.

Adolfo passou a estudar a doença do filho na biblioteca da Faculdade de Medicina e na internet. Fez pesquisas e contatos por correspondência com especialistas em vários países. Há nove anos, Vitor toma enzimas descobertas pelo pai obstinado.

A dedicação ao filho interrompeu a vida profissional do engenheiro. “Não sobrou para pagar a prestação da casa”, diz. O imóvel foi a leilão.

Para não perder o bem, Adolfo entrou com uma ação na Justiça Federal. Nas audiências, contou a história de Vitor e por que deixara de pagar as prestações.

“Quando tudo caminhava para a desocupação do imóvel, a Justiça encontrou uma saída inédita”, diz a narradora.

“Expedir um mandado de desocupação, sabendo de toda a história, seria muito penoso, muito difícil”, diz Anne Karina Costa, juíza federal. “Então, surgiu a ideia de utilizar os valores das prestações pecuniárias da Vara Criminal para quitar o financiamento” [Prestações pecuniárias são as penas pagas em dinheiro pelos condenados da Justiça].

Sensibilizada com a história de Adolfo, a juíza enviou ofício para a Vara Criminal de Curitiba, solicitando a possibilidade de utilizar os recursos do órgão, diante da excepcionalidade do caso.

Em ação conjunta que envolveu juízes federais, Ministério Público Federal, conciliadores e procuradores da CEF, houve a quitação da dívida de cerca de R$ 48,5 mil.

Maria Teresa Maffia, conciliadora da Caixa Econômica Federal, participou das audiências de conciliação para reaver as 120 prestações vencidas. Houve retirada dos juros moratórios. “Foi a melhor experiência que eu tive até hoje”, diz ela. O advogado que atuou no caso abriu mão dos honorários.

“Hoje, Vítor é o único no mundo a superar 12 anos de vida com a doença”, diz Analice Bolzan.

Como Adolfo mantém uma pequena oficina mecânica em casa, a perda do imóvel representaria também a perda de sua fonte de renda.

Plínio Arruda diz que não está tudo bem

O pré-candidato do PSOL à presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, disse ontem, em Curitiba, que, mesmo aos 79 anos de idade, aceitou representar o partido no pleito de outubro para defender o socialismo e “evitar que esse processo eleitoral seja mais uma farsa sobre o povo brasileiro”. Ele esteve na capital paranaense para discutir a estrutura da campanha com os pré-candidatos do PSOL no Estado e garantiu que fará uma campanha de questionamentos.

“Quero tirar da cabeça do povo brasileiro três coisas que a direita está tentando colocar: que está tudo bem, que vai melhorar e que não existe alternativa ao capitalismo. Não acredito em nada disso e é o que vou dizer nesta eleição”, disse.“Vamos mostrar que é fantasiosa a ideia de que a situação do povo melhorou porque eles estão podendo comprar, porque a Casas Bahia está vendendo como nunca. Ele pode comprar, mas seu filho está em uma escola horrorosa, quando precisa da saúde, leva seis meses para ser atendido”, comentou.

Presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), o promotor público aposentado, que atingiu 1% de intenção de votos na pesquisa Vox Populi divulgada semana passada, disse que fará do binômio Reforma Agrária/Educação a plataforma de seu plano de governo. “E isso implicará numa remodelação orçamentária, na suspensão do pagamento da dívida pública e no alongamento dessa dívida. Assim, com os R$ 34 bilhões por ano que o Brasil gasta com a dívida, vamos colocar 6 milhões de famílias na terra”, disse. “E a reforma agrária vai sustentar o desenvolvimento do País: vai evitar as aglomerações nos centros urbanos, vai melhorar a segurança e vai criar um mercado interno, estimulando o crescimento econômico”, disse.

Sampaio, que propõe que qualquer propriedade com mais de 500 hectares, independente de ser produtiva ou não, possa ser desapropriada, disse que sua proposta mais polêmica não é essa. “Não é consenso no partido, mas como ainda não fechamos um programa, eu posso, por enquanto, expor minhas ideias. Defendo a igualdade liberdade e qualidade na educação e, para isso, a educação terá de sair do comércio. Ninguém pode investir em educação para obter lucro. Pois, enquanto houver isso, vai ter escola melhor que outra e o menino rico vai prevalecer sobre o pobre”. A proposta de Plínio Arruda se estende para a saúde. “Vamos socializar a medicina. Ninguém pode ficar rico com a doença do outro”, disse.

Fundador do PT e um dos idealizadores do programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Plínio de Arruda Sampaio classificou como trágicos os oito anos de PT no governo. “Assentou menos famílias que o Fernando Henrique, desmobilizou a massa e desarticulou os movimentos sociais, que hoje estão divididos entre sua origem ideológica e seu compromisso com o governo Lula. Única coisa que fez direitinho foi administrar a economia, mas aí, graças aos economistas”. Plínio disse que, no momento, o PSOL defenderia o voto nulo num eventual segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). “Mas o segundo turno é uma nova eleição, a correlação muda, e, se não estivermos lá, poderemos escolher entre o menos pior”, brincou.

fonte: paranaonline

quinta-feira, 27 de maio de 2010

E O BARCO DO PTC ESTÁ NAUFRAGANDO

por Ernesto Aguiar

Depois da enxurrada de denuncias que circularam na internet, semana passada, envolvendo o presidente nacional do PTC - Partido Trabalhista Cristão, Daniel Tourinho, denúncias que vão desde a existência de dois filhos do dirigente partidário que seriam funcionários fantasmas da Assembléia do Rio de Janeiro, a falta de repasse para os estados dos recursos recebidos pelo Fundo Partidário e a venda do partido no Paraná para o grupo de Beto Richa, a coisa começa a ficar complicada para a legenda.

No próprio Paraná, por exemplo, o partido foi entregue para Achiles Batista Ferreira Júnior, "pau mandado" de Toni Garcia e do próprio Beto Richa, que primeiro assumiu a presidência, mas agora quer sumir da presidência, pois declarou que não vai segurar essa bomba nas mãos, ou seja, vai pular fora do barco, que terá então como “timoneiro”, o marinheiro de nenhuma viagem Ulisses Sabino, que em matéria de articulação política é igual a um peixe fora d'água, pois, restando pouco tempo para o início das convenções, não costurou nenhuma aliança com qualquer partido, deixando o PTC totalmente isolado no estado.

Já Daniel Tourinho, que no último final de semana estaria em Londrina para uma reunião do partido, quando soube que teria que responder a certos “questionamentos”, tratou de cair fora rapidinho, deixando a reunião logo no seu início. Tourinho já está sendo chamado de DEMOLIDOR, pois conseguiu destruir os sonhos de muitos que acreditavam em suas candidaturas e, junto com estes sonhos, a boa imagem que o partido tinha no estado.

"Minha relação com a morte continua a mesma: sou radicalmente contra", diz Woody Allen sobre novo filme

morte virou um dos grandes temas deste início de festival em Cannes. Depois do português Manoel de Oliveira e sua história de fantasma em “O Estranho Caso de Angélica”, veio a cópia restaurada do “Leopardo” (1963), de Visconti, sobre o fim de um príncipe e de toda uma era. Agora, foi a vez de Woody Allen com seu novo filme, “You Will Meet a Tall Dark Stranger” ("Você vai encontrar um moreno alto", em tradução livre), rodado em Londres e com uma constelação no elenco: Anthony Hopkins, Naomi Watts, Antonio Banderas, Josh Brolin e Frieda Pinto (a mocinha indiana de “Quem Quer Ser um Milionário?”).

Esse estranho do título é ambíguo: pode ser um moreno alto, bonito e sensual (o encontro com o amor) ou aquele senhor da foice que ninguém quer encontrar (a morte). Na coletiva de imprensa, o UOL Cinema perguntou a Allen: como anda sua relação com a morte? Ele lançou uma de suas grandes tiradas: “Minha relação com a morte continua a mesma: sou radicalmente contra”, respondeu, arrancando risos e aplausos. Gostaria de chegar aos 101 anos, como Manoel (de Oliveira)? “Não, de jeito nenhum. Pelo menos não babando e doente num hospital. Mas se for para chegar como Manoel, cheio de saúde, claro que sim”.

