sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

VALOR ECONÔMICO


Valor Econômico

Manchete: Pimentel diz que câmbio é ‘vigilante’ e mira os R$ 2
O regime de câmbio no Brasil é flutuante, “porém vigilante”, para manter a cotação do dólar em torno de R$ 2, disse o ministro do Planejamento, Fernando Pimentel, ao Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor. “O câmbio é flutuante, mas não saiu do patamar. Ele vai ficar por aí, em torno de RS 2”, disse o ministro, ao negar que as recentes oscilações da moeda possam afetar as decisões de investimento no país.

“Claro que, para o sujeito que exporta, faz diferença entre R$ 2,05 e R$ 1,96, mas aí ele tem de ter hedge, aí é o risco do mercado, do câmbio flutuante”, comentou o ministro, que defendeu uma taxa “competitiva”, mas cobrou das empresas iniciativas para aumentar sua própria competitividade. “Um câmbio que destrua nossa indústria não vamos ter mais, mas também não vamos ter aquela ilusão de uma desvalorização excessiva da moeda brasileira em que todo mundo fica achando que a indústria recuperou a competitividade sem ter mudado uma máquina de lugar, sem ter criado uma tecnologia nova, um software sequer”. (Págs. 1 e A4)
BC comenta IPCA e agita mercados
O Banco Central provocou ontem forte volatilidade nos mercados, gerando confusão sobre a trajetória das políticas monetária e cambial. Ante um IPCA de 0,86% em janeiro, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse pela manhã que a situação “não era confortável” e que, por isso, o “BC está avaliando tudo”. O mercado entendeu a frase como sinal de alta dos juros bem antes do “tempo suficientemente prolongado” citado na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O dólar foi o mais baixo desde maio de 2012, os juros futuros foram os maiores em quatro meses e o Ibovespa teve a quarta queda consecutiva. (Págs. 1, A2 e C2)
Waisser deixa Bunge e sugere diversificação
As tradings do agronegócio precisarão diversificar e crescer cada vez mais, investir em novos produtos e mercados para “aguentar as bagunças” provocadas pela volatilidade nos mercados de commodities. A avaliação é do brasileiro Alberto Weisser, em entrevista ao Valor, pouco depois de ter anunciado, ontem, sua substituição na presidência da Bunge pelo executivo americano Soren Schroder, em junho.

A Bunge é uma das quatro grandes tradings mundiais do agronegócio e a maior exportadora de produtos agrícolas do Brasil. Nos 14 anos em que esteve à frente da companhia, o valor da Bunge na Bolsa de Nova York cresceu 5,5 vezes. Em 2012, a empresa teve prejuízo de US$ 599 milhões, em parte por problemas com etanol no Brasil. (Págs. 1 e B12)
Foto-legenda: No grito
O euro caiu em relação ao dólar e ao iene depois que o presidente do BC Europeu, Mario Draghi, disse que o câmbio é importante para o crescimento e a estabilidade. Investidores viram um sinal de que o BCE está preocupado com o avanço recente do euro, que ontem fechou a US$ 1,3398. (Págs. 1 e C3)
PT admite ceder cabeça de chapa em SP
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que não é “totalmente improvável” que o partido deixe de lançar um candidato próprio ao governo de São Paulo em 2014 e apoie um aliado. O deputado federal Gabriel Chalita e o vice- presidente da República, Michel Temer, ambos do PMDB, vêm sendo cogitados para concorrer contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), numa articulação que estaria sendo montada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Falcão afirma que a conquista da prefeitura da capital por Fernando Haddad poderia reforçar a tese da candidatura própria, mas como o PT já tem nomes fortes para governos estaduais de grandes colégios eleitorais, a legenda deverá dar algo importante em troca na negociação com os aliados – e poderia ser São Paulo. Além disso, ceder a cabeça de chapa no Estado também não seria impossível em virtude da escassez de nomes do partido para o cargo. (Págs. 1 e A8)
BVA fica sem comprador e cresce lista de depositantes
Fracassaram na tarde de ontem as negociações para encontrar um comprador para o banco BVA, sob intervenção do Banco Central. O curso natural, agora, é sua liquidação extrajudicial. O empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono do grupo Caoa, tentou até o último momento ficar com o BVA, onde tem R$ 500 milhões em créditos a receber.

