quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Líderes árabes convocam greve contra hostilidade de Israel

Ramalah, (Prensa Latina) Uma tensa calma prevaleceu hoje no povoado de Umm Al-Fahm onde líderes árabes convocaram uma greve para condenar a brutalidade policial de Israel, cujas tropas intensificaram os ataques contra palestinos em Gaza e na Cisjordânia.

O chefe do Comitê Superior de Monitoramento Árabe (CSNA), Mohammed Zeidan, chamou a uma paralisação de trabalhos na localidade e demandou das autoridades sionistas investigar o que descreveu como brutalidade policial premeditada contra uma marcha realizada ontem.

Forças antimotins reprimiram violentamente, na quarta-feira, árabes e israelenses que recusaram a provocação de extremistas ultraortodoxos durante uma marcha pelo mencionado povoado, considerado a maior comunidade palestina dentro de Israel.

Os ultradireitistas manifestaram-se cantando consignas de louvor à religião do "povo judeu" (sic) e exigindo que seja declarado ilegal o movimento islâmico liderado pelo jeque Raed Salah, segundo explicaram testemunhas.

A rejeição dos palestinos desencadeou em confrontos com os israelenses radicais e provocou a intervenção dos policiais sionistas para proteger estes últimos e arremeter contra os moradores de Umm Al-Fahm, que se defenderam com pedras.

Zeidan disse que os efetivos sionistas lhes atacaram com toda intenção ao entrarem na cidade e lançaram bombas de gases lacrimogêneos e granadas de efeito moral.

Denunciou que o racismo em Israel "tem convertido-se um fenômeno entre os que tomam as decisões e as levam a cabo. O ocorrido em Umm al-Fahm é uma escalada ameaçante", afirmou.

Também ontem efetivos israelenses e pessoal da administração civil de Jerusalém arrasaram com um acampamento de beduinos (terrenos e barracas de campanha) pertencentes ao clã Jahalin em Isawiya, norte da cidade santa ocupada.

Enquanto isso, as forças sionistas realizaram dois ataques aéreo e terrestre contra Jabaliya e Beit Hanoun, respectivamente, com saldo de dois jovens palestinos mortos e vários feridos nessas duas localidades do norte da Faixa de Gaza.

Soldados israelenses disparam frequentemente contra palestinos, civis ou membros de milícias armadas, que entram ou se aproximam da área de restrição de 300 a 500 metros da cerca fronteiriça entre Gaza e o Estado sionista

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