segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Requião tenta, mas com o Gomyde não tem acerto

Se Requião fosse uma rima seria um baixo calão. Não acredita? Então mire no episódio da demissão de Ricardo Gomyde da Paraná Esporte em junho deste ano. Ao tomar conhecimento de que havia sido exonerado, Gomyde consultou a agenda de Requião e partiu em seu encalço em Colombo, onde o governador participaria de uma solenidade.

Ainda no palanque, apontou o dedo para Requião e disse-lhe poucas e boas. Entre outras coisas que o havia apoiado desde a campanha de 2002 e que estava sendo demito por puro capricho do sobrinho do governador, João Arruda, que tem pretensões de ser deputado federal. Requião não disse nada. Embarcou no carro oficial e seguiu seu roteiro.

Meia hora depois, Gomyde recebeu uma ligação no celular. Do outro lado da linha, um deputado do PMDB. “Estou aqui ao lado do governador e ele gostaria de convidá-lo para tomar um vinho na Granja Canguiri”. Gomyde não poupou o verbo. “Se ele pensa que vai fazer comigo o mesmo que fez com o Luiz Caron (ex-secretário de Obras de Requião, humilhado em público em diversas ocasiões) está enganado. Mande ele enfiar esse vinho no c(*)”. O leitor pode imaginar como o governador reagiu.

Outra. Meses depois, já nomeado em um cargo no Ministério dos Esportes, em Brasília, Gomyde corria no Parque da Cidade, na capital federal, quando viu, caminhando em sentido oposto, o governador Requião acompanhado do filho, Maurício, e de dois tenentes da PM. Ao se aproximar, ouviu o chamado: “Ei, Gomyde”. E ele, esbaforido: “Tô correndo, pôrra!”

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