terça-feira, 8 de janeiro de 2013

VALOR ECONÔMICO


Valor Econômico

Manchete: União prevê mais desonerações em 2013, diz Mantega
O governo pretende fazer em 2013 novas desonerações de impostos, além das previstas na proposta orçamentária, e abater a despesa do cálculo do superávit primário das contas públicas. A informação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que em entrevista exclusiva ao Valor PRO, serviço de tempo real do Valor, disse que o cumprimento da meta “cheia” do superávit no ano dependerá do crescimento do Produto Interno Bruto e da decisão por mais desonerações. O governo poderá abater do superávit até R$ 25 bilhões. Segundo Mantega, fará isso, se necessário, por meio de dedução de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou do desconto das desonerações.

Para o ministro, a arrecadação cresce acima da velocidade do PIB quando a economia avança mais de 3% no ano. Quando a economia roda abaixo de 2,5%, as receitas do governo têm crescimento limitado. Como o próprio mercado prevê alta do PIB superior a 3% em 2013, o governo acredita que a situação fiscal deste ano será mais “confortável”. (Págs. 1 e A12)
Falta de chuvas pode tolher 5 pontos do desconto na energia
A redução média de 20% nas contas de luz, inicialmente abalada pela queda de braço entre governo e concessionárias de energia, enfrenta também a ameaça da natureza. Mesmo com as chuvas dos últimos dias, o nível dos reservatórios continua baixando. Até o momento, 2 pontos da queda prometida de 20% nas contas já foram tolhidos pelo alto custo da geração térmica. Até março, mantidas as condições meteorológicas atuais, esse impacto poderá chegar a 5 pontos.

O custo de operação das térmicas, de R$ 800 milhões mensais, será sentido pelos consumidores a partir de fevereiro, durante os primeiros reajustes tarifários das distribuidoras de energia. Esse período coincide com o momento em que o governo espera a redução média de 20% nas tarifas, garantida a partir das novas condições impostas às concessionárias após a renovação de seus contratos por mais 30 anos. (Págs. 1 e A5)
Consignado se espalha pela América Latina
Os bancos da América Latina estão registrando forte alta nos empréstimos consignados. Eles já se espalham do Brasil até o México, com um número crescente de bancos cedendo dinheiro a clientes que autorizam dedução automática no salário, o que aumenta a certeza do pagamento. No México, o consignado saltou 32% nos 12 meses encerrados em setembro, para mais de US$ 9 bilhões, o dobro da taxa de crescimento dos cartões de crédito. Três dos maiores bancos do país afirmam que um em cada cinco clientes com conta-salário tomou empréstimo desse tipo. (Págs. 1 e B11)


Cooperativas de crédito crescem 600%
O ano de 2012 foi bom para as cooperativas de crédito no Brasil. Os ativos dessas instituições romperam a marca histórica dos R$ 100 bilhões. Com mais de seis milhões de associados e um estoque de empréstimos e financiamentos que cresceu mais de 600% nos últimos dez anos, se formassem um banco o conjunto das cooperativas corresponderia ao oitavo maior conglomerado financeiro do país em ativos totais. A participação nas operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional está em tomo de 2%, segundo o diretor de relações institucionais do BC, Luiz Edson Feltrim.

Esse crescimento contrasta com a redução no número de cooperativas, que passou de 1.427 em 2007 para 1.231 em setembro, resultado de um “saudável” processo de concentração para ganhar escala, disse Feltrim. (Págs. 1, C1 e C12)
‘Vaca louca’ não reduz a venda de carne
Um mês após o Brasil anunciar a primeira ocorrência de “vaca louca” no país, a repercussão do caso para os frigoríficos de carne bovina é praticamente nula. O mercado de ações já se recuperou do susto inicial com a notícia da doença e no comércio exterior as barreiras até agora levantadas se restringem a mercados pouco representativos. Dos dez principais mercados do país, apenas a Arábia Saudita proibiu a carne brasileira.

