quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Salve Obama!

Sandro Luiz Querino

"Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!" Trecho do discurso de Martin Luther King feito em 28/08/1963

Pela primeira vez nos EUA (só nos EUA?) um negro chega ao posto mais alto daquele país. E que bom que conseguiu! Vai encontrar sinais de uma terra arrasada: a economia vai mal, o desemprego vem aumentando, o Iraque pode se tornar um novo Vietnam... E a culpa é de quem? O Bóia Quente revela, em primeira mão, quem é o culpado: The guilt is for... Osama Bin Laden!

Sim, pois o maior estrago que Osama fez ao povo estaduinidense não foi a derrubada das Torres Gêmeas, mas sim, ter provocado a reeleição de Bush, que se utilizou do medo provocado pela suposta ação da Al Qaeda para fazer uma lavagem cerebral na população, apoiada, em massa, pelos grandes veículos de comunicação. Saiu de cena a ameaça comunista, entra em cena a ameaça terrorista. Então vem um novo mandato e a idéia da invasão ao Iraque, para que o filho terminasse o serviço sujo que o pai deixou pela metade, até porque o velho perdeu a reeleição para o Democrata Bill Clinton.

Ninguém no mundo, fora os ianques, acreditava que Saddam Hussein pudesse estar gastando dinheiro com armas biológicas ou de qualquer tipo. Sanções econômicas castigavam o povo iraquiano há mais de uma década.

Havia um programa chamado "petróleo por comida" idealizado com o objetivo de amenizar os efeitos do boicote econômico, e previa que a cada seis meses o país podia exportar uma cota de petróleo para adquirir gêneros básicos (alimentos e medicamentos) para a população. Mesmo assim, agências da ONU, como o Unicef e o Programa Alimentar Mundial (PAM) alertaram que o acordo, renovado consecutivamente desde 1996, não estava sendo capaz de contornar as trágicas conseqüências do embargo.

O próprio coordenador do programa "petróleo por comida" admitiu em 1998 que entre 4 a 5 mil crianças morreram a cada mês no país por causa da subnutrição, da contaminação das fontes de água, das péssimas condições sanitárias e da deterioração do sistema de saúde. Relatório da Cruz Vermelha, divulgado em 2000, conclui que a mortalidade infantil iraquiana triplicou desde a imposição das sanções.

A catástrofe humanitária que atingia o país fez crescer o movimento internacional pelo fim do boicote econômico, principalmente nos países árabes. Mas o tema divide o Conselho de Segurança da ONU: França, China e Federação Russa querem a suspensão, enquanto os EUA e o Reino Unido são favoráveis à manutenção. Na seqüência, ignorando a ONU, o Iraque é invadido. O que aconteceu depois, todos sabem.

Mas essa tragédia, grande parte do povo norte-americano ignora. O que está pegando mesmo é o bolso, a economia, é o capitalismo vindo cobrar a conta. A quebradeira dos bancos, a necessidade de estatizar algumas instituições (quem diria!!), o desemprego batendo à porta...

As crianças podem continuar morrendo no Iraque, mas não ouse destruir o “American Way of Life”, algo que Bush quase conseguiu, e por isso, hoje é um dos presidentes com a mais baixa taxa de popularidade de todos os tempos. Que Obama seja um presidente mais ao estilo Democrata de ser, com todas as estagiárias a que tiver direito, deixando o mundo um lugar mais tranqüilo para se dormir.

Sandro Luiz Querino é jornalista e colaborador do Bóia

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3 comentários:

  1. Anônimo6.11.08

    Com todas as estagiárias a que tiver direito!!!!ahahahah

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  2. Anônimo10.11.08

    Os yankees nos quiseram dominar pelo medo; agora querem nos dominar pela esperança. Pensem nisso...

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  3. Anônimo20.3.09

    Gostei !!!

    Ha estagiarias!! Oque seria o mundo sem elas???

    ahahahaha!!!!

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