terça-feira, 20 de julho de 2010

ONU premia monge e prostituta contra HIV

Terceira edição do Prêmio Laço Vermelho distribui US$ 5 mil a 25 projetos comunitários que têm ações inovadoras de combate à Aids
UNAIDS/Divulgação
Leia também
A lista dos vencedores (em inglês)

ONG que combate HIV concorre a R$ 40 mil
da PrimaPagina

Uma organização de aprendizes de monges budistas da Tailândia, um grupo que atua em penitenciárias de Burkina Fasso (África), um centro que dissemina conhecimento sobre HIV e consumo de drogas na região palestina de Gaza, uma associação da Ucrânia criada e dirigida por soropositivos e consumidores de entorpecentes e uma rede de 15 mil prostitutas da Argentina estão entre os 25 ganhadores da versão 2010 do Prêmio Laço Vermelho, uma iniciativa do UNAIDS (Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids) apoiada pelo PNUD.

Cada um desses projetos comunitários receberá US$ 5 mil e um reconhecimento internacional por sua inovação e liderança na luta contra a Aids. Esta terceira edição do prêmio recebeu 720 inscritos de mais de 100 países. Não há programa brasileiro entre os vencedores — dos 75 premiados nas três edições, um é do Brasil: o GAPA (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids), de Fortaleza, que esteve entre os destaques de 2006.

“As organizações de base e comunitárias são o núcleo da resposta mundial contra a Aids”, afirmou a vice-diretora executiva do UNAIDS, Jan Beagle. “São as comunidades que realmente têm a chave para encontrar soluções para seus próprios problemas”, reforçou a presidente da organização CARE, Helene Gayle, uma das juradas de 2010. “Alguns de nós que têm grande experiência na área pode conhecer as teorias, mas são as organizações comunitárias que estão mais preparadas para chegar às pessoas mais necessitadas”, acrescentou.

Um exemplo disso é a Novices Aids Intervention and Rehabilitation Network, uma rede de monges budistas noviços que atuam na região norte da Tailândia. Eles levam informações sobre HIV a jovens de grupos marginalizados, como órfãos, refugiados e portadores do vírus da Aids.

Na África, a Association Pénitentiaire Africaine dissemina informações sobre direitos humanos dos presos de Burkina Fasso, em especial o direito à saúde (incluindo a prevenção contra o HIV). Outra entidade que trabalha com pessoas marginalizadas é a Asociación de Mujeres Meretrices de la Argentina, que tem programas de educação e capacitação sobre prevenção ao HIV.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se não tiver conta no Google, opte por "Comentar como: Nome/URL", sendo que o campo URL não precisa ser preenchido.

Não serão tolerados ataques pessoais.