terça-feira, 9 de março de 2010

ODM Brasil premia de cacau a acesso a água

Terceira edição do prêmio destaca 20 projetos de prefeituras e ONGs que contribuem para o país avançar nos Objetivos do Milênio

da PrimaPagina

Entre os projetos que mais têm ajudado o país a avançar nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estão desde uma experiência de cultivo sustentável de cacau no Pará até um programa de saúde indígena em Roraima, passando por um projeto de monitoramento de crianças com risco de vida em São Paulo, promoção de acesso a água na Paraíba e uma iniciativa de planejamento estratégico comunitário em Espírito Santo. Essas práticas estão entre os 20 ganhadores da terceira edição do Prêmio ODM Brasil.

Espalhados por 12 estados brasileiros, os vencedores saíram de uma pré-seleção feita pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pela ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) com os 1.477 inscritos — 39% a mais do que na última edição. Foram 785 projetos inscritos pela sociedade civil e 692 pelos municípios. Na primeira fase, foram escolhidos 46 finalistas, depois analisados por um júri especial composto de 12 especialistas que se reuniram na semana passada para apontar os ganhadores nas categorias Prefeituras e Organizações.

Foram analisados seis critérios: a contribuição dos projetos para o alcance dos Objetivos, o impacto no publico atendido, a participação da comunidade, a existência ou não de parcerias, o potencial de serem adaptados para outras localidades, e a complementaridade e articulação com as ações do poder publico, da sociedade civil ou do setor produtivo.

A região Sudeste foi a que teve mais projetos vencedores (sete). Norte e Nordeste tiveram seis cada uma. O Sul teve apenas um selecionado, e o Centro-Oeste, nenhum.

A cerimônia de premiação ocorre em 24 de março, em Brasília, quando os vencedores receberão das mãos do presidente da República um certificado que atesta a contribuição para os ODM. O evento terá a presença de representantes da ONU, da sociedade civil e do empresariado. Na solenidade, também acontecerá o lançamento do 4º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Interiorizar e divulgar

A terceira edição do prêmio teve uma novidade: a divulgação da iniciativa incluiu a realização de seminários estaduais, com participação de prefeituras, ONGs e setor privado. Nesse processo, "ficou clara a necessidade de interiorizar o debate sobre os ODM", afirma o assessor da secretaria da Presidência da República Davi Schmidt, responsável pelo Prêmio. Ele estima que esses eventos tenham reunido 11 mil pessoas, que tomaram conhecimento da premiação e das experiências que venceram as últimas edições. Além disso, destaca, há a abertura de núcleos estaduais do Movimento Nós Podemos, entidade que reúne o governo, PNUD, sociedade civil e empresários para a promoção dos Objetivos do Milênio.

Os projetos ganhadores de todas as edições do Prêmio ODM Brasil, bem como outros programas brasileiros voltados para o ODM e ações do governo, vão integrar a IDEEA (Rede de Intercambio e Difusão de Experiências Bem-Sucedidas para Alcançar os ODM, um banco de práticas de fácil acesso criado pela CEPAL para difundir projetos exitosos na América Latina e Caribe.

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