Não envelheçam

Hoje com 74 anos, Allen não esconde de ninguém que odeia a velhice – durante a entrevista, ele não conseguia se lembrar de alguns nomes de personagens e atores com quem trabalhou em outros filmes e culpou-a pela perda da memória. “Envelhecer é um péssimo negócio. Você não fica mais sábio, nem mais amável, nada. Aconselho vocês a não fazerem isso”, brincou. “É muito melhor ser jovem e conquistar a garota. Vocês não sabem como é frustrante fazer todos esses filmes com Scarlet Johansson e Naomi Watts e não poder beijá-las. Os atores olham pra trás das câmeras e comentam: tá vendo aquele velhinho ali? É o diretor.”

Assim como em “Poderosa Afrodite” e “Tudo Pode Dar Certo”, em cartaz no Brasil, “You Will Meet a Tall Dark Stranger” traz um homem de mais de 60 (Anthony Hopkins) que se apaixona por uma moça bem mais jovem, uma garota de programa (Lucy Punch). Sua ex-mulher (Gemma Jones) consulta o tempo todo uma clarividente que lhe diz coisas sobre o futuro. A filha (Naomi Watts) vive um casamento instável com um escritor frustrado (Josh Brolin) e começa a se envolver com seu chefe, um marchand de arte (Antonio Banderas).

O medo da morte, o plágio de uma obra, os casais que se juntam e se separam, um toque de misticismo ou magia – todos os elementos da filmografia de Woody Allen estão lá, condensados de uma nova maneira e sempre interessantes.

Filme-terapia

Naomi Watts arrumou uma boa maneira de dizer que aprendeu muito com Woody Allen no set: “Eu deveria ter pago você por ter sido meu terapeuta durante esse trabalho”, disse a ele.

Josh Brolin já havia feito uma participação em “Melinda e Melinda”, mas Allen decidiu chamá-lo de novo depois de vê-lo como George W. Bush em “W”, que o diretor considera uma das melhores performances que já viu no cinema. “Woody não fala muito no set, e isso pode ser assustador. Uma expressão de decepção no rosto dele e já ficamos aterrorizados. Acho que preferia que ele gritasse comigo”, brincou.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Chávez: Estados Unidos estão com ciúmes porque o Sul existe

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na tarde de hoje (25) em Buenos Aires, que não é o Irã que precisa de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) devido ao seu programa nuclear e, sim, os Estados Unidos. "Eles [EUA] invadiram o Iraque e desrespeitaram muitas resoluções da ONU. Os Estados Unidos estão com ciúmes porque o Sul existe", afirmou Chávez. Chávez afirmou ainda que o acordo assinado pelo Irã, pelo Brasil e pela Turquia tem de ser comemorado. "A diplomacia é uma grande jornada da América Latina e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e, sobretudo, do presidente Lula, que é um grande estadista e um líder mundial".

Pelo acordo, o Irã concordou com a troca de 1,2 mil quilos de urânio enriquecido a 3,5% por combustível nuclear enriquecido a 20% necessário a suas pesquisas médicas. O Irã também já enviou uma carta à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) contendo todos os detalhes do acordo assinado com o Brasil e a Turquia.

Na opinião do presidente venezuelano, as pressões dos Estados Unidos para que o Conselho de Segurança da ONU aprove novas sanções contra o Irã são consequências da "inveja que [a secretária de Estado] Hillary Clinton tem do Lula".

Chávez está em Buenos Aires para participar, junto com outros presidentes, das cerimônias que marcam o Bicentenário da Independência da República Argentina. Um jantar reunindo 200 convidados nacionais e internacionais está marcado para a noite de hoje, na Casa Rosada, sede do governo.

Fonte: UOL

COMISSÃO VAI DEBATER REVISÃO DO TRATADO DE ITAIPU

do blog Boca Maldita

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (26) em Brasília o requerimento do deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR) solicitando uma audiência pública para avaliar com profundidade todos os aspectos da revisão do Tratado de Itaipu. Serão convidados os senhores Fernando Xavier Ferreira, ex-presidente da Itaipu Binacional, Cláudio Sales, diretor do Instituto Acende Brasil, e o ex-Diretor da Itaipu Binacional, Altino Ventura Filho.

O colegiado aprovou o requerimento por unanimidade e ainda sugeriu mais quatro nomes para a audiência: Jorge Samek, Diretor-geral brasileiro de Itaipu; embaixador Antonio Simões, responsável pelo acompanhamento do assunto no Itamaraty; Antonio Dias Leite, ministro de Minas e Energia na época que o tratado de Itaipu foi firmado, em 1973, e Firmino Sampaio, da Eletrobras.

De acordo com o tratado, 50% da energia produzida pertencem ao Brasil e a outra metade, ao Paraguai. A energia não utilizada deve ser vendida ao parceiro a preço de custo até 2023. Como o Paraguai usa apenas cerca de 5% dessa energia, o restante é vendido ao Brasil. A revisão do Tratado de Itaipu propõe aumento dos pagamentos anuais a serem efetuados pelo Brasil ao Paraguai de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O recado e homenagem de Dhara

Segue abaixo artigo escrito pelo pré-candidato ao governo estadual e Senador Osmar Dias:

Na última segunda-feira recebi da menina Dhara, uma homenagem pela luta no Senado Federal que culminou com a aprovação de um projeto de resolução de minha autoria isentando o Paraná do pagamento de uma multa milionária, tirando o Estado da inadimplência e dando condições de receber empréstimos, porque está agora com a ficha limpa. Dhara estava ali representando todos os paranaenses que foram beneficiados pelo trabalho que fiz em conjunto com a bancada no Congresso e o governo do Paraná.

Representava ali também as mais de 3 mil lideranças que estavam presentes naquela grande comemoração.

Na eleição de 2006 recebi uma carta escrita pela pequena Dhara, uma menina de Araucária, na época com oito anos de idade. Na carta, Dhara contava que tinha vários sonhos. Desejava um emprego para o pai, bem estar e segurança para a família e uma boa educação para ela. Após a apuração daquela eleição, decidida por menos de 10 mil votos, Dhara me encaminhou outra carta, desta vez lamentando o resultado do pleito e revelando que chorou.

Após trocarmos algumas cartas recebi uma nova correspondência da Dhara, dizendo que ela continua acompanhando o meu trabalho e que espera que desta vez as nossas propostas sejam reconhecidas e aceitas pela maioria dos paranaenses. Apesar da pouca idade – está agora com 11 anos – Dhara acompanha o noticiário político e o cotidiano com atenção. E o sentimento de Dhara simboliza o de uma grande parcela da população paranaense que clama por mudanças nos rumos do Estado.

Assim como Dahra os moradores dos conglomerados urbanos do Paraná convivem diariamente com a violência ou conhecem alguém que já passou pela triste experiência de um assalto ou um seqüestro relâmpago. Curitiba e o Paraná estão em meio à aterrorizante guerra das drogas, que está acabando com a vida dos nossos jovens, pois falta a eles uma base para torná-los pessoas de bem. Para que eles entendam quais são seus direitos e responsabilidades de cidadão.

Além de contratar mais policiais, o Paraná precisa de um grande projeto de apoio ao jovem baseado na educação integral, em conjunto com ações de formação profissional e apoio ao esporte.

Serão medidas visando integrar a família e a escola para afastar nossos filhos da violência. Precisamos gerar oportunidades e criar estruturas de desenvolvimento local para evitar o surgimento de bolsões de pobreza.

A integração dos municípios que fazem divisa com as cidades-pólo é outro tema importante para o desenvolvimento do Paraná. O Estado precisa de regiões metropolitanas de fato para distribuir com igualdade os serviços públicos. Para trazer bons serviços na coleta de lixo, no transporte público e principalmente na saúde. Ao mesmo tempo em que é a reivindicação principal dos cidadãos e compromisso número um de qualquer candidato, o serviço de saúde é o calcanhar-de-aquiles da maioria das administrações públicas.

A integração dos serviços médicos especializados para atender a todos os municípios vizinhos a partir de uma estrutura centralizada, pois municípios menores nem sempre podem arcar com alguns exames e procedimentos caros. Outra ideia é criar uma rede integrada de hospitais universitários no Paraná, por entender que é mais barato investir no HUs do que construir novos hospitais. Com essa rede poderemos somar esforços e dividir competências.

