quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Foz do Iguaçu (PR) lidera ranking de assassinatos entre jovens, aponta estudo

da folhaonline

Entre 2005 e 2007, cresceu o risco de homicídio entre jovens negros por arma de fogo, principalmente no Nordeste do país. A chance de assassinatos entre jovens também subiu em outras regiões, com exceção do Sudeste. Foz do Iguaçu (PR) lidera o ranking de assassinatos entre jovens com idades entre 12 e 19 anos.

Os dados constam do estudo que avalia o IHA (Índice de Homicídios na Adolescência), feito por uma parceria entre a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o Laboratório de Análise da Violência (UERJ), o Unicef e o Observatório de Favelas. As estimativas se referem ao ano de 2007, comparando-as com os dois anos anteriores, e foram divulgadas na manhã desta quarta-feira.

O IHA mede o número de adolescentes de 12 anos, num grupo de 1.000, que morreriam vítimas de homicídio antes de chegar aos 19 anos. O IHA nacional cresceu entre 2005 e 2007, passando de 2,51 para 2,67. O valor mais alto no país foi 11,8, alcançado pela cidade de Foz do Iguaçu, campeã também em 2006.

Segundo essas estimativas, 32.912 adolescentes serão assassinados entre 2007 e 2013, nos municípios brasileiros com mais de 100.000 habitantes.

As regiões metropolitanas com maior risco de homicídios entre os jovens são Recife, Vitória, Maceió e Rio de Janeiro. São Paulo encontra-se abaixo da média nacional.

A arma de fogo está no centro do problema, segundo o estudo. O risco relativo por arma de fogo é cerca de seis vezes maior que por outros instrumentos.

Outros riscos relativos foram analisados e indicam que o jovem negro tem 3,7 vezes mais chance de ser assassinado que o jovem branco e que o jovem do sexo masculino tem 12,6 vezes mais chance de ser vítima de homicídio que uma jovem.

Os fatores que influenciam o IHA são o tamanho da população, o crescimento das cidades, educação, a renda da população e até sua religiosidade. Por isso, o estudo aponta alguns caminhos para diminuir o potencial de morte entre os jovens: programas de distribuição de renda e melhoria dos sistemas educacionais.

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