terça-feira, 22 de janeiro de 2013

VALOR ECONÔMICO


Valor Econômico

Manchete: Centro-Oeste puxou crescimento
O Centro-Oeste, com o agronegócio, puxou o Produto Interno Bruto (PIB) de 2012. Sem a região, o resultado teria sido ainda pior que o fraco crescimento de 0,8% a 1% com o qual o Brasil deve ter encerrado o ano passado. Enquanto o Sudeste, que representa mais da metade da economia brasileira, cresceu abaixo da média nacional (só 0,5%, segundo estudo da consultoria Tendências), o ritmo do Centro-Oeste foi o triplo do país: 3,3%.

As regiões brasileiras reagiram de forma distinta ao cenário internacional, à desaceleração da atividade doméstica e aos incentivos lançados pelo governo durante todo o ano passado para reaquecer o consumo, a produção e os investimentos. Enquanto os Estados mais ligados à produção industrial, como São Paulo e Amazonas, sofreram com a queda das exportações e a concorrência dos importados, o Centro-Oeste, fortalecido pelo agronegócio, avançou mais. (Págs. 1 e A12)
Fotolegenda: Alternativa tecnológica
A GraalBio, fabricante pré-operacional de etanol de segunda geração, vendeu 15% do capital para o BNDES, por R$ 600 milhões. Planos incluem mais dez plantas até 2020, diz Bernardo Gradin. (Págs. 1 e B1)
STF julga intervenções do Estado na economia
Depois de ser acusado de intervir nas atividades do Congresso Nacional, no julgamento do mensalão, o Supremo Tribunal Federal (STF) volta suas atenções em 2013 para casos em que a discussão central é a intervenção do Estado na economia. Diversos processos se referem a esse tema, desde os que envolvem a interferência de governos estaduais nas empresas por meio da cobrança de impostos em atividades antes isentas até aqueles em que agências reguladoras cerceiam a atuação de grandes companhias.

Um dos principais casos sobre a intervenção do Estado na economia - a cobrança de ICMS nas vendas feitas pela internet - ganhou status de repercussão geral no STF. Empresas conseguiram em instâncias inferiores da Justiça o direito de pagar o imposto apenas para o Estado que remete a mercadoria, prejudicando os Estados consumidores.

Também ganhou repercussão geral uma ação da Confederação Nacional do Comércio (CNC) contra a exigência de Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas para companhias que querem participar de licitações. (Págs. 1 e A3)
Novas teses jurídicas pós-mensalão
Advogados já têm prontas teses para discutir na Justiça a cobrança de tributos, além de causas perdidas no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), com base no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal.

O julgamento terá reflexo imediato nas autuações por crimes fiscais analisadas pelo Carf. O entendimento do Supremo de que empates beneficiam os réus será usado para tentar derrubar decisões contrárias ao contribuinte. Pelo regimento do Carf, empates são definidos pelo presidente da sessão, sempre um representante do governo. (Págs. 1 e E1)
Operadoras terceirizam torres de telefonia
As torres das operadoras de telefonia estão à venda. Para as teles, essa venda é uma forma de obter receita com um ativo que, no passado, já foi muito valioso, mas que gera custos de manutenção. As operadoras vendem os lotes de torres e passam a pagar um aluguel pelo uso. O Valor apurou que Vivo e Oi são as operadoras mais avançadas nesse processo. A Vivo já vendeu 30% de suas aproximadamente 13 mil torres, o que rendeu R$ 1,1 bilhão.

As torres estão sendo compradas por empresas especializadas, em geral controladas por fundos de "private equity". É o caso da TorreSur, do fundo americano Providence, que já aplicou R$ 1,4 bilhão na compra de 2,6 mil estruturas. A líder na administração de torres de telefonia é a American Tower, com 4,3 mil pontos no país. A BR Towers, da GP Investimentos, tem 2 mil. A mais nova a entrar no negócio é a SBA Communications, que comprou 800 estruturas da Vivo. (Págs. 1 e B2)
Empresas já se preparam para a corrida da Olimpíada
Uma das maiores indústrias químicas do mundo - e que não vende produtos ao consumidor final -, a Dow Chemical pretende tornar-se mais conhecida das novas gerações de brasileiros na Olimpíada de 2016. A empresa projeta vendas adicionais de US$ 1 bilhão geradas pelo patrocínio ao Comitê Olímpico Internacional (COI), sendo que grande parte desse valor deve vir dos projetos de infraestrutura do Rio, diz o porta-voz olímpico da Dow no Brasil, Sandro Sato.

Assim como a Dow, outras nove patrocinadoras mundiais dos Jogos Olímpicos se preparam para o evento do Rio: Atos, General Eletric, McDonald's, Omega, Panasonic, P&G, Samsung, Visa e Coca-Cola. Elas fazem parte do programa de patrocínios do COI e oferecem serviços nas áreas em que atuam. De forma geral, seus dirigentes acreditam que, além de ser uma oportunidade única de expor seus produtos, a associação aos esportes reforça a imagem de saúde e sustentabilidade, tão desejada pelas companhias. (Págs. 1 e B4)
Em parceria com Agusta, Embraer passa a fabricar helicópteros (Págs. 1 e B8)

Queda do consumo põe indústria de refrigerante em xeque (Págs. 1 e B9)

Em discurso de posse, Obama defende papel intervencionista do Estado (Págs. 1, A9 e B9)

Autuações do Fisco somam R$ 115 bi
Com uma estratégia de fiscalização mais focada nos grandes contribuintes, as autuações da Receita Federal alcançaram o recorde de R$ 115 bilhões no ano passado. A própria Receita estima que 75% desse total deverá ser questionado na Justiça. (Págs. 1 e A3)
Mais disciplina no prato
Governos regionais adotam legislações para disciplinar a venda de alimentos para crianças. Segundo o IBGE, mais de 30% delas têm sobrepeso e 15% são obesas na faixa entre 5 e 9 anos. (Págs. 1 e B1)
Pouso forçado
A demanda por viagens aéreas no país interrompeu, em 2012, um ciclo de três anos consecutivos de crescimento acima dos 15%. A expansão foi de 6,79%, o pior desempenho em nove anos. (Págs. 1 e B3)
Sinais de retomada
Após dois anos consecutivos de retração, a produção dos setores têxtil e de confecções deverá crescer até 2% em 2013. No pior cenário, a associação das indústrias espera repetir os resultados do ano anterior. (Págs. 1 e B5)
MMX troca o comando
O geólogo e engenheiro de minas Carlos Gonzalez assumiu ontem o comando da MMX, mineradora do grupo EBX. As prioridades do novo presidente serão as obras do porto do Sudeste, em Itaguaí (RJ), e a expansão da mina de Serro Azul, em Minas. (Págs. 1 e B6)
Peugeot aposta no novo 208
A Peugeot investe no lançamento do novo modelo 208, no início de abril, para reverter o mau resultado das vendas da marca no Brasil no ano passado, que caíram 16%. O carro deverá representar mais da metade das vendas. (Págs. 1 e B8)
Moinhos investem na diversificação
Com o consumo de farinha de trigo estagnado há pelo menos uma década no país, os moinhos brasileiros investem em produtos de maior valor agregado e na diversificação do portfólio para estimular as vendas. (Págs. 1 e B12)
Ideias
Delfim Netto

Não existe uma teoria universal que permita colocar a política econômica no piloto automático, como o nosso “tripé”. (Págs. 1 e A2)

Marcelo Côrtes Neri

Em época de crise europeia e pleno emprego brasileiro, a imigração iluminaria o apagão de mão de obra qualificada. (Págs. 1 e A11)

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