No final da última carta que me enviou Dhara deixou o seguinte recado: “espero que eu possa continuar sendo sua amiga”. De forma muito sutil, Dhara quis dizer que espera que eu continue merecendo a amizade dela. E por causa dessa enorme responsabilidade estou percorrendo o Estado e ouvindo a população. A candidatura não é mais minha ou do meu partido. É de pessoas como a pequena Dhara, que acreditam que podemos fazer a diferença.

Osmar Dias é líder do PDT no Senado Federal.

José Dirceu participa de comemoração em Curitiba

do blog do Campana

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, estará em Curitiba neste sábado,(29), para prestigiar o aniversário de 48 anos do Floris do PT, ex-secretário-geral do partido no Estado e atual membro do diretório estadual.

O evento será no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora da Luz, no município de Pinhais. Entre outras estrelas da constelação petista, são aguardadadas as presenças dos deputados federais André Vargas e Dr. Rosinha, a pré-candidata ao Senado, Gleisi Hoffmann, e do prefeito de Pinhais, Luizão Goulerte.

A maciça presença das estrelas petistas se dá por conta da efetiva participação partidária do Floris desde a fundação do PT. Também integrou a executiva do Partido dos Trabalhadores no período de 2003 a 2009. Ocupou a Secretaria de Organização e Secretaria-geral, além de ter sido membro do diretório nacional.

PSB e PCdoB anunciam apoio a Tarso no RS

A sede do Comitê Estadual do PCdoB RS foi o palco, na tarde desta segunda-feira (24), do anúncio que selou a coligação do PSB e PCdoB junto ao pré-candidato Tarso Genro, do PT, na disputa pelo governo do Estado. Os dois partidos também anunciaram que vão concorrer juntos para a Assembléia Legislativa e Câmara Federal. Beto Grill, do PSB deve ser o candidato a vice-governador.
Manuela e Tarso

O acordo refletiu o avanço das discussões internas e conjuntas dos dois partidos realizadas após a retirada da pré-candidatura do deputado federal Beto Albuquerque (PSB) ao Piratini, ocorrida na semana passada. O anúncio, na avaliação de dirigentes dos dois partidos, reforçou o papel das duas siglas no cenário político gaúcho.

Para o presidente do PCdoB RS, Adalberto Frasson, que coordenou a coletiva à imprensa, a decisão dos partidos foi madura e reflete a o compromisso dos partidos em "construir um projeto que faça com que o Rio Grande retome o rumo do crescimento, sintonizado com o desenvolvimento do Brasil que vem dando certo com Lula e que deve continuar com Dilma." Segundo ele, o objetivo é unir amplas forças no Estado, em torno de Tarso, para enfrentar e superar os grandes problemas com os quais o Rio Grande tem sofrido.

Já Tarso Genro, saudou a decisão do PSB e PCdoB de apoiar sua pré-candidatura do governo do Estado. "Temos um desfecho positivo para a esquerda que valoriza a política do Rio Grande do Sul e mostra a disposição dos nossos partidos de dar uma resposta forte para tirar o estado da letargia que se encontra”, disse. Tarso ainda fez questão de dizer que a frente que está sendo construída será ampla, com valorização dos aliados.

O deputado Beto Albuquerque disse que a candidatura de Tarso Genro unifica um campo político que vai retomar o crescimento do RS, e citou ações programáticas como a revitalização da Uergs, o apoio a pequena e micro empresas, a valorização do piso regional, a transparência na administração pública e a participação popular como fundamental para colocar o Estado de frente para o País. “Políticas que tem no nome de Tarso Genro a experiência de ter realizado este trabalho no governo federal.

O deputado socialista disse ainda que está disposto trabalhar para ampliar os apoios ao candidato petista. “Nós estaremos juntos, ampliando e buscando apoio por todo o Rio Grande para levar Tarso Genro ao governo do Estado numa frente ampla gaúcha”, entusiasmou-se Beto. E dirigindo-se ao ex-ministro disse “o PSB esta aqui para te abraçar, abraçar a tua candidatura, para reeditar uma velha parceria, em uma nova experiência, que a exemplo do que governo Lula fez pelo Brasil, vai reerguer o Rio Grande”.

A deputada Manuela destacou que reconhece no PT, no PSB e no PCdoB “o governo que pode unificar o povo gaúcho e os vários setores, da cadeia produtiva do estado, para levar o Rio Grande ao desenvolvimento econômico que gera desenvolvimento humano”.

Disse ainda que um projeto para o RS não acontece isolado, “pois vivemos num grande Brasil, que juntos, por 8 anos, ajudamos a transformar numa Nação, com desenvolvimento e distribuição de renda”, ressaltou Manuela. E destacou ainda que “este desenvolvimento tem nome, em nível nacional, é o da companheira Dilma Roussef, e aqui no Rio Grande é tua candidatura que representa todo este trabalho” finalizou a deputada federal do PCdoB, abraçando o pré-candidato Tarso Genro.

O anúncio contou com a presença de dezenas de lideranças dos três partidos, como o ex-governador Olívio Dutra, os presidentes Raul Pont do PT e Caleb Oliveira do PSB, o deputado Raul Carrion e a ex-deputada Jussara Cony, entre outras.

fonte: vermelho

Governo de Lugo implementa Plano Colômbia na região

do Correio da Cidadania

O ministro do Interior do Paraguai, Rafael Filizzola, anunciou nos últimos dias a Promulgação da Lei 3.994/10 de 24 de abril do corrente ano, pela qual o presidente Lugo declara o Estado de Exceção nas províncias de San Pedro, Concepción, Amambay, Presidente Hayes e Alto Paraguay.

A Lei em questão foi tratada pelo Congresso Nacional de maneira urgente e promulgada poucos dias após ter sido enviada pelo Poder Executivo. Com esta lei, o executivo fica habilitado a dispor dos efetivos das Forças Armadas nas citadas zonas, sendo que, nas primeiras províncias (Concepción e San Pedro), existe um importante número de organizações campesinas.

Esta é a segunda vez que se utiliza – durante este decênio – a figura do Estado de Exceção. Primeiramente, foi utilizada pelo ex-presidente Luis Ángel González Macchi, em maio de 2000, ante uma tentativa de golpe de Estado realizada pelo golpista Lino Oviedo. Clique aqui e leia mais.

Déficit previdenciário é falso argumento contra benefícios aos aposentados

do Correio da Cidadania

É certo que vivemos uma era de desencanto com a política, com cada vez mais pessoas desinteressadas do debate de idéias e de programas de ação. Mas, para o observador atento, o ano eleitoral também pode ser pródigo em revelar toda a hipocrisia que cerca as políticas de governo e os posicionamentos de inúmeros parlamentares.

Salta aos olhos a gritante prioridade que certos setores sociais e econômicos desfrutam, sempre premiados por medidas e ajustes fiscais impostos ao país, enquanto parlamentares resolvem em massa buscar a satisfação de seus eleitores, e não de seus financiadores, quando se trata de temporada de renovação legislativa.

E é dentro dessa imensa casa de tolerância e flexibilidade moral que se tomou uma importantíssima decisão em favor dos aposentados do país, tão freqüentemente vilipendiados pelas políticas decididas em Brasília. Primeiro, a Câmara dos Deputados aprovou o reajuste de 7,71% para os trabalhadores inativos e o fim do fator previdenciário (uma fórmula, criada no governo FHC, que leva em conta o tempo de contribuição do trabalhador, sua idade e a expectativa de vida dos brasileiros no momento da aposentadoria). Mesmo com o escarcéu fiscalista, na terça-feira, 19 de maio, foi a vez de o Senado dar sinal verde ao projeto. Falta agora somente a sanção de Lula. Clique aqui e leia mais

Ressurreição

do blog Política em Debate

O anúncio do acordo entre PSDB e PP para disputa das eleições de outubro, incluindo aliança na proporcional, já ecoa em todos os cantos do Paraná. Muitos pepistas que haviam desistido de se submeter as urnas já repensam a candidatura. Em Londrina, já se fala inclusive da ressurreição de José Janene (PP), que foi acusado de envolvimento no esquema do “mensalão”. Lideranças próximas a Janene revelam que ele ainda não teria se definido entre a disputa de cadeira na Câmara Federal ou Assembleia.