Em dezembro, o Brasil obteve US$ 389,1 milhões com as vendas externas de carne bovina in natura, crescimento de 24,1% sobre o mesmo mês de 2011, segundo a Secretaria de Comércio Exterior. Em volume, também houve aumento de 32,6% em relação a dezembro de 2011. (Págs. 1 e B13)
Retorno de aluguel perde da poupança
Quem se animou com a alta de 7,82% do ÍGP-M em 2012 diante da possibilidade de lucrar com aluguéis deve conter a empolgação, dizem os especialistas. Apesar do índice mais alto de reajuste para os contratos que vencem em janeiro, o histórico mostra que os aluguéis residenciais enfrentam um dos períodos de retornos mais baixos dos últimos anos, já que os preços dos imóveis subiram muito e os valores de locação não acompanharam a escalada. Considerado o retorno mensal líquido (descontado o Imposto de Renda) do aluguel em relação ao preço de mercado do imóvel, o rendimento médio com locação na maioria dos bairros das capitais paulista e fluminense não compensa sequer a inflação. Nas duas cidades ele perde até mesmo da conservadora poupança. (Págs. 1, D1 e D2)
Argentina tenta estimular produção de petróleo. (Págs. 1 e A9)

Em reestruturação, Lexmark vê cenário de crescimento na AL. (Págs. 1 e B3)

Setor de petróleo aquece negócios da Líder Aviação, diz Eduardo Vaz. (Págs. 1 e B8)

Crescimento modesto
Após alguns anos de expansão consideravelmente superior ao do PIB, o varejo de vestuário deve ter um crescimento mais próximo ao da economia brasileira neste ano. (Págs. 1 e B4)

Expansão do autoatendimento
Pesquisa da lata mostra que, até 2017, o Brasil será um dos seis maiores mercados mundiais no uso de dispositivos móveis para as compras, check-in, despacho de bagagem e embarques. (Págs. 1 e B4)

Bens de capital esperam ano melhor
Fabricantes de máquinas e equipamentos esperam um 2013 melhor, depois dos resultados decepcionantes do ano passado. Até outubro, o faturamento recuava 2,3% e a produção, 5,6%. Na contramão do setor, o segmento de máquinas pesadas cresceu. (Págs. 1 e B9)

Montadoras têm resultados díspares
Na contramão do avanço de 4,6% das vendas de veículos, tanto a produção quanto as exportações das montadoras instaladas no Brasil encerraram o ano passado nos níveis mais baixos em três anos. (Págs. 1 e B10)
Corsan investe em parcerias
A Corsan, companhia gaúcha de saneamento, aposta em parcerias com o setor privado para crescer. Tradicionalmente avesso à concessão de serviços públicos, o Rio Grande do Sul tem apenas 15% do esgoto tratado. A meta é chegar a 30% em 2015. (Págs. 1 e B10)
Máquinas agrícolas têm recorde
As vendas domésticas de máquinas agrícolas no país fecharam 2012 com recorde histórico de 69,3 mil unidades, alta de 6,2% sobre o ano anterior. O resultado foi superior às previsões iniciais de crescimento da Anfavea, de 5%. (Págs. 1 e B14)
Patrocínios minguados
Fraco crescimento da economia em 2012, com recuo do investimento, pode diminuir as verbas destinadas por grandes empresas a eventos culturais neste ano. Produtores já notam cautela e temem que esse cenário se prolongue. (Págs. 1 e D4)
Avanço da arbitragem
Em 2011, as cinco maiores câmaras de arbitragem do Brasil julgaram 122 processos, que juntos somaram R$ 3 bilhões. É o maior valor desde 2005, ano em que os resultados dessas câmaras passaram a ser mapeados, diz a advogada Selma Lemes. (Págs. 1 e E1)

Ideias
Assis Moreira

Em 2013, a diferença de crescimento econômico deve aumentar de novo em favor dos emergentes. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Luiz Gonzaga Beiluzzo

Enquanto falam das virtudes dos mercados, os negócios do capitalismo realizam suas proezas, entre vigores e sobressaltos. (Págs. 1 e A11)

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