O fracasso das negociações expôs o drama de 3,9 mil investidores que ainda não havia vindo à tona. Cerca de R$ 300 milhões em CDBs do BVA foram comprados por 32 corretoras, que repassaram os papéis a esses investidores sem que seus CPFs fossem registrados na Cetip. (Págs. 1 e A3)
Tractebel se prepara para novos leilões
Maior geradora privada de energia no Brasil, a Tractebel planeja participar dos leilões de geração deste ano. Controladora de um portfólio de 6,9 mil megawatts de potência instalada, a companhia tem planos para incluir eólicas e termelétricas movidas a biomassa, disse seu presidente, Manoel Zaroni.

Nascida com a privatização da Eletrosul, a Tractebel foi uma das poucas elétricas que saíram ilesas das reviravoltas do setor no ano passado, principalmente devido à renovação das concessões. A empresa não tem nenhum ativo cujo contrato termine nos próximos anos. Pelo contrário, a companhia – também grande comercializadora de energia – foi beneficiada. A energia das usinas que tiveram concessões renovadas foi deslocada para o mercado cativo, o que diminui a oferta no mercado livre. (Págs. 1 e B6)
Táxis paulistanos, vitrines do carro elétrico
Trinta taxistas escolhidos a dedo em São Paulo têm a missão de propagar as virtudes dos carros elétricos e híbridos — o Prius, o primeiro do gênero fabricado no mundo pela Toyota, e o Leaf, o veículo totalmente elétrico da Nissan.

Tanto Nissan como Toyota não lucram com o programa, dizem seus porta-vozes. Mas a exposição dos carros lhes servirá para ganhar do consumidor a atenção que não receberam do governo ao reivindicar incentivos fiscais para os veículos. Sem eles, mais o IPI para importados, o preço assusta. O Prius custa R$ 120,8 mil. (Págs. 1 e A12)
Governo espanhol reduz os subsídios a fontes renováveis de energia (Págs. 1 e B6)

Cade poderá reavaliar decisão
O plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) poderá reavaliar o aumento de participação do grupo Laureate na Anhembi-Morumbi, aprovado em janeiro pela superintendência do órgão. (Págs. 1 e B3)
Casino aumenta a pressão
Casino usa provável indicação de Abilio Diniz à presidência do conselho da BRF para pressioná-lo a se afastar do conselho da GPA ou a retomar negociações para que venda suas ações. (Págs. 1 e B5)
Negócios do petróleo
Duas empresas da área de engenharia, a MPE e a Iesa Óleo e Gás, fecharam contratos de R$ 1,16 bilhão para fazer a manutenção em 21 plataformas da Petrobras, na Bacia de Campos, durante os próximos três anos. (Págs. 1 e B7)
Otimismo nos pesados
O mercado brasileiro de caminhões tem potencial para crescer 20% em 2013, depois da retração vista em 2012 e também em janeiro deste ano. Segundo Roger Alm, presidente da Volvo America Latina, “teremos uma colheita muito forte e investimentos em infraestrutura”. (Págs. 1 e B8)
Seguradoras terão de aportar R$ 3 bi
Com as novas regras de solvência definidas nesta semana pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, seguradoras brasileiras terão de fazer aporte de R$ 3 bilhões em capital adicional. (Págs. 1 e C12)
Captação da Gol
A Gol encerrou ontem uma captação de US$ 200 milhões em títulos, com vencimento em 2023. O rendimento aos investidores, de 11% ao ano, foi o mais alto pago em emissão de uma companhia brasileira neste ano. (Págs. 1 e C12)
CSN condenada por não pagar PLR
A Justiça condenou a CSN a pagar a seus empregados 10% sobre os dividendos apurados entre os anos de 1997 e 1999. No período, a empresa deixou de repassar aos empregados o percentual de participação nos lucros e resultados firmado em acordo coletivo. (Págs. 1 e E1)
Teles derrotam consumidor no STF
Supremo Tribunal Federal suspende leis do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia que eram contestadas pelas operadoras de telefonia. Entre elas as proibições da cobrança de assinatura básica e da imposição de prazo para uso de créditos de celular pré-pago. (Págs. 1 e E1)
Advocacia gratuita
Ministério Público Federal no Estado de São Paulo começa a instruir um inquérito civil contra norma da seccional paulista da OAB que proíbe advogados de atenderem gratuitamente os cidadãos comuns. O órgão fará audiência pública no dia 22. (Págs. 1 e E1)
Ideias: Yu Yongding
Se o sistema bancário paralelo da China vier abaixo, os efeitos serão muito mais graves do que os do crédito informal. (Págs. 1 e A11)
Ideias: Márcio Garcia
Pode ser que os controles de capitais tenham afastado os influxos de capital que poderiam alavancar o crescimento. (Págs. 1 e A11)

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