Analistas políticos de plantão apostam que o PSDB perderá ao menos uma das quatro cadeiras na Câmara e duas das sete na Assembleia com a composição com o PP para disputa das eleições de outubro. Já o PP, deve ganhar uma vaga de deputado federal e até duas estaduais.

Na Assembleia, o presidente do PSDB do Paraná, deputado Valdir Rossoni, garantiu ontem que faltam poucas horas para que o acordo entre os tucanos e pedetistas seja anunciado. Já o possível candidato a vice-governador de Beto Richa (PSDB) em eventual composição, deputado Augustinho Zucchi (PDT), não confirma a informação.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PTC NAS ALTURAS!

O Brigadeiro Ércio Braga, pré-candidato à Presidência da República pelo PTC ganhou apoio de peso, dentro do seu partido: os candidatos a Deputados Federais e Estaduais prometem um boicote eleitoral, na campanha, caso o nome de Braga não seja confirmado, na Convenção Partidária, do dia 13 de junho de 2010. Muitos candidatos radicais, pensam até em desistência. O homem é querido mesmo!

Nota: cogita-se nos bastidores que, confirmado como candidato, à Presidência, pelo PTC o Brigadeiro Braga, vai convocar/convidar para o Ministério da Defesa o militar-nacionalista, General Augusto Heleno.

Classe média pode decidir a eleição

do blog do Campana

Pela primeira vez na história, a classe média brasileira chega a uma
eleição como maioria no país. São 31,2 milhões de brasileiros que
escalaram a pirâmide social desde 2002, engrossando as fileiras da
chamada classe C.

A classe média representa hoje 53,6% da população
brasileira, ou 103 milhões de pessoas. São famílias que recebem de R$
1.115 a R$ 4.807 por mês, segundo cálculos do Centro de Políticas
Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Se toda a classe C pudesse votar, e o fizesse em apenas um candidato
a presidente, decidiria sozinha a eleição, ou seja, para os analistas essa
fatia da população será a fiel da balança na eleição de outubro.

domingo, 23 de maio de 2010

PT deve tocar pré-campanha da Dilma, defende Zeca Dirceu

O secretário de Relações Institucionais do PT do Paraná, Zeca Dirceu, defendeu nos encontros da Executiva e do Diretório – na sexta-feira e sábado em Curitiba – que o partido se concentre na pré-campanha de Dilma Rousseff à Presidência República no Estado. Enrolado com a indefinição do senador e pré-candidato do PDT ao governo, Osmar Dias, o partido ainda não garantiu palanque no Estado para Dilma.

“A decisão sobre as alianças estaduais devem se estender até o final de junho, até lá vamos levar essa questão com muita ponderação e respeito. Mas, de imediato, o PT vai se concentrar na pré-campanha da ministra Dilma no Paraná”, disse o filho do ex-ministro José Dirceu.

Para Zeca Dirceu, a ascensão de Dilma no Paraná nas últimas pesquisas, tanto do Vox Populi como no Datafolha – mostra que ainda há mais espaço para crescimento da candidata do PT. “No Paraná, a diferença entre Serra e Dilma vem caindo consideravelmente, hoje está na casa dos 10 pontos na estimulada e de quatro pontos na espontânea”, disse.

Na pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, que aponta o empate de 37% a 37% entre Dilma e Serra, no sul do país, a diferença que era de 22 pontos, hoje está na casa dos três pontos pró-candidato tucano.

fonte: Blog Política em Debate

Entrevista Bruta com Gleisi Hoffmann

do blog do Jota Agostinho

ENTREVISTA "BRUTA" COM GLEISI HOFFMANN - WWW.JAGOSTINHO.COM.BR from Blog do Jota on Vimeo.

Dias próximo de acordo com Serra no PR

O PDT autorizou o senador Osmar Dias a fechar um acordo com José Serra (PSDB) visando as eleições no Paraná, mas ele deverá aguardar o resultado de uma pesquisa de intenção de voto para o Senado para anunciar sua decisão, o que está previsto para ocorrer nas próximas duas semanas.

Apesar de o presidente dos pedetistas, o ministro Carlos Luppi (Trabalho), ser aliado do governo federal e, consequentemente, da candidatura Dilma Rousseff (PT), a direção do PDT entende que o melhor para o partido no atual cenário é uma aliança com os tucanos paranaenses.

Dias e Luppi estiveram juntos na semana passada. “Eu sou PDT, faça o que for melhor para nós no Paraná”, disse o ministro ao senador. Com isso, falta apenas definir quem será o suplente de mais uma candidatura de Osmar Dias ao Senado. Conforme combinado com o PSDB, a indicação caberá aos pedetistas, que têm uma preferência pelo nome do tucano Euclides Scalco. A chapa no Paraná ficaria assim definida: Beto Richa (PSDB) para o governo, Osmar Dias e Gustavo Fruet (PSDB) para o senado.

A pesquisa, que está sendo formatada pela aliança PSDB-PDT, quer investigar para quem irá o segundo voto do eleitor paranaense. No horizonte da aliança com os tucanos, está a possibilidade de, caso Serra seja eleito presidente, Dias se tornar ministro. Antes disso, no entanto, o senador, que é do interior do Paraná, espera se beneficiar da força de Beto Richa e Gustavo Fruet na região metropolitana de Curitiba.

A intenção do PT era ter Osmar Dias concorrendo ao governo do estado tendo Gleisy Hoffmann (PT) como candidata ao Senado. Mas o pedetista bateu o pé e disse que só aceitaria a aliança se ela fosse sua vice. O ex-governador Roberto Requião (PMDB) também é candidato a uma vaga de senador.

sábado, 22 de maio de 2010

Perguntas que não querem calar sobre o PTC

do blog Gazeta de Novo

1 - Por que o Daniel Tourinho não distribui entre os Estados o dinheiro que recebe do Fundo Partidário, que é um recurso que se destina à manutenção dos partidos políticos?

2 - Como e onde o Daniel Tourinho gasta este dinheiro do Fundo, que, somados os últimos três anos, chega à quantia de R$ 3.640.321,93 (três milhões, seiscentos e quarenta mil, trezentos e vinte um reais e noventa e três centavos), segundo dados do TSE?

3 - Por que, além de não distribuir os recursos do Fundo Partidário, ele ainda cobra uma taxa de dois salários mínimos por mês de todos os Diretórios Estaduais, sejam provisórios ou não?

4 – Como o Daniel Tourinho explica ter dois filhos que são FUNCIONÁRIOS FANTASMAS na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro? (basta conferir com a Deputada Cidinha Campos)

5 – Por que o partido em Brasília foi entregue para o grupo de Agaciel Maia, um dos responsáveis pelo escândalo conhecido como Atos Secretos do Senado Federal, onde se criavam cargos e nomeavam pessoas para trabalhar na Casa com altíssimos salários, tudo por "debaixo dos panos"?

6 - Por que a presidência do PTC Paraná foi entregue para Achiles Batista Ferreira Júnior, AMIGO E EX-FUNCIONÁRIO de gabinete do quadrilheiro e ex-presidiário TONI GARCIA?
- Achiles, que até pouco tempo, era funcionário comissionado da Prefeitura de Curitiba, nomeado por Beto Richa, teve candidatura ao governo impugnada em 2002, ano que o partido foi usado para bater em Paulo Pimentel, candidato ao Senado e adversário de Toni Garcia.
- Já em 2004, Achiles foi candidato pelo partido a prefeito de Curitiba. Nessa eleição, Achiles usou sua candidatura exclusivamente para atacar os inimigos políticos de Beto Richa e de Toni Garcia.
- Tanto em 2002 como em 2004, a presidência do PTC era ocupada por Roberto Siqueira, outro notório ex-presidiário e laranja de Toni Garcia.

7 - Por que o Ulisses Sabino, de Londrina, que até pouco tempo vivia reclamando a falta de apoio financeiro por parte de Daniel Tourinho, hoje viaja de avião pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, dizendo ser o Coordenador do PTC para a região Sul? E que capacidade tem o Ulisses para um cargo com tal envergadura política? Logo ele, conhecido em Londrina como arruaceiro representante do camelódromo?

