segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

WIKILEAKS REVELA TENEBROSAS CONVERSAS DE JOSE SERRA PROMETENDO ENTREGAR NOSSO PATRIMÔNIO...




http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/93008/Serra-prometeu-à-Chevron-mudar-regras-do-pré-sal.htm



Serra prometeu à Chevron mudar regras do pré-sal



Wikileaks revela que José Serra, então pré-candidato do PSDB à
Presidência da República, tranquilizou diretora da Chevron Patrícia
Padral sobre regras nacionalistas, pró-Petrobras, em discussão no
Congresso no final de 2009; "Deixa esses caras (do PT) fazerem o que
eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós
vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós
mudaremos de volta", disse ele à representante da petroleira
americana; não é a toa que a elite global não gosta de Julian Assange,
o fundador do site que desnuda suas verdades
8 de Fevereiro de 2013 às 05:03



247 ? Não faltam motivos para a elite global detestar Julian Assange,
o fundador do Wikileaks, em razão das revelações constrangedoras que
sua página na internet promove. Agora, um famoso político brasileiro
poderá engrossar esse cordão: o duas vezes candidato a presidente da
República José Serra.
Ao desatar um pacote de telegramas da embaixada dos Estados Unidos em
Brasília e do consulado americano no Rio de Janeiro para o
Departamento de Estado em Washington, o Wikileaks abriu uma frase de
Patrícia Padral, diretora da petroleira americana Chevron no Brasil,
dita em reuniões fechadas com os diplomatas. Ela teria obtido
garantias de Serra de que, com ele presidente, as petroleiras
estrangeiras não deveriam se preocupar com a onda nacionalista em
torno do pré-sal. O depoimento de Patrícia revelado pelo Wikileaks foi
dado três anos atrás, em 2009, quando o Congresso discutia a nova
legislação do petróleo, numa reunião com diplomatas americanos. Serra,
então, já era o pré-candidato a presidente favorito no PSDB.
Os diplomatas americanos queriam conhecer a avaliação das petroleiras
do país, instaladas no Brasil, sobre o debate entre os parlamentares.
Patrícia, então, revelou o que, segundo ela, ele ouvira do próprio
Serra:
"Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de
licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o
modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", teria dito o
candidato tucano a presidente à executiva da Chevron. A frase constou
de uma das mensagens do consulado americano no Rio ao Departamento de
Estado interceptadas pelo Wikileaks. É datada de 2 de dezembro de
2009.
"Eles são os profissionais e nós somos os amadores", teria afirmado a
diretora da Chevron aos diplomatas de seu país, nesse caso se
referindo aos integrantes da administração Lula. Nesse contexto,
Patríca Padral disse a eles que Serra, em conversa particular com ela,
teria se comprometido a mudar as regras a favor do interesse das
petroleiras americanas, caso eles viessem a ser atingidos pelo
Congresso Nacional.
Uma das mensagens da diplomacia ianque levou o título de "A indústria
de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?". Nele há a
referência a Serra. Como este, outros cinco telegramas publicados
pelo WikiLeaks mostram como a missão americana no Brasil acompanhou de
perto a elaboração das regras para a exploração do pré-sal. Os
documentos revelam a insatisfação das pretroleiras com a lei de
exploração aprovada pelo Congresso ? em especial, com o fato de que a
Petrobras seria a única operadora ? e como elas atuaram fortemente no
Senado para mudar a lei. O governo brasileiro, no final desse
processo, conseguiu mudar as antigas regras de exploração. No pré-sal
elas terão que seguir um modelo de partilha, entregando pelo menos 30%
à União. Além disso, a Petrobras será a operadora exclusiva.
Para a diretora de relações internacionais da Exxon Mobile, Carla
Lacerda, cuja posição foi transmitida a Washington em um dos e-mails
revelados, a Petrobras terá todo controle sobre a compra de
equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia
prejudicar os fornecedores americanos.
A diretora de relações governamentais da Chevron, Patrícia Padral, foi
mais longe e, em seu encontro com os diplomatas,, acusou o governo de
fazer uso "político" do modelo.
Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para África, Ásia, e
Eurásia, chegou a dizer ao representante econômico do consulado
americano no Rio que uma nova empresa iria acabar minando recursos da
Petrobrás. O único fim, para ele, seria político: "O PMDB precisa da
sua própria empresa".
Mesmo com tanta reclamação, os telegramas deixaram claro que as
empresas americanas escolheram ficar no Brasil para explorar o
pré-sal. No período do envio das mensagens, uma das maiores
preocupações dos americanos era que o modelo favorecesse a competição
chinesa, já que a empresa estatal da China poderia oferecer mais
lucros ao governo brasileiro.
Patrícia Padral teria reclamado da apatia da oposição: "O PSDB não
apareceu neste debate". Para ela, Serra se opunha à lei, mas não
demonstrava "senso de urgência". Nesse contexto, ele teria dito:
"Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de
licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o
modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta".
"Com a indústria resignada com a aprovação da lei na Câmara dos
Deputados, a estratégia agora é recrutar novos parceiros para
trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim
como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro", conclui
o telegrama do consulado.
Entre os parceiros, o OGX, do empresário Eike Batista, a Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Confederação Naiconal
das Indústrias (CNI).
"Lacerda, da Exxon, disse que a indústria planeja fazer um 'marcação
cerrada' no Senado, mas, em todos os casos, a Exxon também iria
trabalhar por conta própria para fazer lobby".
Já a Chevron afirmou que o futuro embaixador, Thomas Shannon, poderia
ter grande influência nesse debate ? e pressionou pela confirmação do
seu nome no Congresso americano.
"As empresas vão ter que ser cuidadosas", conclui o documento.
"Diversos contatos no Congresso (brasileiro) avaliam que, ao falar
mais abertamente sobre o assunto, as empresas de petróleo estrangeiras
correm o risco de galvanizar o sentimento nacionalista sobre o tema e
prejudicar a sua causa".
Fonte: Wikileaks
http://wikileaks.ch/cable/2009/08/09RIODEJANEIRO288.html
http://wikileaks.ch/cable/2009/12/09RIODEJANEIRO369.html

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