domingo, 3 de janeiro de 2010

Bunge adquire cinco usinas do grupo Moema

A empresa transnacional Bunge fechou no dia 23 de dezembro, em São paulo, um dos maiores acordos do setor sucroalcooleiro do país, ao adquirir cinco das seis usinas do Grupo Moema, com sede em Orinduva (SP). As cinco usinas processam cerca de 13,5 milhões de toneladas de cana por ano.
A empresa transnacional norte-americana amplia seus negócios na cana, pois já controlava a Usina Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, onde processava 2,5 milhões de toneladas de cana.

Estão em construção outros dois projetos de usinas de etanol, a usina Pedro afonso, no estado do Tocantins, que vai começar a operar em 2010, e a usina Mote Verde, em Ponta Porã, no Mato Grosso do sul. A usina terá capacidade de 1,4 milhões de toneladas de cana e deve entrar em operação em 2012.
Bunge e Moema, um negócio de quase US$ 1,5 bi.

Após assinar acordo para assumir o controle de 100% da Moema Participações (Moema Par), anunciado na véspera de Natal, a Bunge agora corre contra o tempo para finalizar a compra da participação total das cinco usinas das quais a Moema não tinha 100%. Em comunicado ao mercado, a multinacional anunciou que pretende encerrar as negociações em 45 dias. Mas ainda há a possibilidade de alguma usina do grupo não entrar no negócio - caso da Itapagipe (MG), que tem 43,75% de participação da também americana Cargill. "Se for preciso, a Moema Par ficará com ela", diz Maurílio Biagi Filho, principal acionista da holding.

Procurada pelo Valor, a Cargill afirmou, por meio de sua assessoria, que não se pronunciaria sobre um eventual interesse em vender sua participação. A Bunge também foi contatada, mas não retornou. Ainda falta à multinacional, assim, negociar a compra de 56,25% da Itapagipe e de 44% da Frutal, em Minas, além de 50% das usinas Vertente e Ouroeste e 60% da Guariroba, as três situadas em São Paulo.

Se conseguir fechar o acordo com os acionistas restantes, o valor da operação subirá para US$ 1,48 bilhão. "Nessa troca de ações, em torno de US$ 1 bilhão representa o valor aos sócios da Moema Par e US$ 500 milhões para os outros acionistas. Todos vão receber em ações menos endividamento", afirma Biagi.

O acordo com a Bunge foi fechado às 22h de 23 de dezembro. No dia 21, foi oficialmente extinto o Conselho de Administração da Moema Par, da qual Biagi era presidente. "Agora vou cuidar de outros negócios e também da usina Aroeira, em Minas, que vai fazer a primeira safra com moagem de 300 mil toneladas".

Com informações do Valor Econômico

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