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pessuti conversará com Lula em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o governador Orlando Pessuti (PMDB) para tomar café na próxima semana, em Brasília. O encontro era para ter ocorrido ontem, mas Pessuti não foi à marcha dos prefeitos, que foram recebidos pelo presidente da República.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, telefonou a Pessuti para conduzi-lo à conversa com o presidente, mas como o governador estava em Curitiba, o encontro teve que ser adiado.

Pessuti acha que a conversa com o presidente Lula servirá para selar uma aliança com o PT do Paraná. Ele não cogita a hipótese inversa, de que Lula possa pedir que contribua na construção da aliança com o PDT do senador Osmar Dias.

“Eu tenho certeza que estaremos com o PT lado a lado no Paraná”, afirmou o governador, que definiu como “conspiração” contra sua candidatura a ação de algumas alas do partido que preferem a aliança com o PDT ou ainda aqueles que acham que o melhor seria apoiar o tucano Beto Richa. “Quem conspira é que tem de ficar aflito. Porque a minha candidatura vai até a convenção. E lá nós vamos ganhar”, declarou o governador do Paraná.

Ele afirmou que não teme a interferência da direção nacional do PMDB para que retire a candidatura. “Já conversei com o Temer (Michel Temer), com o Rodrigo Rocha Loures, e se for necessário, a direção nacional vai interferir para garantir a candidatura do partido no Estado”, garantiu ele.

O governador destacou que existe uma deliberação interna do PMDB em defesa da candidatura própria e que o desempenho nas pesquisas de intenções de votos não decide o destino desse projeto.

“Eu estou preocupado com meu desempenho no dia 3 de outubro. E até lá, nossa candidatura vai atingir um patamar que todos, mesmo os que conspiram agora, vão passar a acreditar no nosso potencial”, afirmou, otimista.

Sobre a posição de Requião, com quem não se encontrou desde que assumiu o governo do Estado, Pessuti disse que algumas manifestações do ex-governador acabam criando dúvida sobre sua candidatura. “Mas são poucos os que colocam essa dúvida’, afirmou ele.

fonte: gazetaonline

Chávez: "Acordo no Irã é vitória do Sul contra imperialismo"

O governo Venezuelano, por meio de seu presidente Hugo Chávez, expressou nesta sexta-feira (20), seu apoio irrestrito ao acordo alcançado no Irã sobre o uso da energia nuclear com fins pacíficos, o qualificando como uma vitória das nações do Sul sobre a agenda de agressão e de violência impelida pelo império estadunidense".

Chávez se manifestou dessa forma em um diálogo telefônico mantido nesta sexta-feira com o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, segundo informou uma nota do Ministério do Poder Popular para as Relações Externas (MRE).

Chávez também se mostrou satisfeito com o papel desempenhado por Brasil e Turquia, membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para alcançar o acordo.

Brasil e Turquia pediram na última quarta-feira ao Conselho de Segurança que evite adotar sanções contra o Irã por causa do porgrama nuclear, em uma carta conjunta assinada pelos chanceleres dos dois países, um dia depois que o orgão recebeu um rascunho de projeto com novas sanções defendido por Estados Unidos e apoiado por China e Rússia, de acordo com Washington.

Por sua vez, Ahmadinejad agradeceu o apoio de seu colega venezuelano e lhe deu detalhes sobre a cúpula G15, realizada na última segunda-feira em Teerã.

O líder persa anunciou também que visitará em breve a Venezuela, "com o objetivo de revisar e aprofundar a aliança estratégica binacional que hoje se estabelece em todos os âmbitos da cooperação".

Vermelho, com Agência Bolivariana de Notícias

148 dias de trabalho por ano só para pagar impostos

do blog do Álvaro

Os brasileiros terão de trabalhar até a sexta-feira da próxima semana, dia 28, apenas para pagar impostos. Serão 148 dias de trabalho no ano. O cálculo faz parte do estudo sobre os dias trabalhados para pagar tributos divulgado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Segundo o estudo, hoje os brasileiros trabalham quase o dobro do que trabalhavam na década de 1970 (76 dias) apenas para os fiscos. Os brasileiros estão entre os que mais pagam tributos no mundo, perdendo apenas para os suecos e os franceses. Com base no estudo, o IBPT diz que 40,54% da renda bruta dos contribuintes estará comprometida neste ano com tributos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Dignidade aos aposentados brasileiros

A aprovação do reajuste de 7,72% e a votação do fim do fator previdenciário pela Câmara dos Deputados representaram uma vitória dos aposentados e pensionistas e uma reparação aos ataques sofridos por este setor no passado recente.

É verdade que o reajuste foi inferior ao índice concedido ao salário mínimo (9,6%) – o PSOL defendia a recuperação das perdas, de mais de 16%. Mas, de qualquer forma, o valor aprovado foi maior do que aquilo que o governo federal pretendia conceder (6,14%).

Já a derrubada do fator previdenciário pode ser considerada conquista de uma luta de mais de 10 anos, desde que essa regra de encolhimento das aposentadorias foi instituída no governo FHC. A Medida Provisória 475/2009, que tratava do reajuste, nem citava a questão do fator previdenciário. Agora o texto está no Senado, e requer muita mobilização para que também seja aprovado.

As duas votações significaram uma importante vitória para o povo brasileiro e uma derrota para o governo federal. O que até poderia ser um paradoxo, virou fato corriqueiro durante o governo Lula. O PT, que historicamente foi contra o fator previdenciário, se mostrou um dos principais defensores da manutenção do mecanismo durante a votação na Câmara.

Após a votação, veio toda a grita da grande imprensa: acusações de irresponsabilidade, de farra com dinheiro público. Nenhuma palavra, mais uma vez, sobre os gastos escandalosos com o pagamento de juros e rolagem da dívida pública que, somente no ano passado, consumiram R$ 380 bilhões (36% do orçamento do país) em juros e amortizações. Outro bolo foi destinado à rolagem da dívida, comprometendo parcela ainda mais significativa dos recursos da União. Já para os aposentados, sempre falta dinheiro.

A grande mídia atribuiu o resultado da votação ao período pré-eleitoral. De fato, as eleições pressionam. Não fosse assim não teríamos tantos defensores de última hora dos aposentados. Mas o que garantiu essa vitória foi, sem dúvida, a mobilização dos aposentados e pensionistas, a disposição de luta daqueles que seguidamente compareceram à Câmara para pressionar os parlamentares e seguiram atuantes em seus estados.

Agora é hora de manter a mobilização para que o reajuste de 7,72% e o fim do fator previdenciário sejam aprovados no Senado. E também para que não aconteça o mesmo que vimos em 2006, quando Lula vetou a extensão do reajuste do salário mínimo, naquele ano de 16,1%, aos aposentados e pensionistas. Foi uma grande frustração que não pode se repetir agora.

Essa mobilização é de toda a sociedade brasileira. Defender uma aposentadoria digna, a recomposição das perdas nos vencimentos dos aposentados e o fim definitivo do fator previdenciário são lutas que cabem a todos os brasileiros e brasileiras.

Ivan Valente é deputado federal pelo PSOL-SP.

O império manda, as colônias obedecem

escrito por Frei Betto e João Pedro Stédile

Após a Segunda Guerra Mundial, quando as forças aliadas saíram vitoriosas, o governo dos EUA tentou tirar o máximo proveito de sua vitória militar. Articulou a Assembléia das Nações Unidas dirigida por um Conselho de Segurança integrado pelos sete países mais poderosos, com poder de veto sobre as decisões dos demais.

Impôs o dólar como moeda internacional, submeteu a Europa ao Plano Marshall, de subordinação econômica, e instalou mais de 300 bases militares na Europa e na Ásia, cujos governos e mídia jamais levantam a voz contra essa intervenção branca.

O mundo inteiro só não se curvou à Casa Branca porque existia a União Soviética para equilibrar a correlação de forças. Contra ela, os EUA travaram uma guerra sem limites, até derrotá-la política, militar e ideologicamente.

A partir da década de 90, o mundo ficou sob hegemonia total do governo e do capital estadunidenses, que passaram a impor suas decisões a todos os governos e povos, tratados como vassalos coloniais.

