domingo, 13 de setembro de 2009

HISTÓRIA DOS ATAQUES E TRAIÇÕES DO PT AO PMDB DO PARANÁ

A história de conflitos entre o PT e o PMDB é antiga. Enquanto toda a sociedade brasileira se manifestava pela unidade nacional para por fim a ditadura militar o PT nasce como força desagregadora tanto no campo das esquerdas como no campo democrático pela sua visão exclusivista estratégica de poder. Contrária a ida ao colégio eleitoral quase ajuda a eleger Paulo Maluf presidente, que acaba de declarar apoio ao PT em São Paulo.

Não é por acaso que PT e PMDB não tem liga em muitos estados. É só ver no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Minas, Pernambuco, enfim nos maiores colégios eleitorais até os dias de hoje muitos conflitos e ataques mútuos. E no Paraná nunca foi diferente.

Nas eleições de 1985 para a prefeitura de Curitiba quando Roberto Requião (PMDB) foi candidato contra Jaime Lerner, grande parte do PT pregou o voto nulo.

Em 1982 quando se dava à aliança entre os setores democráticos e grande parte da esquerda para a derrubada do arbítrio do governo do Estado, o PT em seu proposital sectarismo fazia o jogo da ditadura ao transformar a candidatura do José Richa(PMDB) em principal alvo de seus ataques.

Nas eleições de 1988 o PT através de sua estrutura sindical (APP, etc.) faz o jogo de Jaime Lerner ao aparelhar a sua estrutura sindical corporativista para o ataque ao governo estadual e nesta cegueira e oportunismo político torna a candidatura do progressista Maurício Fruet(PMDB), que sempre foi um dos porta vozes dos professores e da educação em geral no Congresso nacional, em alvo, assim diretamente beneficiando a candidatura de Jaime Lerner a prefeito.

Em cada esquina estava uma professorinha da APP segurando uma cartolina com o “coração curitibano” desenhado “carinhosamente” a mão enquanto mandavam seus alunos jogarem pedras nos partidários do PMDB.

Em 1990 quando o PMDB regional quis apoiar Lula para presidente o PT pediu publicamente para o PMDB não apoiar e muitos militantes pemedebistas foram maltratados ao comparecem nos comitês pró-Lula.

Em 1990 quando parte do PT quis apoiar Requião(PMDB) ao governo, o PT chegou a expulsar Vitório Sorotiuk e Mauro Goulart do partido, pois foram nomeados em cargos do governo estadual em 1991.

Em 1998 quando Requião(PMDB) foi candidato a governador contra Jaime Lerner(PDT) parte do PT se acertou com Jaime Lerner e daí nasceu à briga entre Roberto Requião(PMDB) com o então candidato ao senado Nedson Micheletti (PT) e Paulo Bernardo, pois estes sempre tiveram boas relações em Londrina com o grupo do José Janene e Antonio Belinati, que foi quem indicou Emília Belinati para vice na chapa de Jaime Lerner.

Como “prêmio” é garantido aos petistas a manutenção de cargos no governo municipal do Antonio Belinati, que derrotou com o apoio de Jaime Lerner, Luiz Carlos Hauly(PSDB), e por isto o PT recebeu indicações nas Secretaria de Finanças, Secretarias Especiais, Secretaria da Mulher além de muitos cargos terceirizados na tal frente de trabalho.

Associados a membro da Comissão de Orçamento em Brasilia, garantem recursos em várias áreas para que as empresas de Londrina – VISATEC, VISAMOTORS, VISACON e F. Jannani Grupo Iluminação – o que garante a expansão financeira junto com o grupo a quem eram aliados.

Acontece então o maior escândalo político de Londrina com a venda das ações da SERCOMTEL, comandada por José Janene e Antonio Belinati e petistas, para a COPEL. Uma CPI na Assembléia Legislativa do Paraná é abafada com promessas divinas para deputados estaduais.

Começa a farra chamada escândalo AMA-COMURB onde seus associados são pegos com a mão na massa, utilizando notas frias e medições de roçadas irregulares. Uma CEI na Câmara de Londrina começa a demonstrar os fatos e estender para um fundo gerido (COGEF) pelos indicados de Janene/Belinati, indícios muito fortes de uso na campanha eleitoral dos candidatos a deputado estadual Antonio Carlos Belinati, deputados federais José Janene e Paulo Bernardo.

