quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

VALOR ECONÔMICO


Valor Econômico

Manchete: Governo tenta impedir o "contágio" da inflação
O governo age para desconcentrar os aumentos de preços que tradicionalmente ocorrem no início do ano, como os das tarifas de ônibus, para evitar que a alta dos índices em janeiro e fevereiro contaminem as expectativas de inflação para o resto do ano.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, procurou prefeitos e governadores para pedir o adiamento dos reajustes nas tarifas de transportes. Há também no governo a expectativa de que esses aumentos sejam mais moderados, já que o setor de transporte urbano foi um dos beneficiados pela desoneração na folha de pagamento e pode repassar os ganhos aos usuários. (Págs. 1 e A14)
LBR impõe forte perda ao BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social deve fazer uma baixa contábil de R$ 700 milhões relativa à operação da LBR - Lácteos Brasil em seu próximo balanço. Em 2011, o banco patrocinou a criação da companhia com aporte de R$ 700 milhões, R$ 450 milhões em capital e R$ 250 milhões com a subscrição de debêntures conversíveis em ações. O banco tem 30% da empresa.

A LBR surgiu com o propósito de criar uma gigante dos laticínios a partir da fusão entre o laticínio Bom Gosto, do empresário Wilson Zanatta, e a Leitbom, controlada pela Monticiano Participações — empresa que tem como acionistas GP e Laep, dona da Parmalat no Brasil. Procurados, dirigentes do BNDES e da LBR não se manifestaram. (Págs. 1 e B16)
Projeto para o ICMS ainda divide Estados
As propostas para pôr fim à guerra fiscal enviadas pelo governo ao Congresso só entram em discussão na volta do recesso, mas já provocam atritos. Estados do Sul e Sudeste mostram-se surpresos com as alterações feitas pelo governo após as reuniões com os secretários de Fazenda e governadores. Um ponto criticado é o alongamento - de 8 para 12 anos, com transição de 5 anos - do prazo de convergência das alíquotas interestaduais do ICMS para 4%. "Essa transição inviabiliza solução rápida para a guerra fiscal", diz José Clovis Cabrera, da Secretaria da Fazenda de São Paulo. (Págs. 1 e A5)
Construtora quer Castelão como vitrine
A entrega em dezembro do Estádio Governador Plácido Castelo (o "Castelão"), em Fortaleza, destoou do atraso nas obras para a Copa de 2014. A construtora baiana Andrade Mendonça, integrante do consórcio responsável pela obra de R$ 518 milhões, quer se beneficiar da inauguração do estádio para expandir os negócios com o setor público. A empreiteira cresceu graças à incorporação imobiliária e obras comerciais. Seu presidente, Antonio Andrade Júnior, confia que parcerias, como a feita com a Galvão Engenharia no caso do "Castelão", vão ajudar a empresa a conquistar grandes projetos. (Págs. 1 e B11)
Novas eólicas sem linhas de transmissão
O problema dos parques eólicos que entram em operação sem linhas de transmissão para fornecer energia ao sistema deve aumentar neste ano. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Energia Eólica, 50 projetos estão previstos para entrar em operação ao longo do ano, mas os sistemas de transmissão estão atrasados entre 6 e 17 meses.

Os 1,4 mil MW relativos a esses projetos, cuja transmissão está comprometida, correspondem a 15% dos 9 mil MW de capacidade instalada prevista para entrar em operação neste ano, segundo a Empresa de Pesquisa Energética. Conforme a presidente da associação de energia eólica, Elbia Melo, o início das operações de alguns parques poderá atrasar, o que reduziria o impacto do atraso provocado pela falta de linhas de transmissão. (Págs. 1 e A3)
CDI menor exige cuidado do investidor
Os investidores ainda nem se recuperaram do fim dos juros altos nas aplicações e já precisam encarar outra má notícia: nas últimas semanas, o Certificado de Depósitos Interfinanceiros (CDI) está bem abaixo da Selic. Na terça, a Selic estava em 7,11% ao ano e o CDI, em 6,94%.

