segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SOFREGUIDÃO UDENISTA: RESTAM APENAS DUAS CAPAS DE VEJA. ÀS FAVAS O MANUAL DE REDAÇÃO

A coalizão demotucana e seu dispositivo midiático atiram-se com
sofreguidão em qualquer 'língua negra' que desponte no solo ressequido
da semeadura eleitoral demotucanao. Como tem anunciado todos os seus
colunistas de forma mais ou menos desabrida, às vezes escancarada, a
exemplo de Fernando Rodrigues, da Folha, há uma 'encomenda' em
licitação aberta no mercada de compras do denuncismo lacerdista: "...é
necessário um escândalo de octanagem altíssima (com fotos e vídeos de
dinheiro) ...', especificou o jornalista em seu blog do dia 14-09. Na
ausencia de oferta equivalente, usa-se por enquanto o que aparecer.
Apareceu um 'empresário' indignado com supostas práticas de lobby,
segundo ele, encasteladas na engrenagem da Casa Civil do governo,
comandada pela agora ex- iministra Erenice Guerra. A Folha elevou-o
à condição de paladino da honestidade. Esponjou-se no material pegajoso
derramado da obscura tubulação. Claro, há o Manual de Redação,
sobretudo as aparências de uma redação. Muito lateralmente, então,
informa-se na 'reportagem-derruba Dilma' que a fonte da indignação
cívica que adiciona um novo tempero à mesmice do cardápio diário
apregoado pelos Frias inclui em sua folha corrida o envolvimento
comprovado com roubo de carga, falsificação de 'notas de cinquenta
reais e crime de coação, não detalhado. Há pouco tempo e espaço para
detalhes. Faltam 15 dias apenas para o pleito e o próprio instituto de
pesquisas do jornal agora dá vantagem de 24 pontos para Dilma sobre
Serra. Nem o mínimo cuidado com a averiguação de valores se observa.
O escroque que já cumpriu pena de 10 meses de cadeia, lambuzou a Folha
com cifras suculentas e isso era o bastante: a negociata envolveria a
'facilitação' para um empréstimo de R$ 9 bilhões junto ao BNDES ,
desde que em contrapartida fossem desviados quase R$ 5 milhões a
intermediários de uma cadeia supostamente iniciada com parentes ou
subalternos da ministra Erenice Guerra para desembocar em caixas de
campanha de candidatos do governo. Se a sofreguidão da Folha fosse
menor, o jornalista, quem sabe seu editor, quiça o próprio diretor do
jornal teriam tido a cautela de verificar a existência no BNDES de
projeto e valores mencionados, já que o acepipe oferecido pelo ladrão
de carga de tempero remetia à liberação de financiamento barrado na
instituição. Se tal fosse a prática, o leitor teria a oportunidade de
saber, em primeiro lugar, que os valores relatados nunca existiram e
que o referido empreendimento jamais passaria pelo crivo técnico do
BNDES. Diz a nota do banco divulgada 5º feira,"[o referido
projeto]...foi encaminhado por meio de carta-consulta, solicitando R$
2,25 bilhões (e não R$ 9 bilhões como afirma a reportagem) para a
construção de um parque de energia solar. O BNDES considerou que o
montante solicitado era incompatível com o porte da referida empresa.
Vetou a solicitação. Naturalmente, isso comprometeria um pouco a
'octanagem' da manchete de seis colunas com duas linhas bombásticas
saídas da sinergia estabelecida entre a Folha e um ladrão de carga de
condimento. Não há tempo para minúcias. Restam apenas duas capas de
VEJA para detonar a vantagem de Dilma e tentar uma sobrevida que leve
Serra ao 2º turno. Essa é a lógica do que vem por aí. A esposa do
candidato, Monica Serra, já diz em campanha de rua que "ela [Dilma]
quer matar as criancinhas". Nas redações circulam rumores de que o
comando demotucano estaria interessado em depoimentos de parentes de
militares mortos em confrontos com grupos da esquerda armada, nos anos
70. Em especial se houver, ao menos, leve insinuação de suposto
comprometimento de Dilma Rousseff.

fonte: Carta Maior

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se não tiver conta no Google, opte por "Comentar como: Nome/URL", sendo que o campo URL não precisa ser preenchido.

Não serão tolerados ataques pessoais.