Valor Econômico
Manchete: Novas concessões de rodovias têm disputa acirrada
Sempre que houver filas de veículos de mais de 200 metros nos pedágios ou quando a espera passar de 15 minutos, as concessionárias terão de liberar as cancelas. Para os usuários de rodovias, essa é uma das mudanças mais significativas da nova rodada de concessões rodoviárias, que vai transferir 7,5 mil quilômetros de estradas federais à iniciativa privada nos próximos três meses.O governo espera disputa acirrada na primeira etapa dessa rodada, que terá licitação no dia 30 e vai envolver pelo menos seis grupos - CCR, Odebrecht, Invepar, Ecorodovias, Triunfo e Acciona. Será o primeiro teste do apetite dos investidores e incluirá dois lotes: a BR-116, em Minas Gerais, e a BR-040, entre Brasília e Juiz de Fora (MG). Para esses dois trechos ainda não valerá a norma sobre filas no pedágio. Na avaliação oficial, várias empresas "correm por fora" e também mostraram interesse pelas concessões nas audiências públicas feitas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), entre elas Isolux Corsán, Fidens, Barbosa Mello, Cowan e Aterpa. (Págs. 1 e A16)
BNDES pode se tornar sócio da CSN
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá passar a ser sócio da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A proposta será debatida na próxima semana e busca tornar viável a aquisição, pela CSN, dos ativos da alemã ThyssenKrupp no Brasil e nos Estados Unidos.O banco já não é mais um grande credor da CSN e há pelo menos cinco anos não concede financiamentos à companhia controlada por Benjamin Steinbruch. A CSN fez uma proposta de US$ 3,8 bilhões pelos ativos da ThyssenKrupp: a CSA, no Rio, e uma laminadora no Alabama. (Págs. 1 e B10)
Oi e TIM vão compartilhar rede 4G
TIM e Oi decidiram construir uma única rede para explorar o serviço de quarta geração da telefonia móvel (4G) no país. Pela primeira vez no mercado brasileiro, duas operadoras concorrentes se unem para fazer um compartilhamento complexo de infraestrutura. Até agora, só eram compartilhados torres, antenas e sistemas de energia. Com o novo modelo, o país começa a avançar em um processo que já está adiantado na Europa.Estima-se que as operadoras terão, juntas, uma economia de 40% a 60% no custo previsto para a implantação das redes. Além de gastos menores, o prazo exíguo foi outro fator que aproximou as concorrentes, pois as redes deverão estar prontas até abril nas cidades da Copa das Confederações. Segundo apurou o Valor, as operadoras dividiram as cidades que vão sediar o evento. Cada uma delas assumirá a implantação nas áreas previamente definidas. Depois, ambas compartilharão as redes. (Págs. 1 e B2)
Sigilo nas Ilhas Cayman perto do fim
As Ilhas Cayman preparam-se para acabar com décadas de sigilo e permitir maior transparência em milhares de empresas e fundos hedge com sede no território caribenho, que deseja se livrar da reputação de paraíso fiscal e porto seguro para atividades financeiras clandestinas. Para isso, está propondo amplas reformas que vão tornar públicos os nomes de milhares de empresas até agora ocultas, assim como os de seus diretores. Esse processo depende de consulta em andamento, a ser concluído em meados de março.A maior parte das pressões por mudanças veio de investidores em fundos hedge. Muitos dos maiores fundos de pensão do mundo não têm, até agora, como verificar detalhes dos fundos em que investem com sede no território ou sobre seus diretores. (Pág. 1 e C5)
Apesar das críticas, Dilma vai manter Mantega no governo
Está decidido: o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fica no governo. A presidente Dilma Rousseff não pretende ceder às pressões do mercado e da mídia e nem às críticas de amigos, como é o caso do ex-ministro Delfim Netto, para que proceda a uma troca do comando da política econômica - que, afinal, é dela. Mantega é apenas o executor.Se, em algum outro momento, Dilma tiver de substituir Mantega na Fazenda, o nome do eventual novo ministro terá que ser avalizado pelo PT.
A posição de Mantega ficou mais vulnerável após o anúncio, no último trimestre de 2012, de que a economia não estava se recuperando, apesar da bateria de estímulos acionada pela área econômica e das promessas públicas do ministro. E piorou em decorrência da desastrosa manobra fiscal para fechar a meta de superávit primário. As críticas atravessaram as fronteiras, chegando às páginas da "The Economist" e do "Financial Times". (Págs. 1 e A2)
Argentinos pagam mais por produtos de exportação
Atraso cambial, inflação alta e perda de competitividade da Argentina fizeram com que produtos típicos da pauta de exportação do país, como arroz e derivados de trigo e leite, sejam agora mais baratos em São Paulo do que em Buenos Aires, apesar do custo muito menor da matéria-prima."Existe um subsídio cruzado. O consumidor argentino é obrigado a pagar mais para que as empresas exportem. A perda de competitividade fica aqui. Mesmo com rentabilidade menor lá fora, manter o mercado externo é importante para que a empresa tenha acesso a uma fonte de dólares", diz o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna, opositor ao governo da presidente Cristina Kirchner, que o derrotou na eleição de 2007. (Págs. 1, B5 e C5)
Reajuste de servidores provoca dúvidas no governo federal (Págs. 1 e A4)
China perde força como ‘chão de fábrica’ global (Págs. 1 e B11)
Mais assentamentos
Após dois anos com o número de assentamentos abaixo da média histórica, o Incra deve alcançar seu melhor desempenho em 2013, apesar de manter o foco na melhoria das condições dos assentamentos já existentes. (Págs. 1 e A2)
Volta dos investimentos
Pedidos de financiamento feitos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apontam tendência de retomada de investimentos na economia. (Págs. 1 e A3)
Descompasso industrial
A produção da indústria brasileira caiu entre janeiro e novembro do ano passado, mas a massa salarial e o rendimento médio dos trabalhadores cresceram no período, aumentando a pressão sobre os custos do setor. (Págs. 1 e A4)
Hubner na Secretaria da Casa Civil
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, deverá ser o substituto do secretário-executivo da Casa Civil, Beto Vasconcelos, que vai deixar o governo. (Págs. 1 e A6)
Profarma chega ao varejo
A distribuidora de medicamentos e produtos de higiene pessoal Profarma fechou a compra das redes de farmácias Drogasmil e Farmalife, com 85 lojas, por R$ 87 milhões. Os recursos sairão do caixa da empresa, após aprovação pelo Cade. (Págs. 1 e B4)
Novos desafios
Com forte atuação na área de energia, a Leme Engenharia, empresa de consultoria do grupo franco-belga GDF Suez, aposta agora no setor de portos e hidrovias para crescer no país, diz o presidente da companhia, Flavio Campos. (Págs. 1 e B8)
Foco monetário
O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) vai criar um Centro de Estudos Monetários para monitorar a política de juros brasileira e dos principais mercados do mundo, acompanhamento geralmente feito por bancos e firmas de investimento. (Págs. 1 e C12)
Frigoríficos captam US$ 1,4 bi
Dois dos maiores produtores de carne do Brasil recorreram ao mercado externo para emitir títulos de dívida nesta semana. Juntos, Minerva e Marfrig captaram US$ 1,450 bilhão. (Págs. 1 e C12)
Ideias
Carlos PereiraGoverno tem flertado com o perigo ao se valer de contabilidades criativas para cumprir meta de superávit primário. (Págs. 1 e A8)
Naercio Menezes Filho
Mesmo se a economia não retomar o crescimento de 4% ao ano, o mercado de trabalho permanecerá aquecido. (Págs. 1 e A15)
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