Marcelo d'Agosto, do blog "O Consultor Financeiro", do site do Valor, lembra que, se um CDB oferece remuneração de 90% do CDI, isso não significa que esse ganho seja de 6,53% ao ano, o que equivaleria a 90% da meta Selic de 7,25%. O ganho esperado seria de 6,25%, ou 90% do CDI - levando em conta os números do dia 15. "Se você ainda retirar os 20% de Imposto de Renda, o ganho já perde da inflação", explica d'Agosto. (Págs. 1, C3 e D2)
Carnaval do Rio deve ter menos turistas europeus
A crise econômica na Europa está mudando o perfil do turista no Rio de Janeiro e deve reduzir o número de visitantes europeus na cidade durante o Carnaval. A mudança de perfil, segundo especialistas ouvidos pelo Valor, pode contribuir para a redução da taxa de ocupação nos hotéis da cidade.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio, os estrangeiros representaram, nos últimos Carnavais, de 60% a 65% da ocupação. Neste ano, a entidade prevê que esses clientes representarão 50% ou menos. Os europeus poderão ser substituídos por turistas brasileiros, que - em maior número do que os estrangeiros - buscam acomodações alternativas, como apartamentos alugados e albergues. (Págs. 1 e B1)
Arcelor e CSN têm vantagem para levar ativos da Thyssen
Dois competidores estão na dianteira para comprar as operações de aço da ThyssenKrupp nas Américas. A ArcelorMittal, maior fabricante mundial de aço, fez uma oferta de US$ 1,5 bilhão pela siderúrgica do Alabama (EUA). A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) ofereceu US$ 3,8 bilhões para ter o controle acionário da CSA no Brasil e pela unidade americana.

As vendas da CSN representam um décimo das da ArcelorMittal, mas sua oferta tem pontos fortes. Se comprar as duas empresas, passará a ter produção de placas de alta qualidade para fornecer à planta do Alabama. Também estão na disputa Nucor, Temium, JFE Steel e Nippon-Sumitomo, mas com poucas chances, segundo analistas. (Págs. 1 e A2)
Cinema nacional procura um final feliz em 2013 (Págs. 1 e B2)

TI lidera em número de negócios
Pelo terceiro ano consecutivo, o setor de tecnologia da informação liderou as transações de fusões e aquisições no Brasil. Segundo a PricewaterhouseCoopers (PwC), foram 96 operações no ano passado. (Págs. 1 e B3)
EUA aceleram
Indústria automobilística americana espera completar em 2013 o quarto ano consecutivo de aumento nas vendas, que poderão chegar a 16 milhões de unidades, volume alcançado em 2007, antes da crise. (Págs. 1 e B6)
Expansão do Portocel
Fibria e Cenibra, sócias no Portocel, terminal marítimo especializado em celulose no Espírito Santo, estudam a viabilidade de duplicar a capacidade do porto, com investimento de R$ 480 milhões.(Págs. 1 e B10)
Fertilizantes fora dos padrões
Quase 20% dos fertilizantes fiscalizados no Brasil estão fora dos padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura. As amostras analisadas no ano passado apresentaram níveis de nutrientes fora dos limites previstos pela legislação. (Págs. 1 e B15)
Nova Aliança amplia produção
Criada pela fusão de cinco pequenas cooperativas em 2010, a Vinícola Nova Aliança, de Flores da Cunha (RS), concluirá em julho a instalação de uma nova unidade industrial para produção de suco de uva, vinhos e espumantes. (Págs. 1 e B16)
Custo menor para captação
Queda dos rendimentos pagos por bônus de empresas brasileiras no mercado secundário no exterior mostra que continua grande o interesse por ativos de renda fixa do país, o que abre caminho para novas emissões neste início de ano. (Págs. 1 e C1)
Debênture financia aquisições
O investimento em participações societárias foi o destino de 19,3% dos recursos captados com a emissão de debêntures no ano passado. Com a redução dos juros, começa a fazer sentido usar dívida para financiar aquisições. (Págs. 1 e C3)
Preços de transferência
A Receita ampliou os requisitos para dispensa das multinacionais de comprovarem a aplicação dos preços de transferência nas vendas a coligadas no exterior, o que fará com que a maioria das empresas perca suas salvaguardas. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Marli Olmos

Não é difícil encontrar o paulistano que acha chique andar no metrô de Nova York, mas nem pensa em usar o de sua cidade. (Págs. 1 e A2)

Maria Clara R. M. do Prado

A perspectiva de um IPCA mais alto é, talvez, o pior que poderia acontecer nesta fase do governo da presidente Dilma. (Págs. 1 e A13)

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