segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

VIVA CUBA !



José Casanova: Viva Cuba


Vale a pena voltar ao assunto: como, na devida altura, o Avante! informou – e, na devida altura, a generalidade dos média silenciou… – a Assembleia Geral da ONU condenou, por esmagadora maioria, o bloqueio dos EUA a Cuba. 

Por José Casanova (*) no jornal Avante!


Desta vez foram 188 os países que exigiram o fim do criminoso bloqueio. Votos contra essa exigência apenas três: o dos EUA e os de Israel e do Palau…

Recorde-se que a primeira condenação do bloqueio ocorreu em 1992 – nessa altura com 59 votos a favor, 71 abstenções e os inevitáveis três contra… – e que, desde então, os votos solidários com Cuba têm vindo sempre a aumentar, atingindo nesta última votação a sua mais elevada expressão de sempre. O que mostra o crescente isolamento internacional dos EUA em relação a Cuba e o crescente apoio internacional à luta do heroico povo cubano.

Recorde-se, igualmente, que nenhum dos vários presidentes dos EUA – Bush-pai, Clinton, Bush-filho, Obama – cumpriu as decisões da ONU, aprovadas majoritária e democraticamente.

São assim os “democratas” que governam os EUA, país sobre o qual os mesmos media que silenciaram a votação da ONU não se cansam de espalhar boatos: o boato de que se trata da “pátria da democracia” e o boato de que Obama é um homem de “esquerda” e “progressista” – boataria depois repetida, militantemente, por todos os fiéis serviçais do sistema capitalista dominante.

Ainda recentemente, no decorrer da campanha presidencial nos EUA, Mário Soares – que é desde há muito, no nosso País, o mais destacado defensor e ativista da causa capitalista – dizia que, se Obama não ganhasse as eleições, isso seria “uma tragédia para todo o mundo (…) um atraso de mais de 100 anos para o mundo inteiro” e que, ganhando-as, “um vento de mudança progressista viria da América”…

Obama ganhou. E mal foi reeleito – e logo após a votação favorável a Cuba e contra o bloqueio – soprou o seu “vento progressista”: mandou dizer por um seu porta-voz que “a nossa política em relação a Cuba mantém-se”.

Entretanto, Cuba continua a resistir – e a contar com a solidariedade de todos os homens e mulheres democratas, de esquerda, progressistas.

(*) Membro da Comissão Política do Partido Comunista Portugu

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