
Pasmem, quer dizer "perda total!"
Referem-se a última aventura que participaram ou viram, de um “racha” entre automóveis. Embalados em bebidas alcoólicas, reúnem-se para conversas, troca de idéias sobre temas que variam sobre o último porre, o joguinho que amanheceram frente a tela do PC, e outras porcarias.
Quase inacreditável, um outro grupo que descobri depois ser bastante comum, jovens meninos e meninas, não mais que 17 anos estudantes de cursinhos matinais "escapam" após a segunda aula, isso nove horas da manhã, e se dirigem a bares para beber cerveja falar sobre roupas, carros, vida das celebridades etc...
Adolescentes imberbes, comentam sobre as "ficações" da balada anterior. Enquanto ingerem bebidas como adultos fossem, deitam regras desregradas de como passam os pais, professores e outros incautos pra trás com suas mentiras e golpes. Se partem de rir dos conselhos que recebem dos mais "velhos".
Dominados pelas regras do mercado, são viciados em shopping centers, até porque lá sente-se protegidos da ralé. Chafurdam no mundo fashion e até os meninos caminham como se numa passarela estivessem.
Sério, tem rapazes que parecem híbridos, quase impossível de identificar, obedientes a ditadura da moda, usam cortes de cabelo e vestimentas que segundo os próprios, demonstram personalidade e estilo de vida (sic)
Bem, ao menos esses só fazem mal a si mesmos e aos próprios pais, mas de toda forma pensar que essas cabecinhas possam vir a ser dirigentes causa calafrios.
Contou-me um amigo, professor de cursinho, que certa ocasião um desses jovens compareceu a aula vestindo uma camiseta do astro Bob Marley, perguntado de quem se tratava a imagem estampada na camiseta, respondeu de pronto:- Che Guevara. Durma com um barulho desses.
Tem também uma tribo dessas que já com seus vinte e poucos anos, enchem um carro de rapazes, aumentam o som no último com umas músicas estrambólicas, eletrônicas, e saem circular bebendo e rindo sabe-se lá do que. Esses são perigosos, provocadores mal-educados, parecem estar constantemente em busca de encrenca. Não respeitam sinalização, carburador e escapamentos "abertos" vivem dando trabalho ao Corpo de Bombeiros e Pronto-Socorros públicos na madrugada. Estranhamente ou até pelo comportamento, esses andam em pequenos "bandos" sem a presença do sexo feminino e dá-lhe tuche, tuche, tuche.
A galera do Crack, vitimados pela epidemia, destes desnecessário comentar. Infelizes e desgraçados vagam pelas sarjetas alucinados ou destruídos feitos Zumbis, já nem chamam mais a atenção dada sua condição de marginalidade. Essa merda é democrática, tá cheio de jovens classe média e alta atolados nessa fossa.
Não menos triste e porque não dizer mais preocupante, observamos uma juventude já universitária desmotivada, mal-encaminhada ou idiotizada mesmo, matando aula e enchendo a cara nos bares ao redor das faculdades. Não tem vida acadêmica, mal frequentam as aulas, como poderiam preocupar-se com o que está acontecendo na sociedade ou no próprio meio educacional.
Ou estão na Esquadrilha da Fumaça ou no boteco da esquina. O C.A. que se dane, a reforma universitária que se lixe, a política... ora, política é o fim....
Perdem longas horas falando sobre o time de futebol de preferência, sobre a "banda" tal ou qual, e também sobre jogos de playstation.
Esses ao menos, por viverem em letargia, não "transam" violência. Quando acordarem, a juventude se foi.
Com certa freqüência tem saído na imprensa, resultados de pesquisas e estatísticas mostrando o descompasso entre essa vida semi-virtual de nossa juventude e o mundo real.
Estaria certo Nelson Rodrigues quando vaticinou..."Esta juventude é um caso perdido...?"
Paulo Roberto Aguilera.