terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cineasta Michael Moore se oferece para pagar fiança de Assange

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O cineasta norte-americano Michael Moore anunciou à justiça britânica que se ofereceu para pagar a fiança exigida para que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, responda em liberdade à acusação de estupro contra duas cidadãs suecas.

“Ontem na corte de magistrados de Westminster, em Londres, os advogados do co-fundador do WikiLeaks, Julian Assange, apresentaram ao juiz um documento em que anunciou que pagarei US$ 20 mil, de meus próprios recursos, para pagar a fiança do senhor Assange”, anunciou o cineasta nesta terça-feira, em mensagem pela internet.

Ele também anunciou publicamente que irá fornecer todo o apoio necessário ao funcionamento da página criada por Assange. “Eu ofereço publicamente a assistência do meu site, servidores, domínio e o que mais eu puder para manter o WikiLeaks vivo e continuando seu trabalho de expor os crimes que são cometidos em nosso nome e com nossos impostos”, completa o cineasta.

Moore diz acreditar que, se o WikiLeaks já existisse em 2002, talvez não houvesse a invasão do Iraque. Na época, o então presidente George W. Bush afirmava que havia armas de destruição de massa no país, mas nada foi encontrado. “Nós entramos em uma guerra pela mentira. E centenas de milhares estão mortos agora”.

Julgamento
Assange se dirigiu nesta terça-feira à corte de Westminster, em Londres, para depor sobre a acusação de que teria estuprado duas mulheres. Segundo o site do jornal britânico “The Guardian”, a audiência pode definir a extradição para a Suécia, país de onde surgiu o processo contra Assange, que nega as acusações.

Do lado de fora da corte, foi destacado um grande contingente policial para conter as dezenas de manifestantes que protestam contra a prisão de Assange. Simpatizantes alegam que a prisão não passa de uma represália contra o site, que vem divulgando documentos secretos das Forças Armadas e do corpo diplomático dos Estados Unidos.

Críticas
Antes de chegar a Westminster, Assange criticou duramente as operadoras de cartões de crédito Visa e Mastercard e a empresa de pagamentos na internet PayPal, que bloquearam as doações ao portal desde que ele foi detido em Londres.

"Agora sabemos que Visa, Mastercard e PayPal são instrumentos da política externa dos Estados Unidos. É algo que ignorávamos", afirmou Assange por meio de um comunicado.

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