quinta-feira, 22 de abril de 2010

Assassinam o sétimo jornalista neste ano em Honduras

Tegucigalpa - O jornalista hondurenho Georgino Orellana, da televisão de San Pedro Sula, foi assassinado durante as últimas horas, no meio de uma onda de violência que já custou a vida neste ano a sete profissionais da imprensa.

Orellana, de 48 anos, recebeu um disparo na cabeça quando saía de seu trabalho depois de concluir um programa noticioso.

"Sei que se tratava de alguém que o esperava embaixo de uns arbustos à saída do canal cinco onde trabalhava", disse o ministro de Segurança, Oscar Álvarez.

Orellana desempenhava-se também como professor da Escola de Jornalismo da Universidade Nacional Autônoma.

Com este assassinato somam sete os repórteres de diversos meios mortos a bala neste ano em Honduras, país que se converteu no mais perigoso para o exercício da profissão. As vítimas são Joseph Ochoa, do canal 51 de Tegucigalpa; David Meza, de Rádio O Pátio, na Ceiba; e José Bayardo Mairena e Víctor Manuel Juárez, de Rádio Súper 10, em Olancho.

Também foram assassinados Nahum Palácios, da Televisão do Aguán, em Colón, e Luis Antonio Chévez, locutor da emissora W105, de San Pedro Sula.

"Não encontramos explicações, estamos na defensiva. Não temos palavras para manifestar o repudio que sentimos", disse o presidente do Colégio de Jornalistas, Elán Reyes.

Até agora os crimes permanecem impunes e as autoridades não processaram nenhum dos autores materiais e intelectuais dos atentados contra o setor.

A diretora geral da Organização de Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Irina Bokova, condenou os assassinatos e chamou o governo a perseguir aos culpados.

"Preocupam-me muito os ataques contra os jornalistas que estão tendo lugar em Honduras", disse Bokova.

A situação para o setor agravou-se após o golpe de Estado de 28 de junho, quando meios de imprensa foram fechados ou militarizados e vários jornalistas foram presos ou obrigados a abandonar o país.

fonte: Prensa Latina

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