Quando tudo parecia calmo no império global, dominado pelo Tio Sam, eis que surgem resistências. Na América Latina, além de Cuba, outros povos elegem governos anti-imperialistas. No Oriente Médio, os EUA tiveram que apelar para invasões militares a fim de manter o controle sobre o petróleo, sacrificando milhares de vidas de afegãos, iraquianos, palestinos e paquistaneses.

Nesse contexto surge no Irã um governo decidido a não se submeter aos interesses dos EUA. Dentro de sua política de desenvolvimento nacional, instala usinas nucleares e isso é intolerável para o Império.

A Casa Branca não aceita democracia entre os povos. Que significa todos os países terem direitos iguais. Não aceita a soberania nacional de outros povos. Não admite que cada povo e respectivo governo controlem seus recursos naturais.

Os EUA transferiram tecnologia nuclear para o Paquistão e Israel, que hoje possuem bomba atômica. Mas não toleram o acesso do Irã à tecnologia nuclear, mesmo para fins pacíficos. Por quê? De onde derivam tais poderes imperiais? De alguma convenção internacional? Não, apenas de sua prepotência militar.

Em Israel, há mais de vinte anos, Moshai Vanunu, que trabalhava na usina atômica, preocupado com a insegurança que isso representa para toda a região, denunciou que o governo já tinha a bomba. Resultado: foi seqüestrado e condenado à prisão perpétua, comutada para 20 anos depois de grande pressão internacional. Até hoje vive em prisão domiciliar, proibido de contato com qualquer estrangeiro.

Todos somos contra o armamento militar e bases militares estrangeiras em nossos países. Somos contrários ao uso da energia nuclear, devido aos altos riscos, e ao uso abusivo de tantos recursos econômicos em gastos militares.

O governo do Irã ousa defender sua soberania. O governo usamericano só não invadiu militarmente o Irã porque este tem 60 milhões de habitantes, é uma potência petrolífera e possui um governo nacionalista. As condições são muito diferentes do atoleiro chamado Iraque.

Felizmente, a diplomacia brasileira e de outros governos se envolveu na contenda. Esperamos que sejam respeitados os direitos do Irã, como de qualquer outro país, sem ameaças militares.

Resta-nos torcer para que aumentem as campanhas, em todo o mundo, pelo desarmamento militar e nuclear. Oxalá o quanto antes se destinem os recursos de gastos militares para solucionar problemas como a fome, que atinge mais de um bilhão de pessoas.

Os movimentos sociais, ambientalistas, igrejas e entidades internacionais se reuniram recentemente em Cochabamba, numa conferência ecológica mundial, convocada pelo presidente Evo Morales. Decidiu-se preparar um plebiscito mundial, em abril de 2011. As pessoas serão convocadas a refletir e votar se concordam com a existência de bases militares estrangeiras em seus países, com os excessivos gastos militares, e com que os países do Hemisfério Sul continuem pagando a conta das agressões ao meio ambiente praticadas pelas indústrias poluidoras do Norte.

A luta será longa, mas nessa semana podemos comemorar uma pequena vitória anti-imperialista.

Frei Betto é escritor, autor de "A arte de semear estrelas" (Ed. Rocco), entre outros livros. http://www.freibetto.org/

João Pedro Stédile integra a direção da Via Campesina

‘Algoritmo da Ganância’ das Petroleiras impõe desastre e destruição

Escrito por José Carlos Moutinho

Pelos dicionários, algoritmo é um conjunto de execuções (calculadas) para o cumprimento de tarefas específicas ou resolução de determinados problemas. Os profissionais em Tecnologia da Informação (TI) têm muita familiaridade com o tema. Eles sabem que, para a existência e sucesso de determinado sistema, há que se definir cuidadosamente o algoritmo. Uma vez definido, o sistema poderá evitar perda de tempo e insucessos na execução quotidiana. Bons sistemas devem levar em conta (e respeitar) o ser humano e o meio ambiente.

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ficha limpa é projeto demagógico, autoritário e flerta com o fascismo

Além de violar princípio da presunção da inocência, idéia retoma projeto da ditadura que estabeleceu a cassação dos direitos políticos pela "vida pregressa". Se pessoas com "ficha suja" não podem se candidatar, por que mesmo poderiam votar? Agora mesmo, sindicalistas do RS e de SP sofrem condenações por protestos contra seus governos. Estão com a "ficha suja"?

O inferno está pavimentado de boas intenções. A frase cai como uma luva para contextualizar o debate sobre os políticos "ficha-suja' e o projeto 'ficha-limpa' que ganhou grande apoio no país, à direita e à esquerda. Pouca gente vem se arriscando a navegar na direção contrária e a advertir sobre os riscos e ameaças contidos neste projeto que, em nome da moralização da política, pretende proibir que políticos condenados (em segunda instância) concorram a um mandato eletivo.

A primeira ameaça ronda o artigo 5° da Constituição, que aborda os direitos fundamentais e afirma que "ninguém será condenado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Professor de Direito Penal na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Túlio Vianna resumiu bem o problema em seu blog:

"Se o tal projeto Ficha Limpa for aprovado, o que vai ter de político sendo processado criminalmente só para ser tornado inelegível?Achei que o art.5º LVII exigisse trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Deve ser só na minha Constituição. Se o "ficha-limpa" não fere a presunção de inocência, é pior ainda, pois vão tolher a exigibilidade do cidadão mesmo sendo inocente. Êh argumento jurídico bão: nós continuamos te considerando inocente, mas não vamos te deixar candidatar mesmo assim! Que beleza! Ou o cara é presumido inocente ou é presumido culpado. Não tem meio termo. Se é presumido inocente, não pode ter qualquer direito tolhido".

Na mesma linha, o jornalista e ex-deputado federal Marcos Rolim também chamou a atenção para o fato de que o princípio da presunção da inocência é uma das garantias basilares do Estado de Direito e que o que o projeto ficha limpa pretende estabelecer é o "princípio de presunção de culpa". Além disso, Rolim lembra que a idéia de ficha limpa não é nova e já foi apresentada no Brasil, durante a ditadura militar:

"Foi a ditadura militar que, com a Emenda Constitucional nº 1 e a Lei Complementar nº 5, estabeleceu a cassação dos direitos políticos e a inegibilidade por ?vida pregressa?; vale dizer: sem sentença condenatória com trânsito em julgado".

E se a idéia de ficha limpa é pra valer, acrescenta o jornalista e ex-deputado federal, por que não aplicá-la também aos eleitores:

"Se pessoas com "ficha suja" não podem se candidatar, por que mesmo poderiam votar? Nos EUA, condenados perdem em definitivo o direito de votar, o que tem sido muito funcional para excluir do processo democrático milhões de pobres e negros, lá como aqui, "opções preferenciais" do direito penal. E a imprensa? Condenações em segunda instância assinalam uma "mídia ficha suja" no Brasil"?

Mas talvez a ameaça mais grave, e menos visível imediatamente, que ronda esse debate é a incessante campanha de demonização dos políticos e da atividade política, impulsionada quase que religiosamente pela mídia brasileira. Rolim cita como exemplo em seu artigo uma charge publicada no jornal Zero Hora sobre o tema: na charge de Iotti, políticos são retratados como animais peçonhentos, roedores, aracnídeos e felinos.

Nos últimos anos, diversas pesquisas realizadas em vários cantos do planeta registraram um crescente descrédito da população em relação à política e aos políticos de um modo geral. Prospera uma visão que coloca a classe política e a atividade política em uma esfera de desconfiança e perda de legitimidade. A tentação de jogar todos os partidos e políticos em uma mesma vala comum de oportunistas e aproveitadores representa um perigo para a sobrevivência da própria idéia de democracia. O que explica esse fenômeno que se reproduz em vários países? A política e os políticos estão, de fato, fadados a mergulhar em um poço sem fundo de desconfiança? Essa desconfiança deve-se unicamente ao comportamento dos políticos ou há outros fatores que explicam seu crescimento?

