A Copel é nossa! E as outras empresas públicas também...

ugt paraná

Lideranças sindicais, estudan tis e de movimentos populares mostraram mais uma vez que o povo paranaense está indignado com a tentativa do governo estadual em privatizar empresas públicas. Para registrar esse desagravo e comemorar os 10 anos do movimento contra a venda da Copel, diversas manifestações foram realizadas no Paraná.

Em Curitiba a concentração começou às 13h, na Praça Santos Andrade, seguindo com uma caminhada até a Assembleia Legislativa, no Centro Cívico. Ao contrário do que aconteceu há 10 anos (quando foi preciso entrar à força na Assembleia), dessa vez os manifestantes tiveram acesso liberado às galerias e aos balcões do plenário da ALEP. No período da manhã já havia sido feito um encontro entre lideranças sindicais e parlamentares no plenarinho da mesma casa.

À tarde, dirigentes Sindicais de diversas categorias filiadas à UGT e a mais duas centrais sindicais e lideranças do movimento estudantil e popular, engrossando o coro contra a venda das empresas públicas, acompanharam os trabalhadores nas autarquias estaduais (Copel, Sanepar, Compagás, Celepar) em passeata pelas ruas da capital.

"Ao lembrarmos essa data tão importante para a cidadania paranaense, queremos mostrar ao governador que o povo do Paraná está de olhos abertos, e se ele pensa que vai vender o patrimônio do Estado, ele está muito enganado", disse o presidente do Sindenel, Alexandre Donizete Martins, que também é membro da diretoria da UGT- PARANÁ e Nacional.

O presidente da FENATEMA, Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente, Eduardo Annunciato, lembrou que nos estados onde houve a privatização dos serviços de energia e água, como é o caso de São Paulo, os preços só aumentaram. "É preciso que o povo aqui do Paraná se mobilize e fique em constante alerta para que o governo não faça aprovar na Assembleia projetos mascarados, com a única intenção de privatizar os bens e serviços públicos".

Os sindicalistas da UGT-PARANÁ reforçaram o empenho da central em sempre se manifestar publicamente contra todos os governo s que queiram privatizar o patrimônio público. "Somos trabalhadores em postos de combustíveis e também consumimos luz e água. E não queremos que esses serviços parem nas mãos daqueles que só querem explorar a classe trabalhadora", disse o presidente do Sinpospetro-Curitiba, Lairson Sena.

O presidente do Sintec, Solomar Rockembach, destacou que a UGT está empenhada na luta contra a criação de uma agência reguladora no Paraná."Não vamos permitir que esse governo engane o povo paranaense. Há 10 anos participamos do movimento contra a venda da Copel e agora, mais uma vez estamos prontos para convocar a população para grandes manifestações em todo Paraná contra a venda do patrimônio que é do povo paranaense", frisou Rockembach.