quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Palestinos rechaçam “diálogo” enquanto Israel instalar colônias

O líder palestino, Mahmoud Abbas, declarou nesta quinta-feira (9) que não voltará à mesa de negociações com Israel enquanto o governo sionista, agressivo e expansionista continuar as construções de colônias nos territórios palestinos.

"A postura palestina e a egípcia é que nós não vamos aceitar negociações enquanto continuem os assentamentos", afirmou Abbas em declarações aos jornalistas depois de se reunir com o presidente egípcio, Hosni Mubarak.

As declarações de Abbas são divulgadas pouco depois de os Estados Unidos anunciarem que haviam decidido abandonar os esforços para convencer Israel sobre a cessação temporária da construção de colônias na Cisjordânia para retomar as negociações de paz.

Abbas, que chegou ao Cairo na quarta se reunirá no sábado (11) com um comitê da Liga Árabe que supervisiona as negociações de paz entre palestinos e israelenses, a fim de analisar os passos seguintes.

Nas declarações no palácio presidencial, Abbas ressaltou que havia informado de sua decisão ao governo americano, mas declarou desconhecer as razões que motivaram a Casa Branca a abandonar seus esforços para pressionar a Israel.

"A parte palestina não sabe o que passou exatamente entre Israel e Estados Unidos, mas saberá em poucos dias", acrescentou Abbas.

Israelenses e palestinos tinham retomado em 2 de setembro negociações de paz diretas que estavam interrompidas há dois anos, após manter durante vários meses um diálogo indireto com a mediação dos Estados Unidos.

As conversas ficaram estagnadas quando Israel se negou a prorrogar a moratória na construção de colônias israelenses nos territórios palestinos que expirou em 26 de setembro.
Abbas, que chegou ao Cairo como parte de uma viagem que previamente o levou à Turquia e à Grécia, disse que havia conversado com o presidente egípcio Hosni Mubarak sobre a atual etapa do diálogo.

Destacou que da reunião do sábado do comitê de acompanhamento da iniciativa árabe de paz no Oriente Médio, lançada em 2002, surgirá uma recomendação da Liga Árabe, a partir da qual Abbas realizará consultas com a direção palestina antes de tomar uma decisão.

Entre as alternativas existentes figura a insistência para que a comunidade internacional reconheça o Estado palestino nas fronteiras prévias à guerra de 1967, algo que, lembrou Abbas, fizeram no início deste mês Argentina e Brasil.

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