segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Continua repressão contra grupo Ocupar Wall Street nos EUA

Cerca de 20 partidários do movimento de protesto Ocupar Wall Street (OWS) permaneciam detidos em Denver, ao mesmo tempo em que policiais estadunidenses dispararam novamente gases lacrimogêneo e de pimenta contra as multidões.

Em Denver, Colorado, no centro do país, reuniram-se no sábado (29) cerca de dois mil ativistas e voluntários afins ao grupo que há mais de um mês se manifesta publicamente contra a ganância dos bancos e das corporações financeiras.

Apesar da chegada do inverno em várias cidades estadunidenses, a organização popular também não parece ter perdido força de convocação em Oakland, Califórnia, Atlanta, Nashville, San Diego e Nova York.

Trata-se da segunda ocasião em dois meses em que as forças antirrevolta usam técnicas sofisticadas para desestimular os manifestantes, que – segundo se proclama – argumentam que 99% da população estadunidense é explorada pelas grandes empresas de capitais.

Violência policial

No caso de Denver, testemunhas asseguram que uniformizados recorreram a gases lacrimogêneo e de pimenta, bengalas elétricas, escudos plásticos e alguns oficiais chegaram a disparar balas de borracha contra as massas.

Ainda assim, centenas de pessoas, gritando palavras de ordem anticapitalistas, se somaram neste sábado (29) a outra manifestação de rua contra a rede financeira e Wall Street pelas ruas de Washington, reportou o diário Boston Globe.

Promotores de Nova York abriram uma investigação penal contra os policiais dessa cidade que usaram gás pimenta contra ativistas civis do grupo OWS, como confirmaram fontes judiciais.

O magistrado distrital Cyrus Vance lidera a indagação contra os oficiais da ordem envolvidos nos fatos que foram gravados em vídeos.

“Nosso escritório tomou em consideração todas as denúncias formuladas em referência às más condutas policiais. Esperamos que as detenções tenham sido praticadas sob os procedimentos corretos”, manifestou Vance.

Também o chefe do Departamento de Polícia de Nova York, Raymond Kelly, admitiu que existem suspeitas críveis e o Birô de Assuntos Internos indagará sobre abusos de autoridade contra mulheres vinculadas aos chamados Indignados de Wall Street.

De acordo com OWS, a maioria dos detentos tem sido acusada por obstrução de tráfico veicular, e alguns inclusive ficaram presos simplesmente por tirar fotos ou criticar os policiais.

No último 17 de setembro, o movimento saiu às ruas para denunciar a crise econômica e política global. Protestam ademais contra o uso de dinheiro público para resgatar bancos privados, mas seus simpatizantes têm sido objeto de forte repressão policial.

Fonte: Prensa Latina

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