quinta-feira, 5 de maio de 2011

Show coxa goleia e paralisa o Palmeiras

por Juca Kfouri

Com pouco mais de 20 minutos o Coritiba já ganhava de 2 a 0 do Palmeiras.

E perante um Couto Pereira enlouquecido, mostrava por que virou sensação.

Cabe até perguntar, do ponto de vista coxa: será o nível técnico do Paulistinha melhor que o do Campeonato Paranaense?

Porque todos foram unânimes em dizer que o Palmeiras merecia ser o finalista de seu estadual e o alviverde paulista não viu a bola durante todo o primeiro tempo, tendo se livrado, aliás, de tomar um gol de Émerson logo de cara.

O próprio Émerson, de cabeça, para desespero de Marcos, que voltou ao arco palmeirense, fez 1 a 0 e Davi, num brilhante contra-ataque, ampliou.

Marcos, aliás, aos 37, fez milagre de São Marcos, em cabeçada à queima-roupa de Pereira.

E o Palmeiras abriu a caixa de ferramentas, porque, na bola, não estava dando.

Aos 39, Jonas perdeu gol feito em passe perfeito de Léo Gago.

Sim, 4 a 0 era o placar normal para o que os dois times faziam em campo.

E Léo Gago tratou de fazer 3 a 0 ainda no primeiro tempo, com a colaboração de Danilo, que desviou a bola e tirou Marcos do lance.

O que Felipão poderia fazer no intervalo? Rezar?

Marcelo Oliveira certamente queria mais: “Três vira, seis acaba, em pessoal”, sonhou.

E seu time também, embora o Palmeiras até tenha voltado um pouco melhor.

O que durou apenas 10 minutos, pois Leandro Amaro derrubou Bill na área e o próprio Bill se encarregou de bater o pênalti para fazer 4 a 0.

4 a 0!

O mesmo placar com que o Coritiba despachou o Caxias no primeiro jogo das oitavas.

E o 5 a 0 pintou diversas vezes, ainda mais que Rivaldo foi expulso depois de dar uma cotovelada em Bill, aos 17.

Aos 31, por exemplo, Davi chutou por cima o quinto gol.

Um massacre que deixava o Palmeiras como se anestesiado, incrédulo, como se não soubesse de onde vinha o caminhão descendo a ladeira para atropelá-lo.

E Wellington Paulista estava em campo, assim como Chico e Adriano, porque João Victor foi trocado para não ser expulso, e Patrick e Lincoln porque não jogaram nada mesmo.

Geraldo, aos 46, fez 5 a 0, como se estivesse passeando, sob as vistas da complacente melhor defesa da fase de classificação do Paulistinha.

Aos 47, foi a vez de Anderson Aquino mostrar que se três vira, seis acaba.

Dá para virar em São Paulo?

Claro que dá, basta lembrar que uma vez o Palmeiras tomou de 5 a 0 do Grêmio no Olímpico e devolveu com um 5 a 1 no Palestra, o que não serviu, mas foi impressionante.

Eram as quartas de final da Libertadores de 1995 e o técnico do Grêmio era o Felipão.

Mas há também quem acredite em Papai Noel.

O fato é um só: o Coritiba marcou sua 24a. vitória consecutiva no Palmeiras que detinha o recorde de 21 triunfos seguidos desde 1996.

E não se fala mais nisso.

Até porque o 6 a 0 ficou barato, para mais de 31 mil torcedores que festejam, justamente orgulhosos, no Couto Pereira.

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