quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Osmar e Pessuti ficam sem ministérios

paranonline

O senador Osmar Dias (PDT) e o governador Orlando Pessuti (PMDB) ficaram de fora do seleto grupo de 37 ministros escolhidos pela presidente eleita Dilma Rousseff (PT) que concluiu ontem a composição do primeiro escalão de sua equipe.

O pedetista e o peemedebista eram apontados como possíveis convidados de Dilma já que integraram a aliança que apoiou a sua candidatura no Paraná. Pessuti está deixando o governo no próximo dia 31 e Osmar encerra seu mandato de senador em 31 de janeiro de 2011.

Além da exclusão de Pessuti e Osmar , o espaço do Paraná do time de ministros do futuro governo Dilma também será menor do que no governo Lula. Dos três ministros paranaenses, sobreviveram Paulo Bernardo, que deixa o Planejamento para ocupar Comunicações, e Gilberto Carvalho, que sai da Chefia de Gabinete para a secretaria-geral da Presidência da República.

Marcia Lopes, irmã de Gilberto Carvalho, perdeu o comando do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para a economista Tereza Campello. O presidente estadual do PT, Ênio Verri, avalia que o estado ainda pode ocupar outros espaços no futuro governo.

Ele observou que Dilma ainda não escolheu os dirigentes das principais empresas estatais. E que a direção de muitas delas equivalem a um ministério, tanto em termos de estrutura quanto em orçamento.

É o caso da direção geral da Usina de Itaipu, que o petista Jorge Samek comanda há quase oito anos. Uma das reivindicações do PT do Paraná é a permanência de Samek no cargo.

Verri disse que o PT do Paraná também postulou pelas indicações de Osmar e Pessuti, mas que a sorte dos dois depende mesmo é da articulação dos seus respectivos partidos.

O senador Osmar Dias disse que já sabia que não estaria no ministério desde o momento em que o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, foi mantido no Ministério do Trabalho.

O senador disse que a participação no futuro governo não está entre as preocupações atuais. "Fui candidato ao governo e não a ministro. Vamos deixar o ano acabar, dai, verei o que farei em 2011", declarou.

Uma das novas posições para o senador paranaense, comentadas nos bastidores, é a vice-presidência da Carteira Agrícola do Banco do Brasil ou a presidência da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab).

O secretário de Comunicação do Diretório Nacional do PT, deputado federal André Vargas, disse que os paranaenses ainda podem entrar na etapa da "repescagem", que começa a partir de janeiro, quando Dilma vai escolher os dirigentes das estatais.

Para Vargas, vários critérios foram considerados pela futura presidente para fazer suas escolhas. O geográfico em alguns casos, mas principalmente perfil e as indicações partidárias.

Vargas acha que a derrota de Dilma no Paraná para o ex-candidato tucano José Serra não interferiu na representação do Paraná no primeiro escalão. "A Márcia, por exemplo, não ficou no governo porque a presidente observou essa questão do parentesco. Se fosse por critério geográfico, eleitoral, competência, ela ficaria. Mas o fato de ser irmã do Gilberto pesou. A presidente fez uma escolha", disse.

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