quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

VALOR ECONÔMICO


Valor Econômico

Manchete: Ação coordenada põe o dólar em novo patamar
Com um olho na taxa de investi­mento e outro na inflação, o Banco Central fez um movimento de valori­zação do real frente ao dólar. Ontem, a moeda americana encerrou o dia cota­da a R$ 1,985 — o menor nível desde julho do ano passado. O real acumula, no ano, uma apreciação de 2,92%. A tendência é de que a taxa de câmbio, dentro do regime de “flutuação suja”, fique mais estável e num patamar me­nos desvalorizado do que no ano pas­sado. A avaliação de fontes do governo, porém, é de que, com uma taxa sensivelmente abaixo de R$ 2, começa­ria a “chiadeira” da indústria.

Há um intervalo no qual o câmbio pode se situar de forma a não penalizar tanto os custos das importações para renovação tecnológica e seja, também, um fator a mais de descompressão da inflação. Esse teria sido um movimento coordenado do governo e a decisão do BC, de fazer a rolagem antecipada de US$ 1,85 bilhão em swaps cambiais na segunda-feira, sacramentou o rompi­mento do piso psicológico de R$ 2. (Págs. 1, A3 e A4, C1 e C2)
Minas-Rio tem perda de US$ 4 bi
A mineradora Anglo American anunciou que terá uma baixa contábil de US$ 4 bilhões em seu balanço de 2012, valor referente à operação de mi­nério de ferro Minas-Rio, em Minas Ge­rais. O anúncio, já esperado pelo mer­cado, foi necessário em razão do atraso de quatro anos nas obras do projeto.

A companhia comprou participa­ção no Minas-Rio em 2007, da MMX, mineradora de Eike Batista, e assumiu o controle em 2008, o que lhe custou US$ 5,2 bilhões no empreendimento e começar a operar em 2010. Com uma série de atrasos em licenças e compras de terrenos, o projeto acabou exigindo o triplo do esperado em desembolsos, agora previstos em US$ 8,8 bilhões. René Medori, diretor financeiro da empresa, disse que a Anglo American já investiu US$ 3,8 bilhões nas obras. (Págs. 1 e B1)
Gasolina sobe e defasagem vai continuar
O reajuste nos preços dos combustí­veis, anunciado ontem à noite pela Petrobras, deve gerar um reforço de R$ 600 milhões a R$ 650 milhões por mês no caixa da petroleira. Essa elevação de receita vai aliviar a situação da compa­nhia, mas está longe de resolver o proble­ma da defasagem entre os preços dos combustíveis importados pela estatal e os cobrados no mercado interno.

Segundo analistas, com os reajustes a defasagem nos preços caiu de 17,3% para 11,8% no caso da gasolina e de 16,7% para 12,2% no diesel. A Petro­bras vinha perdendo cerca de RS 2 bi­lhões por mês com o subsídio, porque vende o combustível no mercado mais barato do que paga pela importação. Com a correção dos preços, a compa­nhia continuará perdendo R$ 1,2 bi­lhão por mês. Os aumentos, de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel, entram em vigor hoje. (Págs. 1 e A4)
Capital entra, mas Bovespa ainda patina
Janeiro deve ser o terceiro mês con­secutivo de entrada líquida de capital externo na bolsa de valores brasileira. Até o dia 24, o saldo do investimento estrangeiro era positivo em RS 3,9 bi­lhões, superando os R$ 3,7 bilhões de dezembro e muito acima dos R$ 533,9 milhões de novembro. Historicamen­te, o índice Bovespa sobe quando o ca­pital externo desembarca para valer no país. Por ora, essa tendência ainda não se confirma — até ontem, a Bolsa caiu 0,90% este mês.

Segundo Walter Mendes, sócio da Cultinvest, é cedo para falar em uma avalanche de recursos estrangeiros pa­ra a bolsa brasileira. O fluxo recente, diz Mendes, espelha mais um aumen­to geral do apetite por ações de países emergentes do que uma convicção de que haverá um desempenho robusto da Bovespa. E mesmo assim o Brasil es­tá ficando com uma parcela muito pe­quena de recursos em comparação a outros países. (Págs. 1 e Dl)
Produtividade contribuiu pouco para PIB
A evolução da produtividade contribuiu pouco para o crescimento econômico do país. Um estudo do Boston Consulting Group mostra que de 2001 a 2011 o ganho de produtividade foi responsável por apenas 26% do crescimento médio de 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Os demais 74% foram resultado do aumento da população empregada. A proporção é praticamente in­versa à exibida pela Coreia do Sul, onde a elevação de produtividade respondeu por 72% do crescimento no mesmo pe­ríodo. Na China a participação do ganho de produtividade foi de 93%.

O quadro mostra um nível de pro­dutividade praticamente estagnado no período. O estudo indica ainda que os setores ligados a recursos naturais — mineração, extração de petróleo e agricultura — foram responsáveis por cerca de metade do ganho anual mé­dio de produtividade de 1% na última década no Brasil. (Págs. 1 e A4)
Energia renovável perde recursos
Os investimentos em energias renováveis no país diminuíram 30% no ano passado, de US$ 7,9 bilhões em 2011 para US$ 5,5 bilhões. Os negócios devem ser retoma­dos com novos leilões em 2013. (Págs. 1 e B10)
Ideias
Cristiano Romero

Principais metas do governo Dilma, agora, são manter os juros baixos e asse­gurar o corte na tarifa de energia. (Págs. 1 e A2)

Fernando Zilveti

Para despertar o espírito animal do empre­endedor basta garantir redução, segurança jurídica e previsibilidade tributária. (Págs. 1 e A13)
Aviação regional
O movimento de passageiros nos 31 aero­portos regionais de São Paulo aumentou 10% em 2012, quando 2,832 milhões de pessoas foram transportadas. Os maiores crescimentos foram em Bauru (83%), Ma- rflia (43%) e Araçatuba (30%). (Págs. 1 e B5)
Aliança renova frota
A Aliança Navegação e Logística está in­vestindo R$ 450 milhões na construção e importação de quatro navios de cabo­tagem, como parte do programa de re­novação da frota. Em fevereiro chega ao país a primeira unidade. (Págs. 1 e B10)
Biosev vende fazendas
A Biosev, braço sucroalcooleiro da Louis Dreyfus, quer vender suas fazendas de cana na região de Sertãozinho (SP), que depois seriam arrendadas. São de 20 a 25 proprie­dades, com 3 mil hectares no total. O negó­cio deve ficar perto de R$ 100 milhões. (Págs. 1 e B13)
Vivo busca parceiros para dividir custos da infraestrutura de 4G (Págs. 1 e B3)

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