terça-feira, 9 de março de 2010

15 agências da ONU lideram ajudas no Chile

Após tremor, autoridades pedem contribuições para áreas de saúde, como hospitais de campanha, e comunicação, como telefones satélite

Da Prima Pagina

As 15 agências da ONU no Chile acertaram com o governo de Michelle Bachelet a coordenação da assistência requerida pelas autoridades após o terremoto de 8,8 graus que atingiu o país na madrugada de 27 de fevereiro, afetando dois milhões de pessoas e, até o último balanço, matando mais de 700.

Durante a reunião convocada nesta terça-feira na sede da CEPAL (Comissão Econômica América Latina e Caribe) pela secretária-executiva do órgão, Alicia Bárcena, os diretores das agências conheceram as principais necessidades em relação à ajuda internacional, apresentadas pelo ministro chileno das Relações Exteriores, Gastón Sarmiento.

De acordo com documento, os líderes chilenos reafirmaram que a prioridade no momento é a construção de estruturas relacionadas aos setores de saúde e comunicações, como hospitais de campanha com capacidade cirúrgica, equipamentos para manutenção de medicamentos, sistema para transformar a água em potável e centros de diálises e vacinas, sobretudo contra hepatite A. Os primeiros 45 telefones via satélite chegam ao país no final desta semana.

“Agora o país está na etapa mais crítica, que é a de salvar vidas. Chegará o momento de fazer uma avaliação socioeconômica do impacto do desastre para programas a restauração, onde também estamos dispostos a colaborar”, afirmou Alicia Bárcena.

Os representantes das agências da ONU informaram que estão mantendo contato com quase todos os seus 978 funcionários e consultores no país, e que por enquanto não há confirmação de feridos ou mortos entre eles.

O grupo de órgãos das Nações Unidas prevê manter reuniões diárias de avaliações, sob coordenação da CEPAL, com o apoio das seguintes agências: ACNUR, FAO, UNAIDS, OMS/OPAS, OIT, PNUD, PMA, OIM, UNESCO, UNICEF, UNCIFEM, UIT, UNHCHE E UNFPA.

Balanços

De acordo com com o último boletim da OCHA (Agência para Coordenação de Assuntos Humanitários), os maiores aeroportos do Chile ainda operam com restrições devido ao terremoto que teve epicentro a 325 quilômetros da costa, e a 35 quilômetros de profundidade.

Juan Fernandez, uma ilha, foi afetada por ondas, que invadiram 3 quilômetros de seu território. Ao todo, avaliações apontam para dois milhões de pessoas afetadas no país.

O governo chileno declarou seis regiões como zonas de catástrofe: Valparaiso, Metropolitana, Libertador O'Higgins, Araucania, Biobío e Maule.

Assim como o suprimento de água, a eletricidade vem sendo restabelecida aos poucos: as regiões de Valpariso e Metropolitana já contam com 80% de sua capacidade, enquanto em Maule e Biobío 18 comunidades permanecem sem energia.

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