É sintomático que o debate sobre a "ficha limpa" apareça dissociado do tema da reforma política. Eternamente proteladas e engavetadas, as propostas de uma mudança na legislação sobre as eleições e o financiamento das campanhas não obtém mesmo o alto grau de consenso e mobilização. Vale a pena lembrar de uma observação feita pelo filósofo esloveno Slavoj Zizek acerca do papel da moralidade na política. Ele analisa o caso italiano, onde uma operação Mãos Limpas promoveu uma devassa na classe política do país. Qual foi o resultado? Zizek comenta:

"Sua vitória (de Berlusconi) é uma lição deprimente sobre o papel da moralidade na política: o supremo desfecho da grande catarse moral-política" a campanha anticorrupção das mãos limpas que, uma década atrás, arruinou a democracia cristã, e com ela a polarização ideológica entre democratas cristãos e comunistas que dominou a política italiana no pós-guerra? É Berlusconi no poder. É algo como Rupert Murdoch vencer uma eleição na Grã-Bretanha: um movimento político gerenciado como empresa de publicidade e negócios. A Forza Itália de Berlusconi não é mais um partido político, mas sim "como o nome indica, uma espécie de torcida". (Às portas da revolução", Boitempo, p. 332)

A eleição de políticos de "tipo Berlusconi" mostra outra fragilidade dessa idéia. Marcos Rolim desdobra bem essa fragilidade:

Muitos dos corruptos brasileiros possuem "ficha limpa?" especialmente os mais espertos, que não deixam rastros. Por outro lado, uma lei do tipo na África do Sul não teria permitido a eleição de Nelson Mandela, cuja "ficha suja" envolvia condenação por "terrorismo". Várias lideranças sindicais brasileiras possuem condenações em segunda instância por "crimes" que envolveram participação em greves ou em lutas populares; devemos impedir que se candidatem?

Agora mesmo, cabe lembrar, no Rio Grande do Sul e em São Paulo lideranças sindicais estão sofrendo condenações por protestos realizados contra os governos dos respectivos estados. Já não estão mais com sua ficha limpa. Os governantes dos dois estados, ao contrário, acusados de envolvimento em esquemas de corrupção, de autoritarismo e de sucateamento dos serviços públicos seguem com a ficha limpíssima. É este o caminho? Uma aberração político-jurídica vai melhorar nossa democracia?

Mutirão garante emprego a mais de 800 trabalhadores

Mais de 800 pessoas foram pré-aprovadas para vagas de trabalho com carteira assinada durante Mutirão de Emprego realizado na Agência do Trabalhador de Curitiba, nesta terça-feira (18). Os salários variam de R$ 550 a R$ 1,5 mil, em diversos setores econômicos.


“Das duas mil vagas ofertadas para o mutirão, 853 foram reservadas para pessoas selecionadas imediatamente. O número representa 45%”, disse o secretário estadual do Trabalho, Tércio Albuquerque. Ele afirmou que a ação ajudou a preencher muitas vagas que estavam sobrando, principalmente nas áreas de alimentação, supermercado e telefonia. “O resultado foi satisfatório e pretendemos realizar outras mobilizações como esta”.

Objetivo da mobilização foi preencher o maior número possível de vagas que estão sobrando na Agência. “Existem muitas empresas querendo contratar e muitas pessoas querendo trabalhar. Vamos fazer esta intermediação de forma concentrada e imediata. Este é uma das ações da Secretaria, junto ao Governo Pessuti, para impulsionar a geração de emprego e renda”, disse Albuquerque.

Cerca de 4.225 trabalhadores passaram pelo local para se candidatarem às ofertas diretamente com as empresas. Além das oportunidades e entrevistas do mutirão, foi seguido o funcionamento normal da Agência. No dia, foram 178 requerimentos de seguro desemprego e outros 921 atendimentos de candidatos para outras vagas do sistema.

O gerente da Agência do Trabalhador de Curitiba, Rafael dos Santos, explicou que, mesmo não contratados, os trabalhadores que participaram do mutirão continuam com chances de novas convocações. Os cadastros ficam na Agência, com dados pessoais e profissionais. Assim que abrirem novas vagas, estas pessoas poderão ser chamadas.

fonte: setp

Governo Lula bate novo recorde de aprovação, indica CNT/Sensus

BRASÍLIA - O governo do presidente Lula bateu novo recorde aprovação, segundo apurou a pesquisa CNT/Sensus divulgada na manhã desta segunda-feira, com 76,1% de avaliação positiva. Em janeiro deste ano, 71,4% dos entrevistados disseram aprovar a atuação do governo.

O último recorde de aprovação havia sido em janeiro de 2009, quando o governo foi aprovado por 72,5% dos entrevistados da CNT/Sensus.

Da mesma forma, o índice de eleitores que desaprovam o governo Lula obteve o menor índice da série histórica, com 19,2%. Em janeiro de 2009 este índice foi de 22%.

O desempenho pessoal do presidente Lula ficou em 83,7% nesta pesquisa, contra 81,7% aferido em janeiro. Lula obteve recorde de aprovação em janeiro de 2009, com 84% de avaliação positiva e 12,2% de negativa.

É HOJE!!

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terça-feira, 18 de maio de 2010

Osmar Dias, organiza jantar sem graça, em sua própria homenagem

do Gazeta de Novo

Aproximadamente 2.500 pessoas, foram jantar com o senador tri-fazendeiro no restaurante Madalosso.

Osmar que é perito em criar fatos que não dizem nada, também não disse nada ontem a noite.

Não anunciou que ainda é candidato a governador.

Não anunciou que é candidato a senador.

Não anunciou que fechou com o PSDB, partido que não mandou ninguém no jantar.

Não anunciou que ainda fala com o PT apesar das presença da Gleisi Hoffmann.

Não anunciou que tem falado com o Requião apesar da presença no jantar de três enviados do ex governador no recinto.

Não anunciou o que tem falado com o Pessuti.

Osmar Dias, continua fazendo o mundo político e a imprensa - ficar dando volta em sua pessoa - como se o Paraná dependesse dele para continuar existindo. Sendo ele o centro do mundo.

É impressionante como o Paraná é pobre de líderes e de político preparados para governar o seu povo. Não é por menos que o Requião foi governador por três vezes. Não tivemos outra opção.

Até quando teremos de agüentar, aquele menino sem qualquer conteúdo, virando moda e esse fazendeiro enrolando tudo.

Ainda resta uma esperança, com a presença do Pessutão (PMDB), nesse quadro patético que obedece aos caprichos do deputado Rossoni que transformou o PSDB em um comitê contra o senador Alvaro Dias, que é o maior senador que o Paraná já teve em toda a sua história.

(Guilhobel)

Contra Requião

do Política em Debate

O PMDB continua dividido sobre quais rumos tomar nas eleições de outubro. Mas em uma coisa, deputados federais e estaduais estão unidos: o descontentamento com o comportamento do ex-governador Roberto Requião. Na avaliação dos parlamentares, Requião fala demais e só pensa em si próprio. Mesmo que a custa dos interesses do partido. Prova disso é o isolamento que o PMDB está sofrendo nesse momento. Por conta das diatribes de Requião, os peemedebistas perderam o apoio do PT, um aliado importante, e ao mesmo tempo, não se aproximou de outras forças políticas. O resultado é que se Osmar Dias (PDT) deixar a disputa pelo governo para apoiar Beto Richa (PSDB), o tucano se elege no primeiro turno com facilidade, e o PMDB corre o risco de sozinho, não reeleger metade dos deputados que tem hoje.

Mutirão de Emprego em Curitiba oferece 2 mil ofertas de trabalho

O secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Tércio Albuquerque, anunciou mais um Mutirão de Emprego, que acontecerá na terça-feira (18), na Agência do Trabalhador de Curitiba. Serão duas mil ofertas de emprego com chance de contratação imediata. Empresas co ofertas de vagas estarão na Agência para entrevistar os candidatos, agilizando o processo de contratação. Os salários variam entre R$ 550 e R$1,5 mil.

Grande parte das oportunidades são para os setores de alimentação, supermercado e telefonia. A procura por profissionais se entende em diversas áreas e funções. Algumas das ofertas são: 250 vagas para atendente de telemarketing, 245 para repositor, 350 para caixa, 410 para auxiliar de produção, 180 para auxiliar de estoque, 175 para atendente de lanchonete, entre outras.

