quinta-feira, 26 de maio de 2011

NUNCA FOI TÃO FÁCIL METER A MÃO NO DINHEIRO DO POVO E, INFELIZMENTE, SÓ O CORRUPTO TRAÍDO NOS SALVA

educação e política

A outra porta da corrupçãoOs escândalos de verdadeiros roubos aos cofres públicos se sucedem um atrás do outro. É uma sangria desatada que parece não ter fim. Todos os partidos, todos os níveis da administração. É no país inteiro, de Campinas a Belém do Pará, de Brasília a São Paulo.

Espera-se muitas vezes que a polícia e o ministério público resolvam o problema, mas eles nunca vão resolver enquanto for tão fácil meter a mão no dinheiro do povo brasileiro.

Enquanto não construirmos uma transparência total nas contas públicas, não haverá polícia e ministério público que dê conta. É muita corrupção para pouco ministério público. Isso sem contar a benevolência da Justiça, a Cínica.

As apurações só acontecem com delação premiada, com escândalos e brigas internas entre os corruptos. Só se desmonta um escândalo de corrupção no Brasil quando o próprio esquema implode: foi assim no valerioduto, na Assembleia de Belém, no mensalão do DEM em Brasília e em todos os outros lugares.

Só o corrupto traído nos salva. Essa é nossa miséria.

Além da facilidade de desviar dinheiro de governos estaduais, municipais e federal, há um duplo benefício: enriquecimento pessoal e financiamento de campanha. É a fome com a vontade de comer.

Se os escândalos se sucedem, por que não combatemos preventivamente? Uma das respostas é porque o beneficiário dos escândalos é quem faz a lei e, também, quem julga. As licitações fraudulentas também estão presentes nos tribunais de justiça. Então, torna-se insolúvel o problema.

Talvez uma saída seja a iniciativa popular. Assim como a lei da ficha limpa para o político, é preciso fazer o ficha limpa do servidor público. Todos os cargos comissionados deveriam ser preenchidos por pessoas sem ficha criminal. Assim, assessores, ministros, secretários etc só poderiam assumir um cargo público se tiverem ficha limpa total. Qualquer processo ou condenação em primeira instância por corrupção inviabilizaria a nomeação do funcionário público não concursado

Outra alternativa é o financiamento público de campanha que, se não diminuir a corrupção, pelo menos não se terá mais a desculpa política de se ter usado a corrupção para o financiamento de campanha.

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