Olha aí - uma análise sobre multa e Paulo Bernardo

O ministro Paulo Bernardo tem dito por aí que o impasse da multa aplicada ao Paraná por conta da venda ao Banestado só foi resolvido depois que Requião (seu mais recente inimigo pessoal) saiu do circuito. Se verdadeira, esta frase, é impossível não deixar de reconhecer nela a vaidade provinciana de quem deseja ser reconhecido e temido por um fabuloso poder até então obscurecido pelos fatos. O ministro quer sugerir que exerceria uma influência diabólica sobre a estrutura do governo, podendo fazer e desfazer, como na época da ditadura.
(Ah, quer dizer que o ministro deixou o Paraná pagar desnecessariamente uma multa durante muitos meses por causa de um desafeto?..)

O ministro parece feliz em seus planos pessoais, principalmente depois que a negociação de Osmar Dias com a cúpula do Planalto simplesmente empacou. É a maior motivação para a candidatura de sua esposa, Gleisi, que nunca foi eleita sequer vereadora, chegar ao Senado, ostentando um vazio de idéias mas um sotaque curitibano impecável. E ela pode conseguir mesmo. O PT nacional quer aumentar a sua bancada no congresso a qualquer custo. E o que se valoriza no artificialismo da política profissional é a sêde pelo objetivo e não a substância do discurso e a representação de uma causa.

Gleisi na Vice de Osmar significa dar passagem para Requião ao Senado – e isso nunca! Quer dizer, faz-se do Paraná o interior do Nordeste, com todo o respeito que merece o berço do Brasil. Por isso, que a multidão cada vez mais considera a eleição um cenário de performances.