sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ampliação de colônias de Israel dificulta processo de paz

Nesta sexta-feira (15), Israel autorizou a construção de 240 casas para israelenses em colônias ilegais em Jerusalém Leste, apesar das exigências que crescem em todo o mundo para que a colonização seja interrompida. A atitude do governo israelense cria novos obstáculos a um processo de paz.

Os noticiários da televisão israelense confirmaram nesta sexta que o primeiro-ministro sionista, Benjamin Netanyahu, deu sinal verde a um projeto para edificar casas para cidadãos de credo radical nas colônias de Pisgat Ze'ev e Ramot na cidade santa.

Segundo informações do sítio de internet “Ynet”, as casas estavam incluídas numa proposta de construir 3.500 novas unidades habitacionais em várias regiões de Israel.

Netanyahu ordenou em novembro de 2009 uma moratória de10 meses nas construções das colônias da Cisjordânia, mas manteve as obras em Jerusalém Leste, pois o executivo sionista define toda a cidade como "capital eterna e indivisível do povo judeu".

A negativa israelense de renovar o congelamento das edificações na Margem Ocidental, depois que expirou a moratória em 26 de setembro, levou à suspensão do diálogo direto reiniciado 24 dias antes em Washington com a Autoridade Nacional Palestina (ANP).

O presidente da ANP, Mahmud Abbas, ainda não se pronunciou sobre a autorização das 240 casas em Pisgat Ze'ev e Ramot, mas na última quinta-feira (14) ratificou sua exigência de uma paralisação total dessa atividade na Cisjordânia, como condição para voltar a negociar.

"Respaldamos totalmente a solução de dois Estados, um palestino nas fronteiras de 1967 (quando os sionistas completaram a ocupação), e outro israelense, vivendo lado a lado em paz, segurança e estabilidade", indicou o mandatário palestino em Ramalah.

Em termos similares falou o chefe negociador da ANP, Saeb Erakat, ao sublinhar que a Organização para a Libertação da Palestina "nunca aceitará propostas para intercambiar cidadãos palestinos de Israel por colonos nos territórios ocupados".

Com tal declaração Erakat respondeu a uma proposta de Netanyahu de que estaria disposto a frear as construções na Cisjordânia, se a liderança palestina reconhece Israel como "Estado-nação do povo judeu" ou aceita alterar as fronteiras.

Por seu lado, o dirigente da OLP, Yasser Abd Rabbo, declarou que a ANP reconheceria Israel com qualquer nome, sempre e quando apresente um plano de um futuro Estado palestino e ponha fim à ocupação de todo o território palestino, incluindo Jerusalém Leste.

Fonte: Prensa Latina

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