Os candidatos devem portar carteira de trabalho, documento de identidade com foto e comprovante de residência. No caso das vagas exclusivas para deficientes, é necessário também o laudo médico. Além das vagas para o mutirão, também serão ofertadas outras oportunidades, seguindo o funcionamento normal da Agência.

Objetivo da mobilização é preencher o maior número possível de vagas que estão sobrando na Agência. “Existem muitas empresas querendo contratar e muitas pessoas querendo trabalhar. Vamos fazer esta intermediação de forma concentrada e imediata. Este é uma das ações da Secretaria, junto ao Governo Pessuti, para impulsionar a geração de emprego e renda”, disse Albuquqerque.

Serviço:

Mutirão de Emprego

Dia: 18/05/2010 terça-feira

Horário: 8h às 17 horas

Local: Agência do Trabalhador de Curitiba

Pedro Ivo, 744 – Centro (41) 3883-2200

fonte: aen

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Intervenção no PTC-PR.

do blog do Elvis

Fomos pego de surpresa com a intervenção do Diretório Nacional no Diretório Estadual do PTC-PR. As notícias que nos passaram através da imprensa foram estarrecedoras.

Seria no mínimo civilidade comunicar os diretórios do interior do Estado a decisão adotada e os motivos que levaram a tomar atitude tão drástica.

Sabemos que há tempos políticos desonestos de Foz do Iguaçu procuraram o então presidente Tércio, pedindo a ele que lhes alugasse o partido, Tércio se negou pois o diretório local tem planos e metas para transformar o PTCFoz em um grande partido, inclusive, com condições de administrar o município.

O diretório nacional na pessoa de seu presidente, com certeza nada sabia a respeito, e entrou no canto da sereia rifando o partido e jogando-o no ostracismo.

Os interventores sequer se dignaram a comunicar o interior do Estado que tínhamos novas diretrizes.

A notícia que Tercio não cumpriu o acordo com Beto não procede, pois Tercio jamais teve qualquer entendimento com esta figura que causa abominação no próprio pai, José Richa, homem honrado e respeitador do domínio público.

Em visita a Foz do Iguaçu-Pr., na última semana, no dia 08 nas dependências do Carimã Tercio disse aos dirigentes do PTC-Foz que nenhum acordo fora firmado por ele, nem com Beto, Osmar ou Pessuti, e ainda afirmou que quem iria decidir isto era a convenção estadual, soberana em suas decisões.

Assim, nos causa indignação no interior do Estado com a notícia de vendido Partido ao Beto através do Tony Garcia, figura ficha suja, condenado e apenada pelo justiça.

A falta de informação é o maior mal existente dentro de uma agremiação, e a continuar assim, nas eleiçoes municipais o PTC-PR não terá candidatos em 99% dos municipios, pois, a falta de informação e do respeito é o mal maior dentro dos partidos politicos brasileiros. Com a palavra os interventores, e quiça, eles mudem suas atitudes para que nós não precisemos mudar de partido.(Elvis Gimenes , coordenador politico do PTC Foz).

Acordo com Irã é a maior vitória diplomática do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou na manhã desta segunda-feira (17) que houve acordo sobre a questão da energia nuclear do Irã. O acerto prevê que o Irã entregará 1.200 quilos de urânio à Turquia e receberá 120 quilos do produto enriquecido com monitoramento de organismos internacionais. O acordo entra na história como uma das mais emblemáticas vitórias da diplomacia brasileira e projeta o Brasil e o presidente Lula como protagonistas de primeira linha na política global. O acordo nuclear assinado hoje por Brasil, Irã e Turquia nuclear fecha o caminho para a possibilidade que a comunidade internacional imponha novas sanções ao regime iraniano, afirmou o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim.

Em entrevista coletiva em Teerã, após o anúncio do pacto, Amorim assegurou que o compromisso adquirido pelas autoridades iranianas fecha a porta para a política de sanções sugerida pelas grandes potências.

O acordo é semelhante à proposta formulada pelo grupo 5+1 (formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança - EUA, França, Reino Unido, Rússia e China, mais Alemanha) em outubro passado e permitirá o envio do urânio do Irã à Turquia, onde ficará armazenado até que o país receba em um ano 120 quilos de urânio enriquecido a 20%.

O chefe da diplomacia brasileira acrescentou que este acordo representa o princípio para abordar outras questões sobre o conflito nuclear. "Naturalmente, este acordo não vai resolver todos os pontos da questão nuclear. Mas é o passaporte para discussões mais amplas em direção a retomada da confiança na comunidade internacional", opinou Amorim.

Amorim destacou que é a primeira vez que o Irã se compromete por escrito a enviar urânio ao exterior para recuperá-lo tempo depois. O chanceler brasileiro ressaltou ainda que agora o Irã poderá exercer seu "direito legítimo" à energia nuclear para fins pacíficos.


Parceria com a AIEA

A proposta estipulada pelos presidentes do Brasil e do Irã, Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Ahmadinejad; e pelo primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, será enviada agora para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Se a AIEA a aceitar, o Irã entregará os 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido a 3,5% à Turquia, onde ficariam depositados sob vigilância iraniana e turca.

No prazo de um ano, o Irã receberia 120 quilos de urânio enriquecido a 20% procedente da Rússia e da França para seu reator nuclear civil, segundo os detalhes divulgados à imprensa pelo porta-voz de Exteriores iraniano, Ramin Mehmaparast.

Lula, que está há dois dias de visita oficial no Irã e que hoje participará da inauguração da 14ª Cúpula do G15 (grupo dos 15 países em desenvolvimento), na capital iraniana, foi o principal impulsionador do acordo.

Além da Turquia, a iniciativa diplomática do Brasil pelo acordo com o Irã teve o apoio da China, da Rússia e da França, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Para Celso Amorim, o Brasil falou com todos os interlocutores, por isso negociaram "levando em conta todas as preocupações".

Repercussão

Mas o acordo, um marco nas negociações sobre o tema nuclear, ainda é visto com ceticismo por Israel e por algumas potências ocidentais, sobretudo os Estados Unidos, que foram derrotados em sua política de agressão e sanções. O jornal americano “New York Times” chegou a dizer que Lula pensava ser mágico, que o Brasil "ultrapassava barreira da ingenuidade". Agora, será difícil não reconhecer o êxito da iniciativa diplomática.

No Brasil, a imprensa já atesta este reconhecimento. O programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, afirmou na manhã desta segunda que "o Brasil assumiu uma posição audaciosa, de liderança. Entrou no jogo difícil do Oriente Médio e até agora teve êxito".

Durante entrevista na manhã desta segunda-feira na rádio CBN, a candidata à presidência da República, Dilma Rousseff (PT), falou da importância histórica do acordo. “O diálogo venceu todas as tentativas de sanções. Quando se está disposto a construir consenso é possível criar outro clima, mesmo numa região tão complexa quanto o Oriente Médio. Este é um passo relevante de Lula como líder mundial”.

Além do acrodo nuclear, o Irã também mostrou um gesto de boa vontade e anunciou a soltura da professora francesa Clotilde Reiss, condenada no Irã por de espionagem. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, já agradeceu ao presidente Lula e aos chefes de governo da Síria e do Senegal, que também pediram a libertação da francesa.

Lula: vitória da diplomacia

Em seu programa de rádio Café com o Presidente, transmitido a partir de Teerã, o presidente Lula disse hoje que o acordo alcançado com o Irã é "uma vitória para a diplomacia". “Há um milhão de razões para a gente ter argumento para construir a paz e não há nenhuma razão para a gente construir a guerra. O Brasil acreditou que era possível fazer o acordo. Mas o que é importante é que nós estabelecemos uma relação de confiança. E não é possível fazer política sem ter uma relação de confiança. (...) A diplomacia sai vencedora hoje. Mostramos que com diálogo é possível conseguir a paz, construir o desenvolvimento", afirmou Lula.

Lula insistiu em que se deve "acreditar nas pessoas", em alusão à desconfiança que os Estados Unidos e os países europeus mantêm com a república islâmica.

Lula, que aspira para o Brasil uma vaga permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, desembarca nesta segunda-feira em Madri para participar de uma reunião, terça-feira, entre União Europeia e América Latina.

fonte: Vermelho