sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

VALOR ECONÔMICO


Valor Econômico

Manchete: Déficit ameaça o caixa de distribuidoras de energia
A complicada engenharia montada pelo governo para assegurar o corte das tarifas de energia criou um déficit de 2.053 megawatts (MW) médios nos contratos de fornecimento das 64 distribuidoras do país. Para fazer a redução nas contas de luz, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) oficializou ontem a divisão, por todas as distribuidoras, de 7.793 MW de eletricidade produzida pelas hidrelétricas que tiveram suas concessões prorrogadas por 30 anos.

As empresas, porém, tinham a necessidade de contratar 9.847 MW para atender à demanda em 2013, segundo a própria Aneel. Contratos mais antigos de fornecimento, que foram assinados após o primeiro grande leilão do setor em 2004, expiraram em 31 de dezembro de 2012 e precisavam ser renovados com urgência. Para cobrir a diferença, as distribuidoras recorrerão ao mercado de curto prazo, no qual o valor do megawatt-hora chegou a R$ 480 nesta semana. Dependendo da variação de preços, a despesa adicional das distribuidoras pode ultrapassar R$ 500 milhões em janeiro, segundo cálculos de especialistas. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) advertiu o governo sobre o risco de inadimplência generalizada e destacou que parte das empresas poderá trabalhar com Ebitda negativo. "É o que chamamos de caixa virado", disse Marco Delegado, diretor da entidade. (Págs. 1 e A3)


BC vê limite na expansão da oferta
Na ata divulgada ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central enterrou as chances de novos cortes nos juros para animar uma economia que cresce abaixo do esperado. Também renovou suas preocupações com a alta inflação no curto prazo.

O diagnóstico é que a fraca expansão se deve a limites na oferta, enquanto os juros são eficazes para lidar com a demanda. O BC reafirmou a manutenção dos juros em 7,25% ao ano por muito tempo, sem elevações para combater altas de preços que considera transitórias. O câmbio deve ficar onde está para conter a inflação. (Págs. 1 e C12)
Menos gastos com seguro- desemprego
Trabalhadores que fazem pedido de seguro-desemprego pela terceira vez em um intervalo de dez anos são obrigados, desde o ano passado, a frequentar um curso de qualificação para continuar recebendo o benefício. A Lei 12.513/11 desagradou aos segurados, que encaram a obrigatoriedade do curso como um empecilho ao recebimento do seguro.

Mas a mudança nas regras para concessão do seguro ajudou a aliviar as contas do Tesouro. Entre janeiro e novembro do ano passado, os gastos reais com seguro-desemprego recuaram 5,4% na comparação com igual período de 2011, segundo levantamento da ONG Contas Abertas. O pagamento do benefício acumulado até novembro somou R$ 22,8 bilhões. (Págs. 1 e A5)
Previsão de lucro menor nos bancos
Os quatro maiores bancos brasileiros com ações em bolsa, em conjunto, devem fechar os balanços do último trimestre de 2012 com lucro líquido de R$ 10,59 bilhões, uma redução de 4,79% em relação ao mesmo período de 2011, segundo projeções feitas por analistas e compiladas pelo Valor. As estimativas consideram apenas itens recorrentes nos balanços dos bancos.

As explicações para a previsão de queda nos lucros são, em essência, as mesmas que já afetaram os balanços ao longo do ano passado, como a inadimplência relativamente alta, diminuição dos juros em função das pressões governamentais e baixo crescimento econômico. (Págs. 1 e C1)
A cada mês sem reajuste, Petrobras perde R$ 1,8 bi
A defasagem nos preços dos combustíveis, causada pelo atraso na autorização do governo para reajustes, provoca perda mensal de R$ 1,8 bilhão à área de abastecimento da Petrobras.

Esse é um valor aproximado. A conta tem como base os R$ 21,7 bilhões acumulados em prejuízo por essa divisão da petroleira nos 12 meses encerrados em setembro. Mantida essa média, a Petrobras deve acumular perda de mais R$ 7,2 bilhões de outubro a janeiro, cifra que se compara aos R$ 45 bilhões levantados em caixa na capitalização de 2010. (Págs. 1 e B6)
Rasuras em ‘cartões- postais’
Às vésperas de receber milhares de turistas em grandes eventos esportivos, auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal escancara o mau estado de conservação de uma série de edifícios do Plano Piloto, inclusive em obras projetadas por Niemeyer. (Págs. 1 e A12)
Mais soja
Empresas de biotecnologia e fundações de pesquisa de todo o país investigam a aplicação de nitrogênio em lavouras de soja. Alguns produtores conseguiram mais que dobrar a produtividade. (Págs. 1 e B12)
Ideias
Claudia Safatle

Se, eventualmente, algum movimento vier a ocorrer, será de aumento da taxa básica de juros. (Págs. 1 e A2)

Cláudio Frischtak

São os ganhos de produtividade que vão sustentar a retomada do crescimento e a continuidade da redução da pobreza. (Págs. 1 e A11)
Déficit comercial japonês triplica e Tóquio promete iene mais fraco (Págs. 1 e A9)

Eletrobras revê internacionalização
Premida por uma perda de receita estimada em R$ 8,7 bilhões, devido à renovação antecipada de suas concessões, a Eletrobras decidiu desacelerar seus planos de internacionalização. A meta era ter 10% do faturamento no exterior até 2020. (Págs. 1 e B8)

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