segunda-feira, 19 de julho de 2010

EUA: a expectativa equivocada em torno do Partido do Chá

Escrito por Virgilio Arraes

Em novembro próximo, haverá o primeiro teste eleitoral de peso dos simpatizantes do chamado Partido do Chá. Desconfiados dos democratas e desiludidos com os republicanos, seus eleitores, a depender naturalmente do resultado do pleito, indicarão a viabilidade no médio prazo de uma terceira via no sistema político norte-americano.

A insuficiência militar e a incapacidade econômica da gestão Bush ocasionaram a oportunidade para que ativistas descontentes se referenciassem de maneira constante aos fundamentos constituintes da nação estadunidense.

Como conseqüência, os adeptos do novo movimento têm atraído atenção significativa de todos os meios de comunicação, especialmente do televisivo. Aos olhos da mídia mais à direita, apresenta-se como uma agregação renovadora em termos de representação aos anseios da população, ao menos da classe média.

É possível observar isto quando se assiste ao programa de Glenn Beck, por exemplo, no canal a cabo Fox News, com mensagens direcionadas normalmente ao espectador comum, ou folheia-se o Wall Street Journal, voltado para o público mais sofisticado, de formação universitária, de renda mais expressiva e mais vinculado ao setor financeiro, onde se pode ler as colunas do economista Stephen Moore, membro da editoria.

Aos mais à esquerda, como algo de matiz folclórico, próximo da bizarrice e, por conseguinte, sem decisivo impacto eleitoral próprio. Aos mais incrédulos, a movimentação chazeira seria mesmo artificial, criada - não insuflada ou na melhor das hipóteses catalisada - por determinados veículos de comunicação. Leia mais

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