A Câmara Municipal de Londrina avança e consegue enviar para os promotores estaduais os indícios que se transformam nas mais variadas ações judiciais contra Antonio Belinati, José Janene, Paulo Bernardo, além dos secretários municipais e diretores que coordenam as licitações fraudulentas para desviar o dinheiro da venda das ações da SERCOMTEL.

Desmascarados pelas práticas imorais Nedson Micheleti perde a eleição para o senado e Paulo Bernardo não consegue sua reeleição. Já o José Janene também não se elege, pois apenas conseguiu ter uma votação ridícula em Londrina e no Norte Pioneiro.

Neste período o lernista petista Paulo Bernardo foi derrotado nas urnas em Londrina e migra para o Mato Grosso, onde com o Zeca do PT eleito governador se tornou secretário da Fazenda. Coincidentemente, apenas coincidentemente, junto os interesses do José Janene e a empresa VISATEC que constrói obras no Mato Grosso do Sul.

Na eleição de 2002 o PT fez jogo duplo, pois ao mesmo tempo em que acenava pró-candidatura de Roberto Requião(PMDB), a exemplo do Padre Roque que o apoiou no segundo turno e acabou sendo nomeado no governo, a turma de Londrina tecia críticas tentando desestruturar a candidatura de Roberto Requião(PMDB), atacando o governo estadual o tempo todo, inclusive defendendo os interesses das empresas de pedágio, como ficou claro durante a condução da CPI do Pedágio.

Enfim em 2006 enquanto Requião(PMDB) saiu candidato à reeleição o clima com a direção do PT Estadual continuava sendo de confronto, pois era reflexo da longa luta política de Roberto Requião(PMDB) em relação ao rompimento por parte do presidente Lula com os compromissos de campanha. Enfim articulado pelo grupo de Londrina o PT lança Flavio Arns e viabiliza o segundo turno entre Osmar Dias(PDT) e Roberto Requião(PMDB). Aqui no Estado o PMDB, que sempre teve uma postura progressista em relação à reforma agrária, ao meio ambiente, ao desenvolvimento sustentável, contra os transgênicos, contra o pedágio, contra a venda do Banestado e o pagamento da divida ao Banco Itaú, a favor da reestatização das empresas privatizadas, pelo rompimento com o FMI, contra as altas taxas de juros, contra o cambio sobrevalorizado etc., enfim o PMDB do Paraná não aceita o caráter neoliberal das deliberações do Consenso de Whashington mantido pelo PT enquanto governo, o que somado aos fatores locais levou o governador a criticar o governo Lula(PT). Não foi por acaso que durante o processo eleitoral de 2006 Paulo Bernardo e a direção estadual do PT não perderam um momento sequer para tentar hostilizar o candidato Roberto Requião(PMDB), sendo isto no meio dos empresários ou no meio da população, a exemplo do que o ministro Paulo Bernardo fez num evento com a imprensa num restaurante em Santa Felicidade , dias antes das eleições, quando criticou Requião(PMDB) por seu postura intransigente em defesa do porto de Paranaguá, contando uma piada de que Requião(PMDB) seria bem votado em Santa Catarina em especial pelo povo de Itajai(SC). Num momento em que o PMDB e Requião(PMDB) trabalhavam pela candidatura de Gleisi Hoffmann(PT) ao senado.

Agora que uma nova eleição se aproxima o PT de forma oportunista esquece o espaço que receberam no governo com 3 secretarias e inúmeros cargos comissionados e traem a candidatura ao governo de Orlando Pessuti(PMDB) ao tentarem impor ao PMDB a candidatura de Osmar Dias (PDT) que em 2002 e 2006 teve o apoio publico de Jaime Lerner, José Janene e Antonio Belinati, o mesmo grupo aliado da cúpula do PT de Londrina, e que juntos acabam de eleger Barbosa Neto (PDT) a prefeitura de Londrina, contra a candidatura de Luiz Carlos Hauly (PSDB) que foi apoiado pelo governador Roberto Requião(PMDB).


Fonte: http://horahnews.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se não tiver conta no Google, opte por "Comentar como: Nome/URL", sendo que o campo URL não precisa ser preenchido.

Não serão tolerados ataques pessoais.