quarta-feira, 5 de setembro de 2012

SÍRIA - SÓ DIÁLOGO PODERÁ RESOLVER O CONFLITO

Só diálogo poderá resolver o conflito sírio, garante embaixador


Nesta terça-feira (4), o embaixador da Síria no Brasil, Mohammed Khaddour, e o cônsul geral do país, Ghassan Obeid, passaram todo o dia na sede do Partido Comunista do Brasil, em São Paulo, onde participaram de diversas atividades que demonstram a solidariedade do Partido ao povo sírio e seu governo.


Vanessa Silva
Renato embaixador da Síria
Durante a tarde, os diplomatas se reuniram com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, o secretário de Relações Internacionais do Partido, Renato Alemão Abreu, a presidenta do Cebrapaz e do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, e o membro da comissão sindical do Partido, Lejeune Mirhan.

O encontro do presidente do PCdoB com os representantes do governo sírio revela de maneira inequívoca e irrestrita a solidariedade do Partido ao povo e ao governo sírio em sua luta contra o imperialismo e o sionismo.

Em sua fala durante coletiva de imprensa, realizada após a reunião com a comissão internacional do PCdoB, Mohammed Khaddour ressaltou o caráter diplomático de sua visita a São Paulo para participar do ato em solidariedade ao povo sírio e mencionou as ótimas relações do Brasil com o país árabe.

Apesar de convocada, a grande imprensa não respondeu aos reiterados convites para participar da coletiva. Acompanhe alguns trechos das declarações:

As origens do conflito

Mohammed explicou que a situação que vive o país faz parte do conflito árabe-israelense, que se iniciou na década de 1950. “Eles [Israel] usaram meios parecidos com os que estão sendo usados hoje. Por cinco anos a Síria ficou em estado de alerta, como agora. Mas, todos esses meios [foram usados para] tirar a Síria de seu trajeto, fazê-la submissa”. E não conseguiram.

Cobertura da imprensa

Os veículos de comunicação também não falam a verdade e estão a serviço de um plano maior para destruir a Síria. “Querem fazer uma guerra psicológica para atingir o moral do povo sírio de um lado, realizando o que foi proposto pelo Ocidente”. Ele evidenciou ainda o fato de que o povo sírio acredita na imprensa do país. “Cientes deste fato, foram realizados atentados contra a mídia síria com o objetivo de calá-los”. Também não conseguiram.

Exército

“O Exército está protegendo o povo e o país, perseguindo os terroristas, onde eles estiverem”. Segundo o embaixador, “70% do povo estão a favor do exército e do governo”. Quanto aos mercenários, é mordaz: “esses terroristas mercenários, não vamos ter piedade – tanto o Exército, quanto os cidadãos – de acabar com eles. Mesmo que isso leve bastante tempo. Porque eles matam, raptam, destroem instituições públicas e privadas. Então o Exército tem o dever de proteger o país desses mercenários”.

Reformas

Quando questionado sobre as reformas necessárias no país, o embaixador lembrou que a Síria implantou reformas inéditas nos países árabes: “Foi feita uma nova Constituição, uma lei eleitoral para o país, uma lei de criação de novos partidos e uma lei especial para a mídia, além de vários decretos no campo econômico. Todas essas reformas vieram do governo sírio para o bem-estar do povo e não para atender às exigências do Ocidente”.

Saída para o conflito
Primeiramente, avalia o embaixador, é necessário parar todo e qualquer ato de violência dos grupos armados, inclusive o apoio que eles recebem de países vizinhos e potências ocidentais. Segundo o diplomata, esses grupos não estão dispostos ao diálogo. “Na Síria, convidamos todo o povo para colaborar e achar uma solução pacífica para o país, mas eles [grupos armados] não querem uma solução pacífica. Desde o início da crise, o governo chama para o diálogo e a oposição externa, que se passa por interna, se recusa e sempre tomam medidas para atrapalhar a solução do conflito, apoiando tudo que é possível para aumentar a crise”. A seu ver, a saída passa pela autodeterminação do povo sírio, e não corresponde aos interesses do exterior.

do sítio VERMELHO

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