Sobe para 40 o número de mortos em confrontos na Líbia.
O presidente do conselho consultivo da tribo Al Meshashia, Ibrahim Abu Shalo, assegurou que pelo menos 40 pessoas morreram neste sábado após os confrontos entre membros de seu grupo e soldados do Exército líbio em Jebel Nafusa, ao sudoeste de Trípoli.Segundo Abu Shalo, que visitou as vítimas no hospital da cidade de Garian, a maioria dos mortos apresentava sinais de asfixia.
Os combates afetam as cidades de Al Shaquica e Wames, na região de Jebel Nafusa, de onde numerosas famílias fugiram dos combates, que explodiram na quarta-feira passada quando o Exército tentou deter várias pessoas procuradas pela Justiça, entre eles um chefe de uma milícia local.
Por sua parte, Ali Diouba, um dos integrantes da tribo Al Meshashia, assegurou que há pelo menos 53 feridos e que o número segue aumentando.
Diouba instou as organizações humanitárias a se deslocarem a Garian para registrar os casos de mortes por asfixia como consequência do gás utilizado pelas forças governamentais.
O governo decidiu hoje declarar a região de Jebel Nafusa área militar, para tentar controlar a situação.
Os enfrentamentos tribais e entre tribos e o Exército regular, que não conseguiu impor-se em grande parte do território, se repetiram em várias ocasiões em distintas áreas do país desde o triunfo do levante popular armado que acabou com o regime de Muammar Kadafi.
A proliferação de armas e milícias durante os oito meses que durou a guerra impediu as novas autoridades líbias de monopolizar as forças de segurança, o que favoreceu este tipo de confronto
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