Em abril de 2008, o então prefeito Beto Richa deu inicio, com muita pompa e cobertura midiática, a Secretaria Municipal Antidrogas de Curitiba. No comando desta nova secretaria municipal, ninguém menos que o policial federal Fernando Francischini, que na época já era muito famoso em virtude de algumas operações da PF que mandaram para o xilindró alguns traficantes igualmente famosos no país.
Já se passaram quatro anos desde a instalação da secretaria e o problema das drogas em Curitiba continua cada vez pior, principalmente no que se refere as cracolandias que pipocam as dúzias pela cidade de muito pinhão. Na semana passada a cidade de Curitiba novamente bombou na net graças ao mendigo bonito fotografado em frente a catedral metropolitana. O jovem e belo mendigo, nascido em boa família e ex-modelo, nada mais é do que apenas mais um entre o imenso exército de viciados em crack que perambulam maltrapilhos pelas ruas da cidade.
Eu aqui, Polaco e doido, não entendo o porquê desta Secretaria Municipal Antidrogas.
Não existem campanhas efetivas de prevenção, não existem programas de recuperação de viciados e pior, os responsáveis pela gestão  municipal normalmente colocam no mesmo balaio os viciados em crack e os estudantes, profissionais e trabalhadores que fumam seu baseadinho de vez em quando. Não existem estudos, não existe o mínimo planejamento para o combate das drogas ilícitas. É tudo apenas um festival pirotécnico em busca de votos e em benefício de algumas poucas agremiações evangélicas.
Na prática a Secretaria Municipal Antidrogas de Curitiba serviu apenas para lançar o nome de Francischini na política e elegê-lo como o sexto deputado federal com mais votos no estado na eleição de 2010.
Segundo dados do Portal Transparência da Prefeitura de Curitiba a Secretaria Municipal Antidrogas conta com 23 servidores em seu quadro funcional (aqui). Destes 23, nada menos que 16 ocupam cargos de comissão (aqueles que não prestaram concurso, uma teta de paga pelos serviços de campanha) e destes 16 comissionados, muitos participam ativamente da eleição nas redes sociais, no primeiro turno a favor de Ducci e agora, no segundo turno em defesa dos interesses da família Massa.
O mesmo Portal Transparência da Cidade de Curitiba o Curitiba Aberta (aqui), Informa que a secretaria tem um orçamento de apenas R$ 6,6 milhões/ano com boa parte deste montante empenhado em locação de imóveis e na folha de pagamento dos servidores. Em agosto a secretaria teve uma despesa declarada de R$ 351.147,20 deste total, nada menos que R$ 194.877,04 foi gasto só com pagamento dos 23 servidores durante o mês. Nada menos que 55% do orçamento da pasta para o mês de agosto empenhado apenas com os custos de pessoal. Um custo médio de R$ 8.472,92/mês por cada um dos 23 servidores da pasta. Sem esquecer que destes 23 servidores, 16 estão lá ocupando cargo de comissão.
Ora, a não ser que eu seja muito tapado, está mais do que claro que a Secretaria Municipal Antidrogas de Curitiba é só uma “secretaria faz de conta” que, serve apenas para acomodar funcionários comissionados e não presta o serviço para o qual foi criada. Não previne e nem combate o uso de drogas na cidade de Curitiba.
Durante as últimas semanas, o candidato das “Novas Idéias” vem martelando a “nova idéia” de se criar a Mega Secretaria Municipal de Segurança Pública na cidade de Curitiba, encabeçada por seu mais novo cabo eleitoral o Delegado Francischini.
Tenho a clara impressão de que o candidato das novas idéias quer apenas criar mais uma secretaria para abrigar e pagar polpudos salários a seus apadrinhados políticos e o apadrinhados de Francischini. Mas esta idéia não tem nada de nova, é o mesmo que todos os ex-prefeitos eleitos fizeram nos últimos anos.
Exatamente como fez Beto Richa em 2004 e 2008, Taniguchi em 2000 e 1996…
Agora responde aí:
Onde estão as novas “novas idéias” cara pálida?
Polaco Doido